Esta discussão foi arquivada. Não se pode acrescentar nenhum comentário. | | | Ainda não percebi uma coisa. Esqueçamos as politicas por um bocado. Em termos *técnicos*, a United Linux virá mudar alguma coisa? Isto, é o codebase vai ser o mesmo, mas os utilitários de instalação e possivelmente de manutenção vão variar. Temos o LFS neste momento, que não é seguido a 100%. A RH é o de facto standard no mundo empresarial em termos de Linux, e fora dele temos a Debian. Acham que isto vai mudar? Abraços, Rui -- |
| | | | | A RH tem pelo menos a *imagem* de standard no mundo empresarial. Há quem saiba um bocadinho mais. Quando não se sabe, resta seguir a publicidade e então opta-se por quem guincha mais e fornece o produto em caixas vistosas. E quem guincha mais é a Red Hat (e claro que por isso há mais droids treinados para a administrar e depos pensa-se nisso em termos de suporte para fazer escolhas, etc, etc, mas nem sempre por causa de qualidades intrínsecas da distribuição). A United Linux provavelmente quer guinchar mais alto, mas com as "per seat licenses", pacotes exclusivamente de binários e outras "simpatias" muito ao estilo do Ransom Love da Caldera, como insinuar que o Linux era um lixo antes mas-agora-é-que-é-bom-comprem-o-nosso, é bem possível que o conceito do United Linux siga a Caldera pelo cano abaixo. Sem ofensa para as outras distribuições (tirando talvez a Caldera, que apetece sempre ofender), a Debian não é de forma nenhuma uma distribuição "para amadores". Tanto pior para o mundo empresarial (pelo menos aquele com administradores de sistemas com neurónios q.b.) que não reparar nisso. |
| | | | Não podes contudo esquecer-te que a Debian é um produto filosófico, no bom sentido do termo. Está disponível. Quem quiser usa, quem não quiser não usa. A Red Hat, a SuSE e as outras são pertença de empresas que precisam de fazer dinheiro para no mínimo sobreviverem.
De qualquer modo, os standards de facto da Red Hat são tão bons ou tão maus como os standards de facto do M$ Office.
Mário Gamito |
| | | | Não é por ser "um produto filosófico" que a Debian deixa de ser boa. Agora a decisão parte das empresas e dos administradores de sistemas das empresas. Os sysadms que eu conheço, que têm os tais "neurónios q.b." e que já aprofundaram um conhecimento do linux ao longo de vários anos, quando a segurança e estabilidade falam mais alto, usam Debian. Dúvido que seja só por terem ideologias filosóficas, senão (alguns) não estavam a ganhar os salários que estão ;-) Quanto à questão inicial desta thread penso que o que se passa é que as empresas que querem usar linux têm basicamente dois caminhos por onde enveredar: 1 - Compram um produto de uma empresa de renome que ofereça todo o apoio técnico necessário (RedHat por exemplo). 2 - Contratam um técnico com conhecimentos e capacidade suficientes para pôr as coisas a funcionar sem que a empresa se tenha que preocupar se ele usa Debian ou Debian (:-P)
A quase inexistência de certificados e a quantidade de "cromos" que têm a mania que são "experts" (que fazem com que as empresas tenham ainda menos confiança no Linux) põe a segunda hipótese um bocado de lado (a não ser que se tenha tendências suícidas ou se conheça alguém de confiança com as capacidades necessárias), por isso, a maioria das empresas que quer mudar para o Linux tende a optar pela primeira hipótese. Cumprimentos, Bruno Gravato.
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| | | | Se tivesse pontos de moderação teria premiado este post. Uma analise simples mas extraordinariamente realista. Parabens !
Rollerball - The world most dangerous game ! |
| | | | Excelente post.
Os "cromos" e "fanáticos" do "whatever UNIX like" são _O_ maior problema no que toca a credibilidade dos sistemas operativos livres.
Nenhum gestor que eu conheça "compra" a ideia de instalar "o sporting e/ou benfica dos sistemas operativos porque o adepto diz que é o maior" porque é "livre como a cerveja", apresentado por um "hippie do seculo 21" que lhe explica "que o bill gates é o demónio".
A identificação com este tipo de abordagem é uma péssima ideia. Os próprios não fazem a minima ideia do dano 1que causam às causas que julgam estar a defender/promover.
O "síndrome do Amiga" (ou do "OS/2") arrasa a credibilidade de qualquer sistema. Já não bastava os dogmas estupidos de "fazer como os outros é menos arriscado" (i.e. é a lógica do "nunca ninguém foi despedido por comprar IBM", que hoje se aplica à Microsoft), este tipo de postura enfraquece a posição de qualquer consultor que recomende o sistema.
PLS |
| | | | E outro problema, talvez o mais grave, são os jornalistas e as revistas (chamadas, mas não efectivamente) "da especialidade", desde a promoção de lixo porque os anunciantes pagam ao apresentar das alternativas puxando pelo lado folclórico (com expressões como "hippie", "comunista" ou a muito-querida "fundamentalista") porque o lado folclórico sempre dá mais audiência e, por contraste, dá ao público a ideia de que o comentador é pessoa moderada, racional, de bom senso (e, quem sabe, até mesmo um guru crescidinho superior a quaisquer debates apaixonados :) |
| | | | E uma pergunta: Quando o cromo do Debian for para "paisagens" mais interessantes, quem mantêm o Debian? Já em vários projectos tenho instalado RH, porque é como tu dizes, o Debian não é qq um que o mantêm. Mas tenho o Debian no meu portatil... :) Abraços, Rui -- |
| | | | É assim tão importante uma notícia na SIC sobre linux para merecer a nossa atenção?? Sim, claro que é. Pelas seguintes razões. A "Linux Revolution" e mais concretamente, a revolução do Open Source, não é algo que se passe de um dia para o outro. É algo que vai acontecendo, por que se vai lutanto, e que tem batalhas. A batalha da imprensa, é, sem duvida, importante. A ver, por ser o modo de divulgação de informação por excelência. Take one point... Como pode alguém usar Linux (ou obsd, ou solaris, ou seja lá o que fôr) se, puro e simplesmente, não sabe da sua existência... das suas vantagens e do que pode ganhar com a sua utilização. É importante ir divulgando. É importante aparecer nos jornais, na televisão, é importante ir-se falando que existe uma alternativa "aberta" aos sistemas proprietários e que tem vantagens que podem revelar-se uma grande valia na sua utilização. Isto, não só para responder ao AC, mas, principalmente, para lançar um "Finalmente!" e um "Obrigado" a toda a imprensa que para aqui se vira. Um abraço, Miguel Azevedo Are you in? \00/ |
| | | | | A má noticia é que eu não sou jornalista...
A boa noticia é que foi um jornalista que me pediu umas linhas de opinião sobre o tema...
PLS |
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