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Caro Preocupado: Dependendo da natureza das calamidades a suceder (e caso realmente aconteçam), é possível que os sistemas Linux se mantenham em funcionamento, e nesse caso, excluindo factores externos, é sabido que poderão depois funcionar sem administração durante muito tempo. Por isso, é boa ideia tomar desde já as precauções necessárias com algum software de qualidade mais duvidosa que instalar no seu sistema, bem como com as relações entre os seus sistemas Linux e outros a eles ligados. Quanto a proteger os seus sistemas, mesmo que temporariamente, contra o futuro incerto que nos espera, convém talvez arranjar-lhes um sítio aconchegado, uma UPS bastante grande (Grande) e alguns geradores com arranque automatizado. Um sistema de backup em discos magneto-ópticos com robot de mudança de disco será importante para assegurar um armazenamento a longo prazo após o Grande Shutdown Final algum tempo depois, quando se acabarem as fontes de energia ou acontecer algo igualmente inconveniente. Embora teoricamente fossem possíveis uptimes de dezenas de anos e se possam instalar facilmente mecanismos de redundância e fail-over, é de ter em conta a baixa durabilidade do hardware à escala geológica. Os analistas da indústria não prevêem aumentos dramáticos dos valores de MTBF de qualquer dos componentes até ao fim do Verão. Neste domínio da preservação de informação para os eventuais Vindouros, é também de estudar a aquisição de grandes quantidades de pedra, argila ou materiais de características semelhantes, impressoras para pedra (eventualmente laser ou jacto de areia) e software adequado, dada a fiabilidade comprovada desta forma de arquivo de informação. Pedra? Sim. Nas (poucas) revistas da especialidade tem-se discutido animadamente duas tecnologias concorrentes para o formato do suporte:
Ainda no que se refere ao Processo Egípcio, há duas variantes em forte competição: a Monolítica, bastante popular junto das multinacionais com grandes recursos logísticos e territoriais e avançada pela International Bulldozer Machines, e a Modular, proposta pela MicroBlock, supostamente mais fácil de configurar e dimensionar de acordo com as necessidades especificas do cliente. No entanto, segundo alguns comentadores, a instalação do sistema Modular tem custos excessivos escondidos, já que exige grandes equipas de administradores de sistemas, que terão de ser treinados no "deployment" de um produto "pesado" que não lhes é familiar. O departamento de marketing da MicroBlock tem tentado minimizar o impacto de discussões recentes que comparam o problema ao da construção das Grandes Pirâmides. No campo dos Protocolos Abertos, a W3C está a criar extensões ao HTML 4.0 Transitional para melhor suportar as nuances associadas a este suporte, de forma a podermos (continuar a) expor de forma legível alguns dos documentos hoje na WWW. Espera-se dentro de uma semana um "HTML 4.1 Really Final" com Cascading Style Sheet Engraving Extensions. Recorda-se que neste novo meio é especialmente importante um apropriado "graceful degrading" perante a (progressiva) redução de resolução e que não há nele qualquer suporte para CGIs, HTML dinâmico, cookies, animações, scrolling, audio, video, sendo tambem limitada a utilidade do uso de frames. Não esquecer tambem as reduzidas dimensões das "browsing tablets" no Processo Babilónico. Qualquer documento concebido para ser "best seen on an Egyptian-type browsing wall with 60m × 40m" será naturalmente considerado um exemplo atroz de "Bad Style", e terá, apesar do seu impacto visual imediato, uma audiência muito mais reduzida, limitada aos leitores com acesso às paredes adequadas. Soubemos ainda que, em grande segredo, foi interrompido o trabalho em curso em quase todos os browsers tradicionais de forma a conseguir a tempo produtos capazes de suportar os novos formatos. Entre os novos browsers destacam-se:
Inquiridos os programadores sobre a notória ausência de números de versão nestes produtos, a resposta foi surpreendentemente uniforme: "Só vamos ter mesmo tempo de fazer uma; quem vier a seguir que se amanhe" (tradução liberal). * E ficamos por aqui neste primeiro artigo sobre as Tecnologias do Futuro, do nosso consultório técnico "As Novas Tecnologias e os Desafios do Amanhã: o Impacto das Catástrofes Planetárias". No próximo artigo, abordaremos uma questão que tem passado totalmente despercebida na imprensa especializada mas em relação à qual muitos dos nossos leitores nos tem confessado alguma apreensão: o problema da preservação dos Pinguins de Peluche nos eventos catastróficos à escala global. Ao contrário do que esperávamos, o problema não está a ser descurado. Entre outras revelações surpreendentes, mostraremos o trabalho pioneiro que a Agência Espacial Europeia tem desenvolvido neste campo, e publicaremos uma entrevista com uma equipa de eminentes cientistas portugueses a quem foi já garantido apoio governamental e fundos comunitários para a aquisição à ESA de um kit miniaturizado de um dos módulos, a ser totalmente desembalado e montado por elementos da referida equipa num laboratório nos arredores de Lisboa. Uma empresa alemã ofereceu-se já para colaborar enviando uma equipa especializada de 42 pinguins de peluche em miniatura. < Filipinas: Linux nas escolas?? Sim, por favor | Pilot com telemóvel da 3COM >
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