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No entanto, o anúncio deste tipo de sistemas como parte de um futuro cor de rosa onde a "Tecnologia nos Ajuda a Viver Melhor" não deixa de ter o seu lado assustador. As grandes empresas têm, já hoje, diversos mecanismos para obter, registar e cruzar informação sobre imensos aspectos da nossa vida. Os cartões de débito e crédito e os telefones celulares são ferramentas úteis, mas não apenas para nós, revelando os nossos hábitos de consumo e a nossa localização. Podemos optar por não os usar, mas torna-se cada vez mais difícil fazê-lo, à medida que as alternativas vão sendo limitadas ou desencorajadas. Identificar e seguir electronicamente os nossos cartões, os nossos telefones, os nossos carros, os nossos animais de estimação (chips de identificação), os nossos computadores e o nosso software (identificação de CPUs pela INTEL proposta como mecanismo de segurança para o comércio electrónico, identificadores em documentos produzidos pelo MS-Office, certas aplicações dos cookies...) era apenas o princípio. À medida que os sistemas de segurança biométricos se tornam mais eficazes e baratos, o seu uso vai alastrar pela nossa vida quotidiana. Porquê o receio adicional? Porque em vez de nos identificarmos através de algo que sabemos (um PIN, uma password), passamos a identificar-nos através do nosso corpo. Podíamos ter vários usernames, passwords, PINs, e legalmente mesmo diversos nomes em alguns sítios, mas agora vai ser o nosso corpo a ser electronicamente identificado e seguido por toda a parte. Que a máquina onde levantamos dinheiro nos deseje feliz aniversário é fraca consolação (é antes um sinal de que sabe mais do que devia). Paranóia? Eu diria antes "business as usual". O que acham? < Telecel em blackout | Petição pela acessibilidade na internet em portuga >
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