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| | Dois pontos soltos: - Na política diz-se "uma vez referendado, sempre referendado". - Penso que este novo referendo daria origem a uma lei que não tem nada a ver com a anterior. Por isso falar em "despenalização do aborto" era somewhat correto da última vez, mas desta vez não. * Não estou sequer a tentar dizer qual é a minha opinião com tudo isto, tanto acerca do governo como acerca do referendo.
paz, ratao |
| | | | | Da outra vez havia uma lei a legalizar o aborto que passou no Parlamento e depois houve um referendo (alguém se lembra qual a pergunta exacta?), desta vez só há o referendo. Se o SIM ganhar, o aborto (...) sai do código penal e depois o governo regula-o como entender.
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| | | | A pergunta foi exactamente a mesma que está a ser colocada agora. Podem confirmar em aqui |
| | | | - Na política diz-se "uma vez referendado, sempre referendado". Na política dizem-se muitas barbaridades todos os dias... ;-) Escreveu certo dia um poeta português: "Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades" Se assim não fosse ainda hoje andavamos a co-incinerar cientistas do oculto (aka queimar as bruxas). Há 9 anos não votei porque ainda não estava recenseado, por isso, nunca pude dar a minha opinião "oficialmente" sobre o assunto, gostava de poder ser auscultado agora que tenho, legalmente, a possibilidade de opinar...
_______________ "When the only tool you have is a hammer, every problem starts to look like a nail." |
| | | | Se assim não fosse ainda hoje andavamos a co-incinerar cientistas do oculto (aka queimar as bruxas). Eheheheh boa imagem. De qualquer modo a queima das bruxas era mais religiosa do que política. Se bem que na altura os 2 estavam mais próximos do que agora. (Agora é mais futebol... Entre os 2 venha o diabo e escolha...) Há 9 anos não votei porque ainda não estava recenseado... E eu que pensava que no gildot só paravam pais de família como eu :-P Hey! Uma boa vida para ti :-P
paz, ratao |
| | | | Penso que este novo referendo daria origem a uma lei que não tem nada a ver com a anterior. Por isso falar em "despenalização do aborto" era somewhat correto da última vez, mas desta vez não. Argumento inválido: a pergunta é a mesma. "mudem de rumo, já lá vem outro carreiro" |
| | | | Não percebi o teu raciocinio e penso que não percebeste o meu. O que eu estava a dizer tem a ver com o "depois". Sinceramente nem me informei o suficiente para falar sobre isto porque o meu voto está condicionado por outros factores... Por isso nem me interessa qual a pergunta ou qual o eventual resultado. Mesmo assim, pelo pouco que ouvi falar, penso que o projecto-lei anterior só falava da despenalização. (ponto final) A "nova" lei, eventualmente aprovada em caso de vitória do "sim", (segundo o pouco que sei) fala na despenalização e além disso em medidas para "prestar" o "serviço" de IVG nos hospitais. ...Mas não se fiem em mim. Pode ser só uma percepção errada, fruto de toda a publicidade que anda no ar. Quem tem a minima dúvida e interesse suficiente deve-se informar sobre o estado actual do "problema" e sobre o que está planeado para uma vitória do "sim". Felizmente eu sou como o robocop. Tenho algumas "prime directives" impossiveis de contornar, por isso a minha decisão está feita logo à partida :-) Finalmente, peço desculpas pelas "aspas" todas, mas o assunto é delicado.
paz, ratao |
| | | | Tanto quanto sei, não há nenhum projecto de lei concreto pendente da vitória do "SIM", apenas algumas manifestações de intenção por parte do Governo. Se o "SIM" ganhar, ficamos com um acto médico que terá de ser regulado pelo Ministério da Saúde. Eu vou votar no "SIM" mas também não me informei muito sobre os detalhes. A meu ver, isto não tem grande volta a dar-lhe: ou o aborto (...) permanece ilegal ou as mulheres vão poder abortar (...) sem grandes obstáculos. Não creio que haja meios termos praticáveis aqui. Quanto à forma como e se o aborto vai ser feito em instituições do SNS, isso vai ser algo que cada governo vai gerir conforme achar melhor. (...) := "a pedido da mulher, até às 10 semanas em establecimendo devidamente autorizado" |
| | | | Penso que o assunto mais pertinente é a questão dos cuidados médicos. "Qualquer" mulher consegue que alguém lhe faça um "aborto", embora ilegal e em condições precárias. Essa mulher não vai como alí às compras e pensa: "vou abortar" e pronto ... Pelo aborto não ser um acto que se utilize como a contracepção, é um método que previne a existência de famílias cada vez mais carenciadas (que têm 3 milhões de filhos e não têm dinheiro para contraceptivos - embora n seja desculpa - e não têm dinheiro para ir a um sítio qualquer fazer um aborto) e de crianças que não são desejadas e que podem sofrer bastante com isso. Por todo o sofrimento, abortar, perder a criança, remorços, culpa e ainda a prisão, vou votar sim. Penso que todos conhecemos alguém que mesmo na universidade engravidou e riscou do mapa uma boa hipotese de futuro, famílias que passam bastantes necessidades com filhos que não conseguem sustentar, pais muito novos ... o aborto não é um método contraceptivo mas ... acidentes acontecem (as pílulas, por exemplo, têm uma eficácia de 99,99% ... ) . Fica aqui uma manifestação a favor do "SIM", independentemente das politicas que estejam condicionadas por este resultado, nunca deveremos esquecer as condições acima referidas. Cumps- Gass |
| | | | Ratao eu compreendo essa tua logica das "prime directives" , que ja conheci muita gente com uma opinião semelhante e sinceramente nao creio que haja uma gota de malicia ou má-vontade nesse argumento, e até concordo, mas infelizmente como tu disseste este é uma assunto muito delicado e creio que uma boa parte das pessoas que usam essa logica para justificar o voto no não, no fundo não sao diferentes das que votam sim exactamente pelas mesmas razões (como eu) mas por um simples caso de falta de perspectiva, a grande questao que se põe nao é a falta de valor da vida ou nao, pelo contrario o é que fazer em situações complicadas como estas para pelo menos minizar a perda de vidas e o sofrimento desnecessário, o que de momento com o aborto clandestino muitas vezes acaba por custar a vida á mulher tambem. È por isso que realmente se dá tal discussão acerca de "prestar" o "serviço" em hospitais porque neste caso realmente é a unica maneira de ter condições para evitar ainda mais morte e sofrimento desnecessarios, e de dar aconselhamento e informação para evitar que a situação se repita, ou em algums casos até pode ser evitada esta situação ao informar a mulher de alternativas para apoia-la na maternidade, coisa que nao pode acontecer enquanto isso implicar acusar-se como criminosa, nem se o estado simplesmente despenalizar e lavar as mãos do assunto sem passar a integrar esta realidade no serviço nacional de saude. Não é um cenario agradavel mas como em qualquer situaçao complicada realmente temos que nos tentar esforçar pelo melhor que se arranja mesmo que nao seja a perfeição... ah e claro como nao haveria deixar de ser hoje em dia, a campanha tambem ja chegou aos tubos da net ;) (youtube "porque o aborto clandestino mata!" Ps: como nao creio que realmente alguem ainda acredite na pena de morte para a mulher, e desde a primeira constituição de 1822 que os castigos crueis e infames foram abolidos no plano legal realmente acho que tanto do sim como o não todos são pela vida, é realmente apenas uma questãode ver o grande plano de toda a situação. cumps |
| | | | A meu ver, o mecanismo de referendo tem as suas aplicaçães e esta é uma dela. Um governo, com ou sem maioria absoluta, serve para nos governar durante 4 anos. Já a despenalização do aborto (...) é algo que, a meu ver, se resume a uma crença moral subjectiva de cada um. Acho bem que seja dedicido em consulta directa. Tenho a esperança que depois do "fiasco" do primeiro referendo, os eleitores desta vez vão votar.
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| | | | | Concordo contigo... Aliás já é hábito :)
Para além dos motivos que apresentas penso que governo nenhum quer ficar com o "peso" desta decisão. Pode não ser bonito, mas nenhum de nós deverá ser suficientemente ingénuo para pensar que o governo se "atrevessaria".
Fora isto, tal como aconteceu no outro, os argumentos fogem muitas vezes à questão. Os do "Sim" acabam por dar a ideia que são "a favor" do aborto, e os do "Não" vão buscar coisas como "as dez semanas e 1s"...
A questão é muito díficil, e tal como da outra vez custa-me muito a decidir. Mas devo manter o voto... Será uma da vezes em que não deixo o papel em branco, e estas se calhar não são a maioria...
Cumprimentos. |
| | | | Já a despenalização do aborto (...) é algo que, a meu ver, se resume a uma crença moral subjectiva de cada um. Acho bem que seja dedicido em consulta directa. Há quase dois mil anos, um "governo" de "maioria", também achou que devia referendar uma matéria delicada que se resumia "à crença moral subjectiva de cada um". Look where that got us... Por mim deviam ganhar um par de bolas e legislar de acordo com a visão deles. Não foi para isso que foram eleitos? Daqui por 2 anos já ninguém andaria a discutir se tinha sido bom ou mau...
--- Este espaço pode ser seu... |
| | | | Há quase dois mil anos, um "governo" de "maioria", também achou que devia referendar uma matéria delicada que se resumia "à crença moral subjectiva de cada um". Look where that got us... ?? Por mim deviam ganhar um par de bolas e legislar de acordo com a visão deles. Não foi para isso que foram eleitos? Daqui por 2 anos já ninguém andaria a discutir se tinha sido bom ou mau... Como disse, a meu ver foram eleitos para governar o pais durante 4 anos e a questão do aborto vai para além disso... E imagina que este Governo ou o próximo não era favorável à despenalização do aborto? Nah.. Consulta directa aos cidadão é mesmo a melhor forma de lidar com isto. |
| | | | "a meu ver foram eleitos para governar o pais durante 4 anos e a questão do aborto vai para além disso... E imagina que este Governo ou o próximo não era favorável à despenalização do aborto?" E qual é a diferença entre esse e qualquer outro tipo de legislação? O aborto não é um problema constante. O aborto só é um problema quando se lembram de referendar. Nessa altura, juntam-se forquilhas, acendem-se archotes e vai-se para a rua fazer barulho. Se a lei mudasse hoje, por decisão do governo, amanhã havia barulho, depois de amanhã já ninguém queria saber. E podes crer que daqui por 2 ou 3 anos, se passar a haver um novo partido no governo, esse partido não vai mudar essa lei, tal como não muda outras.
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| | | | Já a despenalização do aborto (...) é algo que, a meu ver, se resume a uma crença moral subjectiva de cada um. Acho bem que seja dedicido em consulta directa. Por acaso acho que isto não tem qualquer lógica. Se se resume a uma crença moral subjectiva de cada um então porque raios é que se vai referendar? A despenalização não vai obrigar ninguém a fazer, enquanto a a actual lei obriga todos a não fazer, logo no meu entender essa obrigação deveria acabar, passando assim os cidadãos a exercer a sua crença moral sem "lições de moral" emitidas pelo estado laico.
Se certos bagões da Opus PeiDei emitem comentários, é porque estão no seu (feliz) direito que não foi referendada mas sim conquistado à custa de uma (bastante pacífica) deposição do regime anterior. E assim se conquistou um direito civil, o da liberdade de expressão.
Quanto à interrupção voluntária da gravidêz, existe um determinado ponto a partir do qual eu próprio fico com dúvidas se será legítimo abortar, mas penso que se a sociedade quiser obrigar a criação desse novo ser humano, contra o desejo e vontade da mãe, então a sociedade tem a obrigação de o fazer e não de a forçar.
Quer isto dizer que essa criança deveria passar a ser um peso nos nossos impostos se passar de determinado tempo considerado fronteira entre o parasitismo e a humanidade, for indesejada mas a sociedade obrigar a mãe a tê-la.
Direitos civis conquistam-se à força ou por imposição de lei quando o parlamento consegue decidir.
Referendo deveria ser feito, na minha opinião, sobre a aceitação e ratificação da eventual proposta de constituição da união europeia, uma vez que é um verdadeiro acordo social.
A IVG é um direito civil que em quase todo o lado onde é permitida é largamente mais liberal que o que se está a propor para Portugal, por isso os defensores do não deveriam rever a sua moralidade bacoca quando dizem tratar-se de uma licença para trucidar aos bocadinhos um bébé, e outros retratos do mais puro gore cinematográfico de fantasia cristã.
A minha resposta a cada panfleto do "não" que me chega às mãos é um enojado... erms... não, obrigado, ridicularizando o slogan deles. |
| | | | Estás a esquecer-te da questão do direito à vida do embrião/feto PS: Eu acabei mesmo de ser confundido com um defensor do "não"?! |
| | | | Não me esqueci. Se a sociedade quiser forçar o nascimento da criança, a sociedade tem de assumir a responsabilidade, leia-se: impostos de todos para cuidar dos miúdos. Claro que os defensores do "direito à vida" não querem assumir isso... |
| | | | Eu vou tentar esquivar-me a perspectiva politica para evitar colisões. Eu acredito que cada 1 sabe o que é melhor para si, portanto, o praticar ou não o aborto caso vença o sim, cabe a cada 1. Eu pessoalmente sou pelo não por algumas razões, e talvez a principal é a forma falaciosa como todo este assunto está a ser tratado. Há assuntos que para o bem do Estado, não cabe opinião ao povo, eu considero que num assunto como este, cabe ao povo toda a palavra. Como sempre a Democracia das maiorias, é a tirania das minorias. Eu espero sinceramente que seja qual for o resultado, seja bem encarado por todos, e que efectivamente ajude o povo Português. Independentemente do veredicto final, espero acima de tudo que o Governo invista seriamente no futuro na natalidade, assim como na promoção da mesma, de forma racional acima de tudo. -- Nemo timendo ad summum pervenit locum |
| | | | | Pois... esta última parte é que me irrita como no outro irritou.
É que, votando sim ou votando não neste referendo, penso que se houvesse um referendo com a pergunta "Concorda com o aborto como método anti-concepcional?" a afluência ia ser em massa e o "não" ganhava com 100%. Só que desta pergunta (inútil e fictícia claro) não vejo nem governos nem partidos nem politicos a tirar grandes ilações...
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| | | | Ninguém obriga ninguém a abortar. E além disso não sei se irias ter 100% a votar não...
Cumprimentos, Jorge Laranjo 01100110 01110101 01100101 01100111 00110000 |
| | | | " Só que desta pergunta (inútil e fictícia claro) não vejo nem governos nem partidos nem politicos a tirar grandes ilações..." Sabes porquê? Porque não há nada a retirar daí... De que serve despenalizar o aborto se não forem dadas condições para se fazer um aborto?É como dizer a um esfomeado: "Não vais preso de roubares para comer, mas não há nada para roubares".
Cumprimentos, Jorge Laranjo 01100110 01110101 01100101 01100111 00110000 |
| | | | Infelizmente fui informado pela embaixada local de que aparentemente não vai ser permitido aos portugueses com residência no estrangeiro votarem neste referendo. As razões não se conhecem, mas só podem ser de uma obtusidade balofa. Enfim, que mais se pode esperar de uma embaixada que nem passaporte me dá pois o raio da máquina avariou. Modernices... |
| | | | | Já agora qual é e embaixada? |
| | | | | Verão nessa parte do mundo estavas a espera de quê? :-) |
| | | | Mais informação aqui. É uma das formas de olhar para o problema.
Cumprimentos, Jorge Laranjo 01100110 01110101 01100101 01100111 00110000 |
| | | | Estou plenamente da acordo, sobre a forma como o tema é gerido..è muito mal gerido, e existe publicidade enganosa para ambos os lados...Parece que para algumas pessoas isto é uma autentica razão de vida... De qualquer das formas sou uma das pessoas que fui ao refrendo da primeira vez... Não irei desta, sinto-me ofendido com a falta de respeito pela decisão da minoria votante da primeira vez... Kata Ton Daimona Eaytoy |
| | | | | Não irei desta, sinto-me ofendido com a falta de respeito pela decisão da minoria votante da primeira vez... O anterior referendo não foi vinculativo por falta de votantes. Será que vais contribuir para isso volte a acontecer com este?
Cumprimentos, Jorge Laranjo 01100110 01110101 01100101 01100111 00110000 |
| | | | Não percebi essa. O resultado do primeiro referendo, não tendo sido vinculativo por não ter havido participação suficiente, foi respeitado pelo governo da altura: o "Não" ganhou e a lei que tinha sido aprovada no Parlamento a legalizar o aborto foi metida no lixo. Ou estás ofendido por o assunto ter ido de novo a referendo?
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| | | | NMHO o que se passa é que o governo e a oposição querem ocultar dos portugueses a triste verdade: eles na realidade não mandam nada. Por muito que a gente se esforce a eleger A, B ou C, as regras verdadeiramente importantes são ditadas pelo mercado, e só a concertação da União Europeia permite negociar alguma coisa que se veja, mesmo que com resultados limitados face à dimensão dos 3 outros blocos económicos mais importantes. Para não deixar o povão aperceber-se da impotência do regime democrático, cria-se ocasionalmente algum burburinho num tema socialmente fracturante, de forma a ocupar o tempo de antena e a obter "participação cívica", que na realidade se resume a acrescentar ruído à máquina de controlo de massas que é a TV e assim diluir ainda mais a já dispersa atenção do cidadão. Quando a Verdade vier ao de cima já estaremos todos numerados e destinados a ração de uma raça alienígena superior! Eles andem aí... Grumpy B) |
| | | | | "que na realidade se resume a acrescentar ruído à máquina de controlo de massas que é a TV e assim diluir ainda mais a já dispersa atenção do cidadão." __self__.aplaude() !
"Quando a Verdade vier ao de cima já estaremos todos numerados e destinados a ração de uma raça alienígena superior! Eles andem aí..." hell i sure hope so.
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| | | | Quando estava perto de me tornar um cidadão (hmmm, é só aos 18 anos não é? heh...), questionei o meu pai sobre o "porque é que eu não posso ir ao parlamento e gritar com aqueles camelos todos e dizer a minha opinião?" E sobre o "porque é que são aprovadas leis que vão contra a *clara* opinião das maiorias?" Ao que ele respondeu, "sabes, para isso é que as eleições servem: para escolheres quem melhor te representa para não ser necessário criar referendos (que sairiam extremamente caros)". Hmm...eu cá fui ficando na minha :o) Talvez não seja cidadão há tempo suficiente para compreender exactamente que democracia é esta...
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| | | | Mas quem é o geek que quer aturar putos? |
| | | | O projecto lei do Partido Socialista pode ser consultado aqui. Já pensei por várias vezes fazer uma pesquisa por títulos de jornal do género - "Recém-Nascido Encontrado em Casa de Banho de Café", "Criança deixada dentro de um Saco Térmico no muro da igreja", "Criança encontrada no caixote lo lixo" etc - e estou certo que não teria dificuldade em encontrar. São histórias que nos lembramos todos e que poderiam ter sido evitadas se o Aborto fosse uma opção sem consequências judiciais. Os métodos contraceptivos existem e a aposta na educação sexual tem sido uma crescente, mas mesmo assim há "falhas". Do projecto de lei do partido socialista faz parte um acompanhamento prévio para que a decisão seja sustentada e que não restem dúvidas que será a solução. Aos que defendem o não e que apostam em políticas anti-aborto, poderão, mesmo que vença o SIM no próximo dia 11, continuar com as mesmas porque o aborto continuará a existir, mas depois (caso o SIM seja maioritário) a lei não estará do seu lado e a mulher terá a última palavra sobre o rumo da sua vida.
Com os melhores cumprimentos Paulo Silva |
| | | | | Eu não quero defender o não. Mas este argumento que dás é um dos que não me agrada porque é um bocado "cego".
Quem tenha um bébé e não o possa criar pode dá-lo para adopção. Isso pode ser feito de livre vontade, com mais trabalho claro, mas sem riscos para a criança como os casos que exemplificas.
Se uma pessoa comete um acto desses (caixote do lixo, rios e sei lá mais o quê que me vem à memória) é porque algo de muito errado se passa na cabeça dessa pessoa e/ou na sua vida. Eu pessoalmente não acredito que o aborto resolvesse um caso desses. E o meu "pequeno" problema com o sim, bem como imagino o problema de muitos votantes no não, é que penso que muita gente vê na resposta "sim" à questão uma tentativa de resolver estas questões que dás como exemplo. Ou seja, não penalizar a mulher, liberdade de escolha etc. parece-me aceitável. Aborto para evitar os males da sociedade é que não me parece nem correcto nem eficaz. E infelizmente, fora da época de referendos pouco ou nada se vê ou se ouve para resolver os problemas que dão origem aos cenários que referes.
Cumprimentos. |
| | | | Há muitos exemplos que não são bons, mas que nos vêm à cabeça quando falamos em aborto. O abandono é um deles. Se o aborto não fosse utilizado para reparar os males da sociedade, as crianças com deficiência não era contempladas, na actual lei, para a opção de aborto. Da mesma forma, uma criança não desejada não deve passar pelos dramas de sistemas de adopção que simplesmente nao funcionam e que muitas vezes levam à marginalidade. Da mesma forma, vejo famílias carenciadas sem escruplos a terem vários filhos. Da mesma forma vejo jovens cujos filhos podem não abandonar, mas podem condicionar o seu futuro. O aborto não é uma boa opção, mas por vezes pode representar uma solução. Penso que é menos doloroso (psicologicamente) abortar alguém que nunca chegou exitir do que dar esse filho que não podemos sustentar ou que simplesmente "não nos serve" para uma adopção cujas consequencias são indeterminadas. A criança pode nunca vir a ser adoptada ou o arrependimento leva a casos como o actual do militar que está preso e que têm consequências brutais para a criança. Acho no entanto, que mesmo legalizado, o aborto não seja feito nos hospitais estatais ou comparticipados. no entanto é um negocio paralelo que deixa de existir e que passa a ter regras, aumentando a segurança de quem a ele tem que recorrer.
Cumps- Gass |
| | | | No passado Prós e Contras na RTP1 estava presente Vital Moreira que claramente adoptou a postura que me parece mais correcta neste referendo. Aparte o facto de haver vida após a fecundação, discute-se agora uma questão jurídica que urge resolver porque a actual lei não funciona. Neste seguimento, se me perguntarem se, moralmente, sou a favor do aborto, responderei sem hesitar que não. Contudo julgo que essa deverá ser uma decisão que cabe a cada um e por isso votarei SIM. Uma das campanhas do NÃO defende que os nossos impostos não devem servir para financiar abortos. Contudo algumas das instituições de caridade têm financiamento estatal, consequentemente apoiadas com os nossos impostos. A adopção seria uma alternativa, mas mais uma vez um processo moroso e nada agradável para as partes interessadas (veja-se o actual caso, embora com contornos especiais, que todos os dias é notícia) e que envolverá sempre um período numa casa de "caridade" que nem sempre têm condições para mais um. Sabes que o factor social muitas vezes é o que faz um dos pratos da balança ser atraído com mais força pela gravidade. Na maioria das vezes o aborto é a forma de esconder a vergonha de ter, inconsequentemente, "ultrapassado o limite" sem ter condições para assumir a responsabilidade. É um acto isolado para quem o pratica que evita a humilhação pública. Daí, os casos que de aborto passariam a adopção seriam bem poucos. Uma gravidez indesejada é como uma erva daninha - ocorre em momento indesejado e interfere negativamente nos objectivos de vida. Todos sabemos como se resolve esse problema! (Ponderei bem antes de fazer esta metáfora, mas julgo que não serei mal interpretado) Para terminar volto a afirmar que despenalizando a IVG não se está a incentivar as mulheres a abortarem sempre que se sintam sem saída. Garante-se-lhes apenas um acompanhamento médico (como consta no projecto lei) e a certeza que não será penalizada legalmente por isso.
Com os melhores cumprimentos Paulo Silva |
| | | | ... I'm a Roman Catholic, And have been since before I was born, And the one thing they say about Catholics is They'll take you as soon as you're warm.
You don't have to be a six-footer. You don't have to have a great brain. You don't have to have any clothes on. You're a Catholic the moment Dad came, Because...
Every sperm is sacred. Every sperm is great. If a sperm is wasted, God gets quite irate. ...
'In the future, the oppression will come in increasingly subtle forms'. |
| | | | | | | Filho : Ò pai , uma amiga la da minha escola quer fazer um abort . Ela pode ?? Pai : que idade e que ela tem filho ?? Filho : ora deve ser 1 ano mais nova que eu , ai uns 4 anos . Pai : que disparate claro que não . Filho : epa com a história de ter arranjar dinheiro po aborto ja me gamou mas foi o triciclo .... |
| | | | Este é dos argumentos mais ridículos pelo "não" que tenho visto. E o que me espanta mais é número elevado de pessoas que o defendem... Ou eu sou muito burro e há aqui algo que está a escapar, ou isto parece-me exactamente o mesmo que dizer, por exemplo: é proíbido roubar, mas ninguém vai preso, nem lhe acontece nada se roubar. Isto faz sentido para alguém? É que para mim não faz... Como é que se pode despenalizar algo sem o tornar legal? Não me parece possível dissociar as duas coisas... Se não é permitido por lei, então tem de ser penalizado. Se não se quer que seja penalizado, então tem de ser permitido por lei... Não vejo aqui uma terceira alternativa... Mas eu confesso que não sou muito versado em leis, por isso, alguém mais iluminado que me esclareça, por favor, se é possível não penalizar uma coisa que não é legal. _______________ "When the only tool you have is a hammer, every problem starts to look like a nail." |
| | | | | Não sendo também versado em Leis, deixo aqui a minha farpa. Partindo do principio que 'nenhuma' mulher faz um aborto de modo leviano, entende-se que é para esta um transtorno e uma agressão física e psicológica, sendo feito apenas em situações extremas por qualquer pessoa de bom senso. Por este motivo dispensa-se mais uma tortura, o julgamento e punição judicial. No entanto, poderia permanecer proibido, não criando o estado condições para este e perseguindo e punindo as pessoas que praticam o aborto nas mulheres, pois fazem-no apenas por dinheiro explorando a sua debilidade. Também não podemos matar ninguém, e se me tentar matar o estado não me julgara, pois entenderá que já estaria 'suficiente' mal e desesperado para tomar tal atitude. |
| | | | No entanto, poderia permanecer proibido, não criando o estado condições para este e perseguindo e punindo as pessoas que praticam o aborto nas mulheres, pois fazem-no apenas por dinheiro explorando a sua debilidade. no referendo a pergunta diz [snip]em estabelecimento de saúde legalmente autorizado[/snip]. o "vão de escada" continua a ser ilegal, obviamente. e estando as mulheres livres de perseguiçao criminal, é bem possivel que aumentem as denuncias. |
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