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| | "mas no caminho para aquilo que se pode caracterizar genericamente como o acesso livre ao conhecimento" Wtf ??? Isto deve ser mais um daqueles clichés dos zealotas não ??? Queres ler a Nature ? Vai a uma biblioteca... Queres mais conhecimento ? Vai a uma biblioteca... Geez.. agora ate a wikipedia eh a fonte de conhecimento do mundo... como isto anda...
Still fucki'n alive ! |
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| | Bom, estás a precisar de passar tempo em Bibliotecas... mas é para aprenderes a ler e a compreender um texto.
Cumprimentos, Jorge Laranjo 01100110 01110101 01100101 01100111 00110000 The Tao of Webdesign |
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| | Apesar de ultimamente a minha leitura ser exclusivamente em Inglês, ainda domino o suficiente a língua portuguesa para lhe apanhar esses segundos sentidos e ideias forçadas que muita gente tenta meter nos textos, a ver se passa. Se gostares da área da psicologia, saberias o quão importante pode ser meia dúzia de palavras para influenciar uma pessoa.
Still fucki'n alive ! |
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| | Engraçado. Escreves "Inglês" assim, com maiúscula e escrevere "língua portuguesa" com minúscula... Psicologia hein?
Cumprimentos, Jorge Laranjo 01100110 01110101 01100101 01100111 00110000 The Tao of Webdesign |
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| | escrevere obviamente é um typo escreves é que devia lá estar escrito.
Cumprimentos, Jorge Laranjo 01100110 01110101 01100101 01100111 00110000 The Tao of Webdesign |
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| | É muito provável que seja a supremacia do Inglês a prevalecer sobre o Português ao nível do inconsciente, já que a maioria do input é em inglês... Ou então é apenas devido ás novas formas de escrita que a revolução da Internet trouxe: rápida, abreviada e sem grandes preocupações de estilo...
Still fucki'n alive ! |
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| | Na tua opinião é zealota quem considere que deva haver acesso livre ao conhecimento?
Isso quer dizer que quem é moderado considera que não deve haver acesso livre ao conhecimento? É isso que estás a dizer? |
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| | Zealota é quem leva as coisas ao extremo, julgando-se conhecedor/possuidor da verdade. Isso reflecte-se nos zealotas da nova moda do Open Source e relacionados, em que julgam que o seu modelo é o melhor e único modelo para tudo ao qual conseguirem colar. É tipo o comunismo, em que pregava uma coisa, mas na realidade era igual a todos os outros (a igualdade é uma utopia que jamais será realizada...). O acesso livre pq sim, pq "meia duzia" de zealotas o quer, serve de que ? Vai a população inteira começar a ler a Nature como lê a Maria ? Gimme a break.
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| | Internet troll From Wikipedia, the free encyclopedia.
In Internet terminology, a troll is a person who posts inflammatory messages on the internet, such as on online discussion forums, to disrupt discussion or to upset its participants. "Troll" can also mean the inflammatory message itself posted by a troll or be a verb meaning to post such messages. "Trolling" (the gerund) is also commonly used to describe the activity.
(eheheh, sem ofensa mas não resisti! :-) )
Plexar. |
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| | Fits like a glove. É o gajo tal e qual. Dominus vobiscum |
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| | No entanto, tu encaixas que nem uma luva, mas daquelas de latex, bem justinhas na minha descrição. Aquilo que não te interessa, dado que julgas que a tua verdade é a real, desvias a conversa... Ah... ja tinha saudades dos meus dumb fucks preferidos aqui no burgo. Isto parecia morto :)
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| | OK. Eu clarifico. É evidente que em "no caminho para aquilo que se pode caracterizar genericamente como o acesso livre ao conhecimento" está uma generalização que, como todas, pode ser perigosa e/ou mal interpretada. Mas não se trata de um "clichés dos zealotas". Ao referir o "acesso livre ao conhecimento" referia-me em particular ao conhecimento científico, e a uma faceta da divulgação do trabalho científico que me parece criticável e que é a seguinte. Supõe que queres conhecer os resultados do estudo "Influenza - Interpandemic as Well as Pandemic Disease", publicado [link] no International Journal of Medicine, um jornal científico classificado no topo da lista de factores de impacto (ou seja, "muita bom"). Segues o link acima e quando pedes o texto completo do artigo não podes prosseguir se tu (ou a tua instituição) não assina a revista. Se nao trabalhares em medicina mas em física, então uma das publicações de referência é a Physical Review Letters. Mais uma vez, se quiseres ler, por exemplo, o artigo "Exact Counting of Supersymmetric Black Hole Microstates" segues este link mas não tens acesso ao texto completo. No entanto, neste caso, o texto completo do artigo (incluíndo a fonte TeX, as figuras originais, etc.) está disponível aqui, num arquivo de preprints. No caso da comunidade científica em física esta prática de disponibilizar integralmente os resultados da sua investigação neste arquivo é corrente e, diria até, imprescindível nos dias de hoje. Acontece que em muitos jornais científicos, o contrato de cedência de direitos, a que o autor acede quando submete um artigo para publicação, impede-o de disponibilizar os resultados publicados num arquivo deste tipo (a Nature, por acaso, não é um deles). Ora o que eu acho criticável é que, na sua esmagadora maioria, os trabalhos de investigação de muitas áreas científicas é financiado por dinheiros públicos e, logo, decorre também do esforço contributivo da sociedade e dos cidadãos. No exemplo acima sobre buracos negros, basta ir à última página do artigo completo e lá está o autor a agradecer o financiamento de uma agência (de fundos federais) americana para a realização do trabalho que está a publicar. Em Portugal, a quase totalidade do trabalho científico é financiada por dinheiros públicos. Ora, não tocando sequer na discussão sobre se o conhecimento pode ser considerado património de alguém, ou de algum consórcio de editores, parece compreensível que alguns cidadãos se sintam perplexos por lhes ser negado o acesso aos resultados de uma actividade para a qual eles e toda a sociedade contribuiram. Este problema não é claramente novo, mas tem vindo a ser cada vez mais debatido no meio científico. Por exemplo, muito recentemente, um número considerável de reputados cientistas membros da Royal Society of London (incluíndo vários prémios Nobel) assinou uma carta aberta à instituição onde critica uma posição tomada a respeito do acesso às publicações científicas. Neste enquadramento, talvez fique claro o sentido da minha frase original, e perceber porque considero interessante ser a Nature a tomar esta iniciativa (apesar de os artigos/notícias da Nature que citei sobre a Wikipédia estarem livremente disponíveis, tal não acontece com os artigos de fundo e com as "letters", e uma subscrição individual custa umas centenas de euros). É evidente que a Wikipédia não é nem será A fonte do conhecimento - isso é levar demasiado ao extremo a minha afirmação. Mas é uma fonte de conhecimento que tem muito a ganhar em qualidade e rigor com o contributo de especialistas (e basta um simples comentário a um artigo para ser um contributo efectivo). Um aspecto em que a intervenção de pessoal com formação científica pode ser crucial é no estilo e fundamentação dos artigos da Wikipédia: qualquer cientista sabe que não pode escrever/descrever matérias de facto e esperar que acreditem nele se não invocar as referências pertinentes. |
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| | Muito bem, melhor esclarecido, no entanto todo esse raciocinio continua a insinuar que conhecimento é igual aquilo que se produz nos artigos cientificos (genericamente, na área da Ciência). Ora existe conhecimento muito mais útil que não o state of the art, para toda a população em geral. Uma população educa-se e faz-se evoluir, ensinando as bases, ensinando-a a perceber. Qual é o interesse de uma artigo de física quando a maioria do pessoal chumba nos exames de física ou a maioria da população não tem qualificações para tal ?
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| | Qual é o interesse de uma artigo de física quando a maioria do pessoal chumba nos exames de física ou a maioria da população não tem qualificações para tal ? Raciocínio exímio. Provavelmente, esta grande frase ainda fará de ti laureado, pelo menos com o Nobel. E o próprio Nobel vai ressuscitar (salvo seja) para te entregar pessoalmente o prémio! No Quénia poucos são os que foram uma vez à escola. Qual é o interesse de haver livros da primeira classe a ensinarem matemática mihlões de pessoas no mundo (com mais que idade) nem foram à escola? Tu, na boa verdade, és pior que um provinciano. Dominus vobiscum |
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| | errata: onde se lê "mihlões", deve-se ler "quando milhões". Dominus vobiscum |
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| | Humm ja tava com saudades do meu burro preferido. So falta aparecer o 2nd burro preferido... Parece-me que este tempo de celibato nao serviu para melhorares minimamente a tua inteligência. Assim sendo, o que tem a ver a escolaridade básica com estudos superiores ? Ou queres comparar um artigo de física na revista Nature com a física do 9o ano ? É que a escolaridade básica deve ser gratuita, e imposta em todo o mundo, porque torna o mundo um melhor lugar para se viver. Porque é que nao pedes ao tio para patrocinar um artigo de física diariamente nos jornais de maior circulaçãp ? Assim ele deduzia nos impostos, por mecenato, e tu ganhavas o prémio bronco do ano com a tua excelente contribuição...
Still fucki'n alive ! |
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| | mau... gratuita? seu comuna! ----- Windows: Agora com ecrãs azuis... vermelhos... |
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| | "Qual é o interesse de uma artigo de física quando a maioria do pessoal chumba nos exames de física ou a maioria da população não tem qualificações para tal ?" Hm.. "Most people don't even know what a rootkit is, so why should they care about it?" -- Whatever |
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| | Supõe que queres conhecer os resultados do estudo "Influenza - Interpandemic as Well as Pandemic Disease", publicado [link] no International Journal of Medicine, um jornal científico classificado no topo da lista de factores de impacto (ou seja, "muita bom"). Segues o link acima e quando pedes o texto completo do artigo não podes prosseguir se tu (ou a tua instituição) não assina a revista. É uma grande chatice de facto. Mas infelizmente tem uma razão de ser: ninguém faz nada de graça. Essa publicação, como as outras, tem despesas que têm de ser pagas. E para ser uma publicação de referência convém que a forma de financiamento esteja acima de qualquer suspeita de parcialidade. O facto do autor não poder publicar o artigo noutro sitio advém naturalmente: se o autor o publicasse noutro sitio, ninguém comprava a revista. Por outro lado há quem defenda que um modelo de "pagar para publicar" (em que os autores pagam para publicar os artigos, com uma tabela fixa) e os artigos disponiveis gratuitamente é melhor. |
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| | É evidente que a Wikipédia não é nem será A fonte do conhecimento - O interessante é que isto é verdade de qualquer enciclopédia. A diferença é que a wikipédia tem normalmente todas as referências para uma pessoa verificar e investigar, e as outras normalmente não.
Aliás, pegar em qualquer que seja a enciclopédia e tomar o seu resumo de uma matéria como algo cientificamente aceitável... é no mínimo de um miúdo da primária :) |
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| | Qualquer texto lido deve sempre ser encarado com dúvida e espírito crítico. Tomar a palavra escrita como verdade absoluta, só porque alguém se deu ao trabalho de alinhar umas frases a seguir às outras, é próprio de burros e incompetentes. Sugestão: se achares que determinada entrada na Wikipedia não está correcta, tens bom remédio -- procura por um botão que diz "Edit" ;-) |
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| | Exactamente, e eis a enorme vantagem. Claro que para pessoas que apenas tenham capacidade para absorção passiva de conhecimento sem qualquer espírito crítico... uma enciclopédia tem de ser o suprasumo :) |
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| | Em português "peer review" é "revisão por pares". Não tarda nada nós estamos a speaking constantemente, mesmo when a thing não faça sense. |
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| | Concordo que talvez fosse dispensável ter usado "peer review" ;-) |
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| | Eu achei bem o uso do "peer reviews", "revisão por pares" não tem nada a ver, nem ficava bem. Em relação á noticia em si concordo com o parent (usei o itálico para não ferir susceptibilidades) de cima... a wikipedia é mais uma fonte de informação. Está longe de ser a fonte de informação. |
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| | Por acaso tem dado jeito =) http://mycroft.mozdev.org/quick/wikipedia.html
A Characteristic of life style... |
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| | Se não faz sentido então porque raio é o termo que aparece em trabalhos científicos em português? Se calhar os cientistas lusófonos estão completamente enganados. |
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| | Não tem nada a ver porquê? O que quer dizer "peer review"? Não é precisamente "revisão por pares"?
--- Omnia aliena sunt: tempus tantum nostrum est. (Séneca) "Tudo nos é alheio: apenas o Tempo é nosso." |
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| | Não sei o que significa ao certo "peer review" mas não será em simples português comparação lado-a-lado? Sérgio |
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| | É mesmo "revisão pelos pares". Neste caso "pares" tem o mesmo sentido que, por exemplo, na expressão latina "primus inter pares". É um sentido perfeitamente legitimo em Português.
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| | Tens razão, mas utilizar como justificação do significado de uma palavra em português uma utilização da palavra homónima em latim é, no mínimo, farfetched, principalmente tendo em conta que a tradução típica da expressão para português nem sequer envolve pares.
Mindstorm |
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| | E assim acabas de descobrir o erro que é cometido por aqueles que não tem a mínima noção do que é traduzir. O processo de tradução não se trata de pegar nas palavras individuais e fazer traduções literais delas. Se bastasse isso então bastava uma versão beta do babelfish para traduzir tudo e mais alguma coisa. Traduzir, ao contrário do que muita gente pensa, é encontrar o significado dos termos a traduzir e construir um termo traduzido que transmita a mesma ideia. Para termos exemplos óbvios basta só olhar para o pt-pt e o pt-br. A lingua pode ser a mesma e usar as mesmas palavras mas por vezes usa-se palavras completamentes diferentes para transmitir a mesmíssima ideia. Acredito que é graças à completa falta de noção que certas pessoas tem do que é traduzir que muita gente prefere usar termos ingleses em vez do seu equivalente português. Essas pessoas limitam-se a fazer traduções literais e assim chegam a resultados absurdos. Por causa da limitação que essas pessoas tem (e também até certo grau pela preguiça) então essas pessoas preferem desistir de traduzir e limitam-se a seguir o caminho mais fácil: speaking sempre que they tem the opportunity. |
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| | Queres com isso dizer que "Primeiro entre iguais" não é uma tradução correcta de primus inter pares? Para além de o ser, é a que passa mais facilmente o significado original. Por outro lado não percebo a aversão aos termos ingleses. Para quem, como eu, passa tanto tempo a falar, pensar ou escrever em inglês como em português, e desde que o contexto o permita, é perfeitamente natural a "mistura" das duas línguas. Há que ter noção das circunstâncias, e aqui estamos num meio completamente informal em que o foco deve estar no conteúdo e não na forma. Não me incomoda a língua (ou línguas) em que um comentário está escrito, desde que não envolva estilo SMS nem um número exagerado de erros ortográficos, e não percebo porque deveria.
Mindstorm |
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| | A expressão que estás á procura é "equivalência sêmantica". E enquanto o primus inter pares/primeiro entre iguais consegue uma aproximação ao significado na lingua original (o latim), o "revisão por pares" nem chega lá perto by my book. E já agora ao traduzir latim é significativamente mais simples para um tradutor conseguir transmitir a ideia original. |
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| | Esqueci-me de dizer que eu tenho 11+ anos de inglês em cima e 4 anos de latim. Mas discuta-se o artigo e parem lá com estas discuções paralelas. |
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| | Detesto dizer isto mas, se tens 11 anos de inglês, é estranho teres errado na palavra discussões sendo a equivalente inglesa bastante semelhante, mas compreende-se - tens 11 anos. |
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| | Acontece que "pares" pode ter em português exactamente o mesmo sentido que em latim: "iguais", "semelhantes". Por isso a comparação está certíssima.
--- Omnia aliena sunt: tempus tantum nostrum est. (Séneca) "Tudo nos é alheio: apenas o Tempo é nosso." |
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| | A "revisão por pares" é o processo pelo qual se faz ciência. Não é nada mais nada menos do que entregar os trabalhos científicos ao público interessado (os pares) para que eles os analisem e efectuem uma análise crítica dos processos e metodologias adoptadas e dos resultados obtidos. |
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| | Penso que uma tradução mais correcta seria "revisão pelos colegas". No que não há grandes dúvidas é que "peer" em inglês é bastante próximo de "pares", que em latim (e em português também) tem um significado algo misto entre colega, companheiro, igual (no sentido de ter as mesmas ocupações e gostos). Em latim pode ser o termo correcto para um soldado se referir a um colega, por exemplo, ou para um general se referir aos seus correlegionários, ou um politico se referir aos seus colegas no senado. Em inglês geralmente a situação é semalhante: "peer review" ou "peer-to-peer networking" são bons exemplos disso. Outro exemplo: Um modelo "peer-to-peer" funciona em oposição ao "master-slave". Portanto, "revisão pelos colegas" :-) |
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| | Segundo o Dicionário da Lingua Portuguesa em http://www.priberam.pt/dlpo
par - do Lat. pare adj. 2 gén., igual; semelhante;
logo, "revisão pelos (seus) pares" está absolutamente correcto: um cientista publica um documento, e há uma revisão por alguem semelhante a si (outro cientista) |
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