Esta discussão foi arquivada. Não se pode acrescentar nenhum comentário. | | | A minha carta aos Eurodeputados:
Exmos Srs. Deputados, Antes de mais, obrigado a todos aqueles que forem disponibilizar o seu reduzido tempo a ler -- e ponderar -- sobre este e-mail. Vou tentar ser o mais curto possível. A mensagem tem como objectivo, à semelhança de muitas outras que já foram enviadas pelas mais diversas pessoas, empresas ou instituições, alertar para o perigo das patentes de software! Ao contrário de uma patente comum, que protege uma invenção, uma patente de software está a priveligiar o abuso indevido de uma ideia. Na boa verdade, as patentes de software são um mecanismo de inventar (patentes), sem na verdade inventar nada. Não vale a pena iniciar demagogias sobre a validade das patentes de software: os casos absurdos e ridículos que se podem consultar no departamento de patentes dos EUA comprovam exactamente esta teoria. Por exemplo, o sistema de um clique do rato para efectuar uma compra na Amazon, o duplo clique do rato (patenteado pela Microsoft), um sistema de ajuda comum (patenteado pela Kodak) e poderia continuar indefinidamente... Esta situação abre precedentes, que aliás já estão a ser devidamente explorados pelas gigantes multi-nacionais. A contrário do que ainda muita gente pensa, as patentes não são uma forma de proteger os autores -- isso já está garantido pelo copyright. O que se sucede é que as patentes de software inibem a I&D por parte dos pequenos (individuais, pequenas empresas) que não podem competir em tribunal com grandes empresas que detêm uma ideia tão abstracta (pois têm o capital para a adquirir!) que compromete, e retrocede, muito trabalho. As patentes de software, e reafirmo o facto de serem as de software em específico, INIBEM e IMPEDEM a inovação. A prova que se trata de um mecanismo legal de ganhar dinheiro ilegalmente é a quantidade abusiva de empresas de patentes, que apenas têm dois objectivos: registar patentes e submeter as acusações para tribunal. Não inventam _nada_. A Microsoft sugeriu recentemente que o sistema de patentes fosse alterado para a patente ser atribuida ao primeiro que a regista, e não ao primeiro que declara a "invenção! Uma leitura, por um dos homens mais importantes da história das TI, Richard M. Stallman, aborda o problema de uma forma bastante interessante. http://lxer.com/module/newswire/view/38501/index.html Dada a época decisiva que se aproxima, eu apelo, consciente da gravidade de um "sim" no parlamento pode significar (e como pode colocar o meu futuro, e de todos, em risco), ao voto informado dos deputados, Vossas Exªs, que me representam a mim e ao povo português. Por favor, indagem e investiguem sobre o tema -- rapidamente constatarão que o cenário é bastante diferente daquele que as grandes empresas (os que ganham com as patentes de software) lhes têm falado. Até à data recebi resposta do Sr. Carlos Coelho, que passo a transcrever:
Muito obrigado pelo seu email e pela sua mensagem. Acho que tem toda a razão e que o Parlamento Europeu deve reapresentar as alterações que votou na primeira leitura recusando vergar-se à redacção que foi acordada no Conselho. Os melhores cumprimentos Carlos Coelho
Quem dera que todos os eurodeputados tomassem posições idênticas, e não comandadas pelos interesses selvagens, descarados e incontrolados de empresas como a Microsoft.
Patentes de Software: A arte de inventar patentes e não inventar nada. Dominus vobiscum |
| | | | | Oh que linda resposta do Eurodeputado. Sera que foi ele que a deu ou a secretaria ? Depois, se tivesse lido com atencao o teu email, e fosse no minimo culto, saberia apontar que as patentes nao protegem apenas invenções, mas também inovações. Depois: The copyright protects the form of expression rather than the subject matter of the writing. For example, a description of a machine could be copyrighted, but this would only prevent others from copying the description; it would not prevent others from writing a description of their own or from making and using the machine. Copyrights are registered by the Copyright Office of the Library of Congress. Enfim, a demagogia do costume, cada lado puxa a braza para a sua sardinha com a desinformação do costume ! P.S.: Um gajo como tu filho, de boas famílias, deveria saber escrever melhor portugues. Aquele teu paragrafo de introdução é uma boa merda... Enfim :)
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| | | | invenções, inovações, na prática do uso é igual. se em marktingles é uma merda diferente, é-me completamente indiferente porque distiguir as duas é tão fudido que cada dicionário tem a sua interpretação. a menos q apresentes algum especial. anormal, a tua citação sobre o copyright é para dizer que é diferente de uma patente. obrigado, génio. nada altera sobre a estupidez do sistema de patentes. e em portugal n se regista nada na biblioteca do congresso. aliás, graças à merda da convenção de berna, nem sequer tens q registar nada, basta haver provas da criação. quanto à carta, podia tar melhor, mas enfim... ----- Windows: Agora com ecrãs azuis... vermelhos... |
| | | | Eu nao estou a discutir o sistema de patentes ;) Estou a discutir a manipulação de ideias que ai o génio da cortiça fez. Eu por mim, implementava temporariamente o sistema de patentes, com clausula de revogação para tudo. Testava-se, funciona bem, siga, nao funciona lixo com ele. É muito mais fácil do que andar com extrapolações e previsões de uma realidade que se desconhece, baseada em meia dúzia de casos no sistema de patentes actuais.
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| | | | Tanta ingenuidade... acreditas mesmo que, uma vez aprovado, consegues reverter a situação se se chegar à conclusão (quem?) que ele é contra-indicado? Já agora, (e só como exemplo): concordas com aquela patente das barras de progressão? Achas que se devia aceitar uma patente desse género? ou continuamos naquele filme (genial) do Eddie Murphy, à espera que alguém grave uma conversa de bastidores para desmascarar esta farsa? |
| | | | Se acredito mesmo ? Porque não havia de acreditar ? Se nao acreditasse é muito fácil colocar todo o sistema legal em causa, exercício que seria do meu agrado ! Para isso mesmo é que deveria ser estabelecido um sistema temporário com cláusulas de revogação no caso de dar barraca. Se os visados nao aceitam tal sistema, a conversa é outra, mas a escolha é entre ter ou nao ter. É óbvio que não concordo com pseudo patentes estúpidas ! É obvio que não devem ser aceites patentes óbvios. No entanto, isso passa pela discussão do significado de óbvio, o que pode ser um problema mais complicado do que parece. Aquilo que é obvio, é que à partida estamos a negar algo com argumentos baseados em meia dúzia de casos maus. Para mim é uma extrapolação perigosa, baseada em muito na resistência à mudança. Faz-me lembrar casos do tipo medicamentos de venda livre nos hipers. A resistência começou logo no mesmo dia, com argumentos absurdos, sem realização de qualquer teste que comprova-se a situação. Até porque, o Reino Unido é um país diferente de Portugal. Esta luta parece a recente luta contra a globalização, em que muita gente não fazia a mínima ideia daquilo que estava em jogo, apenas protestavam. Baseavam muito daquilo que diziam em aparências...
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| | | | Aquilo que é obvio, é que à partida estamos a negar algo com argumentos baseados em meia dúzia de casos maus. Meia dúzia de casos maus?
Faz-me lembrar casos do tipo medicamentos de venda livre nos hipers. Isso são especulações, porque dantes não havia.
No caso das patentes de software já há provas dadas.
Faz-me lembrar casos do tipo medicamentos de venda livre nos hipers. Mas tu pelo menos dás-te ao trabalho de verificar os links, ou atribuis os links a um efeito estético maravilhoso do browser?
É que dar-te o acesso a provas e evidências não é coisa que tenha faltado...
Por outro lado, todas as tuas alegações seguem completamente infundadas. |
| | | | Ok my fault, esqueci-me de colocar as aspas. Não deixam de ser "meia dúzia" nos milhares ou milhões de patentes que existem e potenciais. Nao pega essa. Yeah todo o arsenal litigioso em propaganda, não é especulação, é realidade adiada. Certamente que conheces o conceito de realidade adiada, correcto ? Nao, nao verifico os links, porque o meu Firefox cada vez que clicko neles, tenta fazer save as, o que torna impossivel clickar em links. Ah... é capaz de me ter escapado um tom sarcástico aqui e ali nesta resposta...
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| | | | Yeah todo o arsenal litigioso em propaganda, não é especulação, é realidade adiada. Certamente que conheces o conceito de realidade adiada, correcto ? Deves estar a tentar fazer alusão ao reduzido número de casos que chegam a tribunal.
Acontece que a vasta maioria dos casos não chegam às barras do tribunal. Desafiar uma patente significa desafiar algo que o sistema considera válido. É o alegado infractor que tem o ónus da prova da inocência.
A maioria das entidades acusadas (PMEs, indivíduos, etc...) não têm recursos para desafiar uma patente. Um estudo do Gabinete de Patentes do Reino Unido (UKPTO) chegou à conclusão que este desafio poderia chegar facilmente a algumas centenas de milhares de EUROs.
E desta forma (chantagem e extorsão) se compram empresas, fecham projectos, se acaba com a inovação. E o mais bonito é que "nunca acontece nada" porque há uns cépticos que se recusam a tirar as palas que os impede de olhar para o lado... |
| | | | E desta forma (chantagem e extorsão) se compram empresas, fecham projectos, se acaba com a inovação Tu andas à deriva com as dúvidas, as questões, os medo, eu sei lá que mais, mas seria curioso como é que alguém compra uma empresa e acaba a inovação... a inovação só acabará qd todos deixarmos de pensar... e por isso pelo que me diz respeito não estou preocupado ;o)
My son is now an "entrepreneur." That's what you're called when you don't have a job. Ted Turner |
| | | | Nao, nao estou a fazer alusao ao numero de casos que chegam a tribunal. Litigio legal nao significa tribunal. A maioria dos casos antes de chegar a tribunal fica pelo settlement, já que na maioria dos casos é economicamente mais barata essa solução, e tb pq na maioria dos casos, os "infractores" nao tem grandes hipoteses de contestação. Caso contrário, nao era preciso sistema de patentes para nada, se bastava contestar para ir contra a patente. Por outro lado, parte dos casos que tem vindo a publico, sao empresas pequenas, a atacar empresas grandes, tipo Microsoft. Com certeza que te deves lembrar dos ultimos casos em que a Microsoft está envolvida. Infelizmente a justiça é cara, o que torna o conceito de justiça um pouco dúbio, aplicando-se isso em todas as áreas, nao apenas no caso das patentes. Chantagem e extorsão são conceitos "ligeiramente" diferentes daqueles que lhes atribuis. A compra de empresas, fecho de empresas, etc etc etc, faz parte da economia, tal como faz parte da vida a morte. Curiosamente, isto aqui nao faz referencia às patentes como causa para o possível decréscimo do progresso tecnologico. Claro, é apenas um artigo de opiniao, um estudo, mas no limite, tudo o que apresentares sofre exactamente do mesmo problema. O mais bonito, é que ha uns que querem impor aos outros as palas, querem obrigar os outros a olhar para outros lados e a ter opinioes divergentes. Esses "uns", sao os mesmos que supostamente defendem a liberdade e por ai fora, liberdade essa que pode sempre existir enquanto for de acordo com aquilo que eles definem. Faz-me lembrar o sistema Comunista e parecidos. Mas provavelmente és capaz de nao perceber isto... Como diria o Pacheco Pereira, se ninguem é do Não, entao eu vou ser, para que exista opinião divergente. Consegues atingir porque é que ele tomou esta atitude ou precisas de um desenho ?
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| | | | Se acredito mesmo ? Porque não havia de acreditar ? Se nao acreditasse é muito fácil colocar todo o sistema legal em causa... Deixa-me lembrar-te que, há uns anos atrás, havia pessoas cultas que acreditavam que a União Soviética era o sol do mundo... e continuaram a acreditar muito para além do razoável, pela simples razão que, se deixassem de o fazer, teriam que pôr em causa tudo aquilo em que acreditavam. Se o teu caso é mesmo de ingenuidade (o que duvido muito dado já teres dado mostras, aqui e ali, de alguma inteligência), um dia abrirás os olhos e verás que o muro foi reconstruído de novo. |
| | | | Er... estás a comparar duas coisas completamente distintas. Eu estou a falar do sistema legal e democrático. Por muito "injusto" que seja, toda a nossa sociedade é baseada nisso. Não acreditar nele, coloca em causa muitas coisas. Apesar dos problemas, alguns dos quais sinto na pele ou muito próximo, eu acredito no sistema legal. O projecto comunista tinha em mente uma nova sociedade, colocava tudo em causa. É algo bastante diferente. A ingenuidade muitas vezes é confundida com o acreditar em algo. Não são a mesma coisa.
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| | | | Não é preciso dramatizar tanto... colocar as patentes de software em causa não implica colocar em causa o sistema democrático ;-) Não será por aí que irá ocorrer qualquer catástrofe. Será, apenas, menos um impecilho ao desenvolvimento de software. |
| | | | Será, apenas, menos um impecilho ao desenvolvimento de software Com todo o potencial que este sistema (do teu ponto de vista) tem para gerar problemas, o mercado americano continua com vitalidade a gerar inovação e não vemos assim tantos problemas, ou estarei enganado. Estou é mais preocupado pelo facto da europa não ter a mesma dinâmica...
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| | | | E não estou a dizer que não a tem pelo facto de não ter patentes, nem sequer é isso...
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| | | | Segundo uma análise de dois fulanos do Federal Reserve Bank, o incremento de patentes de software nos EUA está associado a um declínio significativo no investimento em R&D por parte das empresas de software. Os autores tiveram o cuidado de dizer que o efeito não prova a causa, mas para eles, o argumento de que as patentes, no caso do software, estimula a inovação está incorrecto. Se há alterações no sistema legal que promove patentes indiscrimanadas, o resultado bem pode ser menos inovação. Adivinha quem pagou a dois economistas para criticarem este estudo? O mesmo que em 1991 lançou dúvidas sobre as patentes de software e que estas poderiam estagnar a indústria. |
| | | | http://www.newscientist.com/article.ns?id=dn7616 - este aqui nao refere nada acerca das patentes como factor de abrandamento do progresso tecnologico...
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| | | | Qualquer estudo cujo vector para progresso da inovação reside no número de patentes registadas merece muito pouco respeito.
Sugiro-te antes um estudo a sério, como o famoso estudo de Bessen & Hunt, onde claramente se conclui que os orçamentos para suster o sistema de patentes nas empresas estão a canibalizar os orçamentos para I&D... |
| | | | Obrigado pelo link, era esse mesmo o estudo a que me referia. |
| | | | Eu sugiro-te que sigas o mesmo conselho que me tentas dar, e comeces a ler as coisas com olhos de ver. Onde é que ali está descrito como vector para o progresso tecnologico o numero de patentes ? Tu é que mereces muito pouco respeito... Geez Ele foi buscar as patentes como uma variável para o estudo, para tentar correlacionar aquilo que quer provar. Percebes alguma coisa de Econometria certo ? É que os comentários ao artigo, por parte de outros "experts" vão no sentido de duvidar da amostra, não de ter usado patentes para correlacionar. O numero de patentes sempre foi uma variavel a ter em consideracao nestes estudos. Portanto é mais do que natural que ele o tente fazer. Quanto ao teu estudo a sério, é mais a sério que os outros porque carga de água ? Provavelmente pq tem um estudo econométrico associado. Claro que tu conheces os problemas da Econometria certo ? As conclusões estão cheias de "appear", "may be" e dicas sobre aquilo que encontraram no estudo econométrico. Nao vejo lá nenhuma conclusão firme, bem como a chamada para uma teoria que tente demonstrar aquilo que eles provam. E depois, os dados são relativos à década de 90, que tal como eles dizem, pode ter sido causado pela "arms race" a partir do momento em que as patentes foram aceites. Claramente não concluem nada, a não ser que leias qq coisa implicita na conclusão que eu nao consigo ler. Importas-te de demonstrar ? É que eles falam de "strategic patenting" quando observam essa correlação negativa.
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| | | | Depois, se (...) fosse no minimo culto, saberia apontar que as patentes nao protegem apenas invenções, mas também inovações. E tu acabaste de provar que não percebes nada de patentes, pois o seu propósito é precisamente incentivar que se publique a informação sobre a invenção, concedendo um monopólio de 20 anos sobre essa invenção.
Inovação também existe no Direito de Autor, ó jackass.
Enfim, a demagogia do costume, cada lado puxa a braza para a sua sardinha com a desinformação do costume ! Lá porque dizes que algo é "demagogia" não quer dizer que isso seja verdadeiro. Na realidade a descrição está muito correcta no que remete a registos, o Direito de Autor, quando registado oficialmente (inteiramente opcional e quase irrelevante para o exercício dos direitos).
A descrição do funcionamento do Direito de Autor também está bem descrita, pelo que gostaria que em vez de ser um demagogo fundamentes a tua opinião.
Ah, espera... é o tóni... |
| | | | Oh jackass, o que é que a publicacao da informação da invenção, tem a ver com o facto de a patente proteger invenção e inovação ? Claro que aquilo que digo é falso, a sapiência aqui do burgo é tão elevada que os outros são uns meros aspirantes à verdade...
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| | | | Oh jackass, o que é que a publicacao da informação da invenção, tem a ver com (...)? Oh, nada de especial. Insignificante, na realidade.
É apenas o propósito de uma patente. |
| | | | A "demagogia do costume" refere-se à tua resposta pendurada das palavras "inovação" e "desinformação"? Ou tens algum comentário de "informação", com conteúdo, talvez desmontando a suposta "desinformação"? Pelo caminho podes também aproveitar para encontrar e documentar a desinformação e a demagogia no artigo de Gary Reback (advogado que teve entre os clientes a Sun, a Oracle, a Apple, ...) na Forbes, o "Patently Absurd", e explicar melhor isso da "protecção das inovações" neste mundo real. Parece ser necessário recordar periodicamente que não se está a discutir um sistema legal fictício de uma sociedade num espaço paralelo com gabinetes de patentes diferente dos actuais USPTO e do EPO). By all means, estamos à espera da tua demonstração de objectividade, contra-desinformação e bom português... |
| | | | Se desejas perceber qual o significado da palavra inovação e da palavra invenção, inscreve-te numa universidade numa cadeira que trate do assunto. Rapidamente ficas a perceber a diferença. Relativamente à desinformação, prende-se com aquele bonito cliché, da arte de inventar nada. A patente protege a invenção e a inovação, não apenas a invenção como aquela bonita frase quer transmitir. Eu sei, fica bonito, dá uma ideia bonita, enfim, é um bonito slogan de marketing. O problema é que está errado. Estando errado passa a transmitir uma ideia falsa, distorcida, etc etc etc. Claro que o Sr Deputado nem contesta isso, apenas está a contra. Faz-me lembrar aquele filme do Eddie Murphy, quando vai Congressista, em que decidem no que é que vao votar a favor e contra. O assunto nao interessa, desde que obtenha mais votos ! A desinformação está presente em coisas deste género: "Ao contrário de uma patente comum, que protege uma invenção, uma patente de software está a priveligiar o abuso indevido de uma ideia.". O argumento primeiro está ferido da definição errada. Mas esquecendo isto, tem uma coisa mais engraçada, que é conduzir e formar a ideia sobre as patentes de software. Começa logo por partir do pressuposto de que é um abuso indevido. Claro que é um abuso indevido, baseado numa série de casos que aconteceram. A questão é, porque razao, e em que base é que se extrapola o principio geral de que vai ser abusado todo o sistema e todas as ideias vao ser apropriadas por meia dúzia de bichos papões ? Está é a desinformação, a deturpação dos factos e a manipulação das ideias. Se calhar devo ser eu que estou a ver coisas a mais. Provavelmente a maioria da malta aqui é um economista superior a mim, dado que dominam a arte do pressuposto com uma primazia fantástica. Quanto ao português, "Antes de mais, obrigado a todos aqueles que forem disponibilizar o seu reduzido tempo a ler -- e ponderar -- sobre este e-mail. Vou tentar ser o mais curto possível." Forem disponibilizar ? Mas isso é português que se escreva a um deputado ? Isso é português que um gajo com pedigree como ai o Amorim escreva ? Alguem que manda uns bitaites em público que entrava em qq curso e tem pedigree, deveria ter mais cuidado com aquilo que escreve. Ou então não...
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| | | | "vamos ver se o assustamos com a universidade", pensa ele Jovem, não me impressionas com a "táctica da universidade", eu sei o que é a Universidade e já vi nela, em muitas fases da vida, o melhor e o pior da espécie humana; passei por lá, num curso (física) com disciplinas menos dadas a banalidades do que certas disciplinas na moda debitando em PowerPoint, em prolongamento do estilo do ensino secundário, definições pré-mastigadas para os meninos decorarem palavra a palavra sem perceberem o conteúdo e facilmente resumíveis num pequeno pequeno artigo de enciclopédia. "As patentes protegem a inovação" bem podia ser uma das frases que o aluno copia para o caderno (ou melhor, o aluno vai em seguida levantar as fotocópias a 4 slides por página e 4-6 linhas por slide). Tenho também 41 anos e acho que mesmo sem a gritante falta dessa disciplina (e, note-se, sem qualquer menosprezo pela Economia) já devia ter percebido o que era "inovação"; mas talvez o meu cepticismo actual sobre algum mundo académico seja exagerado e tenhas tido a sorte (rara) de ter um professor e uma disciplina excepcionais sobre esse assunto; e nesse caso poderias dar-nos o benefício do conhecimento adquirido. Sobre essa contribuição não tenho esperanças, por saber muito bem que estás aqui apenas para te divertires. "A patente protege a invenção e a inovação", só assim, é também um belo chavão de marketing. Podes justificar a frase no domínio do software, aquele de que se está aqui a falar, tendo em conta que quem estás a insultar tentou ao menos exemplificar resumidamente com a história anterior da prática neste campo? A história anterior, onde reconheces abusos, deixou de ser relevante face às esperanças da aplicação idílica da toda-correcta definição que apresentas? És capaz, além da declaração de intenções "proteger a inovação", apontar como esta directiva vai evitar a repetição dos mesmos abusos? E em que quantidade esses abusos que não negas serão toleráveis como "danos colaterais" da protecção à inovação? Quanto à "extrapolação", ela não é necessária, e parece estar mais na tua visão do que o 4Gr escreveu do que no que ele escreveu. Não é necessária a caricatura de que todas as patentes seriam triviais e todos os que solicitam patentes seriam oportunistas sem escrúpulos. Dizer que a patenteabilidade de software priveligia o abuso indevido de ideias não é negado por ti quando reconheces os abusos. Os abusos existem por a ferramenta legal existir, como acontece com muitas outras ferramentas legais. Aquilo que não teria qualquer valor sem a directiva, uma ideia banal das que tu não negas existirem, transforma-se com a directiva numa potente arma de extorsão e litígio. Estando tu menos preocupado com os danos do que até o Alan Greenspan parece estar, e não fornecendo sequer exemplos para, poder-se-ia esperar, tornares irrelevantes os exemplos que ridicularizas, talvez devesses ser mais cauteloso no atirar de pedras à "arte do pressuposto" alheia. "Claro que o Sr Deputado nem contesta isso" Pela segunda vez acusas basicamente o Carlos Coelho de escrever o que escreveu apenas "para agradar", dizendo o que o que o 4Gr gostaria de ouvir. Isso faz parte da tua excelência na arte do pressuposto, ou tens dados para fundamentar a acusação? |
| | | | A Universidade não é nenhuma táctica para intimidação. É uma "táctica" para conhecimento superior. O mundo académico é apenas uma extensão do mundo normal. Tem do melhor e tem do pior. Apanhei excelentes professores e péssimos professores. Felizmente a minha ex faculdade no meu tempo tinha vários horários disponíveis, o que possibilitava a escolha de quem queriamos passar hora e meia a ouvir. Para perceber algumas definições, não basta ler a definição da enciclopédia. É preciso perceber o que está por detrás, é preciso perceber o que está à volta. As palavras podem ter significados variados, não são únicas. Caso contrário, é muito bonito ouvir dizer o nosso PM que vamos investir na inovação e toda a gente aplaude e fica contente, sem saber bem o que significa. Afinal vamos fazer o que ? Vamos inventar ou vamos inovar ? Se vamos inovar, o que é que vamos fazer concretamente ? Eu ainda nao percebi aquilo que eles querem fazer ao certo, tu sabes ? Aquilo que o génio da cortiça exemplificou, foi o caso que lhe interessava para o assunto. A história anterior, passa-se toda nos Estados Unidos da América, um "país" extremamente interessante e "sui generis". Um país com uma longa tradição litigiosa no dominío legal, um país com uma longa tradição no campo da jurisprudência. No entanto, estamos a discutir a Europa, um "país" bastante diferente, com um aglomerado de culturas muito diferente, e sem a tradição litigiosa legal dos EUA. TOda a argumentação tem sido baseada nisto, o texto do Stallman é muito bonito, mas todo baseado na transposição daquilo que se passa nos EUA para a Europa. Tal como o texto da Forbes, em que isso está bem patente naquele paragráfo do "vamos ver quem é o próximo na lista". Se me conseguires explicar porque razão é assumida a mesma causa efeito para a Europa, eu dou o braço a torcer. Os abusos existem em todo e qualquer sistema. É demais evidente que no sistema de patentes americano existem muitos abusos, no entanto, tal como o artigo diz, nao pode ser de mais nem de menos, tem que existir um equilibrio. O pressuposto é que isso nunca vai acontecer na Europa, no dia em que a directiva for transposta para o direito nacional de todos os Estados membros, o gabinete de patentes da União, vai ser inundado de patentes estúpidas e absurdas, e no dia a seguir a serem aprovadas, as coitadinhas das PME's vao ser inundadas por processos, e as que nao forem afectas, nos tempos a seguir vão falir porque nao conseguem fazer nada porque está tudo patenteado. Yeah... right... Mas note-se ainda, que claramente os EUA são um país estrangulado pelas patentes, em que a invenção e a inovação é nula, em que as PME's são esmagadas. A Europa é pelo contrário o paraíso fantástico da invenção e inovação. Afinal, temos as maiores empresas produtoras de software. A quantificação do prejuizo e benefício do sistema de patentes europeu não é possivel, porque não existe, logo nao passa tudo de previsões. E as previsões em Economia são um dos maiores flops que a ciência económica tem para oferecer, baseados na bela da Econometria, que apesar de bela, não tem o poder de previsão que muitos lhe pretendem atribuir. Mais uma vez, a extrapolação está patente em toda a argumentação que é feita. Ela é mais do que necessária para toda a argumentação que é feita contra o sistema de patentes. Ela é baseada no absurdo de alguns casos. E eu nunca disse que a patenteabilidade do software privilegia o abuso indevido de ideias. Isso é assumir por principio que o sistema é para ser abusado, isto é, a extrapolação que eu estou contra. Reconhecer os abusos é muito diferente de assumir um mau sistema por princípio. Os abusos são uma consequência da natureza e inteligência humana. Não existe um sistema perfeito, seja de que tipo for. Fazendo um paralelo com os sistemas operativos, um Windows é por defeito inseguro, ao passo que um OpenBSD é por defeito seguro (er.. cof cof). No entanto, é perfeitamente possivel tornar o Windows tão seguro como o OpenBSD. Mas continuam os dois a ser possíveis de ser abusados. Por esse facto rejeito o Windows ? Nao... "transforma-se com a directiva numa potente arma de extorsão e litígio." É o exemplo claro da transposição daquilo de que se passa nos EUA para a Europa, mesmo com culturas muito distintas. Basta ver, que não me lembro de um único TV SHOW europeu sobre questões legais, tipo o "Pratice" (ou la como se chama). No entanto, nos EUA, são a pontapé ;) Tornar irrelevantes os exemplos fornecidos, seria tapar o sol com uma peneira, seria um estilo político de negar os factos. Como já te demonstrei, nao nego o absurdo dos exemplos, nego é que sejam supostos como o caso geral, default. Claro que a resposta é muito bem fundamentada por parte do Sr Deputado. Mas ainda mais curioso, é aquele conjunto de palavras, "Acho que tem toda a razão". Isto é uma resposta clássica do tipo para despachar. É que tem toda a razão é algo bastante forte para se afirmar, especialmente vindo de um desconhecido, num email escrito num português bastante duvidoso. Se calhar sou eu que sou paranoico e os livros sobre Inteligência Artificial e Linguagem andam a fazer-me mal e a ver coisas que nao existem... Ou se calhar nao... P.S.: Não é uma acusação, é uma observação.
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| | | | P.S.: Não é uma acusação, é uma observação. Acho que é evidente a partir da página do Carlos Coelho a preocupação que ele tem por vários direitos civis.
Quanto mais não seja é um dos Eurodeputados que me trás pena de se votar partido a partido em vez de deputado a deputado! |
| | | | O pressuposto é que isso nunca vai acontecer na Europa, no dia em que a directiva for transposta para o direito nacional de todos os Estados membros, o gabinete de patentes da União, vai ser inundado de patentes estúpidas e absurdas, e no dia a seguir a serem aprovadas, as coitadinhas das PME's vao ser inundadas por processos, e as que nao forem afectas, nos tempos a seguir vão falir porque nao conseguem fazer nada porque está tudo patenteado. Yeah... right... Mas note-se ainda, que claramente os EUA são um país estrangulado pelas patentes, em que a invenção e a inovação é nula, em que as PME's são esmagadas. A Europa é pelo contrário o paraíso fantástico da invenção e inovação. Afinal, temos as maiores empresas produtoras de software. Esta é que é a questão neste momento, onde anda a europa no dominio da inovação no desenvolvimento de sw? É por isso que eu digo quem nada faz prefere não ter, acredita que se houvesse muita inovação neste dominio do lado de cá haveria outra posição (mais clara e a favor) sobre a questão das patentes. Embora eu ache que a questão que vai começar a preocupar as pessoas vai ser o reformular do actual sistema, parece-me inevitável, mas que ele é importante disso não tenhamos dúvida.
My son is now an "entrepreneur." That's what you're called when you don't have a job. Ted Turner |
| | | | "P.S.: Um gajo como tu filho, de boas famílias, deveria saber escrever melhor portugues. Aquele teu paragrafo de introdução é uma boa merda... Enfim :)" Brasa, escreve-se com S, e não Z. |
| | | | P.S.: Um gajo como tu filho, de boas famílias, deveria saber escrever melhor portugues. Aquele teu paragrafo de introdução é uma boa merda... Enfim :) er... Makes me want make the Tshirt: Osama Bin Laden is pirating music NOW will you go catch the fucker? a tua sig foi traduzida pela equipa da Toaplan? All your base are belong to us! Cumps, floWS |
| | | | Copy & Paste do /. :)
FireFox 1.0.5 released... 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12... Is it a record ? MFSA 2005-51 The return of frame-injection spoofing... Return sounds good!!! |
| | | | Se alguém quiser acrescentar ao seu apelo um exemplo de como as patentes são desnecessárias, eis um excelente exemplo |
| | | | | Sim. E provavelmente ficará disponível amanhã em português :) |
| | | | Desde já assumo que não sou um especialista no tema, mas penso que o exemplo é inteligentemente apresentado mas é errado: - O desenvolvimento de software é mais a um processo produtivo, repara que é a construção de produto e não criativo ou artistico como o exemplo do livro ou pintura (seria mais correcto quando comparado com técnicas ou materiais relacionados com os processos artisticos apresentados) - Existe grande investimento em investigação e desenvolvimento nesse processo o que não com a escrita ou pintura, por exemplo - Muitas vezes nesse processo pretendes reutilizar trabalho de outros E poderia continuar a apresentar algumas das diferenças que encontro para considerar que os defensores do não, apenas procuram exemplos simples mas aparentemente não muito justos... A questão pode estar no que poderá ou não ser patenteável, mas isso é uma discussão diferente, até porque patentes ridiculas não ajudam a credibilizar um sistema, se calhar o que deveria acontecer era reformular o actual sistema, por exemplo acho que 20 anos nesta área é um absurdo, mas penso que um sistema rejuvenescido poderia ser o caminho.
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| | | | Algumas discordâncias: Sobre processo criativo e artístico: claro que no desenvolvimento de software se funciona em vários "modos", mas de criativo e mesmo artístico ainda há muito (leia-se o que o Knuth diz da programação como arte, mas não é preciso ser um Knuth para sentir isso mesmo em projectos pequeninos), apesar de alguns processos mais mecanizados tentando tornar menos crucial a competência individual (mas outros poderão melhor julgar o sucesso desses "processos"). A analogia da programação com a literatura é particularmente interessante até por ambas acabarem por ser recombinação de miríades de pequenos elementos que podem ser reutilizados com fins muito diversos. Não é por acaso que falamos em linguagem de programação. Esta questão do enorme número de pequenos elementos é crucial face às patentes de software (talvez fique mais claro abaixo). Outro ponto interessante na analogia é que a barreira à entrada é muito baixa nas actividades de produção literária e de escrita de software. Sobre o investimento em "investigação e desenvolvimento": nem que seja investimento individual, talvez o menosprezo resulte de um mal entendido sobre trabalho artístico, infelizmente comum a alguns artistas, talvez mais em países como o nosso e num tempo como o nosso: a ideia de que para trabalho artístico é só preciso "o abandono à liberdade artística e deixar fluir a imaginação". Nos tempos que correm talvez o trabalho feito nesse pressuposto tenha algum sucesso, sendo as modas (dizer que se gosta porque contrariar "ficaria mal") e a "promoção cultural" o que são, mas o mais fácil dessa atitude é resultar lixo. Ainda recentemente, depois de eu ter ficado admirado com a qualidade da peça Copenhaga, um amigo me disse: `ah, mas o autor dessa farta-se de fazer trabalho de investigação histórica; por cá temos alguns autores que nunca se esforçaram muito nem aprenderam muito na vida e acham que basta a "inspiração"'. Sobre reutilização do trabalho: a reutilização está intensivamente em todo lado: na ciência, na arte, na técnica, como algo fundamental ao "respirar" de todas essas actividades. Agora, com a legislação sobre copyrights e patentes a desequilibrar-se e desvirtuar-se, demoniza-se em extremo a reutilização como "ataque à propriedade" onde antes nem se pensava nesses termos. Mais tarde ou mais cedo, muito mais gente perceberá os resultados dessa atitude extremada contra a reutilização: vai dando para alguns conseguirem lucro adicional imediato, nem sempre à custa de trabalho próprio, mas vai tendo efeitos cada vez mais "paralisantes" na tecnologia, na arte, e mesmo, infelizmente, na ciência. Longo de explicar... O Lawrence Lessig explica-o muito bem. Alguns temem a proximidade do que chamam a "utopia Stallman", sem reparar que os desenvolvimentos legislativos não vão de forma alguma nesse sentido; vão sim, e cada vez mais, no sentido contrário. Mas o que é agora realmente importante sai da expressão "os defensores do não": está-se discutir o não a quê? Perceber claramente isso pode ajudar a perceber porque alguns que até aceitariam o patenteamento de certos pedaços/tipos de software estão contra a directiva comunitária conforme saída do Conselho. Pode-se discutir se seria possível delimitar o que é "código de razoável patenteabilidade" do que é "ridículo patentear". Sim, essa é uma discussão diferente. Pessoalmente concordo com quem diz que essa fronteira, aparentemente acessível ao "bom senso", não é de facto definível em termos legais de forma clara que evite os abusos actuais. Muita gente que, com as melhores intenções, pressupõe que a patenteabilidade de software agora em discussão não é "tão má quanto a pintam" e fala sobre "estímulo à inovação" e "dinamização da economia" parece desconhecer a profusão de incidentes de litígio dos últimos anos nos EUA e estar a partir de alguns pressupostos além da tal possibilidade de delimitação clara do patenteável: - que vivemos num mundo mais próximo do ideal, talvez com mais ética no comportamento das empresas, ou pelo menos regulação mais pesada contra o abuso de legislação como ferramenta para competir fora do mercado;
- que o USPTO (EUA) e o Gabinete de Patentes Europeu têm comportamentos e estatutos bem diferentes dos que têm na prática: que analisam cuidadosamente, com tempo apropriado, todas os pedidos, que não são recompensados "à patente", que são devidamente controlados pelos estados envolvidos para o seu comportamento não divergir para extremos indesejados;
- que as patentes pedidas e sobretudo as concedidas dizem sobretudo respeito a sistemas completos, complexos, raros, e não a ideias vagas sobre pequenos componentes presentes numa imensidade de sistemas (mas frequentemente sem qualquer implementação prévia por parte dos candidatos), ainda por cima com reinvidicações vastas sobre o que é abrangido;
- e, em geral, que a legislação proposta não é o que é; por exemplo, achar que ela permitirá, a curto prazo, alterar o limite de 20 anos que o próprio mrmv acha absurdo.
Ora bem, o que se está discutir não é um sistema de patentes de software rejuvenescido e ideal num mundo ideal. O que se está a discutir é uma directiva que institui na Europa um sistema semelhante ou pior do que o actualmente existente nos EUA, para funcionar sob o controle de um gabinete de patentes também semelhante ou pior e que já demonstrou, ainda por cima aceitando antecipadamente (ilegalmente) o registo de dezenas de milhares de patentes de software, modelos de negócio, etc., o tipo de patentes que está disposto a aceitar. É neste contexto que o Stallman faz a analogia com as obras literárias, não no universo paralelo ideal, e é por isso que a comparação é especialmente apropriada. O programa de computador tem miríades de pequenas partes, como Os Miseráveis tem miríades de palavras, técnicas, personagens, desenvolvimentos. Muitas das patentes de software atribuídas correspondem impecavelmente a alguns daqueles exemplos de patentes literárias: genéricas, amplamente aplicáveis, de uma trivialidade ridícula. Qualquer uma delas disseminada por imensos sítios no código, provavelmente nenhuma delas sendo directamente importante para a parte mais crucial da inovação do mrmv mas que fazem parte das "formas literárias" do programador, às centenas. Qualquer uma delas transformada num ponto vulnerável por onde o litígio pode começar. A maior parte delas desconhecidas pelo mrmv, mesmo que tenha um gabinete jurídico pronto a comparar o seu código, linha por linha, com milhares de patentes publicadas ou pedidas. E, neste mundo não ideal, não basta perante um juíz alegar o ridículo da situação, por mais óbvio que seja ao programador. E neste mundo não ideal, as patentes de software como existem nos EUA e podem existir na Europa são uma barreira importante à entrada de quem quiser projectar uma carreira ou empresa a mais longo prazo, especialmente em um ou poucos produtos, com a tal investigação e desenvolvimento. Um belo dia tudo pode terminar abruptamente por causa de algumas patentes a abrangir pedaços do que se fez. E não basta ter a sua própria patente estimação; uma IBM ou Microsoft terá várias dezenas para contrapôr. A barreira à entrada está aí: no litígio em que o jogo é com patentes, a larga maioria dos jogadores que são postos em jogo pelos jogadores maiores está destinada a perder. Dizendo o mrmv o que diz sobre o "absurdo" dos 20 anos e sobre o interesse do "rejuvenescimento" do sistema de patentes, eu atrevo-me a dizer que ele é no fundo um "defensor do não" quando considerada a directiva como ela é. Isto porque, uma vez aprovada a directiva sem as emendas que eliminam as patentes de software, a porta terá sido aberta. O sistema "absurdo" e envelhecido ficará legalizado na Europa em todo o seu esplendor. E depois, quantos anos e mártires de litígio passarão até o sistema rejuvenescer e se parar com os absurdos? Nos EUA, já há vários anos que muita gente reconhece a necessidade de mudança, e até Alan Greenspan já se pronunciou sobre o problema. Alguém acha que vai ser fácil? E perante o poder da euro-burocracia, alguém acha que será ainda mais fácil resolvê-lo na Europa do que nos EUA? Neste momento a discussão possível e urgente é apenas sobre se queremos passar a ter exactamente esse mesmo problema, de um dia para o outro. É "apenas" isso que os Parlamento Europeu vai votar. Se conseguirmos evitar esse problema, poderemos, então sim, discutir menos utopicamente modelos rejuvenescidos e prevenções dos absurdos. |
| | | | Gostaria de responder a algumas passagens que me parecem que beneficiariam de uma visão diferente das coisas, mas não sei se vou ter tempo... ;o) Mas queria esclarecer uma coisa, eu não disse que no desenvolvimento de sw não utilizavas a criatividade, mas considero-o essencialmente um processo produtivo (é um projecto, tens naturalmente planeamento, objectivos, tentas ter previsibilidade, etc. tudo isso estraga qq tentativa de o colocar num plano puramente criativo, como o da escrita de um livro ou no da criação de um quadro, o mais aproximado é o campo da investigação que tipicamente é caro pois requer muito investimento sem garantia de retorno). Em relação à reutilização, estamos a falar de coisas distintas (são niveis de abstração distintos por isso é tão dificil discutir assuntos destes), eu falo ao nivel dos componentes e tu ao nivel do código, sem implementação, o meu sem dúvida é mais concreto... pelo menos no teu exemplo em relação ao livro, desculpa mas eu não consigo comparar ambos os processos... porque não a acho adequada. Hoje estamos a decidir sobre este modelo, mas o rejuvenescimento do modelo americano já começa a ser falado mesmo pelos seus apoiantes, o que significa que as pessoas se preocupam e aceitam que os dias de hoje mereçem mudanças... dizer apenas que não se aceita nenhum tipo de protecção é que me parece não ser solução e parece-me que todos perderemos mais do que ganharemos e eu penso sempre como consumidor que sou. My son is now an "entrepreneur." That's what you're called when you don't have a job. Ted Turner |
| | | | "As patentes, ou o caos" (mas aonde é que já ouvi isto?) O software já está abrangido pelo copyright e isso, pelo menos para quem vive da produção e manutenção de software, parece-me proteção suficiente. Por outro lado, não penso que uma pequena empresa, ou um programador individual, possa sequer pensar em registar uma patente... terás ideia dos custos envolvidos, por acaso? |
| | | | terás ideia dos custos envolvidos, por acaso? Sim e isso tb já foi colocado em causa por muita gente, aliás qt mais falamos mais me parece que a mudança seria imprescindivel o acabar com elas não me parece a solução, até acho que a Europa poderia pela primeira vez ser inovadora e dar um passo nesse sentido criando algo mais adequado aos dias de hoje e colocando a pressão do lado dos EUA mas nahhhh, a Europa é demasiado complexa... a alternativa é entre ter ou não ter, parece-me curto.
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| | | | a alternativa é entre ter ou não ter, parece-me curto. Então define lá o intermédio, ó grande iluminado.
É que menos que 20 anos não podes (tratados internacionais), e definir uma fronteira no domínio absatracto é algo que até hoje ninguém foi capaz.
Mas estou disposto a vergar-me perante a tua virilidade se fores capaz de provar o contrário. |
| | | | Eu não preciso definir a melhor opção, mas parece claro que nesta indústria provavelmente as coisas andam a uma velocidade diferente e obviamente os produtos possuem ciclos de vida relativamente curtos e alguma diferenciação (até pelo aparecimento do Open Source) poderia ser introduzida no periodo de detenção de uma patente. A mudança é sempre uma questão de força e motivação, parece que já muita gente tem dito que a mudança seria útil, até algumas das grandes forças e por isso é uma questão de mover os interesses nesse ou noutro sentido, mas obviamente que a discussão não será individual e entre nós, mas alternativas e ideias concerteza não vão faltar, embora da forma como tu falas parece que pensar em soluções é impossível porque não há... (tu não deves resolver muitos problemas a julgar por essa linha de pensamento) My son is now an "entrepreneur." That's what you're called when you don't have a job. Ted Turner |
| | | | embora da forma como tu falas parece que pensar em soluções é impossível porque não há... (tu não deves resolver muitos problemas a julgar por essa linha de pensamento) Quem és tu para além de um demagogo? Porque deveria alguém valorizar a tua opinião completamente baseada em ficção (não há um único facto sustentável na tua argumentação) quando grandes economistas, o Deutche Bank Research, e a vasta maioria dos estudos concluem o contrário do que dizes nesta matéria?
És o elo mais fraco. |
| | | | Tu andas submerso na m* dos documentos e estudos, e pelos vistos andam a fazer-te mal. Então explica lá o que os grandes economistas e a equipa de research do DB diz? quando muitos dos representantes desta industria acham que deveriam promover alterações ao actual sistema... Amigo é o que te digo, andas a dormir pouco, de tanto ler, mas isso tem-te feito mal...
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| | | | Não, os estudos mais favoráveis a patentes de software dizem que estas não são importantes para o negócio.
Aliás, o último estudo que mais se lhe aproximou foi o da BSA que diz que 81% ds PMEs europeias dependem de patentes de software.
Mas na realidade... o estudo diz que 20% das patentes de softwar detectadas pertencem a PMEs, destas apenas metade são Europeias, e 81% do total detém apenas uma.
Quando o software é a composição de milhares de ideias, ter a patente de apenas uma não vale de muito contra multinacionais com milhares de patentes. |
| | | | Se leres com alguma distância os estudos que apontas, nenhum consegue estabelecer de forma clara uma relação causa/efeito sobre o estabelecimento de patentes e a ausência de inovação (aliás como o contrário). Até porque basicamente os modelos são de acordo com o que é possível medir, e muitas vezes o impacto de determinadas medidas são apenas observaveis algum tempo depois, ou sofrem impacto de decisões estratégicas de um grande da industria, etc. e a única coisa que eles conseguem dizer é que "acreditamos que sim ou que não", daí eu achar que estamos todos a perder o nosso tempinho...
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| | | | e a única coisa que eles conseguem dizer é que "acreditamos que sim ou que não", daí eu achar que estamos todos a perder o nosso tempinho... Tendo em conta a tua falta de peso [na argumentação], acho que te descreveste como uma luva.
Só sabes dar a "tua" opinião, não a fundamentas, e ainda pões em causa a opinião de muitos que revelam ter um entendimento sobre a matéria diversas ordens de grandeza maior que o que revelas, fundamentando as suas opiniões perante dados concretos: como por exemplo da remoção de fundos da I&D para a base processual e litígiosa de patentes. Isto é quantificável... não é uma opinião ou uma correlação. |
| | | | como por exemplo da remoção de fundos da I&D para a base processual e litígiosa de patentes Oh meu amigo eu já te disse que não sendo este tema um dos meus temas preferidos, parece-me contudo que tens a mania que percebes da coisa, e já agora sempre te posso dizer que essa tua ideia é provavelmente de outra pessoa qq e olhando para as patentes em abstracto (já que pelo que conheço não me é fácil ir ao detalhe), e que a mim me parece apesar de tudo marginal na discussão que vinhamos tendo, quando aquilo que tentava discutir é o processo em si, criação e protecção do investimento. No resto como te disse li os links que enviaste e parece-me que nenhum deles tira grandes conclusões (porque de facto não é fácil), mas todos são utilizados por ti ou por pessoas que pensam da mesma forma habilidosamente (e nem sequer acho que o mérito seja teu mas de quem já o escreveu primeiro).
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| | | | Jutem-se à Maioria Económica contra patentes de software. Escrevam aos Eurodeputados e aos Deputados nacionais a pedir para apoiarem as emendas de compromisso Rocard-Buzek!
É urgente tomarem posição sob pena de verem plantado um campo minado na já suficientemente turva estrada para o sucesso. |
| | | | | Atenção! Também têm de pedir para apoiar mesmo, pois a abstenção nesta votação conta como sendo a favor de manter a versão do Conselho Europeu de Ministros, que permite as patentes de software.
Isto não é "interpretação subjectiva" da abstência, são mesmo assim as regras da segunda leitura no Parlamento Europeu... |
| | | | Algum sábio me pode explicar em poucas (ou muitas) palavras o que é que uma micro, pequena ou média empresa portuguesa da área das TIs tem a ganhar com a introdução deste sistema de patentes sobre software na Europa? Nomeadamente se contribui para:
- Alargar a oferta de produtos e serviços
- Expandir para novos mercados
- Criar postos de trabalho
- Proteger os seus investimentos
- Reduzir custos
- Incentivar a investigação e desenvolvimento
Antecipadamente grato.
"September the 4th, 2001, I stood in the ruins of the Twin Towers. It's a day I will never forget." George W. Bush |
| | | | | Boas questões, espero que esta resposta te satisfaça:
Incentivar a investigação e desenvolvimento Os estudos feitos revelam que mesmo nas grandes empresas os orçamentos para patentes de software são subtraídos aos orçamentos de I&D, logo há menos dinheiro disponível para despesas de I&D por ser necessário gastá-lo com todos os processos de patentes de software (advogados, pesquisas, registos, litígios, etc...).
Alargar a oferta de produtos e serviços Menos I&D implica menor oferta de produtos e serviços.
Expandir para novos mercados Essencial para expandir para novos mercados é poder reaproveitar o know-how existente para reduzir fortemente os custos de expansão. Se este know-how já se encontra prejudicado por patentes de software então vai manter-se afectado. As patentes de software afectam conceitos e não as implementações práticas, logo se os conceitos forem reaproveitados, continuará a ocorrer infracção.
Criar postos de trabalho Cria postos de trabalho nos departamentos de patentes (para suster o fluxo de registos), cria postos de trabalho nos grupos legais dentro das empresas (para suster as tarefas de patentes como registos e litígios).
Como as empresas de tecnologia necessitam de postos de trabalho de tecnologia mais do que postos de trabalho de litígio, e como há menos orçamento para I&D, os postos de trabalho que interessa fomentar são afectados.
Para além disso, um número suficiente de patentes (pensem em 20 patentes a pedir cada uma 5% dos lucros, por exemplo) a pedir uma porção dos lucros na licença, pode facilmente levar uma empresa à falência, ou à incapacidade total de manter e gerar emprego nas áreas de I&D.
Proteger os seus investimentos Um estudo recente da Business Software Alliance revelou que das 17000 patentes de software que encontrou no European Patent Office, apenas cerca de 20% pertencem a PMEs, e apenas metade dessas são Europeias. Mas 81% apenas detém uma (1) patente. Como o software é a conjunção de milhares de ideias, o que é mais fácil de acontecer?: - Quem tem uma patente infringir nalguma de milhares de patentes...
- ou quem tem milhares de patentes infringir naquela única patente de uma empresa?
Reduzir custos Os custos das patentes são muito elevados, e normalmente são fatais para PMEs, que normalmente cedem antes de ir à barra do tribunal e se deixam comprar por um determinado valor irrisório antes que sejam levados à falência por um custoso litígio.
Registar uma patente ascende a vários milhares de Euros, os litígios ascendem a várias dezenas de milhares de euros, podendo chegar às centenas.
Como pode alguém pensar que reduzem custos é algo que me custa a perceber. |
| | | | Eu penso que quem nada faz nada tem a ganhar, se o objectivo for ter acesso de forma "livre" ao trabalho dos outros, acho que a forma mais eficaz é não ter patentes... Mas de facto falas bem, como proteger o investimento dos pequenos? - Se o código for oferecido - Qual o incentivo para a investigação e desenvolvimento E repara que não sei qual a forma adequada de o conseguir fazer, mas acho que temos de ter mecanismos que o permitam fazer, na minha opinião claro. E em relação a isto eu penso nos "novos modelos" de negócio e casos recentes como da da JBoss por exemplo: http://www.forbes.com/intelligentinfrastructure/2005/06/15/jboss-ibm-linux_cz_dl_0615jboss .html?partner=yahootix&referrer= Coisa curiosa apenas 4% dos seus "clientes" querem serviços associados, ora se os grandes com capacidade de investimento suficiente até quase para oferecer serviços se meterem, como vais conseguir sustentar a tua pequena empresa...
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| | | | Mas de facto falas bem, como proteger o investimento dos pequenos? - Se o código for oferecido - Qual o incentivo para a investigação e desenvolvimento FUD alert. Assumes que o modelo de negócio baseado na remoção de direitos dos utilizadores é algo moralmente correcto, e que é a única forma de entrada de dinheiro a reinvestir em I&D.
É certo que se o software for livre (de notar que pode ser bem cobrado por isso), os que o receberem podem redistribuir mais barato, e no limite de graça. Isto apenas significa que o modelo de negócio do software proprietário não resulta bem com software livre.
Com efeito, não é conclusão de rocket scientist, para escrever em "inglês" que é fino. Evidentemente que o modelo tem de ser diferente.
Coisa curiosa apenas 4% dos seus "clientes" querem serviços associados, ora se os grandes com capacidade de investimento suficiente até quase para oferecer serviços se meterem, como vais conseguir sustentar a tua pequena empresa... FUD alert. 4% dos utilizadores (mascarar com "" não transmite a realidade) de JBoss são clientes da empresa que faz o JBoss.
Deixando de parte o facto de que até segundo a Microsoft o licenciamento são apenas 4% a 6% do custo de uma solução, a verdadeira pergunta é se os clientes da empresa gostam do serviço que compraram, e se são suicientes para a empresa se dar bem no mercado e vir a crescer. A atitude, um pouco agressiva demais para o meu gosto, da empresa leva-me a crer que esse poderá ser o seu pior trunfo.
Por exemplo, porque prefere a Red Hat trabalhar com o JOnAs e não com o JBoss? Não será um reflexo da abertura de uma comunidade face à outra? |
| | | | Assumes que o modelo de negócio baseado na remoção de direitos dos utilizadores é algo moralmente correcto... Essa da remoção de direitos dos utilizadores é engraçada, qd compro um produto Sony tb não tenho direito para fazer tudo o que quero, e se ainda assim achar aceitável... e que é a única forma de entrada de dinheiro a reinvestir em I&D Pois a outra forma é o subsidio... a verdadeira pergunta é se os clientes da empresa gostam do serviço que compraram, e se são suicientes para a empresa se dar bem no mercado e vir a crescer O que tu não percebes é que fica na mesma à mercê dos grandes, porque os seus melhores recursos não vão andar por lá muito tempo, e o resto já tu sabes... Em relação ao outro comentário, as empresas e os grupos definem as suas estratégias e não têm de encaixar na minha ou na tua ou na lógica de quem quer que seja, para mim é perfeitamente natural, o que não percebes é que no fim os objectivos de negócio são os que prevalecem... Em relação ao termo FUD, a história contada pelo artigo que apresentei é tão veridica, e olha que o futuro vai concerteza reservar-nos muito mais do mesmo... estaremos todos cá para ver ;o)
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| | | | Essa da remoção de direitos dos utilizadores é engraçada, qd compro um produto Sony tb não tenho direito para fazer tudo o que quero, e se ainda assim achar aceitável... Analogia errada. Não há direito de autor sobre esses produtos, nem têm custo zero de replicação e distribuição do conhecimento, pelo que não faz qualquer sentido a comparação. |
| | | | Isso é uma grande treta o conhecimento pode sempre ser distribuido, normalmente quem o detém e o considera de valor é que não acha muita piada em o fornecer gratuitamente qd pode lucrar com ele, o que é perfeitamente legitimo (o mesmo tb é legitimo se preferir oferecê-lo). O custo de replicação, é engraçado porque custos existem sempre, embora tu prefiras pensar que não, mesmo que a distribuição seja online. A única diferença é que tu podes fazer um produto mais barato por o poderes vender a vários clientes, essa apesar de tudo é uma vantagem tb para o cliente. Fazer o produto não é grátis... embora para ti seja, nada fazes e utilizas o trabalho de outros, a ideia atrai muita gente é sem dúvida excelente, mas só funciona enquanto os outros o quiserem...
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| | | | Isso é uma grande treta o conhecimento pode sempre ser distribuido, normalmente quem o detém e o considera de valor é que não acha muita piada em o fornecer gratuitamente qd pode lucrar com ele, o que é perfeitamente legitimo (o mesmo tb é legitimo se preferir oferecê-lo). 1. Ninguém detém uma obra, mas sim um monopólio temporário concedido pelo governo sobre a distribuição de cópias da obra
2. Este monopólio foi criado porque é importante difundir a obra para espalhar o conhecimento, e fazer cópias é muito caro.
Como hoje em dia fazer cópias digitais tem um custo virtualmente zero, faz sentido reclamar o direito à cópia de volta.
O custo de replicação, é engraçado porque custos existem sempre Mas são virtualmente zero. Já ouviste falar em vizinhanças matemáticas?
Fazer o produto não é grátis... Rejeito esta visão de merceeiro (ou mercenário conforme preferires) sobre a criação e difusão de conhecimento.
Conhecimento não é um produto, é um bem universal. |
| | | | Rejeito esta visão de merceeiro (ou mercenário conforme preferires) sobre a criação e difusão de conhecimento. Por esse caminho amanhã nem os serviços valem um tusto... e o melhor é mudares de área e já...
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| | | | Se 4 ou 5% dos utilizadores recorrem ao suporte (e pagam por ele) isso há-de aproximar-se bastante do do que acontece com software proprietário, pelo menos cá em Portugal, onde quase que sou insultado cada vez que me recuso a instalar ou manter software pirateado (há um certo glamour em estar fora-da-lei, sentem-se autênticos "Zés do Telhado"). Quanto ao incentivo à investigação e desenvolvimento, se pensares melhor, o modelo das patentes de software também não favorece as pequenas empresas... quando não há dinheiro para contratar um advogado para reaver os calotes que alguns clientes vão deixando, como é que haverá para contratar um advogado de patentes? Se a lei for aprovada, entre outras coisas, terás de pedir autorização (e pagar!) cada vez que quiseres usar uma simples barra de progressão... pensa só qual a dimensão que uma software-house terá de ter para enfrentar esses custos... |
| | | | Se a lei for aprovada, entre outras coisas, terás de pedir autorização (e pagar!) cada vez que quiseres usar uma simples barra de progressão... Um dos problemas do actual sistema é que ainda está por provar a validade/legitimidade de muitas das patentes atribuídas... não será assim como dizes. My son is now an "entrepreneur." That's what you're called when you don't have a job. Ted Turner |
| | | | Um dos problemas do actual sistema é que ainda está por provar a validade/legitimidade de muitas das patentes atribuídas... E, mesmo assim, defendes a aprovação desta lei? O teu paizinho terá, por acaso, acções da Microsoft (ou da IBM, ou da Nokia, ou...)? |
| | | | Eu não estou a defender nada, apenas digo que me parece que não ter patentes tb não me parece ser a solução, e que embora não esteja por dentro de toda a discussão, se perdeu demasiado tempo entre o sim/não e nem sequer se ponderou um modelo "actualizado" e menos criticável... mas que esperar desta Europa...
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| | | | Se me conseguires explicar para que é que me servem as patentes de software... é que deu-me uma branca e não me ocorre nada. Desenvolvo software, não trabalho numa multi-nacional, o meu paizinho não é milionário e eu também não sou (portanto, faltam-me 300.000¤ para registar uma patente)... qual a vantagem dessa pôrra, afinal? |
| | | | De forma directa provavelmente nada, mas se pensares que estamos onde estamos porque muita gente procurou inovar, e colocar-te em casa (e claro nas empesas) sistemas cada vez mais poderosos e baratos, ai já podes ver um beneficio. E em relação ao teu sw podes continuar a desenvolvê-lo e a tentar inovar que não creio que venhas a ter problemas, tal como não o foi para a grande maioria das empresas que desenvolve sw até aos dias de hoje... (sim mas tu acredites que vai deixar de ser assim, não é?)
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| | | | De forma directa provavelmente nada, mas se pensares que estamos onde estamos porque muita gente procurou inovar, e colocar-te em casa (e claro nas empesas) sistemas cada vez mais poderosos e baratos, ai já podes ver um beneficio. Se pensares que tudo isso foi feito sem patentes de software e muito bem, aí já podes ver a falta de necessidade de patentes de software... |
| | | | "E em relação ao teu sw podes continuar a desenvolvê-lo e a tentar inovar que não creio que venhas a ter problemas, tal como não o foi para a grande maioria das empresas que desenvolve sw até aos dias de hoje... (sim mas tu acredites que vai deixar de ser assim, não é?)" Vai dizer isso à RIM, que nem está a ter problemas com uns bacanos de uma "empresa" catita que dá pelo nome de NTP... |
| | | | Lembrei-me mais tarde do seguinte: a Real in Motion é canadiana e realmente trouxe nova dinâmica com a sua oferta, a tal ponto que uma multinacional de Redmond já quer a sua parte no bolo (isto de querer fazer/ter tudo e mais alguma coisa só traz maus resultados, mas enfim), mas é uma empresa americana, nos EUA, que está a meter travão nisto e sem mérito, não conheço nenhuma implementação concreta por parte da NTP, só patentes... |
| | | | Não me acontecerá nada enquanto a empresa for pequena... se, por outro lado, começar a dar nas vistas, habilito-me a uma visita de senhores de fatos azuis para me extorquirem dinheiro. |
| | | | | Um dos problemas do actual sistema é que ainda está por provar a validade/legitimidade de muitas das patentes atribuídas... não será assim como dizes. Os peritos de patentes são os gabinetes de registo de patentes. Logo cada patente é válida por omissão quando concedida. Tu é que tens de ir a tribunal provar a inocência se fores acusado ou ameaçado. Tens estofo para isso?
A maioria das entidades não, e por isso acabam por fazer acordos fora do tribunal (este é o motivo pelo qual há tão poucos casos que realmente chegam a tribunal), e muitas empresas são compradas a valor irrisório pelos detentores de patentes que elas infringem. É aliás a maneira mais fácil de comprar uma empresa: ameaçar processá-la até ela ir à falência, a menos que se venda bem baratinho... |
| | | | Os peritos de patentes são os gabinetes de registo de patentes. Logo cada patente é válida por omissão quando concedida. Tu é que tens de ir a tribunal provar a inocência se fores acusado ou ameaçado. Tens estofo para isso? E quem disse que tem de ser assim, o que eu digo é que apenas se procurou discutir o sim/não nos moldes conhecidos por todos e não procurar um modelo menos criticável...
My son is now an "entrepreneur." That's what you're called when you don't have a job. Ted Turner |
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