Esta discussão foi arquivada. Não se pode acrescentar nenhum comentário. | | | A cidade de Barcelona viu-se obrigada a suspender o serviço Wi-Fi que disponibilizava aos habitantes por não conseguir cumprir as exigências impostos pela Comisión del Mercado de las Telecomunicaciones (CMT), que requeria que o município se constituísse como operadora e financiasse o projecto sem dinheiros públicos. Na opinião do regulador para o mercado espanhol das telecomunicações, o serviço oferecido pela Câmara de Barcelona, denominado "Sensefils BCN", não tinha interesse público, concorrendo com as operadoras privadas. (link no TekSapo) Eu se fosse um operador comercial Wifi(PTwifi/hotspotsportugal/vodafone/etc) não gostava que fundos públicos estivessem a ser usados para me lixarem o negocio comercial. Será que a Anacom vai entrar em campo como a equivalente fez em Espanha ? |
| | | | | Exactamente o que eu penso: se o estado presta serviços que são ''bens'' privados e não bens ''públicos'' - então desrulamenta o mercado.
Seria mais eficaz ''patrocionar'' após concurso público, um ISP que seria parcialmente compensado dos custos. Com o modelo da autarqui suportar todos os custos, fica tudo mais oneroso e o mercado ficar irremediavelmente distorcido. Quem ira usar Internet no Fiail que não seja à borla?
"The interest in encouraging freedom of expression in a democratic society outweighs any theoretical but unproven benefit of censorship." |
| | | | Penso que isso aplica-se mais quando o mercado se encontra num ambiente de concorrência. Bem, pelo que leio aqui, lá no bem longe não têm ISPs viáveis que percam dinheiro devido à Câmara fazer "serviço público".
Sleep on , Dream on |
| | | | As condições de acesso deverão ser sempre diferentes entre uma ligação supostamente dedicada a mim (aquela que eu contrato com um ISP) e uma partilhada por todos os municipes. Sinceramente, dependendo da relação custo/beneficio, não vejo mal nenhum em uma câmara apostar nisto. Pode ser uma má aplicação de dinheiro, e nesse caso a câmara deveria ser penalizada por isso nas proximas eleições, agora ilegal não me parece. Ou também vêz mal em uma câmara licenciar mais entrepostos comerciais "porque isso vai estragar o negócio aos já instalados"? A criação de pontos de acesso gratuitos vai aumentar a competição aos operadores, verdade. Não vai acabar com o negócio destes (a menos que eles tenham modelos de negócio que impliquem monopólio).
Cumps, JB .. acusaram-O de pirataria, por ter duplicado uma cesta de pão e cinco peixes, e disseram: crucifiquem-No .. (Biblia do Século XXI) |
| | | | Sinceramente, dependendo da relação custo/beneficio, não vejo mal nenhum em uma câmara apostar nisto. Pode ser uma má aplicação de dinheiro, e nesse caso a câmara deveria ser penalizada por isso nas proximas eleições, agora ilegal não me parece. Se é "má aplicação de fundos públicos" entra o tribunal de contas em campo e queixas em tribunal de operadores privados. Não é assim tão linear. Daqui a pouco as câmaras abrem bombas de gasolina e poem-se a fazer descontos. E isso não é dependente das eleições, se assim fosse os presidentes de câmara não iam presos como muitos foram/irão. Ou também vêz mal em uma câmara licenciar mais entrepostos comerciais "porque isso vai estragar o negócio aos já instalados"? Estás a falar de licenciamentos a privados. Isso é a livre comcorrencia, e mesmo isso tem leis. Há limites para zonas comerciais. Isto é diferente. É a Câmara a meter-se no negócio. Não é a autorização de operação de outro privado. Wifi ainda não é serviço público. A criação de pontos de acesso gratuitos vai aumentar a competição aos operadores, verdade. Não vai acabar com o negócio destes (a menos que eles tenham modelos de negócio que impliquem monopólio). Acho que nem tu próprio percebes o que acabaste de escrever. |
| | | | Daqui a pouco as câmaras abrem bombas de gasolina e poem-se a fazer descontos. E se em vez de "abrirem bombas" comprarem gasolina a fornecedores e venderem-na subsidiada, é diferente? E se em vez de colocarem pontos de acesso, pagarem aos ISPs para o fazer, é diferente? Parece-me que a prestação do serviço ser por parte do privado ou do publico não vai alterar a situação (qdo muito pode alterar os custos e ou a transparência). É uma distorção do mercado, sim. Mas não me parece que seja pior que outras distorções que existem. Wifi ainda não é serviço público. And the operating word here is: AINDA. O acesso às telecomunicações é reconhecido como uma componente do serviço publico, principalmente em áreas remotas. Porque é que a internet há de ser diferente? Existem movimentações nesse sentido. Em relação ao termo "monopólio", usei-o de forma demasiado livre, sim, mas o que eu queria dizer é que a menos que o modelo de negócio dos ISP assuma a inexistência na prática de competição (o que não tem de ser monopólio...) uma situação destas não vai "matar" o ISP (mais vai fazer de certeza pressão sobre as margens... tough luck).
Cumps, JB .. acusaram-O de pirataria, por ter duplicado uma cesta de pão e cinco peixes, e disseram: crucifiquem-No .. (Biblia do Século XXI) |
| | | | E se em vez de "abrirem bombas" comprarem gasolina a fornecedores e venderem-na subsidiada, é diferente? E se em vez de colocarem pontos de acesso, pagarem aos ISPs para o fazer, é diferente? É ilegal! Não pertence às competências das câmaras. Compreendes isso ? Os privados que se metem nisso estão à vontade. A Oni pode-me das chamadas telefonicas de borla. Eles lá sabem o que fazem com o dinheiro. É deles. A câmara não pq o "negócio" dela não é esse e mais tarde TODAS as câmaras no país o teriam de fazer. É uma distorção do mercado, sim. Mas não me parece que seja pior que outras distorções que existem. Ah, vamos abrir precedentes com base no critério "não me parece que seja pior que outras". Wifi ainda não é serviço público. And the operating word here is: AINDA. O uso do "ainda" não foi casual... e como tal significa que poderá vir a ser mas actualmente não o é. Logo a câmara não tem o "dar". Já postos de internet em bibliotecas e sitios similares é diferente. Resumindo: Se não houver interesses privados obscuros por trás da decisão camararia estou-me a borrifar. Eles se depois vieram se queixar que as ruas andam sujas, que têm buracos, que não há agua, que há ruas sem iluminação só lhes digo... "Mas voçês têm Wifi! Não sei de q se queixam". Agora acho perfeitamente legitimo algum privado reclamar. Se não existem já implantados vão pensar duas vezes em lá por os pés. |
| | | | O que é ou não serviço público é sujeito de muita discussão... Embora haja quem discorde, acho que serviços públicos deve ser os serviços em que os membros da comunidade acharem que os beneficios de prestação universal (moderado ou não por taxas) ultrapassem os custos. Ou seja, desde que decidam que TODAS as vantagens de prestação universal ultrapassam TODOS os custos dessa prestação (que deverão ser suportados por essa comunidade). Uma comunidade que use democracia representativa geralmente delega essas decisões nos seus eleitos. Pode ser alegado que a definição do que é ou não serviço público deverá ser definido a diferentes níveis de governo que não o governo local... Mas aceitarmos a sua definição pode ser efectuada a um nível local, não tem de ser oferecido o mesmo em todos os lados (hoje em dia, as diferentes autarquias oferecem diferentes níveis de prestação de serviço). Logo o TODAS teriam de fazer parece-me exagero. E existem precedentes e justificações para definir o que é o bem público ao nível mais próximo possível dos cidadãos. Nota que nesta argumentação não indico se a prestação do serviço tem de ser pública ou privada. Conforme eu disse, acho que essas escolhas de prestação pública/privada devem ser feitas de acordo com as vantagens ou desvantagens de cada opção. E depois da escolha da medida (ou pelo menos de um estudo de custos/benificios). Não vejo mal em ser um ISP privado a fornecer um serviço público, se tal for competitivo com as alternativas. Agora, não vejo ilegalidades em tomar essa decisão, se for isso que a comunidade pretende (e estiver disposta a arcar com os custos da decisão).
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| | | | mas como sempre, é o zé do continente que paga estes brilharetes às ilhas e em troca ainda recebe coiçes e bandeirinhas de autonomia. Por causa dessas merdas (principalmente dauqela coisa de seu nome alberto joão), se eu fosse PR, já há muito tempo que tinha "independentizado" pelo menos a Madeira à força. Queria ver depois como é que descalçavam a bota, sem as remessas do continente colonialista.
Isto só no nosso país. Uma Câmara Municipal a fazer de ISP.
Mário Gamito gamito.startux.org |
| | | | | Realmente, so neste país! ...um comentário desses... Já agora as camaras tb não deviam recolher o lixo, esse serviço deviam as pessoas comprar a um LSP (Lixo Service Provider), nem limpar as ruas (isso era o LRSP), nem.... Sinceramente não (te) percebo. Dizes mal só por dizer, ou não tens realmente mais nada de jeito para dizer ? Cura-te. |
| | | | Recolha do lixo = essencial Servico Internet = nao essencial Topas a diferenca ?
I can live with doubt and uncertainty and not knowing. I think it is much more interesting to live not knowing than to have answers that might be wrong. |
| | | | Ou então, se o serviço de recolha de lixo (para o qual se paga, basta ver a factura da água) não for realizado, existirá inexoravelmente um problema grave de saúde pública. Se a Internet não for disponibilizada, ninguém morre por isso, embora muitas secretárias e funcionários tenham de procurar outra coisa que fazer com o seu tempo laboral que não IRC e correio mais ou menos obsceno. Francisco Colaço
Quem não faz, ensina; quem não faz nem ensina, faz metodologia. Quem não faz nem ensina nem faz metodologia, faz futurologia. |
| | | | A inexistência de uma rede de telecomunicações de voz também geralmente não implica que alguém morra. Ou um serviço de distribuição de energia eléctrica ou a existência de escolas primárias. Para mim, o que importa mais do que saber se é uma questão de vida ou de morte é saber se todos os beneficios da distribuição universal do serviço ultrapassam todos os custos da prestação do mesmo.
Cumps, JB .. acusaram-O de pirataria, por ter duplicado uma cesta de pão e cinco peixes, e disseram: crucifiquem-No .. (Biblia do Século XXI) |
| | | | De acordo. No entanto, deixa-me considerar isto: existem serviços que, se não forem realizados porão a ordem social em risco. A higiene urbana é um deles, assim como, a partir do Século XX, o abastecimento de água, electricidade e combustíveis. Imaginarias o que aconteceria se o sistema de transportes estivesse corrompido? Lembra-te da Rússia de 93 e as fomes de Inverno. Foi um problema essencialmente de logística que hoje, por fim, se encontra largamente ultrapassado, muito embora resistam outros problemas por resolver. Agora, a Internet ainda não é pervasiva o suficiente na nossa sociedade, isto é, não está suficientemente intrincada no nosso tecido social para ameaçar, em caso de falta, a própria sobrevivência da sociedade. E embora caminhe a passoa largos para tal, muito falta até queá chegue. Logo, não a considero um serviço público essencial, concordando com o Nuno Leitão, que menos loquazmente colocou a questão em discussão. Francisco Colaço
Quem não faz, ensina; quem não faz nem ensina, faz metodologia. Quem não faz nem ensina nem faz metodologia, faz futurologia. |
| | | | "Recolha do lixo = essencial" Desde quando é que a recolha de lixo por parte da camara é essencial? Eu posso muito bem levar o meu lixo para o aterro, não preciso que a camara o faça, não consigo é passar sem a internet ;-) Colocar apenas 2 niveis (essencial/não essencial) é escasso. Essencial é a comida, visto que sem comer morremos. O abrigo tambem é importante por causa do frio. Etc, etc... Isso dos serviços publicos servirem pa suprir necessidades essenciais tem mais que se lhe diga.
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| | | | Não sejas simplista. O aumento de pessoas com computadores e capacidades para os utilizar, e com acesso à Internet de banda larga, é um objectivo politico aceite por todos os partidos politicos com acento na Assembleia da República. Vê-se isto como uma forma de modernizar o país de forma não só a criar mercados, mas também de permitir que as pessoas ao acederem a conteúdos na Internet possa qualificar-se melhores, possam aceder a mais cultura, etc... As regiões autónomas, principalmente os Açores, têm um grande isolamento, e ao que sei o mercado lá tem algumas dificuldades e há pouca ou nenhuma competição. Hora não tendo o mercado por enquanto capacidade de dár acesso à Internet a todos de uma forma não só a satisfazer requesitos mínimos, como também com alguma ingualdade em relação ao que existe no resto do território nacional e na própria UE, acho perfeitamente natural que o Estado se possa substituir ao mercado temporáriamente. Não concordo que o serviço seja completamente gratuito, pelo menos em todos os casos, mas certamente que vejo com bons olhos as autoriadades, a promoverem o acesso a conteudos, a darem menos razões para desertificação, a garantirem igualdade de oportunidades e a ter em conta as condições especiais de isolamento que existem. Para a politica nacional um serviço de acesso à Internet pode ser considerádo essêncial, pois a tecnologia, o conhecimento e democratização do seu acesso são alegadamente pilares das politicas nacionais do Governo da República, e são objectivos completamente consensuais. Para a sociedade de que Portugal quer ter e tendo em conta a realidade exterior, bem que pode ser considerado como essêncial, talvez não vital no imediato, mas certamente essêncial e talvez vital para a economia, cultura, etc, a longo termo. «They that give up liberty to obtain a little temporary safety, deserve neither liberty nor safety» Benjamim Franklin (1706-1790) |
| | | | Qual é a Câmara Municipal que ainda não subcontrata empresas privadas para essas coisas ?
Mário Gamito gamito.startux.org |
| | | | 1) Aquilo estar praticamente isolado do mundo, não vos interessa? 2) A população não chega a 20,000 habitantes. Quantos deles irão usar wi-fi? 1000? 3) Acho que é de aplaudir esta acção. Dial-up já la vai... e com os esquemas comerciais, duvido mto que lá haja ADSL e/ou netRabos...
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| | | | A Câmara da Horta (ou a Região Autónoma dos Açores, para o efeito) tem um peso orcamental ridiculo, deixa-os lá em paz... Agora se quiseres cascar no Alberto e na Madeira estou contigo, provavelmente cada madeirense custa-nos mais do que toda a Horta...
Mindstorm |
| | | | É impressionante a falta de noção de como é a realidade. Virou moda toda a gente do continente, sempre que há algo que não concordam…. E pimba!! Quem paga é a Madeira. Talvez não saibam mas quem deve dinheiro é continente e não a Madeira. Caso não saibam todos os imposto cobrados vão para o cofre do estado e não ficam na Madeira. Só para vos dar um exemplo, entre outros, por dia na madeira entram cerca de 25000 turistas, o que num ano são 9125000. Toda esta dinâmica gera milhões em impostos que vão directinhos para o “rectângulo”. Há muitas indústrias e comércios pelo continente que nem sonham com estes valores. Lá pelo Alberto ser arrogante e dizer asneiras não podem generalizar… Antes de afirmar alguma coisa tenham a certeza do que estão a dizer. Da proxima vez que dizerem mal, apresentem a provas. |
| | | | 25000 turistas por dia? Vais-me dizer que, por cada 310 passageiros (média do Airbus A340, e cheio) cada um deles é turista? Isso perfaz 81 voos de A340 para a Madeira, por dia! E isto na melhor das expectativas, pois não sei se na Madeira há condições para a a terragem dests aeronave. SINCLAIR ZX SPECTRUM+2 128K RAM COMBO TAPE READER/RECORDER ONBOARD CRT 12" WITH SPEAKER |
| | | | Todos os dias chegam voos chartres de paises europeus. Para além disso todas as semanas há cruzeiros "estacionados" no porto do Funchal. se nã acreditam podem contactar a direcção regional de turismo. http://www.madeiratourism.org/ |
| | | | Acho que tens razão. Com o dinheiro que poupam em gasolina (poucos devem ter carro por lá), em shoppings, em grandes hiper-mercados, enfim em tudo que é consumismo e no qual vamos gastando os nossos cobres, bem que podiam ao menos pagar a internet. :P
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| | | | Esqueces-te dos 40 contos de cada viagem ao continete ou mesmo outras ilhas...
SINCLAIR ZX SPECTRUM+2 128K RAM COMBO TAPE READER/RECORDER ONBOARD CRT 12" WITH SPEAKER |
| | | | Há quanto tempo não vais às ilhas? Poucos devem ter carro? Então deslocavam-se como? A pé?
-- CodeMaker |
| | | | Estava a exagerar... a mensagem que queria fazer passar é o isolamento de uma ilha. |
| | | | Acho errado pagar impostos para ter os faialenses a surfar à borla. Numa epoca que as SCUTs vão ter portagens andam a dar WiFi? O estado e as autarquias não devem ser ISP nem a estes devem fazer concorrência. Se o estado faz este tipo de coisas nunca nenhuma empresa privada vai poder operar na zona e por consequência terá sempre que ser a sair do bolso de todos os portugueses para só alguns terem benesses e regalias (mas isso não é novo!).
"The interest in encouraging freedom of expression in a democratic society outweighs any theoretical but unproven benefit of censorship." |
| | | | Enquanto no continente quem precisa de ir à capital tem que pagar portagem se quiser utilizar a auto-estrada e ainda se queixa da distância que tem de precorrer, quem é das ilhas tem que pagar avião. No Fail nem sequer há SCUT. Quem vive nas ilhas sofre de um isolamento que o continental não é capaz de compreender. Principalmente em ilhas pequenas como o Faial. Acho que iniciativas como esta para melhorar as comunicações entre os habitantes das ilhas e o resto do mundo são de louvar. Cada povoação tem as suas necessidades consoante a sua localização. O continental tem autoestradas, SCUTs, cinemas, centros comercias, serviços ao virar da esquina. Que os Açoreanos tenham ao menos WiFi.
-- CodeMaker |
| | | | Não estamos a falar de viagens ocasionais, julgo que a maioria das pessoas que vive fora dos grandes centros urbanos, não tem a noção dos encargos que isto representa. Se e eliminação da scud que está a ser contruída (por cima da estrada 109 em muitos pontos logo, impossibilitando alternativas) for para a frente aqui no porto, a ver por custos em trajectos similares, vai representar um custo perto dos 5 euros por cada conjunto de viagem, se a isso juntares os 5 euros de custo de combustível diário, significa cerca de 300 euros por mês só deslocações ao centro urbano que eu necessito para estudar e muitos mais para trabalhar também. Ou seja, isto representa a duplicação de custos, que é por demais incomportável. Quanto ao nível de vida, os Madeirenses parecem esquecer um promenor muito interessante... é que directamente (através do orçamento de estado) e indirectamente (através de empresas do continente com sede na Madeira por ser zona franca e por tal, pagam impostos lá) andam a sugar dinheiro ao continente. Depois disto, é fácil como o Alberto João diz, que a Madeira seja o unico local em Portugal que passou pela crise sem dela ver consequências. |
| | | | Penso que ainda não tiveste a sorte de visitar o Faial ou outras ilhas Açoreanas. Se o tivesses feito não deverias ter estas ideias... Vejamos:
A Horta é um ponto de passagem importantissimo. É provavelmente a cidade mais "cosmopolita" do País como se diz por lá, pois é um ponto de cruzamento de pessoas de todo o mundo. E vive disso.
Quanto a pagar, presumo que eles produzam bastante... A agricultura e turismo devem dar para abrir uns spots Wi-Fi.
Quanto a uma camara servir de ISP... parece-me bem melhor que esbanjar dinheiro a fazer rotundas a torto e a direito (verdadeira doença nacional). Além disso penso que não é inédito... Bragança ou Covilhã já tinham algo semelhante. Já agora, há que dar razão a quem te chamou a atenção para o isolamento em que se vive. Quando tiveres oportunidade de lá ir, compara as pessoas e as reacções dos habitantes de São Miguel com os da Horta. A diferença é bem notável e quanto a mim deve-se simplesmente ao facto de do Faial se ver outra(s) ilhas ao contrário do que se passa em São Miguel. O isolamento lá não é argumento politico. É bem real e explica muita coisa. Não compares a Madeira com os Açores. E não dêem mais crédito ao Alberto João do que ele mesmo dá a si próprio. O teatro é a forma de ele conseguir o que quer...
Posto isto, penso que é de considerar que isto do ponto de vista da livre concorrência pode não ser correcto. Se contestares com base nisso eu calo-me.
Se não fui claro serei agora: Adorei os Açores... :) |
| | | | Tenho algumas dúvidas (sinceras). Eu já estive nos Açores, e por acaso não gostei. A beleza natural é incontestável, mas tudo o resto é exasperante, como não arranjar nenhum sítio para jantar a partir das 20h (com a excepção óbvia do hotel). De qualquer forma, back to business. Não tive oportunidade de passar pela Horta, mas como é que um mesmo local pode ser um "ponto de passagem importantíssimo (...) de pessoas de todo o mundo" e ao mesmo tempo estar isolada? A ideia que eu tenho dos Açores que conheci coincide com o isolamente, mas não consigo fazer sentido do "ponto de passagem"...
Mindstorm |
| | | | Tu bem disseste que não passaste pela Horta ;) Não me digas que nunca ouviste falar do porto da Horta e do incontornável Peter's Café? Muitos "navegadores" (não sei se é o termo correcto) passam por lá porque a localização geográfico torna o Faial um local óptimo para "esticar as pernas". Isso não quer dizer que não esteja isolada. Nem estou a perceber onde está a confusão... Imagina uma ilha... err... de onde só podes sair de avião ou de barco, onde é difícil fazer chegar comunicações. Agora imagina que o tempo está mau. Imagina que estás num hospital que não tem tudo o que é preciso para combater um problema que tens. Por isso vais ter que ser transferido. Só podes ser transferido ou por mar ou por ar. Ah! Mas não te esqueças que está mau tempo. Mas se calhar não estás doente. Precisas de ir à capital. Vais ter que pagar bem. E não passam aviões quando nos apetece. Imagina ainda que não à centros comerciais, nem cinemas. As últimas modas e filmes aparecem sempre mais tarde que no resto do país. Não te sentirias um pouco isolado? As pessoas têm a tendência a pensar que os Açores são todos iguais. Não são! São muito diferentes de ilha para ilha. Quanto à falta de restaurantes depois das 20... onde é que estiveste? No Corvo? :D Nunca tive esse problema... O que mais senti falta nas minhas visitas aos Açores foi de transporte. Sem carro, fica complicado. Não há autocarros em todas as ilhas e nas que há, são poucos e maus. Não há população suficiente para pagar um sistema de transportes mais completo.
-- CodeMaker |
| | | | Peço desculpa pela falta de \n e pelos typos. Eu sei que "há" de haver é com "h"... Foi da pressa...
-- CodeMaker |
| | | | Oops.. Afinal estive na Horta! Mas só lá estive um dia ou algo do género. Mas já estou esclarecido, estavas a falar de isolamente geográfico e não "cultural", não tinha percebido.
Mindstorm |
| | | | Eu também já estive nos Açores, e tive oportunidade de passar pelo Faial. Tive lá 3 dias, mas num deles aproveitei para visitar o Pico, que fica a 15m de barco :). Acho que deu para conhecer a ilha. Em relação ao jantar, não tive esse problema, mas reparei que convinha planear o jantar antes (mesmo noutras ilhas!). Não podemos simplesmente continuar a passear e jantar no próximo restaurante que encontrarmos... Quanto aos transportes, não posso ter razão de queixa. Na Terceira andei sempre no carro da pessoa amiga que nos recebeu. No Faial alugámos uma carrinha de 7 sete lugares (eramos 7), e acabou por não ficar caro. No Pico contratámos um táxi-carrinha para uma volta à ilha (de umas horas). |
| | | | É impressionante a falta de noção de como é a realidade. Virou moda toda a gente do continente, sempre que há algo que não concordam…. E pimba!! Quem paga é a Madeira. Talvez não saibam mas quem deve dinheiro é continente e não a Madeira. Caso não saibam todos os imposto cobrados vão para o cofre do estado e não ficam na Madeira. Só para vos dar um exemplo, entre outros, por dia na madeira entram cerca de 25000 turistas, o que num ano são 9125000. Toda esta dinâmica gera milhões em impostos que vão directinhos para o “rectângulo”. Há muitas indústrias e comércios pelo continente que nem sonham com estes valores. Lá pelo Alberto ser arrogante e dizer asneiras não podem generalizar… Antes de afirmar alguma coisa tenham a certeza do que estão a dizer. Da proxima vez que dizerem mal, apresentem a provas. Se na Madeira vivem a custa dos outros, porque não aproveitam vão todos para lá????????????? |
| | | | Pelos teus posts que tenho visto, noto que de facto estás revoltado com tudo. Eu até percebo, porque é triste ver o país neste estado, e ver que não há sinais de mudança. Para ser sincero, isso também me revolta a mim. No entanto, parece-me que vês (em quase todas as iniciativas), apenas a parte negativa. Neste caso concreto, eu acho que esta iniciativa também tem uma parte positiva: pode ajudar a desenvolver uma pequena região bastante isolada. Eu, como primeira reacção, fiquei satisfeito ao saber da notícia. E se, neste momento, acesso à internet ainda não é serviço público (como já foi dito noutro post), mais tarde ou mais cedo isso vai acontecer (também não temos acesso livre a 4 canais de televisão?). Assim, até é possível outra leitura da situação. Pode-se dizer que esta é uma iniciativa que até antecipa uma tendência futura. É claro que nem tudo são rosas, e eu não sei exactamente quem é que paga por aquilo (os Açores são uma Região Autónoma para alguma coisa). No entanto, esta iniciativa parece melhor do que a que foi lançada à pouco tempo em Coimbra. Nesta cidade foram refeitas várias rotundas da cidade (mesmo as que estavam perfeitamente operacionais e relvadas), apenas para aumentar a altura desta. Segundo consta, esta iniciativa serve para tornar mais bonita e "standardizada" a cidade. Na prática, o dinheiro gasto dava jeito para ajudar noutras obras mais necessárias (como alcatroar uma das avenidas da cidade que continua com paralelos - a Av. Dias da Silva). |
| | | | Nao sera' tb uma maneira de atirar um osso ao caozinho e depois de ele o morder o retirar ? Nao sei ate' que ponto a internet no faial e' mto utilizada, mas podera' nao passar de uma jogada comercial de um vareador ou algo assim |
| | | | Nao sera' tb uma maneira de atirar um osso ao caozinho e depois de ele o morder o retirar ? Nao sei ate' que ponto a internet no faial e' mto utilizada, mas podera' nao passar de uma jogada comercial de um vareador ou algo assim |
| | | | Para uma ilha com muito poucos habitantes (comparado com o continente) penso que é uma excelente ideia. Poderá facilitar a vida a muitos .. e que não serão tantos como isso. Assim penso que os contras que são referidos anteriormente não são aplicaveis, e seá que em termos de negócio sairá alguem prejudicado com este projecto? De qualquer das formas seria util conhecermos mais detalhes, tais como limites, e outros.... Claro... se tieverem mil e um utilizadores lá pendurados e sempre a sacar, ai sim... não parece ter uma utilização racional. Não há por aqui niguem das referida zona para se pronunciar acerca disto? Edgar Durao (Pirlas) |
| | | | | Por isso é que existem firewalls ;-) para limitar esses acessos P2P, etc.. deixar só apenas aquilo que não "coma" muita largura de banda e tráfego. Acho que tem que ser por aí.. tá bem que grátis, mas também nada de abusos.
I'm a Lost Soul in this Lost World... |
| | | | É um bom ponto de vista mas... Hoje em dia é díficil distinguir entre tráfego útil e não-útil. Digo isto pensando neste exemplo: sacar uma distro nova de linux é útil? E quem diz linux diz muitos outros casos desde o simples Java SDK (que não sendo muito, ainda ronda os 100 Mb). Nem quero imaginar aplicações complexas, principalmente, gráficas. Quero ainda salientar que desconheço se é possível ou não "barrar" programas P2P. Se for quase que o post perde sentido (digo quase porque há sempre maneira de dar a volta à coisa não é?). |
| | | | QoS e o resto é conversa. Firewalls neste caso nao sao muito uteis porque da-se sempre a volta. QoS a cada user e acaba-se com o problema. Ou pelo menos define-se a utilizacao que se quer da solucao, quem nao gostar que nao use.
[japc] arai, FDX, es muito LERDO, desde quando e' que um DoS e' um problema de seguranca ?! |
| | | | Penso que a melhor maneira de impedir alguma utilização abusiva de P2P, moderar a utilização de cada um impondo um limite mensal de X GB.
Sleep on , Dream on |
| | | | Após ter lido muito do que foi escrito por aqui decidi voltar à origem e deixar umas questões, isto apesar de ter passado 7 anos em Lisboa, e ter regressado o ano passado à "Terrinha", que por acaso é nos Açores, S. Miguel, Povoação. Ter em conta que vamos comparar uma realidade com a duma enorme fatia doutros portugueses, os da AML, mas tal pode-se aplicar a próximas. Quantas rádios públicas e privadas nas diferentes ondas pode a maioria dos portugueses ouvir; Quantos jornais diários podemos consultar no dia; Quantos semanários no dia em que saem; Quantos canais públicos e privados se podem sintonizar num televisor sem aquisição de aparelhos extraordinários; Que transportes públicos posso utilizar ao longo de todo o ano; Quantas salas de cinema tenho acessíveis, e com que frequência; Que escolhas tenho nos diferentes serviços e empresas disponíveis de aceder à internet; Que peças de teatro ou dança posso assistir, quando de alguma forma foram subsidiadas pelo Estado. ... Atenção que isto tem resposta e não é queixume, é um facto da realidade em que me encontro e se algumas são passíveis de serem facilmente colmatadas, pois que assim seja. Re: Duas em FM, umas quantas em OM e por aí fora; Dois regionais, pois os restantes nacionais só no dia seguinte e se encomendar; Só no dia seguinte e se pedir; RTP-1 e RTP-A, masi nada; As camionetas do Varela!?; Um durante o período escolar com quase duas sessões semanais; Desde aproximadamente Julho de 2003 posso ter ADSL da PT, mas não é em toda a ilha, tenho sorte; Aqui!? Nenhumas, a não ser as locais. ... Ponham lá o internet sem fios, é um custo irrisório, quando comparado com a manutenção da REFER, Carris, Metro do Porto, Teatro D. Maria, CCB etc.. Quanto a dúvidas de concorrência desleal, pois estou na dúvida de quantos operadores estão efectivamente operando na Horta, e o cabo de fibra óptica submarino tem de ser usado ao máximo, nem sei quanto custou mas, deve ter sido mais de 5,00¤! Os meus 16% de retenção na fonte de IRS, e 13% de IVA, têm de ser aplicados e enfurêço-me e desespero menos com essa coisa da Horta do que com outras atrozes baboseiras que diariamente surge nas notícias relativas aos nossos dirigentes supremos.
Assinatura: "I like it! Wouldn´t you?" |
| | | | | Eu vou sacar uns filmes e partilhar contigo. No teu caso não é pirataria, é ser carenciado. Nas salas de cinema da tua terra ainda devem estar a passar o Titanic.
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| | | | Não permitir resposta vai resultar em ruído, isto já foi afirmado, e como não sei passar por cima desta limitação, respondo no nível superior a isto. O Titanic não. Agora o Dia depois de amanhã e Homem Aranha 2 estão a bombar. Quanto a DVDs e CDs, a selecção é limitada e só variada e existente em P. Delgada, já agora obrigado pelo altruísmo e solidariedade em partilhar, é sempre bom saber que bondade e boa vontade ainda reinam neste meio, cada vez mais disperso e estranho que é a Internete. Quando há Internete todos podem ter acesso a coisas básicas, essenciais e consagradas na vida social urbana como informação, filmes, música, arte etc., e para isso existem navegadores, mensageiros, programas de partilha de ficheiros e muitas mais ferramentas, além de que algumas podem tomar forma palpável e maleável através de impressão. ps: Já agora, como é que ultrapasso a questão de não aceitarem resposta, quero transgredir essa regra e não sei como.
Assinatura: "I like it! Wouldn´t you?" |
| | | | ...como tantas outras. Os dinheiros públicos lançam a iniciativa (o investimento inicial é sempre o mais difícil). Depois virão os interesses privados reclamar a 'liberalização' do serviço. Alguém há-de comprar a infraestrutura por 'tuta e meia'. No final tudo acaba em bem: mais uma empresa privada de sucesso que nasceu à conta de dinheiros públicos. Há tantas... quem é que se importa que haja mais uma? E nós cá estamos para manter este ram-ram.
~~~ O vinho é qu'induca e o fado é qu'instrói! ~~~ |
| | | | | A solução neste caso é fácil. Construir uma rede wireless comunitária com fundos da câmara sem providenciar acesso à internet. E depois uma série de gateways providenciadas por quem quiser ao qual se paga (ou não) o acesso à internet. |
| | | | | | E então já dá que pensar... |
| | | | Para usufruir do serviço será preciso ter um portátil com placa Wi-Fi, por isso a iniciativa não vai fazer com que "grande percentagem de habitantes da ilha, que vive ou trabalha na cidade, consiga aceder à Internet sem custos adicionais". Isso vai beneficiar apenas quem tem condições de pagar pelo acesso à Internet. |
| | | | | Nao e' preciso um portatil, existem montes de placas WiFi para desktops. Alem de que algumas motherboards ja' trazem WiFi de origem, como as Asus. E' um custo adicional, certo, mas e' quase irrisorio em relacao ao preco de um computador, estamos a falar de 25-50 Euros. Alem de que e' um custo que so se faz uma vez... |
| | | | A questão não é essa. O Wi-Fi é uma tecnologia de rede local, de alcance limitado a umas dezenas de metros, pelo que duvido que o sinal das antenas venha a alcançar o interior das casas em condições. Sendo assim, para beneficiar do serviço seria necessário um portátil, pois não é nada prático andar por aí com o desktop às costas à procura de sinal. |
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