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| | Um exemplo óbvio de traduções que a partida poderão estar correctas num dicionário normal, mas que não se adequam em tradução do software é o caso de "language" que não se traduz para "linguagem", mas sim "lingua" ou mais correcto "idioma".
The C Programming Language - A língua de programação C ou, mais correcto, O idioma de programação C? |
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| | Sim tens razão, o que vem acrescentar mais uma duvida e um problema ao tradutor. No meu caso eu estou-me a referir aquela opção que habitualmente existe no software "Change language" que deverá ser traduzida como "Alterar idioma". Mas como é que se resolve a dúvida na tradução? É um pouco neste ambito que procuro algo que possa servir de guia de tradução, bem como glossário de "opções" de tradução.
Este comentário foi publicado ao abrigo de leis internacionais "How to handle a Troll". |
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| | Permite-me acrescentar uma ligação para uma página na Universidade de Vigo, que, por sua vez, tem uma extensa bibliografia.
Mas como é que se resolve a dúvida na tradução? Se calhar, às vezes, os guias até complicam ao legitimar coisas que por usucapião vão ficando: por defeito, porta TCP/IP, ... |
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| | Sim, concordo que termos como curto circuito ou liguagem de programação estão estabelecidos demais para serem alterados. Quanto a outras como por defeito e librarias, espero que não seja o caso - muita gente utiliza os termos mais correctos, por omissão e bibliotecas |
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| | Calma lá, por defeito com o sentido de por falta já existia em português muito antes de se falar em computadores. Não é disso que se trata o default, a falta de escolha/alteração de uma opção? Ou é e so por ser uma tradução do inglês temos de modernizar o português?
Mindstorm |
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| | Não sei o que escrevi, mas a frase era, obviamente,
"Ou só por ser uma tradução do inglês temos de modernizar o português?"
Mindstorm |
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| | Calma lá, por defeito com o sentido de por falta já existia em português muito antes de se falar em computadores.
Por falta no sentido de a menos. Sendo o contrário por excesso, no sentido de a mais. Era e é utilizado em contextos onde estão em causa quantidades. Não é disso que se trata o default, a falta de escolha/alteração de uma opção?
Sim, isso daí a expressão por omissão. |
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| | Defeito, s.m. Falta de alguma coisa ou de alguém: «sucederia na capitania em defeito de D. Álvaro», Diogo de Couto, Décadas, VII, 7, cap. 9 in Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, Volume 8 (Crede-Dilar)
A enciclopédia é baseada num documento de 1940, e Diogo de Couto faleceu em 1616. Estariamos a falar da quantidade de D. Álvaros?
Mindstorm |
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| | Deixa-me sem grandes argumentos. Mas ficaria bem mais convencido se me tivesses apresentado um dicionário/gramática/prontuário de Português (PT) editado à menos de 60 anos... |
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| | O meu objectivo era apenas provar a ancestralidade do termo, confesso que não estou muito bem "fornecido" de dicionários actuais :)
O melhor que consegui arranjar foi da diciopédia 2004, mas é muito vago:
defeito substantivo masculino 1. imperfeição (física ou moral) (...) 4. falta de alguma coisa (...) 6. inconveniente (Do lact. defectu-, «falta»)
Mindstorm |
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| | No que toca ao termo library, a tradução correcta é mesmo biblioteca. É de uso corrente a palavra livraria como tradução errada (arrepio), mas nunca libraria :) Já agora mesmo os termos originais por vezes estão errados - é o caso do termo assembler, cujo termo correcto é assembly. |
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| | ... ou melhor, assembler é uma coisa e assembly é outra. Pode-se entender assembler como um processador de linguagem assembly
-- CodeMaker |
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| | Não. Assembly é um verbo, no infinitivo. O termo assembler não existe no inglês, apesar disso esse termo pode ser encontrado em diversos dicionários americanos. |
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| | Mas estamos a falar dos termos técnicos?
-- CodeMaker |
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| | Assembly não é um termo técnico, possui uma utilização generalista. O termo assembler é uma simplificação americana do termo (correcto) assemblyman, e vulgarmente utilizado em substituição deste. |
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| | Pois... mas eu estava a falar mesmo dos termos técnicos e não da utilização generalista.
-- CodeMaker |
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| | Não é suposto uma das características dos termos técnicos ser exactamente não serem gramaticalmente correctas? |
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| | Parece-me que "por defeito" até é uma boa tradução. Agora "librarias" não faz qualquer sentido... Isso não será "tradução" de quem não sabe inglês?
-- CodeMaker |
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| | Sim! a resposta em parte é essa! há traduções que são feitas por quem sabe português e inglês, mas não no contexto "inglês técnico" e "português técnico". sei que nos anos 80, as minhas primas quando regressaram de estudar no UK trabalharam para a IBM fazendo algumas traduções. Sendo claro que elas dominavam os 2 idiomas, não era certo que dominassem os meandros das máquinas em questão :) - foi uma questão de poupar uns trocos por parte da IBM... Por outro lado, e creio que ainda mais interessante, é que quando entramos em áreas do saber um bocado mais ... exclusivas... arriscamos a ter especialistas nessa área a influenciar a introdução dos termos na língua portuguesa, sem garantia que o tal especialista o seja também no domínio do português... ocorrem-e dois exemplos, de duas belas deturpaçoes (a meu ver), que foram ficando: Apple pronunciado num portuguesíssimo "eiple"; e "aceder" como em "aceder a internet"... neste último caso, deve ter sido uma tradução do ingles feita por algum inginheiro que consultou o dicionário a pressa e foi lá por aproximação :) ... acho engraçado que o verbo que os brasileiros usam, "acessar" na realidade é correcto, enquanto que o "aceder" não faz sentido no contexto de 'acesso' .. e agora há dois problemas: 1) convencer as pessoas que 'aceder' quer dizer 'autorizar' 'conceder' 'anuir' 'aquiescer'; 2) convencer que nós estamos errados e os brasileiros certos... Grumpy B)
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| | No caso da tradução de projectos como o KDE ou outros projectos de UNIX que usem a biblioteca gettext, existe o conceito de traduções dependentes do contexto. Exemplo: msgid "" "_: May long\n" "May" msgstr "Maio" O texto que se encontra a seguir ao _: explica o contexto em que a tradução é usada. Obviamente, o texto May long não aparece na tradução original, mas serve para indicar à biblioteca que o texto que se segue corresponde ao contexto de uso. Usando essa abordagem, poder-se-ão reduzir as dualidades de tradução, porque aí poder-se-á explicar a semântica associada. Infelizmente, não é uma técnica suficientemente usada. |
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| | Às vezes a própria interface é construída a pensar numa frase cuja estrutura sintáctica não se mantém quando é traduzida, ou seja, não basta traduzir as palavras da frase, mas também é preciso mexer na interface (código) para a coisa ficar intuitiva depois de traduzida. Mas claro que o erro é do programador que fez depender a interface do texto que a "explica". Bicos d'obra para um tradutor de software... Lembro-me de já ter visto pelo menos um exemplo disso, mas não me lembro aonde, lamento. |
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| | Aí, mais uma vez, existe o conceito no gettext de usar argumentos no texto, do tipo: msgid " Line: %1 Col: %2 " msgstr " Linha: %1 Coluna: %2 " Se o criador da interface chegar à conclusão que existe a necessidade de inverter as posições do texto, poderá recorrer a este mecanismo (e, em muitos casos, é o suficiente!) |
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| | Uma vez que essa informação de contexto tem que ser processada, o software traduzido torna-se mais lento (apesar de ser ou poder ser imperceptível ao utilizador)?
A Netcabo foi-me à carteira e Zzt... |
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| | Nem por isso. No caso de um ficheiro PO, pode-se ver as mensagens originais em inglês e as suas traduções como uma grande hashtable, em que o texto original representa a chave e o texto traduzido o seu valor. Se duas mensagens originais forem exactamente iguais, o valor devolvido será necessariamente o mesmo. Se for necessário dar valores diferentes, é necessário usar chaves diferentes (daí, a grande vantagem da informação de contexto). A lentidão da aplicação varia apenas de acordo com a dimensão da hashtable (correspondendo ao número de mensagens originais diferentes) de mensagens, mas estamos a falar de atrasos extremamente reduzidos, principalmente para o hardware de hoje em dia. Mais a mais, não são os ficheiros PO que são usados pelas aplicações, mas sim ficheiros MO, que são pré-compilados a partir dos ficheiros PO para um formato binário interno, o que deverá ser muito mais fácil de processar pela biblioteca gettext. |
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| | que tal A Linguagem de Programação C? tipo como foi traduzido? Idioma é diferente de Linguagem, isto é, em programação... ou se calhar ando a ler knuth para nada.
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| | E, já agora, alguém conhece algum sítio com uma abordagem ao contrário? Uma espécie de Os horrores da tradução, do género do The HTML Hell Page. Na minha opinião, o desenho de páginas está melhor que há uns anos atrás, precisamente por haver uma massa crítica que partilha as ideias lá descritas. A evolução dos termos é mais rápida que a capacidade de actualização dos glossários. Mas a denúncia de libraria é sempre actual. Assim como a discussão de, por exemplo, default. Aceito por omissão no contexto de by default, mas Specify HTTP port number (default: 3128) já traduziria Define o número do porto (polémico...) de HTTP (valor pré-definido: 3128) e acho positivo que haja quem torça o nariz a defeito. |
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| | Eu cá começava por traduzir o título ... "Como traduzir o idioma de num software" !? han ? -- Whatever |
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| | Boas, Já há uns anitos que não faço isso no entanto como o fiz de 96 a 2001 vou tentar responder-te. Em diversos dos projectos nos quais participei concluo que é possível dividir a coisa em dois campos: as empresas que te entregam a responsabilidade total e as empresas que te entregam regras (muito) específicas. Naturalmente que esta linha de divisão tem de um lado as pequenas/médias empresas e do outro as maiorezinhas que, como é óbvio, te entregam glossário ou regras e passam tudo por revisores (brasileiros em muitos casos mas isso é outra história…). Existe também a figura do gestor de projecto que coordena os diversos tradutores para que exista consistência. Quanto às empresas que nos entregam a responsabilidade o resultado vai depender da tua qualidade como tradutor. Como em tudo a tua sensibilidade e conhecimento vão influir e muito no resultado final. Pessoalmente preferia falar com programadores ou utilizadores finais dos produtos para saber a opinião deles, em alguns casos alocava parte do orçamento a este fim específico. Em muitos dos casos a regra geral ou a "tradução correcta" não bate certo com o comum na indústria (destinatária do produto) e muito sinceramente é isso que mais importa não as opiniões de puristas que na defesa cega da língua não conseguem ver o "big picture". À medida que vais trabalhando vais gerando os teus próprios glossários que podes ir trocando com colegas (freelancers). A falta de glossários públicos bem mantidos terá a ver com isso… acabam por ser uma arma que te colocam em melhor posição para conseguires contractos . Em termos de ferramentas resumem-se às aplicações de catalogamento/estatística conhecidas como "translation memory". Em 2001-2002 a utilização deste tipo de ferramenta já era obrigatório em certos projectos para garantir o que referi acima, a consistência, além de que melhora espantosamente a rapidez com que se trabalha, já que reduz à partida as palavras que traduzes... se bem que isso reduza o preço final (quando trabalhas à palavra). Trados: http://www.trados.com Dejavu: http://www.atril.com As mailing lists são excelentes recursos, tens a Lantra-L por exemplo que foi uma ajuda imensa a dar os primeiros passos. Cumprimentos, António.
Please don't interrupt me while I'm talking to myself! |
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| | Contra mim falo. Em outros países que levam estas coisas da língua mais a sério, pessoas ligadas ao estudo da língua - pessoas de letras - ajudam os informáticos nas traduções, quer como conselheiros quer como tradutores de facto. Um colega meu, catedrático de latim na Universidade de Santiago de Compostela, participa activamente na tradução de várias ferramentas "open source" para espanhol. O meu protesto pela situação portuguesa só não é mais forte porque eu, que teria a obrigação de participar activamente em circunstâncias equivalentes, não o tenho feito, por motivos diversos, e por isso contra mim falo.
--- Omnia aliena sunt: tempus tantum nostrum est. (Séneca) "Tudo nos é alheio: apenas o Tempo é nosso." |
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| | A página para testar é esta: http://lcamtuf.coredump.cx/mangleme/mangle2.cgi Fiz pelo menos 30 refresh's (o código vai variando), e no meu Firefox (1.0PR) não falha, que estranho...
Paradoxo do ano: Microsoft Works! Dominus vobiscum |
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| | O meu mozilla 1.7.3 também não deu problema. |
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| | Essa assinatura tá foleira como tudo.. Um DoS, não se pode evitar 100%, por isso mesmo é que empresas como a M$ têm vários servidores em sítios diferentes do seu website para não haver downtimes (até usam ou usavam nameservers de máquinas em linux, k estranho, o seu win 2003 server já não dá para tudo).
I'm a Lost Soul in this Lost World... |
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| | Oh idiota a assinatura é sarcastica a gozar o idiota que comentou aquilo. Irra que isto aqui é so idiotas que de humor nada percebem... P.S.: dispensam-se essas licoes de meia tigela, volta pos keygens...
[japc] arai, FDX, es muito LERDO, desde quando e' que um DoS e' um problema de seguranca ?! |
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