Esta discussão foi arquivada. Não se pode acrescentar nenhum comentário. | | | De vez em quando estes gajos vêem com boas ideias.
Quanto à primeira proposta (das patentes) li-a na vertical e parece-me justa e equilibrada, concordando eu com a generalidade da proposta: as patentes de software não são um incentivo à investigação (como o é a ideia das patentes em si), mas um entrave ao desenvolvimento científico, e ao crescimento das pequenas empresas e médias empresas, que no caso português são a grossíssima parte das empresas existentes, as quais não podem competir com as grandes, quer no que toca a licenciamento de patentes (que é bem caro nos EUA e não deve ser muito diferente em Portugal e na UE), quer na luta contras as grandes empresas no que se refere a litígios relacinados com patentes.
Quanto à segunda proposta, não podia estar mais de acordo. O uso software livre na administração pública, em particular, e nas empresas e consumidores, em geral, só podem fazer bem em bastantes aspectos, por vezes, fulcrais: uso de formatos de documentos não proprietários para troca de documentos entre entidades (ou entre organismos públicos e os cidadãos), custos de aquisição de software mais baixos e garantia que aquilo que comprámos não faz tarefas indesejáveis e que não podemos garantir que o façam se não tivermos acesso ao seu código-fonte (nomeadamente envio de informações críticas, confidenciais ou secretas para o(s) produtor(es) desse software ou outros). Aliás, existe uma alta patente do exército que é apoiante do software livre e que costuma ir defendê-lo em diversos debates sobre o seu uso na Administração Pública (como num debate que ocorreu sobre a matéria durante o MCP2004, por exemplo).
É de propostas como estas que precisamos para o desenvolvimento de Portugal e para, eventualmente, ajudar a evitar "problemas" em concursos.
========== Nuno Pereira Estudante de Engenharia de Sistemas e Informática Universidade do Minho |
| | | | | Eu não li a proposta do PCP, mas gostaria de acrescentar 3 coisas: Por muito louvável que a iniciativa seja, e independentemente da sua qualidade, a colagem ao PCP tira-lhe seriedade, e pode até ser prejudicial. Não vai ser assim que algum deputado dos partidos maioritários vai abrir os olhos e concordar com eles. A imagem política que tenho do PCP é que realmente ninguém os leva muito a sério, excepto, claro, os membros do PCP. Por outro lado, sendo uma posição defendida pelo PCP, muitos deputados por certo irão evitar a aproximação à proposta do PCP, porque é do PCP. Já o fizeram antes, e provavelmente fá-lo-ão de novo. No caso do Exército, a utilização de software livre é pontual. A rede é essencialmente Windows. No entanto, uma boa pergunta a colocar numa palestra seria quanto gasta exactamente o Exército em licenças de software Microsoft e o porquê esse gasto (e mais não digo). A questão dos concursos não fica resolvida pela utilização de sofware livre. Pelo que sei (e corrijam-me se estiver errado) foi um serviço adjudicado a uma ou mais empresas. É da responsabilidade dessas empresas o bom-funcionamento do produto ou serviço prestado. Concordo que houve clara incompetência, mas o factor incompetência não é alheio no software livre. Sou completamente a favor da utilização de software livre na administração pública, mas a migração para software livre não é isenta de gastos. Uma migração neste momento custaria milhões só em formação. Seria o valor poupado nas licenças suficiente para pagar a formação? E como se quantifica isso? E nos casos de outsorcing, como aconteceu com as colocações de professores? E a quarta coisa, uma curiosidade minha... Quando um político a favor das patentes insere imagens no seu blog, será que paga os direitos de utilização dessas imagens? |
| | | | "Por muito louvável que a iniciativa seja, e independentemente da sua qualidade, a colagem ao PCP tira-lhe seriedade, e pode até ser prejudicial."
O PCP não se cola a nada, o PCP propõe algo. É assim com todas as leis que fazem este país. Os partidos proprõem ideias para que sejam aplicadas. Se não for o PCP terá que ser outro(s) partido(s) a apresenta-las ou então por iniciativa governamental.
"Não vai ser assim que algum deputado dos partidos maioritários vai abrir os olhos e concordar com eles."
Acontece às vezes na AR, sobre um determinado assunto, quase todos os partidos apresentam propostas muito semelhantes uns aos outros, e depois discutem e tentam aprovar uma mais consensual.Ou então votam numa mesmo não sedo a deles. Dizeres que não votam a proposta do PCP só por ser do PCP é o mesmo dizer que eles são uns perfeitos anormais, e que transformam a politica num autentico campeonato de futebol. Mesmo eu não concordando com os partidos de direita sei que não são assim tão anormais, logo se eles concordarem com o Sof. Livre aprovam a proposta do PCP ou apresentam uma parecida ou ate "fotocópia" da do PCP.
"A imagem política que tenho do PCP é que realmente ninguém os leva muito a sério, excepto, claro, os membros do PCP."
Se eu te disser que centenas de leis que existem em Portugal sairam da proposta e ideias do PCP? Secalhar na AR em certas alturas levam muito a sério o PCP. Ja ouviste falar dos "Julgados de Paz"? Uma medida com vista a democratizar e aproximar os tribunais das pessoas? Ou a Lei das Associações de Estudantes? Ou... e nunca mais saia daqui. Foram ideias do PCP aprovadas por outros partidos.
Também muitos dos vários milhares de pessoas que passaram pela exposição, workshops e debates na Festa do Avante! sobre o Soft. Livre não são do PCP e olha que empenharam o seu tempo nessa zona quando podiam estar a assistir a um concerto, etc. O que quer dizer que secalhar ha mta gente que até gosta de saber o que o PCP pensa e faz sobre determinados assuntos, sem serem propriamente comunistas.
A imagem que tens do PCP é a imagem transmitida por muitos orgão de comunicação social ou de certos comentadores que obviamente gostavam que o PCP desaparecesse. Tenta ir directamente à fonte (www.pcp.pt), seguir o trabalho que é feito, e vais ver que as imagens às vezes não correspondem bem À verdade.
"Eu não li a proposta do PCP..."
Os links para as propostas estão na noticia, lê-se bem. É importante que as avalies por ti e não pelas opiniões dos outros. Faço-te um desafio, le-as. |
| | | | Facto é que o PCP representa uma fatia cada vez menor de eleitores. Facto é que independentemente da qualidade das propostas, a maioria dos deputados dos outros partidos evita ao máximo "colar-se". No panorama político nacional o protagonismo do PCP esmorece ano após ano. É normal que tenham havido diversas propostas do PCP aprovadas, mas quantas mexeram com interesses privados? Esqueces-te que os grandes grupos económicos estão de facto sentados na assembleia da república e governam o país. Esses milhares de pessoas estavam todos sóbrios? Do que me lembro do ano passado muito pouca gente se preocupava realmente com a política, inclusive assisti a uma bela cena de censura por parte da organização num palco secundário, que cortou a electricidade a uma banda cujo vocalista criticava (de uma forma um bocado grosseira, diga-se) atitudes e comportamentos da classe política em geral e do PCP em particular. O comentário que fiz foi ao comentário e não disse nada que fosse contrariado pelo conteúdo das propostas. Não sei se também reparaste que entretanto eu li as propostas (ver comentario seguinte), e apesar da sua importância e do valor da iniciativa, são um tanto ingénuas. Ahh e eu também gostava de ter um modelo de MS Word XP chamado AR.dot. Dá um toque de classe. |
| | | | Por muito pouco que eu goste do partido comunista português (em oposição a comunistas), tenho que dizer que o DesuCrónio tem razão: o PCP propõe e a AR dispõe. A dita colagem ao PCP não cola. Se o PCP não andar aí a clamar ser o salvador da pátria e que é afinal dele todo o movimento, e que só ele é que representa os interesses do open source, qualquer proposta deve ser considerada, apoiada no que tiver de bom, corrigida no que não for bom e votada por todos. Obviamente não sou comunista, sou um genuíno democrata (pun intended) e sei bem que o PCP faz isto mais devido a ser anti-americano nauseático do que realmente em perceber valor no open source. O mesmo não digo de todos os comunistas, visto que muitos deles partilham as nossas idéias e, com as devidas manifestações de diferença, lutam ao nosso lado. Só não admito que venham os brochistas de esquerda e os consumistas implicar por verdades meias que afinal o movimento é deles. Tal como a cantiga da rua, isto é de toda a gente e não é de ninguém. Nem meu, nem deles. Francisco Colaço
Deus dê saúde aos meus inimigos para que assistam de pé à minha vitória. Lema inscrito num barco bandeirante. |
| | | | "Ou então votam numa mesmo não sedo a deles. Dizeres que não votam a proposta do PCP só por ser do PCP é o mesmo dizer que eles são uns perfeitos anormais, e que transformam a politica num autentico campeonato de futebol."
E não são ?? Eu pensei que grande parte deles andavam ali para o protagonismo... Não será assim por certo mas podes acreditar que não anda lá muito longe.
Já vão os tempos em que houvesse "gente" em número suficiente, que se preucupasse realmente, com os problemas daqueles que confiaram neles para valer a sua voz.
Ao Orgulho segue-se a ruína, e a arrogância vem antes da queda (Prov. 16:18) |
| | | | Ouve lá, nem todos os comunistas são o Bernardino Soares. O economista Octávio (completem-me o nome, varreu-se-me) e o João Amaral dignificavam a Assembléia. O agora rsponsável por assuntos económicos não fica bem na TV, mas parece-me bem ter a inteligência devida por um deputado da nação, apesar de veicular opiniões diferentes das minhas, até radicalmente opostas. Nem todos os comunistas são iguais. Alguns valem o seu peso em ouro (e desses muitos chamam-se folhas mortas, pun intended). Outros não provam cabalmente a existência de inteligência neste planeta. Como em todos os lados. Francisco Colaço
Deus dê saúde aos meus inimigos para que assistam de pé à minha vitória. Lema inscrito num barco bandeirante. |
| | | | Não deixa de ser curioso que a dignificação de um movimento político fica retido na cabeça do cidadão apenas pela prestação de vários ilustres, e não pelo trabalho do colectivo. E sim, a incompetência existe em todos os sectores políticos... Mas em uns mais que outros. |
| | | | Por muito louvável que a iniciativa seja, e independentemente da sua qualidade, a colagem ao PCP tira-lhe seriedade, e pode até ser prejudicial. Pronto, lá vem a lengalenga do costume. Se fosse proposta pelo PP vinham logo outros fantasmas dizer que lhe poderia ser prejudicial.
O PP votou ao lado do PCP sobre as patentes de software no Parlamento Europeu.
Parem de criar e/ou manter estes fantasmas ridículos.
Neste momento há que impelir o PP a manter a linha que o levou ao voto no Parlamento Europeu, e a repetir essa orientação no parlamento nacional.
Pelo menos deveria ajudar a viabilizar! |
| | | | Sou completamente a favor da utilização de software livre na administração pública, mas a migração para software livre não é isenta de gastos. Claro que não. Mas é um beneficio a médio, longo prazo. Para além do que interessa é a motivação filosófica, de garantir a transparência e independência do estádo (essênciais ao cumprimento da missão do estádo). Uma migração neste momento custaria milhões só em formação. Seria o valor poupado nas licenças suficiente para pagar a formação? Não sei! Não tenho dados para poder avaliar isso, desse ponto de vista. Mas sei que com formação as pessoas ficam mais produtivas e actualmente os funcionários públicos não têm na sua esmagadora maioria formação, nem sabem utilizar as ferramentas que têm ao seu dispor. Quando um político a favor das patentes insere imagens no seu blog, será que paga os direitos de utilização dessas imagens? Ele não tem que pagar os direitos, tem que ter licença para utilizar essas imagens. A obtenção dessa licença pode ou não ser paga... «They that give up liberty to obtain a little temporary safety, deserve neither liberty nor safety» Benjamim Franklin (1706-1790) |
| | | | Não deixa de ser curioso uma proposta sobre software livre em formato DOC. O software livre, enquanto garantia de acesso ao código fonte original, não só permite esta independência como traz poupanças significativas se utilizado na administração pública, pois não se encontra dependente do pagamento de licenças para a sua utilização. O custo do software não se resume ao preço da licença. De facto, acredito que o estado gaste mais em suporte e implementação do que em licenças. Dizer que a utilização de software livre traz poupanças significativas é, no mínimo, leviano. As poupanças, se houver, só serão significativas a longo prazo. Para ajudar, não apresentam quaisquer cálculos ou relatórios que suporte a declaração. Por outro lado abstêm-se de dizer que, além do investimento na formação, será preciso um forte investimento em suporte e desenvolvimento. (...) se o software efectua de facto apenas as tarefas para as quais foi desenhado, não contendo nenhuma Junção oculta que possa colocar em causa a soberania ou a economia nacional. Se bem que seja mais fácil auditar o software livre, este não dá quaisquer garantias nesse aspecto. Um belo exemplo disso pode ser visto no artigo recente no gildot sobre o Simon no kernel do linux. O programa da União Europeia eEurope 2005 recomenda a utilização de software de fonte aberta em diversos sectores, nomeadamente o e-government. O mesmo programa da União Europeia cujo website disponibiliza os documentos em formato DOC com o ícone do MS Word e cujas páginas possuem tags XML para o MS Office 2000? Por certo que o servidor onde está alojado esta proposta não deverá ser actualizado antes de 2005, excepto surgir algum exploit para o IIS/Windows Server/SQL Server, caso em que serão aplicados todos os patches necessários, depois da máquina ter sido ownada. Se for como tudo o resto no país, lá para 2035 teremos isso implementado. O software livre é uma fonte de trabalho para os programadores de software portugueses Se alguém me quiser explicar exactamente como, agradecia. Evita também que o estudante se torne num mero operador de uma qualquer aplicação de uma qualquer empresa multinacional mas, sim, num verdadeiro quadro técnico, factor essencial para o desenvolvimento do país. Qual é a diferença entre ter experiência em Word e Excel ou ter experiência em OpenOffice? Os utilizadores do OpenOffice são mais competentes? E se são mais competentes e até "um verdadeiro quadro técnico", isso não afectará o o mercado de trabalho dos quadros realmente técnicos que vivem da assistência? O software livre permite uma fácil tradução para português de programas já existentes, não estando essa tradução dependente da vontade de empresas fornecedoras, nem limitado por qualquer tipo de licenciamento. Se bem que muitos dos produtos essenciais suportem múltiplas linguagens de forma fácil, o processo de tradução é tudo menos fácil. Com alguns produtos implica uma nova tradução a cada release. Quem assume o trabalho e/ou o custo? O Estado? Elaboração de um «Livro Branco do Software Livre em Portugal», que proceda, entre outras vertentes, à avaliação do quadro actual, levantamento de experiências em curso e à definição de cenários e linhas de intervenção. Uma excelente proposta. A intenção é boa, mas falta um estudo bem elaborado de custos e benefícios a longo prazo, bem como a clarificação de pontos obscuros como os contratos de manutenção existentes com diversas empresas, e a ligação de algumas universidades e instituições de ensino às grandes empresas de software. Além disso, a proposta só fala de vantagens... Não há desvantagens? |
| | | | Não deixa de ser curioso uma proposta sobre software livre em formato DOC. Não sabes se esse não será o formato obrigatório do Parlamento?
Dizer que a utilização de software livre traz poupanças significativas é, no mínimo, leviano. As poupanças, se houver, só serão significativas a longo prazo. Não tenho dúvidas que leve a poupanças, mas só as aponto para o médio e longo prazo.
Agora manter no software não livre não trás poupança nenhuma, apenas garante que se vai continuar a mandar dinheiro para fora de Portugal sem qualquer vantagem real.
Pensar apenas no curto prazo é cegueira.
O software livre é uma fonte de trabalho para os programadores de software portugueses Se alguém me quiser explicar exactamente como, agradecia. Não percebo como é que há quem diga que certo e determinado software livre não cumpre todas as necessidades técnicas e depois se saia com comentários destes...
Então a liberdade de estudar e adaptar às necessidades não antevê uma fonte de trabalho para os programadores?
Qual é a diferença entre ter experiência em Word e Excel ou ter experiência em OpenOffice? Os utilizadores do OpenOffice são mais competentes? Não está aí a questão. Continuas a pensar no software pelo software. De quem são os documentos quando num desses formatos apenas uma única empresa é que sabe (e há quem diga que nem o sabe direito ela própria) como ler e escrever?
São de quem escreveu os documentos ou de quem controla efectivamente como podem ser acedidos?
Se bem que muitos dos produtos essenciais suportem múltiplas linguagens de forma fácil, o processo de tradução é tudo menos fácil. Com alguns produtos implica uma nova tradução a cada release. Liberdade de estudar e adaptar às necessidades Liberdade de publicar versões modificadas...
Não há desvantagens? É claro que há, sendo as principais a integração com o software proprietário, que é intencionalmente mau no que diz respeito a integração com produtos concorrentes.
Agora... o software proprietário não tem desvantagens?
Quais são as que acarretam piores consequências? |
| | | | Não tenho dúvidas que leve a poupanças, mas só as aponto para o médio e longo prazo. No que respeita a migrações. Mas quando se começa logo com o Software Livre, acredito também no curto prazo. |
| | | | Esqueces-te da formação dos quadros superiores que lidam com o equipamento, e os valores envolvidos nas compras quando desaparece o factor OEM... isto só para começar. |
| | | | Se uma rapariga polaca e o seu namorado português, ambos de formação de letras, foram capazes de utilizar o FC2 lá em casa durante um mês, com OpenOffice.org, Mozilla, GNOME, mais impressões volta e meia, achas que um quadro superior com alguma experiência é tão burro que não consiga?
Sinceramente, essa do mito da formação é mais uma desculpa para perguiçosos... |
| | | | Passa 6 meses a dar suporte e verás... |
| | | | Eu dei suporte durante 2 anos. Como tal penso que isso me qualifica minimamente para afirmar que não me parece que a utilização de software livre seja mais complicada em termos de utilizador na maioria das funções normais de um utilizador normal que o software proprietário.
-- What, Me Worry? |
| | | | Suporte de software live ou de... hum.. Windows? |
| | | | Não sabes se esse não será o formato obrigatório do Parlamento? Se for, é porque existem directivas que protegem interesses privados, correcto? O standard nas instituições públicas é o formato PDF. Não tenho dúvidas que leve a poupanças, mas só as aponto para o médio e longo prazo. Por muito boa-fé que a tua afirmação tenha... Fizeste as contas? Quanto gasta o estado em licenças? Estás por dentro dos valores envolvidos? Fizeste um levantamento do custo da formação e manutenção? Então a liberdade de estudar e adaptar às necessidades não antevê uma fonte de trabalho para os programadores? Sim, claro. E toda a gente sabe que normalmente precisas de uma equipa menor para fazer a manutenção do que para criar do 0. Como é que ganhas dinheiro em Portugal a criar software livre? De quem são os documentos quando num desses formatos apenas uma única empresa é que sabe (e há quem diga que nem o sabe direito ela própria) como ler e escrever? A afirmação na proposta (curiosamente num desses formatos proprietarios) é inequívoca; Afirma que o facto de mexer em software livre aumenta a competência técnica da pessoa. Ora, isso além de potenciar a polivalência no emprego, é completamente falso. É claro que há, sendo as principais a integração com o software proprietário, que é intencionalmente mau no que diz respeito a integração com produtos concorrentes. Estamos a partir do pressuposto que o software livre resolve tudo, não? E que a migração é possível em todos os casos ou sequer viável... E já agora estamos também a assumir que existem custos reais com as licenças, ou seja, que todo o software é legal e comprado a preço de mercado... |
| | | | Como é que ganhas dinheiro em Portugal a criar software livre? Caixa Mágica, só para citar um exemplo. Às vezes as pessoas esquecem-se que o software livre também tem suporte, especialmente quando se tratam de empresas. |
| | | | Não falei de suporte... falei de criação. E o Caixa Mágica é essencialmente um trabalho de adaptação e não de criação. Quantos programadores trabalham no Caixa Mágica e quantos seriam precisos se fosse um trabalho feito do 0? E existem muitas empresas e investir no segmento de mercado do Caixa Mágica? Não me parece. Arranja lá um exemplo melhor que esse não convence. |
| | | | Por acaso o Caixa Mágica também tem a sua parte criativa tal como praticamente todas as adaptações de distribuições. Se tiveres a curiosidade de ir ao site do projecto vês que eles estão de tempos a tempos a aumentar a equipa com novos programadores a tempo inteiro, coisa impensável numa "adaptação" não? Não só te arranjo um exemplo como te arranjo vários: http://www.ansol.org/slp.pt.html Dá uma vista de olhos que eles existem. |
| | | | Não... E de qualquer forma se o Caixa Mágica fosse um produto proprietário desenvolvido do 0 a equipa seria muito maior... |
| | | | E quantos são os produtos de software proprietário que são actualmente feitos a partir do 0? Ou seja, que não utilizam algoritmos desenvolvidos por outros, bibliotecas desenvolvidas por outras empresas, ideias de outras empresas, etc. ? Claro que existe aqui um grau de diferenciação, mas acabamos sempre por falar de reutilização de algum tipo de componente. Por outro lado, parece-me que existe aqui uma contradição quando por um lado afirmas que os custos maiores não estão no licenciamento (e sim nos serviços adicionais acrescentados) e depois aqui mais á frente ignorares essa questão ao querer deixar transpararecer que a única forma de se ganhar dinheiro com o software é a vender licenças...
-- What, Me Worry? |
| | | | Claro que existe aqui um grau de diferenciação, mas acabamos sempre por falar de reutilização de algum tipo de componente. O método específico usado para o desenvolvimento não é chamado à questão. O que interessa é que se o esforço de desenvolvimento for repartido por várias empresas e colaboradores académicos, o número de programadores necessários na globalidade diminui. Parece que existe muita gente que ainda não percebeu isto. parece-me que existe aqui uma contradição quando por um lado afirmas que os custos maiores não estão no licenciamento (e sim nos serviços adicionais acrescentados) e depois aqui mais á frente ignorares essa questão ao querer deixar transpararecer que a única forma de se ganhar dinheiro com o software é a vender licenças... Que contradição? É a mesma coisa de falarmos de carros e eu afirmar que o custo do carro não está nos pneus que usa, e mais à frente dizer que existe quem só venda pneus... No contexto, o valor do software não é igual ao custo da licença. Olha, por exemplo, o software de contabilidade precisa de updates constantes, updates esses que muitas vezes implicam custos adicionais. Da mesma forma, acrescem os custos da manutenção especializada. Não obstante, os programadores desenvolvem software, não dão suporte. Normalmente as receitas das software houses vêm das licenças que vendem, não da assistência. Apenas uma fracção dos gastos que o utilizador tem com o software vai para a empresa que o produz. Podem ser pedantes à vontade, mas as empresas como a Primavera, a Sage Infologia, etc. que produzem software não dão assistência. As suas receitas são oriundas das licenças. Existem depois uma série de parceiros de distribuição, cujo grosso do lucro é a assistência. Existem, claro, uma série de pequenas software houses que integram a produção e a assistência, mas que facilmente perderiam competitividade num modelo de negócio com software comum e virado para a assistência, visto que as empresas maiores teriam maior capacidade de negociação e ofereceriam melhores contrapartidas. É difícil de perceber? |
| | | | O método específico usado para o desenvolvimento não é chamado à questão. O que interessa é que se o esforço de desenvolvimento for repartido por várias empresas e colaboradores académicos, o número de programadores necessários na globalidade diminui. Parece que existe muita gente que ainda não percebeu isto. Mas o esforço de desenvolvimento do software é sempre repartido por diversas entidades, pois ao programares muitas das vezes estás a reutilizar ideias desenvolvidas por outros. Mesmo estando a falar de uma escala diferente que no caso em concreto, essa repartição do esforço acaba por existir sempre. Além disso, admitindo como válido o teu argumento de que o número de programadores para o desenvolvimento de raiz de um programa seja reduzido, isso não significa que não continuem a ser necessárias customizações, novas funcionalidades e outras alterações ao software, as quais podem ser efectuadas por outros programadores. De qualquer das formas, seria interessante que apresentasses um estudo onde se demonstrasse essa queda do número de programadores que referes. Que contradição? É a mesma coisa de falarmos de carros e eu afirmar que o custo do carro não está nos pneus que usa, e mais à frente dizer que existe quem só venda pneus... No contexto, o valor do software não é igual ao custo da licença. Olha, por exemplo, o software de contabilidade precisa de updates constantes, updates esses que muitas vezes implicam custos adicionais. Se bem me recordo (admito que possa estar a fazer confusão) as licenças normalmente aplicam-se a uma versão de um determinado software, não sendo transitável para novas versões. É por isso que quando sai uma nova versão do MS Office tens que pagar mais dinheiro por essa nova licença de actualização. Ou seja, continuamos a falar de licenciamento. Portanto, das duas uma. Ou os custos de licenciamento são negligenciáveis e devem ser ignorados no cálculo do TCO, ou não o são, e poderão ter um impacto considerável no mesmo custo. Da mesma forma, acrescem os custos da manutenção especializada A qual continua a ser necessária no modelo do software livre, e que pode requerer a necessidade de contratar programadores. Por outro lado, admito que a frase aqui comentada seja um pouco redutora, e em vez de se referir que o software livre é apenas uma fonte de trabalho para os programadores de software portugueses devesse ter sido reformulada como "o software livre é uma fonte de trabalho para os técnicos das tecnologias de informação portugueses"
-- What, Me Worry? |
| | | | De qualquer das formas, seria interessante que apresentasses um estudo onde se demonstrasse essa queda do número de programadores que referes. Seria, se eu tivesse tempo e colaboração suficiente para isso. Por outro lado, também ninguém apresentou um estudo em que demonstrasse que tal queda não iria ocorrer. Certamente daria um trabalho académico interessante. Portanto, das duas uma. Ou os custos de licenciamento são negligenciáveis e devem ser ignorados no cálculo do TCO, ou não o são, e poderão ter um impacto considerável no mesmo custo. Não percebeste a ideia que queria transmitir. No cálculo do TCO o valor da licença entra, mas é uma pequena fracção do valor total. Talvez o facto de ter falado nos modelos de update tenha confundido. Nem sempre os updates pagos implicam uma nova licença. Pode por exemplo ser uma alteração extraordinária (como aconteceu quando alteraram a taxa do IVA, por exemplo), que implica a aquisição de um update e uma intervenção técnica. Ou usando um exemplo mais simples, o Windows XP que uma dada empresa usa provavelmente implicará mais gastos de manutenção ao longo do tempo de vida útil do produto que várias vezes o preço da licença. "o software livre é uma fonte de trabalho para os técnicos das tecnologias de informação portugueses" Exacto. A forma como está escrito na proposta é, no mínimo, falaciosa, até porque não é apresentado nenhum estudo ou documento de suporte que comprove tal facto. |
| | | | Por outro lado, também ninguém apresentou um estudo em que demonstrasse que tal queda não iria ocorrer. Certamente daria um trabalho académico interessante. Bem, normalmente costumasse referir que o ónus da prova costuma ser necessário a quem faz uma afirmação. Ora tendo em conta que tu é que afirmaste que num modelo de software livre a queda do número de programadores ocorreria, parece-me a mim que cabe-te a ti demonstrares essa afirmação.. Afirmar que "ninguém apresentou um estudo em que se demonstrasse que tal queda não iria ocorre" parece-me estar a tentar virar o bico ao prego. Não percebeste a ideia que queria transmitir. No cálculo do TCO o valor da licença entra, mas é uma pequena fracção do valor total. Percebi perfeitamente e nunca referi que o custo do licenciamento é o mais relevante no custo do software. Também não me recordo de isso ser referido na proposta em discussão.. o que refere isso sim é que entre outras coisas o software livre também traz poupanças significativas no custo de licenciamento. Ora mesmo que o custo de licenciamento do software seja apenas 6% do TCO, num contexto em que tanto se fala de redução de custos da máquina estatal, parece-me que uma redução de 6% no TCO do software utilizado pela administração pública é uma redução significativa (claro está, desde que não seja depois aplicada para comprar carros novos para os ministérios). Além do mais, pelo que me recordo da proposta, esta é apenas uma das diversas questões apontadas nos considerandos, nem tendo mais destaque (até pelo contrário) que as restanes. Pode por exemplo ser uma alteração extraordinária (como aconteceu quando alteraram a taxa do IVA, por exemplo), que implica a aquisição de um update e uma intervenção técnica. Ou usando um exemplo mais simples, o Windows XP que uma dada empresa usa provavelmente implicará mais gastos de manutenção ao longo do tempo de vida útil do produto que várias vezes o preço da licença. Como tu mesmo referiste mais abaixo, por necessidades de mercado as empresas de software proprietário lançam novas versões do mesmo software exactamente pela necessidade de extrair mais dinheiro de licenciamento. Portanto, num modelo destes, não me parece ser de negligenciar o impacto do licenciamento no TCO. Exacto. A forma como está escrito na proposta é, no mínimo, falaciosa, até porque não é apresentado nenhum estudo ou documento de suporte que comprove tal facto. No modelo de software livre, e sendo necessárias alterações ao mesmo (e alterações especificas ao nosso país por exemplo), parece-me relativamente lógico que isso significará que existirá mais trabalho para os programadores para efectuarem essas alterações e/ou customizações. Além disso, o modelo do software livre, ao facilitar a reutilizaçao de código/ideias, baixa o nível de esforço para o desenvolvimento de novo software que corresponda a necessidades especificas de empresas e/ou instituições nacionais. Por outro lado, a ser correcta a tua afirmação de que o software livre reduz a necessidade de programadores por facilitar a reutilização de código, a mesma verificar-se-ia para todo e qualquer tipo de ferramenta que facilitasse a programação. Ora não me parece que o número de programadores tenha vindo a decrescer ao longo dos anos, mesmo contando com as diversas ferramentas que foram surgindo para facilitar essa tarefa. Quanto muito poderiamos era dizer que a aposta na questão da programação seja incorrecta porque cada vez mais a mesma é considerada um "low skilled job" e como tal sujeito a deslocalizações.. mas aqui estamos a falar de uma questão totalmente diferente, relacionada com o sistema económico e que afecta essencialmente o software proprietário.
-- What, Me Worry? |
| | | | Já agora, sobre a questão dos programadores, novamente tu é que destes mais destaque á questão. O ponto dos considerandos da proposta a que te refere é articulado da seguinte forma: O software livre é uma fonte de trabalho para os programadores de software portugueses, bem como para as micro, pequenas e médias empresas informáticas portuguesas, não só a nível do desenvolvimento de software mas também no acompanhamento e assistência técnica destes e de outras aplicações, que sigam a mesma filosofia de implementação e distribuição. Ou seja a questão de suporte e prestação de serviços já se encontra referida na proposta.
-- What, Me Worry? |
| | | | Podem ser pedantes à vontade, mas as empresas como a Primavera, a Sage Infologia, etc. que produzem software não dão assistência. As suas receitas são oriundas das licenças. Tu é que estás a ser pedante ao assumir que os modelos de negócio a ser utilizado pelas empresas de Software Livre seriam os mesmos... Há modelos que permitem ganhar dinheiro com o desenvolvimento de Software Livre. São é diferentes, porque o licenciamento é diferente, porque dá-se valor a coisas diferentes, etc... Não é necessidade de programadores não diminui. A inovação e diferenciação e adaptação a necessidades especificas no software é que quase não existe em grande parte do mercado. «They that give up liberty to obtain a little temporary safety, deserve neither liberty nor safety» Benjamim Franklin (1706-1790) |
| | | | Tu é que estás a ser pedante ao assumir que os modelos de negócio a ser utilizado pelas empresas de Software Livre seriam os mesmos... Eu falei do que existe por cá e agora. Não faço conjecturas aos modelos de negócio existentes daqui a 10, 20 ou 50 anos. Cada um investe no que quiser, e se eu estiver errado, melhor, porque assim todos ganham. De qualquer forma agradeço uma clarificação no que é um modelo de negócio viável na àrea do software utilizando software livre, implementável na realidade do mercado português. A inovação e diferenciação e adaptação a necessidades especificas no software é que quase não existe em grande parte do mercado. Muitas das software houses mais pequenas adaptam facilmente um produto às necessidades do cliente, por um valor adicional. Mesmo os produtos de empresas maiores normalmente permitem o desenvolvimento de módulos adicionais por terceiros e um grau de customização bastante elevado. Que parte do mercado falta? |
| | | | Eu falei do que existe por cá e agora. Não faço conjecturas aos modelos de negócio existentes daqui a 10, 20 ou 50 anos. Cada um investe no que quiser, e se eu estiver errado, melhor, porque assim todos ganham. De qualquer forma agradeço uma clarificação no que é um modelo de negócio viável na àrea do software utilizando software livre, implementável na realidade do mercado português. Eu não falei do que vai haver daki a 10, 20 ou 50 anos, eu falei do que se deveria fazer JÁ, para ganhar dinheiro com Software Livre, e isso seria utilizar um modelo de negócios apropriado a este. É possível, até porque na informática o que dá mesmo dinheiro na maior parte dos casos são serviços e é possivél recorrendo a contratos criar modelos de negócios para Software Livre que fossem lucrativos. Cada empresa tem o seu modelo de negócios, muitas imitam-se, mas isso não prova que só esse numero reduzido de modelos é que funciona e foi isso que tu disseste. Muitas das software houses mais pequenas adaptam facilmente um produto às necessidades do cliente, por um valor adicional. Mesmo os produtos de empresas maiores normalmente permitem o desenvolvimento de módulos adicionais por terceiros e um grau de customização bastante elevado. Que parte do mercado falta? Talvez o que fica restrito pelo licenciamento de escolher quem lhes faz as modificações. «They that give up liberty to obtain a little temporary safety, deserve neither liberty nor safety» Benjamim Franklin (1706-1790) |
| | | | Quanto aos exemplos (grande revelação, eu normalmente não faço afirmações sem conhecimento de causa), presumo que tenhas reparado que grande parte do software listado é feito por individuais, não por empresas. Presumo também que alguma vez tenhas trabalhado em desenvolvimento em Portugal, e estejas por dentro dos métodos de trabalho do grosso das empresas empregadoras de programadores. Acrescento também que o que se constata no site da CM (e sim, por vezes passo por lá) é que existem vagas para programadores, não que estão a expandir a equipa. Também conheço várias software houses com um elevado índice de rotatividade nos quadros de desenvolvimento. |
| | | | Compreendo o que dizes e dou-te razão: muitas vezes é rotatividade. Mas não neste caso! Porque não leste o post no site do CM sobre a admissão de pessoal? Uns são para ensinar (coisa que eles não tinham ainda) e um é para programar (talvez este seja de rotação). |
| | | | Confesso que me escapou. Mas, como se costuma dizer, uma andorinha não faz a Primavera... |
| | | | Bem dito. E o que eu queria dizer começa aí mesmo: se uma distribuição tem pessoas a tempo inteiro, quanto mais os outros projectos (principalmente científicos). |
| | | | quantos seriam precisos se fosse um trabalho feito do 0? Por isso é que as empresas de software livre cooperam no software e competem nos serviços. |
| | | | O negócio central das empresas de software livre deixa de ser o software e passam a ser os serviços, correcto? Se deixa de ser fulcral a inovação e desenvolvimento do software (porque este passa a ter um modelo de desenvolvimento colaborativo e deixa de ser o elemento de competição), mas a qualidade e competitivade dos serviços, não é normal que o número de programadores necessários na globalidade diminua? |
| | | | O negócio central das empresas de software livre deixa de ser o software e passam a ser os serviços, correcto? Não me parece que esta questão seja única e exclusivamente das empresas de software livre, e parece-me existir uma tendencia neste sector para apostar nos serviços em detrimento do software enquanto factor de obtenção de lucro. Aliás, não me admirava que daqui a poucos anos vissemos reaparecer os ASP's (desta vez melhor pensados, e fora do hype das dotbomb) o que significaria a comodização do mercado de software.
-- What, Me Worry? |
| | | | O negócio central das empresas de software livre deixa de ser o software e passam a ser os serviços, correcto? Não exactamente. O negócio central de todas as empresas de software são os serviços. O licenciamento é normalmente uma pequena percentagem do custo de uma solução.
Mas isso é mais relevante em empresas de Software Livre.
Se deixa de ser fulcral a inovação e desenvolvimento do software (porque este passa a ter um modelo de desenvolvimento colaborativo e deixa de ser o elemento de competição) Rejeito a 100% a tua elação. O desenvolvimento colaborativo é o que mais inovação trouxe em toda a história humana. |
| | | | Não exactamente. O negócio central de todas as empresas de software são os serviços. O licenciamento é normalmente uma pequena percentagem do custo de uma solução. O negócio central da Microsoft, Primavera, Sage Infologia, etc. são os serviços? E eles sabem disso? Em que planeta? Rejeito a 100% a tua elação. O desenvolvimento colaborativo é o que mais inovação trouxe em toda a história humana. Não confundas inovação com desenvolvimento. Não me ocorre um produto de software livre que inove (em termos tecnológicos, não em termos de licença). |
| | | | O negócio central da Microsoft, Primavera, Sage Infologia, etc. são os serviços? E eles sabem disso? Em que planeta? O negócio central actualmente não. O que não significa que não pretendam mudar do sector de venda de software para o sector de serviços. A Microsoft já anda a tentar isso há alguns anos exactamente por não poder ir muito mais longe com o modelo de negócios actual. Não é por acaso a sua aposta em coisas como a MSN Network (que falhou redondamente devido à expansão da internet), na aquisição do hotmail, do lançamento do "passport", etc. Também não foi por acaso que quer a Microsoft quer a Primavera tivessem apostado no conceito dos Application Service Providers (ASP) quando o mesmo surgiu em força (e rebentou por diversas razões). Não me ocorre um produto de software livre que inove (em termos tecnológicos, não em termos de licença). Em termos de inovação que foram disponibilizados desde o inicio no modelo de software livre e só para referir aqueles que nos afecam de uma forma mais directa, podemos apontar os servidores Web (bem como o próprio conceito de World Wide Web), os browsers web (lynx, Mosaic, etc) e os servidores de news. Aliás, importa referir que a própria Internet se deve não a uma inovação por motivos de mercado num conceito de software proprietário mas devido a um projecto fundado pelo estado (no inicio como um projecto do departamento de defesa dos EUA, sendo depois em grande parte responsabilidade das universidade e da NSF). Já as outras redes proprietárias que estavam a surgir na década de 80/90 (Compuserve, MSN Network, Prodigy, AOL, etc.) tiveram o fim que se sabe...
-- What, Me Worry? |
| | | | Se deixa de ser fulcral a inovação e desenvolvimento do software Não deixa de ser fulcral, os clientes precisam de software, software com inovação, software adaptado às necessidades deles. Sem esse software não há serviços a serem prestados. Uma empresa não pode ter know-how suficiente para garantir a prestação de serviços a um numero ilimitado de software, por isso é necessário produzir mais e melhor software, os métodos de financiamento do desenvolvimento de software é que podem variar brutalmente (não precisa de ser cooperativo). mas a qualidade e competitivade dos serviços, não é normal que o número de programadores necessários na globalidade diminua? Se alguns dos serviços envolvam programação não. São esses tipos de serviços que podem diferenciar as ferramentas de trabalho das empresas/individuos clientes e ajuda-las(los) a fazer mais e melhor, logo e supostamente a obterem mais lucro (ou o que for que procurem). (porque este passa a ter um modelo de desenvolvimento colaborativo e deixa de ser o elemento de competição), «They that give up liberty to obtain a little temporary safety, deserve neither liberty nor safety» Benjamim Franklin (1706-1790) |
| | | | (...)os clientes precisam de software, software com inovação, software adaptado às necessidades deles. As empresas que possuem uma área de negócio específica normalmente usam um método que consiste em substituir um produto antes do tempo de vida útil deste por uma nova versão do produto, mesmo que essa nova versão não traga vantagem aparente para o consumidor, de forma a maximizar o lucro. Por exemplo, a Intel lança CPU's que muitas vezes são vendidos a 5x o preço mínimo de mercado estimado para o produto, porque são novos. Quando a procura do produto declina (e o preço acompanha), introduzem uma nova versão (e de preferência incompatível com a anterior) para maximizar o lucro. Outro exemplo é a Microsoft e o MS Office. A esmagadora maioria dos utilizadores de MS Office conseguiria realizar todo o trabalho no Office 97, e inclusive manter compatibilidade de alguns tipos de documento. Mas, a necessidade de implementar novas funcionalidades (mesmo que inúteis) vem da empresa produtora, para poder reintroduzir uma nova versão do produto no mercado e a preço superior, e eventualmente cativar os utilizações das versões anteriores para realizarem um upgrade. Este modelo de lucro através de especulação não é viável usando software livre. Se alguns dos serviços envolvam programação não. Esquecendo que existem vários tipos de licença no software livre, e falando apenas na GPL: Se uma empresa implementa uma funcionalidade não existente numa dada aplicação GPL e a distribuir aos clientes (por vantagem estratégica graças à funcionalidade), é obrigado a distribuir também o código fonte dessa funcionalidade, que poderá ser implementada no mesmo produto por empresas concorrentes. Qual é então a vantagem de uma empresa cuja área de negócio seja o software livre suportar uma equipe de desenvolvimento do tamanho de uma encontrada numa empresa de desenvolvimento de software fechado? |
| | | | Os clientes também têm necessidades. Principalmente os que procuram fazer mais e melhor, costumam procurar que as suas ferramentas se tornem mais e melhores de uma forma relevante para eles. Infelizmente o mercado nacional é um mercado composto na sua maioria por seguidistas e não por inovadores. Por cá algo revolucionário já costuma existir à uns 10 anos lá por fora, mas o marketing faz maravilhas... De qualquer forma estamos na UE, e a globalização está aí, há sempre alguns por cá que fazem bem as coisas e o nosso mercado vai ter mais tarde ou mais cedo que mudar, caso contrário as nossas empresas desaparecem, por não serem competitivas. Não estás a falar apenas da GPL estás a falar de todas as licenças com copyleft. Com a GPL só podes fazer alterações e não ser obrigado a distribuir o código fonte dessas modificações, basta para isto que não distribuas de todo essas modificações. Se existe uma vantagem estratégica também pode não haver interesse em distribuir a modificação, por isso a tua questão é uma não questão. Quanto a modelos de negócio e métodos de financiamento de desenvolvimento, basta pensares um pouco que descobres vários, aínda à pouco tempo dei algumas luzes sober um metodo possível aqui no Gildot e pelo menos alguns dos que disseram anteriormente que não éra possível gostaram do método e não estou com paciência para escrever tudo de novo. Para cada caso há um modelo, o truque é tratar cada caso como um caso diferente e abordar o a situação com vontade de encontrar no mínimo uma solução que funcione. «They that give up liberty to obtain a little temporary safety, deserve neither liberty nor safety» Benjamim Franklin (1706-1790) |
| | | | vou entrar numa discussão em que se fala muito melhor que eu, por isso, vão com calma :D se tu estás a dizer que as empresas já contam com ter que comprar uma nova versão, mesmo que não precisem e que seja menos adequada (ou até que implique uma mudança num qualquer processo de negócio), estás a dar credibilidade ao negócio com base em Software Livre, uma vez que a interoptabilidade é mais facilmente garantida, e não há de forma nenhuma obrigatoriedade em upgrades. quanto à vantagem em distribuir aplicações GPL... ingenuamente, poderei dizer que quem as adquire não tem interesse em a fornecer aos concorrentes para manter uma vantagem competitiva, pelo que a distribuição massiça não deve ocorrer com toda a facilidade em todos os casos. Por outro lado, ter o código não implica ter a percepção de como funciona, o que levará algum tempo. Tempo este que a empresa original aproveitará para lançar novas funcionalidades. Ora, estes dois aspectos implicam a existência de uma concorrência mais forte, tendo óbvias vantagens para o consumidor. Assim sendo, parece-me natural o surgimento de um mercado baseado em soluções de Software Livre (embora talvez não exclusivamente). Ingenuamente, disse eu, porque não tenho conhecimentos para fundamentar as minhas ideias... ----- Microsoft has funded 13 studies over the past year comparing Linux with its own products. Guess what: All of them come out in favor of Microsoft. |
| | | | Como é que ganhas dinheiro em Portugal a criar software livre? Vendendo serviços como o resto de todas as empresas de software. 94/96% dos custos de qualquer solução são serviços (a percentagem foi dada pela Microsoft, que diz que o custo das licenças é apenas 4% a 6% do custo de uma solução). |
| | | | Em outros posts citei outras empresas que vendem licenças e não serviços. A área-chave da Microsoft não são os serviços, mas sim software. O facto de afirmarem que o custo das licenças é X% do preço da solução não quer dizer que a actividade deles não seja o software. Quer dizer sim que eles estimam que X% do valor total transaccionado por ano na área de TI lhes vá parar aos bolsos. |
| | | | Por muito boa-fé que a tua afirmação tenha... Fizeste as contas? Quanto gasta o estado em licenças? Estás por dentro dos valores envolvidos? Fizeste um levantamento do custo da formação e manutenção? Ele talvez não! Mas há quem o tenha feito estudos! Para além disso o que interessa é manter a liberdade, sem liberdade o estado não pode cumprir correctamente as suas missões. Estamos a partir do pressuposto que o software livre resolve tudo, não? Como modelo de licenciamento de direito de autor de software resolve todos os problemas que é suposto uma licença resolver. «They that give up liberty to obtain a little temporary safety, deserve neither liberty nor safety» Benjamim Franklin (1706-1790) |
| | | | Terás de me dizer como é que o software proprietário é uma fonte de trabalho para os programadores portugueses. Fora Primaveras e outros produtos de gestão, software português, quid est et quo vadis? Francisco Colaço
Deus dê saúde aos meus inimigos para que assistam de pé à minha vitória. Lema inscrito num barco bandeirante. |
| | | | O grosso do desenvolvimento a nível nacional é essencialmente aplicacional... E o segmento que mais vende são as aplicações de gestão. Não há nada de errado nisso, não fosse o facto do modelo de negócio não ser viável usando software livre. |
| | | | Nesse caso estás lixado, pois a empresa que estou a criar irá construir a sua própria aplicação de gestão e colocá-la open source, de modo a receber contribuições de todo o mundo. Francisco Colaço
Deus dê saúde aos meus inimigos para que assistam de pé à minha vitória. Lema inscrito num barco bandeirante. |
| | | | Estou lixado porquê? Existem outras empresas em Portugal que fazem o mesmo. São é uma minoria e vivem dos serviços. E já expliquei num post acima, que para empresas cujo modelo de negócio é a produção de software, isso não funciona, pelo menos no mercado nacional. Quanto ao seu projecto, máximo que posso fazer é desejar-lhe a melhor sorte do mundo. Normalmente as aplicações de gestão estão intimamente ligadas à legislação do país em que são criadas. Não só a ideia não é nova (e falo na primeira pessoa), como todos os projectos que vi nesse sentido de uma forma ou de outra desapareceram. |
| | | | Estava a brincar, pá, não leves a mal. Só para te dizer que acredito piamente no open source, mesmo como meio de negócio. Francisco Colaço
Deus dê saúde aos meus inimigos para que assistam de pé à minha vitória. Lema inscrito num barco bandeirante. |
| | | | Dificilmente levaria algo a mal :) Força aí na empresa, o que é preciso por estas terras é espírito empreendedor. |
| | | | Não há nada de errado nisso, não fosse o facto do modelo de negócio não ser viável usando software livre. Não há O Modelo de Negócio para Software de Gestão. Há vários esse talvez não funciona-se mas há outros que tenho a certeza que funcionariam também para sofware de gestão. «They that give up liberty to obtain a little temporary safety, deserve neither liberty nor safety» Benjamim Franklin (1706-1790) |
| | | | Não deixa de ser curioso uma proposta sobre software livre em formato DOC. Os links referidos eram para as propostas contidas no site da assembleia da república, e como tal têm que obedecer às regras actuais para a apresentação destas propostas. O custo do software não se resume ao preço da licença. De facto, acredito que o estado gaste mais em suporte e implementação do que em licenças. Dizer que a utilização de software livre traz poupanças significativas é, no mínimo, leviano. É um facto que não se resume à questão económica, nem sequer é o principal motivo que normalmente é apresentado para a adopção do software livre, nem me parece que seja o principal motivo apresentado. Também é verdade que os custos com suporte e manutenção são significativos, daí falar-se em software livre, e não software grátis (free as in speech, not as in free beer). Agora ignorar questões como a necessidade de continuar a pagar licenças de software que podendo não ser a fatia principal do bolo, mesmo assim são uma fatia considerável, isso sim é que me parece ser leviano. Por outro lado abstêm-se de dizer que, além do investimento na formação, será preciso um forte investimento em suporte e desenvolvimento. As propostas vão no sentido de uma adopção faseada, e para a criação de condições que permitam essa mesma adopção. Não me parece que em lado nenhum se indica que será um questão imediata ou que será a curto prazo. Já agora, nos considerandos é referido no ponto 8 que "A adopção do software livre pela administração pública central e local só será possível se forem criadas as condições materiais de formação, suporte e apoio que permitam a transição" Qual é a diferença entre ter experiência em Word e Excel ou ter experiência em OpenOffice? Os utilizadores do OpenOffice são mais competentes? Parece-me que a medida 8 vai no sentido de ensinar a utilizar não um processador em especifico mas sim em explicar os conceitos que estão por detrás de um processador de texto, de forma a que o aluno se possa adaptar no futuro a diversos processadores de texto diferentes, em vez de memorizar a forma de funcionar de um processador de texto. Ora, do meu ponto de vista isto significa que a pessoa passará a ter mais competencias nesta área. Se bem que muitos dos produtos essenciais suportem múltiplas linguagens de forma fácil, o processo de tradução é tudo menos fácil. Com alguns produtos implica uma nova tradução a cada release. Quem assume o trabalho e/ou o custo? O Estado? Sugeria que lesses o texto da medida 9. Embora o trabalho voluntário seja muito importante na questão da tradução (como todo o movimento do software livre tem demonstrado), não me parece de todo disparatado que o estado apoie esse esforço. A intenção é boa, mas falta um estudo bem elaborado de custos e benefícios a longo prazo, bem como a clarificação de pontos obscuros como os contratos de manutenção existentes com diversas empresas, e a ligação de algumas universidades e instituições de ensino às grandes empresas de software. Não conheço exactamente a forma de funcionamento da adopção de medidas propostas pela Assembleia da República. No entanto parece-me que os pontos que referes necessitarem de clarificação, só são clarificados aquando da discussão na especialidade. Até porque importa referir que não estamos a falar de um projecto de lei mas sim de um projecto de resolução. Além disso, a proposta só fala de vantagens... Não há desvantagens? Sendo uma proposta para o apoio ao desenvolvimento do software livre em Portugal, parece-me que é natural que a proposta se concentre nas vantagens.
-- What, Me Worry? |
| | | | Os links referidos eram para as propostas contidas no site da assembleia da república, e como tal têm que obedecer às regras actuais para a apresentação destas propostas. Eles recusam PDF? É que além de prevenir viroses, é possível proteger o documento de forma um pouco mais consistente que em DOC. Agora ignorar questões como a necessidade de continuar a pagar licenças de software que podendo não ser a fatia principal do bolo, mesmo assim são uma fatia considerável, isso sim é que me parece ser leviano. É verdade, apesar de eu não achar que a poupança em licenças não é assim tão significativo (e não posso explicar porquê), considero que a autonomia no que toca a adaptação, suporte e remodelação são os principais ganhos pela adopção de software livre na administração pública. "A adopção do software livre pela administração pública central e local só será possível se forem criadas as condições materiais de formação, suporte e apoio que permitam a transição" Ou seja, basicamente, nos casos em que a transição não for possível (porque o responsável não sabe usar unix e não há dinheiro pa formação, porque o software de etiquetas feito em VB não corre no X, porque o Frontpage exige o Windows...) esta não é feita. O que está em jogo é uma transição gradual, mas que é tudo menos trivial na maioria dos casos. Ora, do meu ponto de vista isto significa que a pessoa passará a ter mais competencias nesta área. Um utilizador de processador de texto que tanto mexa em Word como em AbiWord é um verdadeiro quadro técnico? Não é uma afimação um bocado descabida? Até porque importa referir que não estamos a falar de um projecto de lei mas sim de um projecto de resolução. Isso quer dizer que se eu tivesse um assento na AR e tivesse ouvido dizer que existia petróleo no Entroncamento podia gastar o precioso tempo da AR a apresentar um projecto de proposta para a exploração do petróleo e reconversão da zona, sem qualquer estudo ou parecer técnico que sustentasse a minha opinião? Sendo uma proposta para o apoio ao desenvolvimento do software livre em Portugal Ou uma proposta de como poupar uns cobres valentes nas licenças e arranjar ocupação para o pessoal do depto informático... |
| | | | Eles recusam PDF? É que além de prevenir viroses, é possível proteger o documento de forma um pouco mais consistente que em DOC. Triste, mas verdade! O que está em jogo é uma transição gradual, mas que é tudo menos trivial na maioria dos casos. Mas ninguém disse que não seria assim. «They that give up liberty to obtain a little temporary safety, deserve neither liberty nor safety» Benjamim Franklin (1706-1790) |
| | | | Triste, mas verdade! Tão já cá num tá quem falou... Mas ninguém disse que não seria assim... Ai não? Uma proposta de meia duzia de paginas nao fundamentadas fala do problema do carcanhol e do problema de ser preciso à priori? É que não li isso em lado nenhum... por isso aasumi que fossem só vantagens. Tipo munich ou outra porcaria do slashot. toma lá dá cá. Mas então não é assim? E o governo tem que abrir os cordões à bolsa? E sabe disso? |
| | | | q eu saiba, munique foi muito bem documentado... ----- Microsoft has funded 13 studies over the past year comparing Linux with its own products. Guess what: All of them come out in favor of Microsoft. |
| | | | O Software Livre tem a vantegem de ser livre, isso dá liberdade para legalmente poderes fazer tarefas técnicas que te tragam outras vantagens, a mesma liberdade também permite poder fazer mais escolhas no que diz respeito à gestão desse software, que pode por exemplo reduzir o TCO mais que no caso do software proprietário com uma gestão adequada. Estas liberdades têm por consequência outras liberdades e por aí a diante. Nada vale mais que a liberdade e o Estado tem que ter a liberdade para poder cumprir de forma correcta, transparente e independente a sua missão. «They that give up liberty to obtain a little temporary safety, deserve neither liberty nor safety» Benjamim Franklin (1706-1790) |
| | | | É verdade, apesar de eu não achar que a poupança em licenças não é assim tão significativo (e não posso explicar porquê), considero que a autonomia no que toca a adaptação, suporte e remodelação são os principais ganhos pela adopção de software livre na administração pública. Parece-me que esses principios são referidos nos considerandos da proposta, e também penso que a questão dos custos é a menos relevante na questão do software livre. No entanto, e como referi, se existe de facto redução de custos, e numa altura em que se fala tanto em redução de custos da máquina do estado, não referir essa mesma redução parece-me a mim que seria um erro de estratégia. Agora claro que não é a questão mais importante, mas também não me parece que é isso que se depreende da proposta. Ou seja, basicamente, nos casos em que a transição não for possível (porque o responsável não sabe usar unix e não há dinheiro pa formação, porque o software de etiquetas feito em VB não corre no X, porque o Frontpage exige o Windows...) esta não é feita. O que está em jogo é uma transição gradual, mas que é tudo menos trivial na maioria dos casos. Sinceramente não percebo onde é que queres chegar com o paragrafo anterior. Se não vamos por uma transição gradual em que se criem primeiro as condições para essa adopção, qual é então a solução? Fazer um projecto de lei que torne obrigatório por decreto a utilização do software livre e depois logo se vê? Quanto á questão da mudança ser trivial, não me recordo de alguma vez isso ter sido afirmado.. dai a necessidade da criação das condições essenciais para essa transição. Um utilizador de processador de texto que tanto mexa em Word como em AbiWord é um verdadeiro quadro técnico? Não é uma afimação um bocado descabida? Se alguém sabe os principios básicos de um processador de texto, e se por isso se pode adaptar mais facilmente a uma alteração nos processadores de texto (e mesmo que não estejamos a falar de uma transição para software livre, por exemplo, passar do MS Word para o Wordperfect), do meu ponto de vista isso significa que as comptencias informáticas dessa pessoa são melhores.. (e quem diz procedores de texto, diz sistemas operativos, folhas de cálculo, etc.). Ou para ti é preferivel decorar como trabalhar com uma aplicação em especifico e depois empancar se existirem mudanças no programa ou se se mudar de programa? Isso quer dizer que se eu tivesse um assento na AR e tivesse ouvido dizer que existia petróleo no Entroncamento podia gastar o precioso tempo da AR a apresentar um projecto de proposta para a exploração do petróleo e reconversão da zona, sem qualquer estudo ou parecer técnico que sustentasse a minha opinião? Antes de mais, o que não faltam são estudos técnicos já efectuados sobre a adopção do software livre (quer a favor quer contra). De qualquer das formas os projectos de resolução são discutidos em plenário na assembleia da república, onde são aprofundadas as razões e justificações para os mesmos. Além do mais, uma das propostas é a elaboração de um livro branco (com o qual se não estou em erro consideras-te ser uma boa proposta) que aprofundará diversas questões. Ou uma proposta de como poupar uns cobres valentes nas licenças e arranjar ocupação para o pessoal do depto informático... A questão das licenças é referido conjuntamente com outras questões num ponto dos considerandos. Tu é que lhes estás a dar mais destaque. Além disso, as propostas englobam diversos pontos, incluindo também incentivos para a utilização do software livre nas empresas privadas. A terminar, até agora tenho-te visto a criticar (e não percebo muito bem se és ou não a favor da utilização do software livre), mas não tenho visto grandes propostas de alteração. Se tivesses que elaborar uma proposta deste tipo o que recomendarias enquanto medidas? E que alterações farias aos considerandos ?
-- What, Me Worry? |
| | | | Sobretudo à das patentes de software! Esta tem prioridade absoluta!
Acção Urgente: ajude hoje a mudar o voto de Portugal no Conselho da UE!
Caro apoiante da FFII,
No próximo dia 23 de Setembro será votado o Projecto de Resolução n.º 254/IX - - Contra as patentes de software na União Europeia em defesa do desenvolvimento científico e tecnológico, proposto na Assembleia da República pelo Deputado Bruno Dias (PCP). Esta moção visa inverter o infeliz voto favorável a patentes de software emitido por Portugal na reunião de 17/18 de Maio de 2004 no Conselho Europeu de Ministros.
http://www3.parlamento.p t/PLC/Iniciativa.aspx?ID_Ini=20489
Por este motivo, é urgente que escreva uma carta em papel ou fax, (pode enviar um email também, mas o contacto "não digital" tem mais impacto), aos seus deputados preferidos pedindo-lhe que apoie esta Resolução, mesmo que seja feita por um partido opositor.
Se puder enviar esta carta em nome da sua empresa, faça-o. É importante realçar que a sua empresa também será afectada.
Bons pontos a focar incluem a rejeição a patentes de software expressa por quase 2900 portugueses na petição entregue no Parlamento Europeu a proposta do Parlamento Europeu que claramente exclui patentes de software depois de um longo período de estudo, e pode incluir como anexo o Apelo Urgente disponível em http://swpat.ffii.org/cartas/co ns0406/index.pt.html
Para ajudar a mostrar, especialmente aos partidos que compõem o governo, a nossa vontade de um mercado de software Europeu livre de patentes de software, é necessário este pequeno esforço. Por favor, ajude-nos pois este gesto é importante e urgente.
Contacto no PP: Grupo Parlamentar do Partido Popular - 14 Palácio de S. Bento 1249-068 LISBOA Tel: 800205158 (linha verde) gp_pp@pp.parlamento.pt
Contacto no PSD: Grupo Parlamentar do Partido Social Democrata - 105 Palácio de S. Bento 1249-068 LISBOA Tel: 800205156 (linha verde) gp_psd@psd.parlamento.pt
Contacto no PS: Grupo Parlamentar do Partido Socialista - 96 Palácio de S. Bento 1249-068 LISBOA Tel: 800204342 (linha verde) gp_ps@ps.parlamento.pt
Contacto no PCP: Grupo Parlamentar do Partido Comunista Português - 10 Palácio de S. Bento 1249-068 LISBOA Tel: 800200358 (linha verde) gp_pcp@pcp.parlamento.pt
Contacto no BE: Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda - 3 Palácio de S. Bento 1249-068 LISBOA Tel: 800204027 (linha verde) blocoar@ar.parlamento.pt |
| | | | | Peço desculpas pelo excesso de bold. Por um lado até não ficou muito mal, mas não foi intencional. |
| | | | Hoje(?) li no JN(?) que o Durão conversou a sós com a comissária holandesa para a concorrência, sobre os apontados conflitos de interesse que a senhora em causa poderia carregar com ela. Fiquei bastante preocupado e lembrei-me logo da mulher do dono da Vivendi...
"No comments" |
| | | | Sim, a pasta da Concorrência não tem estado em boas mãos, e não aparenta melhorar com o Durão Barroso. |
| | | | ESqueceram-se de um grupo parlamentar que é o PEV - Partido Ecologista "Os Verdes". |
| | | | Distribuem a enorme quantidade de 500 CD de linux numa festa onde tipos meio ébrios até querem alguma coisa para jogar ao disco ou fazer reflexos à cara dos amigos e acham-se os maiores benfeitores do Mundo. Gaita, quantos downloads do Linux Mandrake, SuSE, Fedora, Debian e outras versões infelizmente capitalistas se realizam neste país a cada mês? Sejamos claros numa coisa: se os cromonistas acham que ser software livre é ser anti-americano rasca, o problema é deles. Não se venham é a clamar donos ou ideólogos do software livre, pois nem todos os que escrevem código GPL (eu, por exemplo) são cromonistas ou se identificam com uma ideologia que já matou mais pessoas que qualquer outra (o fascismo e o nazismo eram mais agudos mas duraram pouco). Podem, meus caros, lutar nesta guerra civil. Mas mesmo em Espanha, havia várias tendências a lutar contra o Franco: desde democratas genuínos a comunistas. Infelizmente, perderam, mas isso é outra história. Bem pensando, talvez não seja, pois do ponto de vista do General, todos eles eram comunistas empedernidos, e era assim a propaganda feita. E a Microsoft também parece querer alinhar por isso. Aplaudo a iniciativa do PCP, mas por favor não façam dela o que não é. Quinhentos CD sempre são quinhentos CD, mas se eu oferecer um CD do Linux a um dos meus amigos também clamo sucesso de 100% nos meus esforços de distribuição. Francisco Colaço
Deus dê saúde aos meus inimigos para que assistam de pé à minha vitória. Lema inscrito num barco bandeirante. |
| | | | | Falaste sem ter lá estado e isso normalmente induz em erro. Para quem não esteve lá, havia uma secção com quatro computadores com o Komunix instalado e várias pessoas a ajudar no que fosse preciso. E houve sempre fila para experimentar o que me leva a pensar que sim, foi um êxito. Basta pensar que "tipos meio ébrios" não esperam em filas de, digamos, dez pessoas, para experimentar uma coisa só por gozo. Tal como não pagam um euro por um CD quando noutras zonas do recinto tal material era oferecido (a não se "Komunix" dê ênfase ao gozo). Falando agora das conferências, infelizmente só consegui assistir a uma delas e isto pelo facto de não haver espaço para mais pessoas na sala. Estavam cerca de trinta a quarenta pessoas na discussão das patentes, mais algumas em pé (como eu) que se mantiverem até ao final da dita. Teve uma duração de perto de duas horas. Nela esteve um euro-deputado que falou muito bem pois tratando-se de um sénior (não idoso mas perto disso) soube explicar a outras pessoas que não têm conhecimentos de informática/matemática o essencial da questão pegando num tema que todos conhecem: o filme "2001 - Odisseia no espaço". Esteve também presente um deputado e o presidente (?) da ANSOL - Associação Nacional para o Software Livre. Quanto ao CD em si, não consegui utilizar o Komunix no meu computador o que não é nada de extraordinário pois o próprio live-cd no qual o Komunix é baseado também não funciona aqui. Quero ainda acrescentar que não precisam ser os partidos a propor alterações neste país. Qualquer pessoa pode (e deve) actuar. Para tal existem as Assembleias Municipais (isto a nível local) e outros meios (há até um site dedicado a propostas de leis por cidadãos). Acho por isso estranho que quando alguém tenta andar com isto para a frente se coloquem barreiras, mesmo por aqueles que nada fazem em prol do futuro (nosso e dos nossos). |
| | | | E desculpem o texto estar todo seguido... Desconhecia que não podia utilizar XHTML aqui. |
| | | | o presidente (?) da ANSOL LOL, isso foi um bug da introdução dos presentes :) |
| | | | Não, eu é que não me recordo quem era o representante da ANSOL. Mas a ANSOL tem um predidente logo não foi descabida como fazes parecer. |
| | | | Pois, mas eu lembro-me :) e não estou a dizer que foi descabida. Foi apenas um percalço, coisa normal que acontece a qualquer um! |
| | | | Se tiveres tanto código no Linux quanto eu, aceito o repto de não se fazer nada pelo teu futuro. Tu usas o meu código, não sei se uso o teu. Na verdade, já tive mais, mas isso irei remediar no futuro, quando as empresas que estou a criar estiverem em pé, e eu tiver tempo para me dedicar desta feita aos sistemas gráficos no GNOME. Por outro lado, eu, cito-me aplaudo a iniciativa. Só não quero que façam dela o que não é. Pois quinhentos CD são de certeza cilindrados por uma distribuição mensal na PC Guia ou na Exame Informática. Longe de mim considerar que o PCP deve ter acesso vedado do Linux (quanto ao acesso à democracia, com um pedido de desculpas tudo se arranja, mas isso sou eu). Ainda bem que o PCP está connosco. Duvido da pureza dos motivos, mas há que dizer duas coisas: - O PCP não é o mentor do movimento open source, nem tem o direito de o implicar. É apenas mais um peão num tabuleiro sem reis.
- O PCP deve colocar as suas contribuições em perspectiva. Quinhentos CD é meritório, mas não um evento retumbante.
Afora isso, vem vindos às trincheiras. Francisco Colaço
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| | | | O fhc é o exemplo acabado do produto da propaganda exacerbada, preconceituosa e radical, anti-comunista. Estes produtos acabados têm um desdém tão grande do "comunismo" que urge neles a necessidade de se sabotarem intelectualmente recorrendo a um discurso 'cassete' adornado pela recursiva transfiguração da realidade. Exemplo disto é a forma desdenhosa e baixa como estes produtos se referem aos comunistas. P.S.: Se eu matar um milhão de pessoas e invocar que foi em nome de 'aquilo que é bom'. Significa que 'aquilo que é bom' é mau? P.S.2: Para quem não percebeu: 'aquilo que é bom' é genuinamente bom, eu apenas ergui a fachada do 'aquilo que é bom' enquanto praticava 'aquilo que é mau'. |
| | | | O fhc é o exemplo acabado do produto da propaganda exacerbada, preconceituosa e radical, anti-comunista. Estes produtos acabados têm um desdém tão grande do "comunismo" que urge neles a necessidade de se sabotarem intelectualmente recorrendo a um discurso 'cassete' adornado pela recursiva transfiguração da realidade. Exemplo disto é a forma desdenhosa e baixa como estes produtos se referem aos comunistas. P.S.: Se eu matar um milhão de pessoas e invocar que foi em nome de 'aquilo que é bom'. Significa que 'aquilo que é bom' é mau? P.S.2: Para quem não percebeu: 'aquilo que é bom' é genuinamente bom, eu apenas ergui a fachada do 'aquilo que é bom' enquanto praticava 'aquilo que é mau'. P.S.3: Comparar a destribuição de cd's em conjunto com a compra de uma revista à compra voluntária e exclusiva dum cd é desonesto, e só mostra o carácter pernicioso destes produtos de propaganda anti-comunista. No Avante o cd comprava-se, não vinha como rifa. |
| | | | Matar um milhão de pessoas para fazer uma linha férra para ti é bom? Foda-se, se tu fosses do Comitê Central do PCP isso era causa suficiente para classificar o teu partido de para-fascista e ilegalizá-lo de vez. Francisco Colaço
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| | | | Devias ter lido o P.S.2, porque eu antecipei logo a tua incapacidade para compreender o P.S. |
| | | | Então o Estaline era mau. Admites? Trappa rasa. Francisco Colaço
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| | | | As criticas aos desvios e deturpações estalinistas não são nada de recente na história do movimento comunista (inclusivé dentro do próprio PCUS), portanto não vejo onde é que poderemos chegar com esta questão (além de nos estarmos a desviar do assunto principal aqui a ser discutido). Além disso, parece-me ser relevante distinguir entre a ideologia e o que alguns possam fazer em nome da mesma. Aliás, é preciso não esquecer que por exemplo os Khmers vermelhos, que em termos proporcionais foram causadores de muito mais mortes que o estalinismo foram apoiados pelo governo de então dos EUA.
-- What, Me Worry? |
| | | | Tu falas em desvios e deturpações estalinistas. Respeito-te por isso. O PCP, infelizmente, diz uma coisa num dia e outra coisa no outro. Agora diz-me lá: se alguma vez os do Partido Conturistas chegassem ao poder, teria que temer pela minha vida e a da minha família? Teria de emigrar para falar? Teria de aturar a imposição de ideologia contrária às minhas mais profundas convicções pela escola? Podes dizer que não existe a não ideologia. Aceito isso, e sei que existe uma ideologia presente no sistema democrático. Sei que a escola pode ser tendencialmente neutra, mas não pode sê-lo. Porém, é tão neutra ou tão pouco que os comunistas pais podem passar os seus preciosos ensinamentos em casa e não serão por isso chamados à pedra nem levados a campos de reeducação. Garantes-me que com os bebés de esquerda ou com os conclusistas no poder eu teria a liberdade de pensar como quero, viver e ensinar aos meus filhos as doutrinas religiosas e políticas que no meu âmago, com todas as minhas imperfeições, acho certas? És capaz de me garantir que os Bernardino Soares e os Carlos Carvalhas (ai que vontade!) iriam conceder-me os privilégios que a democracia lhes concede, e que teimam em negar perguntando quem disse que a Coreia do Norte não é uma democracia? (sic) Como não estás em posição de me garantir, e eles não me garantem, prefiro que os tais desvios sejam considerados doutrina do partido. Quem tem medo de vacas loucas come couves. Francisco Colaço
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| | | | E podes garantir isso seja com que partido for? Não. |
| | | | Como tu mesmo referiste noutro post, existem pessoas e existem pessoas, mesmo dentro dos partidos comunistas. O que uns fazem em nome de uma ideologia que dizem defender, se as suas acções contradizem a própria ideologia não me parece ser razão para referir que essas acções sejam consequencia directa dessa mesma ideologia.
-- What, Me Worry? |
| | | | O meu pai foi dentro pela PIDE e dentro pelos comunistas. Os partidos que até agora têm estado no poder não me anulam direitos constitucionais. Continuo a ser mórmone e a assertivamente poder afirmá-lo. Não tenho de dar contas a ninguém por gostar deste ou daquele partido. Podes-me garantir que o Loucão ou o Canalhas no poder me deixariam ensinar estas doutrinas tão retrógradas para certos descerebrados que por aqui sobrevivem às minhas crianças? Podes-me garantir que não irei dentro no momento em que erguer a minha voz para criticar políticas homogenistas (termo vosso) de um governo sinistro? Podes-me garantir que a minha vida não será posta em causa por trupes e milícias? Nesta sociedade, podes-te portar como um idiota e ter idéias de um estronço. Até podes chegar ao extremo e ser comunista. Não vais dentro. Na tua sociedade, não sei se eu iria. Provas dadas já as há e não sei se os tais outros que tanto criticas não são os que regem os destinos do PCP. É isto que me preocupa. Quero ser livre como a tal gaivota que afinal não era uma papoila mancha vermelha num campo qualquer. Francisco Colaço
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| | | | também nos USA podias ser tudo o que kisesses... até surgir o papão vermelho. e agora o islamimo, e recriminá-lo da maneira que foi feito só piorou a situação. numa democracia o q é minimamente garantido é que é mantida a constituição, e espera-se que os tribunais e o presidente também tenham voto na matéria. quanto a abusos de poder, todos os têm, imaginar que uns farão pior, mesmo quando estes uns divergem, e principalmente porque o resto da AR e dos poderes continuam a existir, é um bocado ficção. e sim, pelo que contas acredito q o PCP tenha sido mesmo mau. mas os partidos n existem no vácuo e dificilmente têm o poder q tanto temes. claro que olho para os USA e vejo o contrário do que digo... enfim, tenho fé na humanidade, lá no fundinho. quanto à empresa, estou interessado nisso, quando contratares avisa ;) ----- Microsoft has funded 13 studies over the past year comparing Linux with its own products. Guess what: All of them come out in favor of Microsoft. |
| | | | Sinceramente parece-me que este tipo de discussão em nada contribui para o debate das propostas apresentadas, e apenas leva a discussão para outras questões que me parecem estar fora do âmbito do gildot. De qualquer das formas foram aqui apresentados alguns argumentos que me parece que não devem ficar sem resposta. O meu pai foi dentro pela PIDE e dentro pelos comunistas Presumo que a segunda questão tenha decorrido no periodo do PREC. Ora aqui parece-me ser relevante referir que neste periodo toda a gente dizia que queria o socialismo (até o CDS apresentou uma proposta de constituição em que referia a via portuguesa para o socialismo) e uma parte significativa dos excessos cometidos foram pelos "recem-convertidos". Não conhecendo a questão que referes, seria interessante que verificasses onde é que estão actualmente esses tais comunistas que prenderam o teu pai... não vá acontecer estarem eles na presidencia da comissão europeia, por exemplo. Periodos revolucionários são sempre alturas em que se cometem excessos, e como tal parece-me ser relevante ter essa questão em perspectiva. Senão corre-se o erro de rejeitar por exemplo a declaração dos direitos do homem devido aos excessos que ocorreram na Revolução Francesa. Os partidos que até agora têm estado no poder não me anulam direitos constitucionais. Por acaso o ensino superior gratuito ou o direito á saúde são (ainda) direitos constitucionais, e os partidos que até agora têm estado no poder têm-se empenhado em anular estes direitos. Podes-me garantir que não irei dentro no momento em que erguer a minha voz para criticar políticas homogenistas (termo vosso) de um governo sinistro? Penso que estejas a pensar na teoria hegemonista (e não homogenista) do Gramsci, e de acordo com a visão de Gramsci a hegemonia ocorre em qualquer regime onde a classe dominante cria uma aceitação da ideologia dominante através da construção de um consenso por medidas que podem ser culturais, educativos, etc. Gramsci ter-se-á interessado pela questão da hegemonia para tentar escapar ao determinismo económico e para tentar analisar as razões porque a classe proletária não será forçosamente revolucionária. O Noam Chomsky (embora não enunciando como hegemonia) aborda muito estas questões, pelo prisma da criação do consentimento na sociedade actual. Portanto parece-me um pouco deslocada esta tua afirmação. Nesta sociedade, podes-te portar como um idiota e ter idéias de um estronço. Até podes chegar ao extremo e ser comunista. Não vais dentro. Estás a assumir que a sociedade em que vivemos corresponde ao modelo ideal da Sociedade Aberta do Popper... aliás, mesmo os principios da Sociedade Aberta do Popper, apenas admite a tolerância para quem é tolerante. Ora a realidade é que estamos bastante longe disso, e embora exista alguam liberdade para exprimir ideias (em Portugal muito mais que nos tempos da outra senhora), as coisas também não são assim tão lineares como pretendes apresentar. Em Portugal ainda recentemente foi referida pelo governo a possibilidade de processar uma médica por ter indicado na televisão como fazer um aborto com medicamentos dispoivenis na farmácoa. Na França, ainda recentemente foi aprovada legislação que proibe o uso do véu nas salas de aula. Nos EUA, na década de 50 quem se afirmava como comunisa era perseguido.. e mais exemplos poderiamos arranjar. A terminar, entrares pela tentativa de ofensa (chamares "Loucão" ou "Canalhas" ou cromonistas) em nada dignifica os teus argumentos, e apenas contribui para levar a discussão para uma troca de "galhardetes", coisa que me parece ser perfeitamente desnecessária.
-- What, Me Worry? |
| | | | E acrescento mais, os Khmers vermelhos foram depostos por...imaginem lá...Comunistas...os do Vietnam. Que entraram no cambodja para tirar do poder Pal Pot e os pseudo-comunistas apoiados pelo governo dos EUA. No livro negro do Comunismo todas as mortes no cambodja são atribuidas ao Comunismo...e assim começam os mitos. |
| | | | Duvido da pureza dos motivos Não percebo o que entendes por pureza de motivos. Pretendes com isto indicar que o PCP está nesta questão por considerar ir de encontro com a sua linha programática e que não apoia o software liver per si? Significa isto que o software livre é um fim em si mesmo independentemente do resto da sociedade e que toda e qualquer tentativa de ligar a questão do software livre a outras questões significa não existir "pureza de motivos" ? O PCP não é o mentor do movimento open source, nem tem o direito de o implicar. É apenas mais um peão num tabuleiro sem reis Como já referi noutro post, não me recordo de isso ter acontecido, nem de uma forma explicita nem de uma forma implicita. Aliás, nos próprios considerandos da proposta em que se enumeram os principios base do software livre é indicado que os mesmos foram enunciados pela Free Software Foundation. O PCP deve colocar as suas contribuições em perspectiva. Quinhentos CD é meritório, mas não um evento retumbante. De acordo. Mas o próprio texto do DEUSCrónio não indicou ser um "evento retumbante". O que indicou, isso sim, foi ter excedido as espectativas.
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| | | | "Distribuem a enorme quantidade de 500 CD de linux numa festa onde tipos meio ébrios até querem alguma coisa para jogar ao disco ou fazer reflexos à cara dos amigos e acham-se os maiores benfeitores do Mundo."
Os teus preconceitos deixam de rastos qualquer um.
Fiz um pequeno resumo do que foi a Festa do Avante! até porque se tinha falado neste forum mais que uma vez sobre o Komunix e a Festa do Avante! Foram 500 CDs porque se esgotaram, se tivessemos mais 500 também se vendiam. E não, não eram distribuidos, eram as pessoas que se dirigiam ao local da exposição e pediam para adquirir(a 1 Euro). Pessoas de todas as idades, o que é muito importante, para começar a penetrar em gerações mais velhas e que usam MS. E houve workshops, debates, e isso tem a sua importância. Ninguem se está a armar em Heroi do Soft. Livre, mas apenas a mostrar o nosso trabalho, e queremos ainda ir mais longe. Quem me dera que outros o fizessem também. É pouco? É capaz. Mas é de pequenos nadas que se fazem as grandes modificações.
Achas que as 200 mil pessoas (senão forem mais) que passam pelo Avante! são uma cambada de bebâdos... é bom saber que os meus pais, irmãos mais velhos, e muitos amigos que lá vão são catologados assim por alguem que nunca lá foi.
Termino fazendo uma pergunta/desafio. Costumas ver no canal DOIS o programa 2010? Era bom, porque assim tinhas visto uma reportagem de 4 minutos em pleno Avante! sobre o Komunix, os workshops, etc. Ou também achas que o 2010 vai fazer reportagens sobre bêbados? Se quiseres até te envio uma gravação digital do programa (baixa qualidade), 9 megas. |
| | | | Só vejo a DOIS, mas não desço ao ponto de ver o 2010. Vejo a Hora discovery e a parte das notícias que não tenha a ver com desporto. Por vezes vejo os documentários das onze, às Sextas. No resto da noite, ou estou em formação contínua, ou leio com a minha esposa. Vejo a Britcom aos domingos e por vezes, mas só quando chego a tempo, vejo o Dharma e Greg. Raramente saio disto, e escuto uma hora por dia (a ir e a vir do trabalho) a antena 2. Particularmente oiço com regularidade o fim do Ritornello e o início das transmissões ao vivo, às 8 da noite. Esta é a única invasão de privacidade que permito. Pelo menos já li O Capital e dou comigo a perguntar quantos dos que me acham anti-comunista primário o leram. Na verdade, já devo ter lido mais de uma dezena de livros políticos de autores de esquerda. Estás satisfeito, ou ainda me achas um contumaz iletrado e tens que escrever DOIS? Francisco Colaço
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| | | | E' pa'... E eu tambem li o Capital, a Sagrada Familia, o Manifesto...
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| | | | Eu também leio mais do que o que sou capaz de compreender. " Na verdade, já devo ter lido mais de uma dezena de livros políticos de autores de esquerda" Bom, isso não é nenhum feito de que te devas gabar. Aliás... 'mais de uma dezena' até é poucochinho :)
~~~ O vinho é qu'induca e o fado é qu'instrói! ~~~ |
| | | | Era mesmo uma resposta ao meu post? Andas a ler Capital a mais, isso tem efeitos secundários. Não te chamei burro, e tu vens com a conversa da tua vida para mostrares que não tens a quarta classe?!? Tu tens problemas?!?
Depois mandas boca por o canal ser A Dois...
A ver se nos entendemos. Fiz referência ao 2010 porque foram la fazer uma reportagem sobre o Komunix. E mostrei disponibilidade para veres primeiro a reportagem antes de continuares a dizer asneiras de algo que não viste e por isso não sabes. Só isso! Dificil de entender? |
| | | | Não gostei de ver dois com letra maiúscula. Se interpretei mal, peço desculpa. E ter a quarta classe não é mal nenhum. Que eu saiba, o Ferreira de Castro tinha a quarta classe. E não deixa de ser para mim o melhor escritor do Séc. XX Francisco Colaço
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| | | | tendo uma tendência perfecionista, é natural. aliás, nem é dois mas sim 2: ----- Microsoft has funded 13 studies over the past year comparing Linux with its own products. Guess what: All of them come out in favor of Microsoft. |
| | | | Mostras umas tendencias fascistas visceradas. "o fascismo e o nazismo eram mais agudos mas duraram pouco" O facismo está vivo e de boa saude e continua a matar, e morrem mais pessoas pelas mãos dos fascistas q alguma vez morreram sob regimes estalinistas. Ao menos sê humilde e reconhece os 44 milhões de soviéticos q deram a vida pela libertação da europa dos nazis. Esqueces tb dos portugueses q morreram pela pátria instrumentalizados por um governo fascista e diz-me, se o teu espaço de memoria curta permitir, quantos portugueses morreram às mãos de estalinistas.
Como dizia um filosofo russo: "Matem os fascistas nos ventres de suas mães."
Só de deixa instrumentalizar quem quer. O facto do PCP lutar pelos ideais q o povo quer só justificará mais ou menos o meu voto. Quem não concordar q vote noutros partidos, um governo é sempre a imagem do seu povo. |
| | | | O facismo está vivo e de boa saude e continua a matar E o comunismo não? De boa saúde não está, mas que mata, mata. Basta perguntar a um chinês ou a um cubano. |
| | | | Chineses? Cubanos? Deves estar enganado.. a china é um ambiente capitalista, cuja mao de obra é explorada pelos paises fascistas. Deves ter em casa mais "made in roc" do q outra coisa qq. Cuba? wow... quem oprime cuba? o fidel ou o bush? A Europa não é concerteza. Quando quiseres atacar o estalinismo pega em exemplos de jeito... tipo a Coreia do Norte. |
| | | | Ainda bem que não és jornalista em Cuba. Olha, por sinal o teu partido aprovou uma resolução que condenava o Fidel pelo que anda a fazer aos jornalistas. Foi aprovado por unanimidade pela Assembléia e creio que os contumistas ainda lá têm algum assento. De tei parole te condemno. Francisco Colaço
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| | | | O meu partido? Que sabes tu do meu partido? |
| | | | Que votou com os outros contra os abusos do seu querido Fidel em Cuba. Para depois vir meter água na fervura às câmaras da RTP, e quase desculpar o mesmo Fidel. São apenas hipócritas. Ou vendilhões do templo. Francisco Colaço
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| | | | Mesmo assim, porque imaginas q seja esse o meu partido? |
| | | | Atacar? Mas será que vocês só vêm confronto? Quem está a ser radical? Eu não sou com certeza... |
| | | | a china é um ambiente capitalista, cuja mao de obra é explorada pelos paises fascistas Se acrescentasses algures na frase as expressões "proletariado" e "oprimidas" soava exactamente a um discurso do Carlos Carvalhas. Aproveita e informa a CIA que possuis provas inegáveis que a China não é um regime comunista. Acho que o mundo ocidental ainda não sabe disso. |
| | | | Se consideras a CIA como representante do Mundo Ocidental... |
| | | | Uma das consequências do discurso decorado é que as respostas são previsíveis. Encontraste algum dado que não esteja de acordo com algum tratado internacional reconhecido pelo Mundo Ocidental, ou que vá contra a informação institucional existente nos inúmeros sites dos diversos países que constituem esse Mundo Ocidental? Até alguns sites institucionais chineses possuem links ou referências ao PC. Google4it |
| | | | "mundo ocidental" Os australianos fazem parte do teu "mundo ocidental"?
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| | | | E se a memória não me falha, morreram mais civis durante o período áureo dos Goulag, que vítimas do holocausto nazi. |
| | | | Desculpa mas o holocausto nazi só conta com as mortes dos judeus??? Numeros exactos das mortes nos gulags tens? Se nao tiveres, nem importa q seja de fontes americanas: 25 milhoes.. ou de fontes europeias... 12 milhoes. |
| | | | E para quem falar dos trabalhos forçados dos prisioneiros dos Gulag, em média uma população de 200.000 pessoas, não se esqueçam de comparar em igual periodo com o numero da população reclusa americana em trabalhos forçados, 150.000. |
| | | | Só na construção do trans-siberiano pelo Josézito matou um milhão (fontes russas). Gostaria de saber quantos americanos morrem devido a trabalhos forçados. Por exemplo, leiam os seguintes livros: «Katastroika», «Um Dia da Vida de José Desinovitch» e «O Medo». São todos de autores ainda do período soviético, embora já do período Gorbachov, excepto o segundo, que é mais antigo, do período Kruchev. Quando se podia escrever. Francisco Colaço
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| | | | Ainda não foi superado o triste e terrivel record norte-americano: 1 minuto -> 2 bombas -> 200 mil mortos
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| | | | Dando-te total razão por ese triste evento, por vezes vejo-me a perguntar: quanto custaria em vidas a invasão do Japão até à capitulação do Imperador? Carl Sagan (insuspeito) citou um número de dois milhões, fora suicídios, o que aconteceu em Okinawa. Não quero com isso dizer que a bomba atómica foi bem ou mal utilizada. Mas os cento e quarenta milhões de mortos foram parte de uma estratégia possível. Creio bem que se hoje soubéssemos o que sabemos, ninguém iria lançar a bomba, simplesmente a mostrávamos e fazíamos bluff. Francisco Colaço
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| | | | Eisenhower declarou poucos anos depois que a segunda bomba foi escusada. actualmente ainda é algo debatível, porque muita gente acredita que na altura a notícia da bomba não era credível, e as estruturas de comunicação estavam destruídas, pelo que 3 dias não eram tempo suficiente para uma rendição. ----- Microsoft has funded 13 studies over the past year comparing Linux with its own products. Guess what: All of them come out in favor of Microsoft. |
| | | | "Gostaria de saber quantos americanos morrem devido a trabalhos forçados."
Actualmente espero q morram todos, a economia deles é escravidão, qq piloto de carreira comercial em inicio de carreira vê-se obrigado a recorrer a ajuda do estado para se alimentar, in "Stupid White Man, Michael Moore" Ahhh.. trocando "morrem" por "morreram", queres discutir q seculo? o XIX ou o XX? |
| | | | "Um dia na vida de Ivan Denisovich" foi aceite, depois de muita persuação, pelo Krushev. Isto porque o editor conseguiu entregar uma cópia ao Krushev para este ler (e depois de se terem adicionado uma série de coisas, entre elas a condenação do nacionalismo na Ucrânia -- claramente para favorecer as políticas anteriores de Krushev). Mas foi polémico pois serviu os propósitos da altura do Krushev, quando tentava mandar abaixo o culto da personalidade do Estaline e fazia discursos (secretos, mas fazia) sobre a realidade e injustiça do sistema dos campos. Em última análise, foi esse tipo de atitude que levou à destituição do Krushev pela ala neo-estalinista, representada pelo Bresnev. Por isso, o livro não foi publicado numa altura em que se podia escrever, mas antes foi publicado por conveniência do Krushev. Embora "Um dia na vida de Ivan Denisovich" tenha levado à fama o Solzhenitzyn, não muito tempo depois foi fortemente criticado e teve de se exilar fora da URSS, de onde publicou um dos melhores livros sobre a GULAG: "O arquipélago da GULAG" (não sei se o título em português é este, ou se existe versão em português). |
| | | | É esse mesmo. Estou à procura dele. Quem é que o edita em Portugal, sabes? Francisco Colaço
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| | | | Não sei. Por acaso acabei de ler um outro livro bastante completo sobre a GULAG, que aconselho vivamente e dá para ter uma (renovada) ideia geral sobre o sistema: Gulag: A History of the Soviet Camps (ganhou o Pulitzer este ano). |
| | | | Já que não sabes, podias ao menos estar calado. Os campos da GULAG estalinista (dos 1920s até 1954) tinham populações com milhões de prisioneiros (a maior parte deles políticos, pessoas inocentes). Quando o Estaline morreu haviam cerca de 2.5 milhões de prisioneiros (já para não falar de um número semelhante de exilados à força pelo NKVD). Logo depois da morte de Estaline o Beria deu uma amnistia que libertaria cerca de 1 milhão de prisioneiros (dos quais se estima que cerca de 200.000 tenham vindo a morrer devido a fome, condições precárias, impossibilidade de regressarem...), muitos dos quais só tiveram a reabilitação (ie., possibilidade de viver como pessoas normais) várias décadas depois. Por isso se calhar querias dizer que nos campos da GULAG morriam cerca de 200.000 pessoas por ano, que está mais de acordo com as estimativas actuais. |
| | | | Alguém falou em judeus? Não sabes ler? Falei em civis. Alguns historiadores falam de 8 milhões de mortos nos Goulag, e, ao contrário das vítimas nazis, não tiveram "salvadores". São mortos silenciosos. O número é estimado porque os registos são escassos. Qualquer pessoa que meça o grau de maldade de determinado sistema político pelo número de vítimas deveria ter a cabeça examinada. |
| | | | O número de 8 milhões só se refere à época da II Guerra Mundial. O número estimado por fontes russas excede largamente os 10 milhões, que é a nossa população, embora seja alvo de disputas se vai de doze para cima ou se se aproxima dos vinte e cinco. Até que a compilação seja realizada (os registros a partir de 45 são bons, para trás nem por isso) não há maneira de o saber bem. A Rússia lida aliás com isso tão bem como Portugal lida com o período negro do fascismo, a ponto de não se saber bem quanto é que a PIDE matou. E os nossos registros são muito bons, mesmo deixando margem para incorrecções. Urge sabê-lo. As vítimas não podem ser ressuscitadas, mas precisamos lidar com a negridão das diversas ideologias, para não repetirmos os seus erros. Francisco Colaço
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| | | | qual é a necessidade dos números? mais milhão menos milhão, foi um mal terrível. aprendam as lições e siga-se em frente. ----- Microsoft has funded 13 studies over the past year comparing Linux with its own products. Guess what: All of them come out in favor of Microsoft. |
| | | | Sei ler. O holocausto é usado, infelizmente, unicamente para descrever as mortes judaicas, esquecendo-se das cinzas de outras etnias. Estaline dominou um sistema politico de uma forma muito negra. Ng se esqueça q consolidou o seu poder com a ameaça nazi. Estaline usou a imagem de Lenine e foi um ditador sangrento. Ninguem coloca isso em duvida, mas foi ele q nos livrou dos nazis. |
| | | | Independentemente do número de pessoas que tenham morrido nos campos da GULAG (pois a maioria das mortes foi escondida) segundo os registos, ao longo dos anos passaram cerca de 80 milhões de pessoas pelo sistema da GULAG. Na sua maioria (tirando nos anos 70 e 80) foram pessoas inocentes, presas pela sua religião, raça, ou por razões completamente arbitrárias. Caso não saibas no tempo de Estaline o racismo era muito (grande parte dos chineses, mongóis, negros, e a esmagadora maioria dos estrangeiros passaram pelos campos), bem como o anti-semitismo (nos últimos anos de vida de Estaline, este dedicou-se a perseguir Judeus). Ou seja, cerca de 80 milhões de pessoas tiveram uma experiência indiscritível (a pena média devia rondar os 10 anos), de existência miserável, onde alimentaram a máquina de mão-de-obra escrava do grande sistema comunista. Se juntares à GULAG a palhaçada das quintas colectivas que levou ao surto de fome que "varreu" cerca de 7 milhões de pessoas, então realmente a comparação com o número de mortos pelos Nazis é irrisória. |
| | | | O PCP não luta pelos ideiais que o povo quer. Luta pelos ideais que 6% do povo quer. O que é uma diferença. Francisco Colaço
Deus dê saúde aos meus inimigos para que assistam de pé à minha vitória. Lema inscrito num barco bandeirante. |
| | | | Quando o PCP luta pela despenalização do Aborto, luta o que quer 6% da população? Ou quando quer melhor distribuição da riqueza gerada, também é 6%? Ou quando é contra as proprinas do Ensino Superior, porque ja se paga os impostos, também é 6%? E por ai fora...
Estamos a falar de politicas concretas que muita gente quer. Agora o voto pode não ser direccionado para o PCP, mas isso é outra questão. |
| | | | O meu pai foi preso político. Eu também seria, pois herdei-lhe as opiniões e a desfaçatez. Francisco Colaço
Deus dê saúde aos meus inimigos para que assistam de pé à minha vitória. Lema inscrito num barco bandeirante. |
| | | | Eu aprovei ou aprovo porventura o fascismo, ou a única célula mental que rege o PCP e que todos partilham acha que todos os libertários são fascistas? Francisco Colaço
Deus dê saúde aos meus inimigos para que assistam de pé à minha vitória. Lema inscrito num barco bandeirante. |
| | | | Em termos económicos, tenho algumas dúvidas que se possa considerar a distribuição Debian "capitalista". O que não significa que não existam empresas que lucrem a distribuir a vender esta distribuição, mas isto já é outra questão. Parece-me mais correcto essa conotação no casodas distribuições da RedHat e da Mandrake. Quanto à questão ideológica, e eventuais ligações ao marxismo/comunismo ou a outro tipo de ideolgoia, esta discussão não é de toda nova, existindo diversos textos que tentam dar uma base ideológica a esta questão (veja-se por exemplo o Hacker Manifesto do McKenzie Wark, que tem uma estrutura muito próxima do Communist Manifesto). Significa isto que existe aproveitamento por parte dos comunistas do movimento do software livre, ou significa isto que os mesmos consideram que diversas questões do software livre vão de encontro à sua ideologia e que por isso se revêem nos principios base do software livre? É que não nos esqueçamos que uma das questões fundamentais do marxismo relaciona-se com a posse/controlo dos meios de produção, e que a informação é cada vez mais um meio de produção.
-- What, Me Worry? |
| | | | O meu problema não hé que haja hackers que se revejam no comunismo. Óptimo para eles. Mas são uma minoria dentro do Linux, ou não me vais dizer que a IBM (uma das empresas que doa mais código ao movimento) é comunista. Ou a Novell, ou até o Linus. Gaita, não são. Se os comunistas gostam tanto de ter os seus movimentos, criem um movimento seu, com código próprio. Não venham é clamar o meu trabalho e o trabalho dos outros como sendo seu. Nunca os comunistas que conheço (e que codificaram comigo) andaram a clamar direitos mentorais ou liderança do processo. Com esses dou-me bem, trabalhamos para o mesmo. Só os nossos, que pouco ou nada fazem em linhas de código o perfilham à força. Isto é tão difícil de compreender? Francisco Colaço E como estamos na onda dos post-scripta, P. S.: Já li O Capital.
Deus dê saúde aos meus inimigos para que assistam de pé à minha vitória. Lema inscrito num barco bandeirante. |
| | | | Se os comunistas gostam tanto de ter os seus movimentos, criem um movimento seu, com código próprio. Não venham é clamar o meu trabalho e o trabalho dos outros como sendo seu. Não me recordo de ter lido nas propostas apresentadas ou em qualquer discussão de se ter referido que o movimento do software livre era da autoria do PCP ou de qualquer outro partido comunista (se calhar estás a confudir com o Al Gore.. esse é que gostava de dizer que tinha inventado a Internet). Também não me parece que a intervenção do DEUSCrónio fosse no sentido de reclamar direitos mentorais, nem me recordo de ter lido isso nesta discussão. O que eu tenho lido isso sim, é a existência de marxistas (portugueses ou outros) que consideram a questão do sofwtare livre como estando ligada a ourtas questões relacionadas com o marxismo, e por acharem que essas questões são relevantes para o tipo de sociedade que defendem apoiam e promovem esse movimento, da mesma forma como ocorre com outras questões que consideram estar relacionadas. Sobre a questão de clamar ou não o teu trabalho, a partir da altura que o teu trabalho em termos de programação é distribuido como software livre,e a menos que esteja a interpretar de uma forma totalmente incorrecta a GPL e os principios do software livre, o mesmo passa a ser pertença colectiva de todos os que o utilizam ou pretendem conhecer.
-- What, Me Worry? |
| | | | o mesmo passa a ser pertença colectiva de todos os que o utilizam ou pretendem conhecer O mau é quando essa pertença colectiva é instrumentalizada por uma instituição que nem sequer é representativa da maioria. O mau é quando se associam determinados princípios fundamentais a ideologias (e demagogias) políticas, que não são representativas da ideologia de parte ou do todo. O mau são as pessoas que, após se aperceberem disso, continuam a compactuar com essas instrumentalizações. |
| | | | "é instrumentalizada por uma instituição que nem sequer é representativa da maioria" Ora aí está! se fosse uma iniciativa do PPD/PSD-CDS/PP (que conjunturalmente têm a maioria na AR) a coisa já não era um problema. Estou esclarecido. Não digas mais nada :)
~~~ O vinho é qu'induca e o fado é qu'instrói! ~~~ |
| | | | LLLOOOLLL Este bebado tem umas saidas...;) |
| | | | O facto de haver uma maioria política não quer dizer que esta represente a maioria no que toca aos ideais políticos dos responsáveis por um dado projecto. |
| | | | Cada vez te embrulhas mais! O melhor é mudares de assunto.
~~~ O vinho é qu'induca e o fado é qu'instrói! ~~~ |
| | | | Então quer dizer que o PCP ao ter a percentegem que têm de votos pode representar em termos de ideiais políticos o dobro ou o triplo da sua votação... |
| | | | O que, sendo mesmo duvidoso, chegaria à bonita soma de 12% ou 18%. Facilmente, uma maioria absoluta. Francisco Colaço
Deus dê saúde aos meus inimigos para que assistam de pé à minha vitória. Lema inscrito num barco bandeirante. |
| | | | Leste mal a GPL. O meu código é meu, e só não tenho direito às alterações que a ele forem feitas. É óbvio que o disponibilizo para que todos o utilizem, e sem restrições, salvo as disponibilizadas na GPL, que considero justas. Quanto aos meios de produção, não estás absolutamente correcto. Relê melhor O Capital, e depois falaremos, terei muito gosto nisso. Não te esqueças de é comer as doze empadas. ;-) Francisco Colaço
Deus dê saúde aos meus inimigos para que assistam de pé à minha vitória. Lema inscrito num barco bandeirante. |
| | | | Leste mal a GPL. O meu código é meu, e só não tenho direito às alterações que a ele forem feitas É teu no contexto que ninguém pode assumir a autoria do teu trabalho, o que me parece ser mais do que correcto. No entanto, se eu quiser pegar no teu código e modificar o mesmo e distribuir por outros também o posso fazer desde que refira que é baseado no teu software. Mesmo que não faça alterações posso fazer sempre essa distribuição desde que não indique que seja o autor do mesmo. Ora é neste contexto que refiro que o código passa a ser propriedade de todos. Não é por acaso que falamos de copyleft em vez de copyright. Quanto aos meios de produção, não estás absolutamente correcto. Em que contexto? Da informação não ser um meio de produção? Ou da questão da socialização dos meios de produção ser uma questão fulcral para o pensamento marxista?. Se é a primeira questão, já a questão do trabalho incorporado nos meios de produção tinha sido abordado pelo gajo das barbas no século XIX, e podemos encarar a informação necessária para a construção de um meio de produção como trabalho incorporado no mesmo.
-- What, Me Worry? |
| | | | É isso exactamente o que eu digo. Quanto ao meu código, podes modificá-lo, mas não dizer que é teu. Ou clamar-lhe autoria moral, mentoridade, etc. Francisco Colaço
Deus dê saúde aos meus inimigos para que assistam de pé à minha vitória. Lema inscrito num barco bandeirante. |
| | | | Mas com isso eu estou perfeitamente de acordo. Acho repugnante o plágio e a usurpação de ideias alheias.
-- What, Me Worry? |
| | | | http://www.perkel.com/politics/gore /internet.htm Gore never claimed that he "invented" the Internet, which implies that he engineered the technology. The invention occurred in the seventies and allowed scientists in the Defense Department to communicate with each other. In a March 1999 interview with Wolf Blitzer, Gore said, "During my service in the United States Congress, I took the initiative in creating the Internet." Taken in context, the sentence, despite some initial ambiguity, means that as a congressman Gore promoted the system we enjoy today, not that he could patent the science, though that's how the quotation has been manipulated. Hence the disingenuous substitution of "inventing" for the actual language. ----- Microsoft has funded 13 studies over the past year comparing Linux with its own products. Guess what: All of them come out in favor of Microsoft. |
| | | | O Linus teve uma educação laica e comunista, reconheça-se. É ateu e o pai é militante fervoso. |
| | | | Olhando para a espuma da cerveja no fundo do copo prevejo para 2005: - Não vai haver legislação nenhuma sobre esta matéria; - Alguns municípios (dos maiores) vão migrar os seus sistemas windows para linux. - As experiências desses Municípios vão repercutir-se na Administração Central. E mais não digo.
~~~ O vinho é qu'induca e o fado é qu'instrói! ~~~ |
| | | | Já agora, sugeria a quem tem comentários, criticas, sugestões, opiniões, etc. sobre estes projectos de lei que aproveita-se a audição parlamentar que irá decorrer amanhã em http://www.pcp.pt/forum/
-- What, Me Worry? |
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