Esta discussão foi arquivada. Não se pode acrescentar nenhum comentário. | | | Eu se fosse italiano emigrava para a suécia. Nem mais. |
| | | | | suécia? porque? que se passa aqui que eu não sei? :| |
| | Dúvida (Pontos:4, Esclarecedor) |
| | Alguém me pode explicar o que há de tão errado em punir quem faz pirataria? Parece-me que é disto que se trata, se tiver errado corrijam-me. Não vejo nada de mal em proibir a partilha de filmes, mp3, jogos, material proprietário, com licenças que proíbem a partilha. Acho que isto hipoteticamente só vai incomodar o pessoal que deixa o PC todo o dia ligado a sacar mp3/filmes/jogos. _____________________ Pedro Santos :: psantos.net :: blog |
| | | | | Ocorre que uma coisa é um delito que se persegue pola vía civil (multas, compensações, etc.) coma a copia sem autorização, e outra coisa distinta um delito que se persegue pola vía penal (cárcere), coma o assasinato ou o roubo dum banco. Quando o chefe do governo dum país, que posúe grandes medios audiovisuais, converte em causa perseguible pola vía penal a infracção dos direitos de autor, isso si que é un delito que merece cárcere!
-- Desculpe o meu galego-portunhol. |
| | | | Despropositado? Disse alguma coisa de errado? _____________________ Pedro Santos :: psantos.net :: blog |
| | | | Não é isso que está em causa. Dou um exemplo. A Apple disponibiliza músicas a 0,99 dollars através do Itunes, o que dá cerca de 10 dollars por álbum, mais ou menos ( Serviço não dísponível neste fim de mundo, assim como qualquer outro idêntico ). Em Portugal, álem de "inchares" 17 ou 18 ¤ por um álbum todo, não tens possibilidade de saber se só aquele single que passa na Mtv presta ou se o álbum todo é de qualidade. É um roubo, á vista desarmada, que toda agente pode ver, e ninguém faz nada para baixar os preços do Álbuns. Para já nem falar nos preços dos filmes em Dvd, livros, etc, etc. Será que o governo fantástio que nós temos tem o direito moral de punir quem entra no esquema da pirataria, quando anda a "roubar" diariamente as pessoas. Não há direito. Querem punir a pirataria, acho muito bem, porque ninguém pode estar de acordo com ilegalidades, mas primeiro baixem os preços ( aliás, o IVA aplicado a livros, filmes e cd's ) e depois sim, têm uma base sólida para poderem acusar as pessoas. |
| | | | primeiro baixem os preços ( aliás, o IVA aplicado a lvros, filmes e cd's ) Acho uma estupidez baixar o IVA dos filmes e CDs (sobre os livros já é diferente). Em primeiro lugar, não são bens de primeira necessidade, por isso não vejo porque não hão de estar sujeitos às mesmas regras que os outros produtos. Depois, essa conversa das campanhas de baixar o IVA nos filmes e CDs é conversa da tanga dos vendedores (por exemplo, a campanha da Fnac para baixar o IVA). Tu pensas mesmo que se o IVA para os filmes e CDs baixasse esses itens ficariam mais baratos? Talvez numa pequeníssima fase inicial (para aumentar a procura), porque conhecendo as mentalidades dos vendedores rapidamente os preços tenderiam para os valores normais. Um bom exemplo disto foi a adopção do Euro, e o reafirmar sucessivo dos vendedores que os preços não iam subir e que se arredondaria para baixo, blablabla. A a realidade é? Os preços dos álbuns são a roubalheira que são por causa das editoras (para as quais vai a grande maioria desse dinheiro), para suportar os "gastos" que elas têm com potenciais artistas, etc, etc, etc. Que é como quem diz, para encher mais os bolsos. Eles são tão coitadinhos que todos os dias se vêem notícias de editoras a falir... |
| | | | Não é isso que está em causa. Dou um exemplo. A Apple disponibiliza músicas a 0,99 dollars através do Itunes, o que dá cerca de 10 dollars por álbum, mais ou menos ( Serviço não dísponível neste fim de mundo, assim como qualquer outro idêntico ). Em Portugal, álem de "inchares" 17 ou 18 ¤ por um álbum todo, não tens possibilidade de saber se só aquele single que passa na Mtv presta ou se o álbum todo é de qualidade. É um roubo, á vista desarmada, que toda agente pode ver, e ninguém faz nada para baixar os preços do Álbuns. Para já nem falar nos preços dos filmes em Dvd, livros, etc, etc. Será que o governo fantástio que nós temos tem o direito moral de punir quem entra no esquema da pirataria, quando anda a "roubar" diariamente as pessoas. Não há direito. Querem punir a pirataria, acho muito bem, porque ninguém pode estar de acordo com ilegalidades, mas primeiro baixem os preços ( aliás, o IVA aplicado a livros, filmes e cd's ) e depois sim, têm uma base sólida para poderem acusar as pessoas. |
| | | | Enganei-me e submeti o pst duas vezes. Perdão :). |
| | | | Lêr DVDs num computador com linux, com um programa livre, é ilegal. reverse engineering is not permissible if there is a readily available commercial alternative for that purpose. (origem: MPAA FAQ) Deacordo com a MPAA, engenharia inversa para vêr DVD's, não é permitido, porque existem outros programas comerciais (que pagaram licensas), para a plataforma. Esta é uma situação aceitavel? Correr o risco da policia bater á porta porque estava a ver um filme que paguei, e por acreditar no espirito GNU...
A propriedade intelectual (se é que isso existe) é usada como uma arma. Quando as leis que permitem isso, foram escritas tendo em vista o uso justo que benefeciasse tanto o publico (mas em especial o publico) como o autor.
Alguém me podia explicar como é que ha rádios e canais de TV no winamp, sem publicidade (alguns), têm conteudo comercial (além da musica, anime, séries, documentários). Porque é que posso ir a uma biblioteca e lêr um livro recente, e não o encontro no projecto gottenberg?
Isto do modelo de negocio com conteudo gratis e sem lucro, faz-me confusão. Ao contrário do que se pensa hoje em dia, o lucro não devia guiar a nossa sociedade, talvez as empresas, mas não o zé povinho. |
| | | | Porque é que posso ir a uma biblioteca e lêr um livro recente, e não o encontro no projecto gottenberg? Provavelmente, muito em breve, vais ter de passar a pagar também para isto. O (det)estado (e outras instituições bem mais capitalistas) continua a achar que o povão não deve ter acesso a muita infomação -- existe o perigo de ficar inteligente. |
| | | | Atenção, amigo. Não foi o estado português que criou a taxa (e já o governo actual reagiu a ela, no que foi célere, através de Pedro Roseta), mas a União Europeia. Infelizmente, não temos margem de manobra legislativa para não aplicar a taxa, e quem disser o contrário ou é ignorante ou mentiroso. Podemos é subverter a taxa, fazendo-a tão pequena que até Bruxas-elas tenha uma síncope. Se desde o 25/4 houve um esforço nacional, i. e. foi partilhado por sucessivos governos, foi o de democratizar o acesso à cultura. Se a União quer voltar a ser a Federação do Carvão e do Aço, tudo bem: acho que Portugal não deve comer tudo o que vem de fora, por ser MacLixo. Refiro-me especialmente a patentes de software e a taxas nas bibliotecas, e menos especialmente a políticas agrícolas e industriais. Francisco Colaço
Em Portugal nada se conclui acerca da existência de vida inteligente no Planeta Terra. |
| | | | Ainda não é ilegal cá em Portugal, mas se a EUCD passar na especialidade como está vai passar a ser. «They that give up liberty to obtain a little temporary safety, deserve neither liberty nor safety» Benjamim Franklin (1706-1790) |
| | | | Punir pirataria é além de tudo um dever por parte das autoridades. PONTO FINAL O problema vai ser como detectar isso! Como se vai detectar que o fulano X, Y ou Z estão a efectuar download ou a partilhar o software A,B ou C ( onde provavelmente só o B é proibido a partilha ) ? E, como as autoridades competentes não tem capacidade de o fazerem ( penso eu de que ), vai pagar o justo, porque isto vai acabar por proibir a partilha, seja ela autorizada ou não. Na prática, pouco irá mudar. Será mais uma lei como tantas outras que na teoria são muito bonitas mas que na prática não resolvem nada. O problema por si só é muito complexo. Mas enquanto não houver preços + justos/adequados existirá sempre a pirataria. |
| | | | | O problema por si só é muito complexo. Mas enquanto não houver preços + justos/adequados existirá sempre a pirataria. Portanto estás a atribuir aos injustiçados o equivalente moral de quem mata? De quem desvia aviões contra edifícios? De quem afunda barcos?
Evitem o termo pirataria quando se estão a referir de cópias não autorizadas, por favor. Ao utilizarem este termo estão a ajudar a dar razão a quem tenta promover estas leis completamente desajustadas e injustas. |
| | | | Tens toda a razão. Apliquei o termo errado. Mas foi a força do hábito, mais hábito diga-se de passagem. |
| | | | Chamem-lhe roubo, é o que é! Quem copia sem direito, rouba. Nem mais à esquerda, nem à direita. Quem não quer roubar, faz uma obra nova. Se o Linus fosse um ladrão em vez de um criador, este site chamar-se-ia Windot. Francisco Colaço
Em Portugal nada se conclui acerca da existência de vida inteligente no Planeta Terra. |
| | | | Só rouba quem tira algo a alguém, copiar não tira nada a ninguém... «They that give up liberty to obtain a little temporary safety, deserve neither liberty nor safety» Benjamim Franklin (1706-1790) |
| | | | Não é verdade. Se te apropriares do nome da Nike para as tuas sapatilhas Feira do Relógio estás a cometer roubo. Se se apropriassem do teu nome para publicitar os direitos de um grupo que detestas, sem o teu conhecimento nem anuência, não seria roubo? Não tentes justificar com argumentos turtuosos uma verdade cabal: quem se apropria, rouba. Quem não quer roubar, cria. Por isso sou perfeitamente a favor da propriedade intelectual e perfeitamente contra as patentes de software. Isto é, prefiro ser um criador que um ladrão. Francisco Colaço
Em Portugal nada se conclui acerca da existência de vida inteligente no Planeta Terra. |
| | | | Mas enquanto não houver preços + justos/adequados existirá sempre a pirataria. O problema não passa só pelos preços pois há outras questões a considerar, como por exemplo o facto de haver pessoas que estão habituadas a copiar, e que copiam tudo o que lhes passa pelas mãos, seja qual for o preço do original. Por exemplo: os jogos de telemóveis que as operadoras vendem. São caros? Não, alguns custam uns euros (¤ 3 p.e.) e no entanto também são pirateados. |
| | | | Alguém se importa de me explicar em que é que isto difere da lei que está em vigor em Portugal há já vários anos, em que a pirataria de software é punida com pena de prisão até 3 anos?
-- Carlos Rodrigues |
| | | | | em portugal no maximo que eu saiba o uso de redes p2p resultou numa carta de advertencia do isp a pedir que no prazo de 1 mes se retire os ficheiros em causa caso contrario resulta anulação do contracto. Acho que a pirataria p2p é encarada de maneira diferente da pirataria de cópia em massa de cds que são depois vendidos em feiras... |
| | | | Isso só acontece no caso da netcabo, caso eles tenham queixa e dos proprietários legais. E apenas o conteudo digital mencionado é que tem de ser retirado.
E não vamos negar que uma grande percentagem dos clientes de ISP's estão apenas interessados nestas redes. O que é infeliz, porque a internet e a banda larga tem mais potêncial. |
| | | | Penso que a solução para problemas deste género pode já vir a caminho... Encriptação na partilha de ficheiros: http://www.technewsworld.com/story/34052.html Assim cada um faz o que quer e ninguem tem nada a ver com isso. Viva a segurança, o par de chaves e o certificado digital ;-) |
| | | | | Esclarecedor??? Está completamente off-topic! |
| | | | A única solução realmente viável (e muito boa no meu entender) que tens neste campo é o GNUnet: uma framework p2p em que não só as ligações são encriptadas, como se recorre ao anonimato de nível 3. Mais no site oficial.
|
| | | | Os meus dias estão contados, estou condenado á perdição e ao esquecimento neste mundo cruel. Vou ser preso porque saquei o Suse 9.1 Pro em torrents, e isso é ilegal ( lol ). E de vez em quando saco uns mp3 do soulseek e do kazaa para ver se vale a pena comprar o álbum todo do "x" artista. Enfim, uma palhaçada :). Será que não percebem que tentarem ilegalizar o p2p é o mesmo que dizerem ás pessoas que quem tomar mais de 2 bicas por dia é condenado á injecção letal :). Políticos ... |
| | | | | Não pá! Não é isso que lhes é dito. O que lhes é dito, é dito pelas editoras: As editoras dizem que têm sido prejudicadas, apresentando numeros do dinheiro que não ganharam, o que não prova que tenham sido prejudicados, alias os lucros até têm aumentado... As editoras dizem que quem usa P2P são piratas. As editoras dizem que é preciso reforçar as restrições impostas pelo direito de autor e prender esses mal-feitores todos, que os impendem de ganhar dinheiro para alimentár as familias e que ainda por cima estão associados ao crime organizado e a grupos terroristas. Enquanto ninguém lhes disser o contrário eles não vão ver isso. Porque as editoras parecem-lhes de confiança. E não chega apenas dizer, temos que protestar, temos que nos chegar à frente e dizer que não. Mas para isso tudo temos que ter querdibilidade, não podemos passar por um grupo de maltrapilhos, que violam a lei e que só querem borlas e temos que estár disponiveis a apresentar alternativas. É por isso que usar P2P para fins ilegais só vai piorar o problema. «They that give up liberty to obtain a little temporary safety, deserve neither liberty nor safety» Benjamim Franklin (1706-1790) |
| | | | Sacar o suse não é ilegal... Todo o software que está contido nos CD's e DVD's tem licenças que permitem a partilha. Até à versão 9.0, o YAST tinha uma licença (com o mesmo nome) que não permitia que se fizesse dinheiro com a distribuição do suse, mas mesmo aí, a distribuição gratuita podia ser feita com toda a legalidade. A nova licença do YAST é GPL. |
| | | | Podes-me dizer que apagaste todos os MP3 de albuns que resolveste não comprar? Se assim foi, dou-te o desconto da dúvida. Se não, admite, és um ladrão. Francisco Colaço
Em Portugal nada se conclui acerca da existência de vida inteligente no Planeta Terra. |
| | | | Quando é que copiar algo é roubar? Ganha juizo! Ao copiar algo ninguém rouba ninguém. A razão para ser ilegal é outra. «They that give up liberty to obtain a little temporary safety, deserve neither liberty nor safety» Benjamim Franklin (1706-1790) |
| | | | Vê a minha resposta acima. Cria, se não queres ser um vulgar pilha-galinhas. Só quem não sabe criar é que se quer apropriar do trabalho dos outros. Francisco Colaço
Em Portugal nada se conclui acerca da existência de vida inteligente no Planeta Terra. |
| | | | Leiam esta entrevista a David Crosby. Acho que sumariza muito bem quem é que ganha com estas leis.
I don't think that there's much we can do about it. They built their business model in an era when they could make, I don't know, on a million-selling album, you know, they're making 10 million bucks or something, and they do eight of those in a year. That's what they built their business model on. And it seemed reasonable to build huge buildings and hire hundreds of people … and get a corporate jet or two. What a very grandiose idea of how to go about things.
Now they're going in the tank, because the world has changed, and they did not change with it. They bit the poison pill, without realizing it, when they went digital. Once a thing is in digital domain, it can be copied as many times as you want. And there is no system that can keep it from being copied. You can devise the most clever one you want, and I will bring some little geek with a pen protector in his pocket into the room and he will fix it in a minute.
Há MUITAS mais pérolas ao longo da entrevista, como por exemplo, relatar que não há muitos anos, uma porção razoável das editoras era detida por uma companhia de Whiskey. Entendiam pouco de música. Venderam-nas a umas águas francesas, que ainda percebiam menos. Apenas querem produtos controláveis e de curta duração, para que possam vender, e vender e vender. |
| | | | | Estive a ler e realmente está muito bom. Também de enfatizar será todo o entusiasmo do David Crosby pelo iTunes. |
| | | | que o Parlamento da Itália (aquela mesma onde o Primeiro Ministro é um grande empresário de telecomunicações) O Pinto Balsemao, e' so' o numero 1 do PSD, mas nem foi primeiro ministro nem foi um grande empresário de telecomunicações. Ou voces pensam que o bill gates veio a portugal fazer o que? Se julgam que foi para mostrar os seus livros do leonardo da vinci, estao muito enganados
make world && !war; |
| | | | "Vendendo vinho sem garrafas: A economia da mente na rede global" é uma obra fundamental de meados dos anos noventa para os desenvolvimentos posteriores sobre esta matéria de direitos de autores, cópias, valor da informação, etc, que julgo muito interessante não apenas pelo pequeno debate, mas porque estamos já completamente metidos neste novo (novo, mas também velho) mundo da informação digital. em algum momento é algo densa mas acho que em geral não é muito difícil de ler. o autor é John Perry Barlow, não é assim qualquer "Zé Piratinha", trabalha[va] na industria da música, para Grateful Dead; e porém co-fundador da Electronic Frontier Foundation. em inglês, original: ht tp://www.eff.org/Publications/John_Perry_Barlow/HTML/idea_economy_article.html PS: para quem acha que copiar material digital é mesmo roubar, sempre gostei daquele conto no que o dono duma taverna queria cobrar a um pobrezinho que pôs o pedaço de pão sobre uma panela para impregná-lo com o cheiro e dar-lhe a sensação de que estava a comer algo com mais substância. ao ver a cena, uma pessoa que estava lá pediu umas moedas para o pobrezinho, o pobrezinho hesitou mas deu. então essa pessoa moveu a mão com as moedas dentro perto da orelha do dono da taverna, e disse assim: "ouvires o som da moedas é o pagamento por esse rapaz ter consumido o cheiro da tua panela" ;) PS2: estava gira uma campanha na que cada um de nós devolvêssemos os MP3 de que não gostamos, por correio ou sei lá, a uma dessas associações de bandidagem e pirat.. errr, defesa dos autores: "sim sim, convencestes-me e lamento-o: não quero mais ouvir este MP3 que roubei da Britney Spears, aqui o tendes de volta" ;)
-- Tanta gente sem casa, tanta casa sem gente.. |
| | | | | Deixa-me adivinhar, és de ciências humanas. Só uma pessoa de ciências humanas é que poderia fazer uma analogia tão turtuosa e apresentá-la como toda a sabedoria do Cofre de Parnassus. Em primeiro lugar, o que se compra (ou se rouba) não são bits nem bytes, mas o direito de usufruto de uma obra de arte, sob uma determinada forma. Poderias dizer que o taberneiro anuiu parte desses direitos ao dar ao mendigo o direito de usar a sua panela para aromatizar o pão. Mas poderia não ter dado. O pagamento não foi negociado, mas o serviço foi, nas tuas próprias palavras, gratuito. O que o pobre não poderia fazer era usar a panela contra a vontade do taberneiro. Isso, meu caro, seria roubo, o que te torna, já que justificas o roubo, um idiota ou um ladrão (se escolheres um, abdico do outro). Mais uma vez, eu não defendo as editoras: eu sou criador. Ninguém aqui usa Linux sem ficheiros que criei, sob a GPL: quanto mais não seja o teclado em português, e está lá o meu nome, apesar de não dizer que criei TODO o ficheiro de raiz. De acordo contigo, a Microshit poderia, a qualquer momento, apropriar-se do meu trabalho para os seus próprios propósitos, sem me dar cavaco nem dinheiro. O P2P não é uma tecnologia maldita. Roubar é um uso maldito da tecnologia, assim como o uso de um canivete suiço pode ser maldito nas mãos de um homicida. No fundo, que mente distorcida acha, pensa, opina ou vislumbra que um autor, havendo passado horas em torno de uma obra, num acto de mais ou menos amor, mas sempre de muito trabalho, não tem direito a negociar as condições de disponibilização da mesma a terceiros (ditos direitos)? E que direitos têm estes terceiros de usar a obra contra as especificações do Autor? É sempre o mesmo: os idiotas e energúmenos, inúteis e estéreis deste mundo irão sempre justificar a sua própria nulidade pensando que o trabalho de outros lhes pertence sem mais. Quem não sabe criar, rouba. Como roubam pequenas coisas, não são piratas nem ladrões: são ladrinhos ou pilha-galinhas. Querem fazer alguma coisa pela humanidade? Usem a GPL ou a licença BSD nos vossos trabalhos e criem alguma coisa que se veja. Depois podem dizer o que quer que seja, estarei cá para os ouvir sem ter de ser duro para convosco. Francisco Colaço
Em Portugal nada se conclui acerca da existência de vida inteligente no Planeta Terra. |
| | | | Deixa-me adivinhar, és de ciências humanas. Só uma pessoa de ciências humanas é que poderia fazer uma analogia tão turtuosa e apresentá-la como toda a sabedoria do Cofre de Parnassus. pois não sou de ciências humanas, não.. Em primeiro lugar, o que se compra (ou se rouba) não são bits nem bytes, mas o direito de usufruto de uma obra de arte, sob uma determinada forma. chega com isto para saber que não leste nada desse artigo. eu juro, não te vou cobrar pela dica de leres o artigo, podes ler sem medo que é interessante :) está logo no terceiro parágrafo: "The riddle is this: if our property can be infinitely reproduced and instantaneously distributed all over the planet without cost, without our knowledge, without its even leaving our possession, how can we protect it? How are we going to get paid for the work we do with our minds? And, if we can't get paid, what will assure the continued creation and distribution of such work?" e quanto a "roubar", estava a chamar a atenção sobre o facto de que não é exactamente a palavra que se deve usar, pelo menos para determinadas coisas, porque depois vem lá as empresas dizendo que lhes roubaram X milhões de contos, como se todo o mundo que baixa isso pela rede o fosse comprar se não se saísse gratis. outro ponto conflictivo com isto é que tu não estás a roubar um objecto físico, um carro ou sei lá, que podas estimar o valor; também se passa com outras cousas como pex as demandas por difamação, mas este problema aqui é recorrente. isto sem contar sobre as divergências de interpretação do direito à propriedade privada ou aos direitos do criador sobre a sua obra, porque as leis sempre defenderam antes o direito ao conhecimento público que às demandas do autor. roubar, portanto, chega a confundir mais do que a descrever; ora, se queres seguir utilizando.. não te vou roubar a ideia :) e o facto que tu queres discutir.. bom, acho que não faz muito sentido debater sobre isso: se não se pode evitar que se cometa o delito, para que debater sobre os direitos que têm? o que haverá que fazer é procurar novas fórmulas para que os criadores recebam benefícios pelo seu esforço. já agora, eu não utilizo o teu ficheiro do teclado, e já criei mais de uma coisa GPL, não sei porquê é que me andas a tratar como se fosse o vendedor-de-copias-ilegais-de-CDs mais grande deste lado do Minho :P
-- Tanta gente sem casa, tanta casa sem gente.. |
| | | | Eu não estou a confundir-te com o receptador de cassetes piratas, mas digo-te que baixar uma coisa da rede contra a vontado do autor não é menos do que um furto, e a medida penal deve ser a mesma. Podes dizer que um furto depriva a vítima do furtado. A cópia não. Mas isso não está claro. Se pudesses colocar nas camisolas que fabricas, por hipótese, a marca Lacrosse, sem dar cavaco ou dinheiro à Lacrosse, não estarias a apropriar-te indevidamente de uma obra incorpórea? Certo é que os nossos sistemas contabilísticos foram desenvolvidos na primeira metade do século XX, e adequam-se a uma realidade industrial, valorizando pouco os bens incorpóreos e os direitos sociais. No entanto, se fores autor, e vires uma oferta que dás ao mercado desprovida de rendimentos por causa da cópia ilegal, saberás bem o que digo. O autor do artigo lança perguntas interessantes, mas numa coisa deixa de ter razão: não posso contrapor-me à vontade do autor da obra. Isso é para mim sagrado. Se o autor manifestar o desejo que a obra não seja vendida em Portugal, seja, não se vende. Nem eu copio, pois há obras de artistas portugueses excelentes que posso adquirir, e muitas que já caíram no domínio público que posso copiar sem ilegalidades. Sim, defendo que um obra deva ser do domínio público após um tempo que neste momento considero excessivo. Quinze a vinte a cinco anos seriam ideais. O problema é, continuo a dizer, um problema de criação (ou de má criação, visto por outro ângulo). Quem cria não copia, a menos que seja um falsário. No fundo, apaga os MP3 de CD que não compraste, os filmes que ainda não passaram na TV e faz uma fogueira das tuas fotocópias de livros universitários. Depois junta-te ao coro dos que querem baixar os prazos excessivos dos direitos de autor, as absurdas patentes de software e programa muito software GPL. Já agora,m que teclado usas? O do X também é meu, mas o Caleb esqueceu-se de o notar. Francisco Colaço
Em Portugal nada se conclui acerca da existência de vida inteligente no Planeta Terra. |
| | | | - Eu não estou a confundir-te com o receptador de cassetes piratas, mas digo-te que baixar uma coisa da rede contra a vontado do autor não é menos do que um furto, e a medida penal deve ser a mesma. Podes dizer que um furto depriva a vítima do furtado. A cópia não. Mas isso não está claro. pois é isso mesmo, não é um roubo de um objecto físico no que quem possui fica sem o objecto, e portanto para mim não é a mesma categoria, nem sequer me parece que deva ter uma medida penal para cópias privadas se não há lucro. - Se pudesses colocar nas camisolas que fabricas, por hipótese, a marca Lacrosse, sem dar cavaco ou dinheiro à Lacrosse, não estarias a apropriar-te indevidamente de uma obra incorpórea? fazer isto para obter benefícios sim acho que deve ter medidas penais. - O autor do artigo lança perguntas interessantes, mas numa coisa deixa de ter razão: não posso contrapor-me à vontade do autor da obra. Isso é para mim sagrado. a questão é que isso é uma opção pessoal, se não pode ser garantido (e agora, para cópias digitais, já não é) apenas pode fazer com que vaiam 4 pessoas à cadeia ou sei lá por fazer o mesmo que faz toda a malta. e eu também concordo no de respeitar a vontade do autor, só que este assunto não é nada claro: pex ao Michael Moore não lhe parece mal que copiem os seus filmes por métodos do p2p, ao Manu Chao também não, The Smashing Pumpkins disponibilizaram algum dos seus álbuns em MP3 desde o seu sítio web por problemas com a companhia. simplesmente a maioria de criadores está submetida às leis da industria e das grandes corporações, nem se sabe o que opinam disto.. e por cima, copiar é um método de espalhar a cultura e de dar a conhecer os artistas (as bandas no início, quando desconhecidas, adoram que copiem os seus álbuns e que a gente lhe-los passe aos amigos), com benefícios indirectos: eu fui a concertos de gente à que conheci por baixar a sua música, comprei camisolas de bandas que conheci por uma cassete copiada, comprei os novos CDs, etc. e provavelmente indo a um concerto deles estou a dar-lhes mais dinheiro do que comprando os seus CDs: calcula-se que mesmo nos casos de artistas mais famosos, recebem no máximo um 4% do preço de venda do CD. ir ao cinema já pouco, porque a maioria dos filmes que descarrego não os posso ver nos cinemas comerciais.. enfim, eu não me sinto mal por fazer isto, acho que na maioria das vezes estou mais a ajudar os artistas do que prejudicá-los. talvez a experiência da maioria não seja isso, mas asseguro-te que a minha é assim. - Já agora,m que teclado usas? O do X também é meu, mas o Caleb esqueceu-se de o notar. não sei exactamente ao que te referes, o teclado para consola é o "es", e o do X talvez seja isto: Option "XkbLayout" "gl", que é um "es" modificado por mim para poder escrever com tildão! :P
-- Tanta gente sem casa, tanta casa sem gente.. |
| |
|