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| | ... que eu digo que gostava de ser Espanhol?
Este comentário foi publicado ao abrigo de leis internacionais "How to handle a Troll". |
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| | Ainda nao percebo bem porquê... é possível que não esteja a interpretar correctamente o texto ou que isto seja um erro do editor:
In the end, it seems that differences in opinion over the number of languages that patents could be secured in are what killed off the proposed directive. Twenty of the EU's 25 member states voted in favour of the most recent draft of the legislation, while Germany, France, Spain and Portugal voted against it and Italy abstained. in the reg ^S^ |
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| | Dá-me a impressão que andas a ler o artigo errado. Neste artigo, também no the reg pode-se ler claramente que:
Spain voted against the directive and Belgium, Italy, Denmark and Austria all refused to support it. Os restantes países votaram todos a favor. |
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| | O artigo a que se refere o ^S^, diz claramente quais os países que votaram contra:
Twenty of the EU's 25 member states voted in favour of the most recent draft of the legislation, while Germany, France, Spain and Portugal voted against it and Italy abstained.
O artigo a que te referes (com data anterior) apenas refere que a Espanha votou contra. Não diz que todos os outros votaram a favor.
Hodie Mihi Cras Tibi |
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| | Não menciona os votos dos restantes, mas se foi aprovado é porque votaram favoravelmente. |
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| | Não, Espanha votou contra, Bélgica, Itália, Dinamarca e Aústria abstiveram-se. Se Portugal se tivesse abstido bastava um pequeno país para atingir os 37 votos que evitavam a maioria qualificada e, consequentemente, esta tomada de posição. Se não tivesse havido algumas "falhas de comunicação" em relação a alguns países, o problema nem se punha... |
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| | Isso refere-se à discussão da "patente comunitária" (ou seja, a criação de um espaço de patentes europeu). É um assunto diferente. |
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| | Porquê? A Espanha vai sair da União Europeia? "Se vi mais além do que outro, é porque estava nos ombros de gigantes." Sir Isaac Newton
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| | Esqueci-me de dizer que os links finais para várias notícias e comentários foram também contribuídos pelo João Neves. |
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| | E no meu caso tenho de dizer que a origem das notícias é o serviço "Google News Alert" com as palavras "software patents". |
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Fdx (Pontos:3, Esclarecedor) |
| | Tenho vergonha de ser europeu... Que tipo de europa é esta onde um parlamento é simplesmente desautorizado por meia dúzia de comissários?
-- Carlos Rodrigues |
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| | sed s/comissários/gajos (Como é que se chamam aos membros do conselho da união europeia? Conselheiros?)
-- Carlos Rodrigues |
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| | Ministros e secretários de estado. São membros dos governos nacionais. |
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Re:Fdx (Pontos:2, Interessante) |
| | A união europeia já tem mais população que os estados unidos, e ainda não temos um sistema democrático ou minimamente justo? Agora como é que podemos criticar os americanos?
Quais são as consequências? O que vai acontecer com mandrake, debian e suse? Pareçe-me que é mais façil e seguro, desistir e não desenvolver software, assim não correndo o risco de ser processado.
Pensava que a UE ía ter a vantagem de desenvolver software, não estava limitado por constrangimentos legais, que enforcam a inovação. Agora o que temos a ofereçer em termos de software, que os EUA não têm?
Só mais uma pergunta, vale a pena gastar gasolina dia 13 de junho? |
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| | Resumindo, a ANSOL, em conjunto com a Aliança Eurolinux, está a reunir a posição dos candidatos às eleições europeias sobre este assunto. Tendo em conta a grande abstenção normal nas europeias, se formos todos votar em relação tendo em conta estas posições é provável que se consiga influenciar a votação. Sim, vale a pena ir votar. Atrevo-me a dizer que é uma das acções mais importantes que podes fazer em relação a este assunto. |
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| | Infelizmente, João, tens de considerar o seguinte. 1) Eu, tu, todos votamos um conjunto de questões em candidatos que têm posições (ou vontade de tacho, mas isso é outra coisa) que em alguma coisa concordamos e noutras coisas discordamos. 2) A patenteabilidade de software é para mim certamente importante, mas é um pedra dentro de um mundo. E 3), o cidadão comum tem sobre estas questões a mesma opinião que sobre a colheita de gelo da Antártida por expedições científicas: nenhuma. Agora, se fosse minimamente provado que as patentes de software poderiam levar o Porto, o Benfica e o Sporting a nunca mais poderem participar nas competições europeias, assim punhas um país em pé de guerra com Bruxelas. É um autêntico golpe de estado o que se verificou em Bruxelas, com a comissão a agir como verdadeiros generais terceiromundistas. Creio que aprenderam esses tiques lá pela Bielorúissia ou por Angola. O ponto não pode ser patentes de software ou de modelos de negócio. Tem de ser este: em momento de eleições para o parlamento europeu, porque deveríamos votar? Prefiro então, em nome da democracia, votar na Comissão. Francisco Colaço
Em Portugal nada se conclui acerca da existência de vida inteligente no Planeta Terra. |
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| | Pois, mas na Comissão e no Conselho só se vota de 4 em 4 anos quando se escolhe um governo. Agora são as eleições para o Parlmento Europeu. Esta guerra ainda não está ganha nem perdida. Mas se os eurodeputados chegarem a Bruxelas sem fazer a mínima ideia do que se passa, a derrota é garantida (graças à retórica utilizada pelo comissário Bolkenstein e a relatora Arlene McCarthy - que vai ser provavelmente reeleita). Honestamente só há meia dúzia de coisas que me interessam avaliar em termos de parlamento europeu. O que é melhor do que a forma como votei em eleições anteriores (algumas delas sem qualquer critério). Desta vez tenho razões para a escolha do meu voto e as patentes de software vão ter um peso importante. Penso que uma parte dos utilizadores do gildot concordará comigo. Continuo a dizer que vale a pena ir votar. Eu prefiro a posição de derrotado à de Pilatos. Já vi demasiada hipocrisia para tentar não fazer parte dela (nem sempre consigo, mas tenta-se). |
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| | 2) A patenteabilidade de software é para mim certamente importante, mas é um pedra dentro de um mundo. A patenteabilidade de software significará, provavelmente, a aniquilação de qualquer hipótese de uma empresa portuguesa poder desenvolver software significativo: assim que o começar a fazer, será provavelmente forçada a abandonar o seu desenvolvimento por vários processos (ou apenas ameaças) por parte dos grandes gigantes mundiais. Ora, sem empresas a produzir software, o que farão os programadores que saem das universidades todos os anos? 3)o cidadão comum tem sobre estas questões a mesma opinião que sobre a colheita de gelo da Antártida por expedições científicas: nenhuma. Tens razão. Mas com a normal afluência das eleições para o PE, cada voto tem um maior peso do que para outras eleições. Um voto concertado de um pequeno número de pessoas pode ser decisivo. "mudem de rumo, já lá vem outro carreiro" |
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| | 1) Eu, tu, todos votamos um conjunto de questões em candidatos que têm posições (ou vontade de tacho, mas isso é outra coisa) que em alguma coisa concordamos e noutras coisas discordamos. Estou a ponderar se neste momento o pergido das patentes de software fazerem mudar-me de profissão, não será algo mais importante do que os outros temas em discussão. É que o meu investimento em formação não foi pequeno, quer em termos financeiros, quer outros sacrificios pessoais. O problema é que estou geralmente em desacordo com quese todas as outras posições de quase todos os outros temas que os partidos que são contra as patentes apresentam. E 3), o cidadão comum tem sobre estas questões a mesma opinião que sobre a colheita de gelo da Antártida por expedições científicas: nenhuma. Ou seja, temos a informár essas pessoas para que criem a opinião. «They that give up liberty to obtain a little temporary safety, deserve neither liberty nor safety» Benjamim Franklin (1706-1790) |
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| | Obviamente que envês de pergido, queria dizer perigo... «They that give up liberty to obtain a little temporary safety, deserve neither liberty nor safety» Benjamim Franklin (1706-1790) |
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Re:Fdx (Pontos:3, Informativo) |
| | Quais são as consequências? O que vai acontecer com mandrake, debian e suse? Por enquanto ainda nada. O Parlamento Europeu ainda tem que aprovar esta directiva. Pareçe-me que é mais façil e seguro, desistir e não desenvolver software, assim não correndo o risco de ser processado. As patentes de software não afectam só o Software Livre, afectam na mesma escala o software proprietário. Por tanto mais vale a pena mudares de profissão. «They that give up liberty to obtain a little temporary safety, deserve neither liberty nor safety» Benjamim Franklin (1706-1790) |
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Re:Fdx (Pontos:0, Despropositado) |
| | Eu teria vergonha de ser da direita. |
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| | Não vejo o que é que isto tem a ver com direita ou esquerda. É algo que não interessa se tivermos em conta a votação. |
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| | Quer os euro-deputados do PCP, quer do PP, votaram contra as patentes de software... «They that give up liberty to obtain a little temporary safety, deserve neither liberty nor safety» Benjamim Franklin (1706-1790) |
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| | Qual a posição dos restantes euro-deputados portugueses? |
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| | Tiveram posições divididas dentro dos seus partidos. Isso foi referido a quando a votação no Parlamento Europeu, procura aqui no gildot para mais detalhes «They that give up liberty to obtain a little temporary safety, deserve neither liberty nor safety» Benjamim Franklin (1706-1790) |
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| | ...um tipo qualquer que tenha uma ideia e a queira passar à prática está muito provavelmente impedido à partida de o fazer. Se a ideia se revelar interessante não demorará muito até ter uma corporação qualquer à perna a dizer-lhe que tem a patente do XML ou do ciclo "for"... e depois quem é que tem os milhões para entrar numa batalha jurídica com eles? As patentes de software são diferentes das patentes clássicas, tem tudo a ver com os limites do que é patenteável. É isto que estes néscios não compreendem, que isto abre as portas a patentes sobre coisas ridículas (tanto na forma como no tamanho) que só prejudicarão as pequenas empresas. Não se trata aqui de patentear o equivalente a um mecanismo electrónico, que para ser produzido precisa de componentes, componentes esses que têm de ser comprados e onde podem já estar incluidos os royalties, é muito mais difícil atropelar uma patente sem o saber, e muito mais difícil patentear algo que já tenha prior-art. A abertura do sistema de patentes ao software (que já estava protegido pelos direitos de autor), transforma as patentes numa forma de aniquilar a concorrência (à nascença) e não como uma forma de proteger a tão falada "propriedade intelectual".
-- Carlos Rodrigues |
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| | URL para os preparativos
Proporcionalmente à população, a manifestação em Lisboa do dia 12 de Maio foi a com maior participação. Agora há nova manifestação em 29 de Maio. |
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| | Onde se pode obter informação sobre a primeira manifestação? Motivos pessoais impediram-me de ir, e não fui capaz de encontrar nada sobre o que se passou. Gostava ao menos de ter uma ideia sobre a participação...
«You cannot steal a gift, which is what code released under the BSD license is.» |
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| | Podes informarte-te aqui. «They that give up liberty to obtain a little temporary safety, deserve neither liberty nor safety» Benjamim Franklin (1706-1790) |
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| | erm! Parece que hoje estou gago... «They that give up liberty to obtain a little temporary safety, deserve neither liberty nor safety» Benjamim Franklin (1706-1790) |
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| | Ah, obrigado. Não é uma análise exaustiva, mas é realmente o melhor que já encontrei! Obrigado.
«You cannot steal a gift, which is what code released under the BSD license is.» |
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| | Em número absoluto não forma muitas pessoas, mas proporcionalmente, foram mais do que nos outros países.
Se conseguimos isso com fraca comunicação... :) |
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| | Realmente é pena que estas coisas passem completamente ao lado do Joe Random, mas, pior ainda, é passar ao lado também da comunicação social. Uma vez que a sua obrigação é precisamente informar e ESTAR informado, será que é absurdo pensar que existem também interesses por trás daqueles que actualmente dizem ao povo o que pensar? </tin-foil hat> Mas realmente, penso que saber que a futura esposa do príncipe de Espanha nem sempre foi tão bem parecida, ou que o fotógrafo oficial do casamento se chama Manuel é bastante mais interessante do que o futuro da autonomia da Europa...
Mundo triste, este em que vivemos.
«You cannot steal a gift, which is what code released under the BSD license is.» |
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| | ... deixar de ser programador, gastar 5 anitos na universidade a tirar o curso de direito, por forma a exercer advocacia. Não querendo ser apocaliptico, mas por acaso já reparam a forma que o mundo está a tomar? * no inicio era a força, mas os mais fortes constataram que pouca força tinham sobre muitos mais fracos; * a seguir veio as riquezas da terra, mas de pouco serviu, pois quem não as tinha também as podia gerar * viria então o poder do dinheiro, quem rico fosse mais poder tinha. * mas o mundo precisou de tecnologia para gerir (e gerar mais) dinheiro; levando o poder a ser transferido para os magos da computação e novas tecnologias. * a sede de gerar mais dinheiro e impedir que este se espalhe equatitivamente, fez saltar os prossecutores legais para a ribalta do dia. Advogados, legisladores, juizes, significa imunidade garantida durante a vida sem problemas de falta de trabalho ou questões pertinintes de perda de liberdade. O trabalho é sempre garantido, porque existe sempre alguém a querer ganhar dinheiro facilmente; E quando tal não acontece é fácil meter medo em quem detem o poder de modo a este tomar posições legais. É este o mundo onde se vive? Baseado numa justiça hipócrita, corrupta, insipiente, suja, mais negra que o petróleo derramado pelo Prestige? Se eu acreditasse no julgamento final, teria muito medo de morrer, pois não saberia qual seria o meu advogado lá em "cima"! Quais os interesses perversos por detrás desta apocaliptica situação, que definirá a nossa liberdade como pessoas? Se é nesta prisão hipócrita, que nos tortura na base do medo, que tenho de viver... por favor "poderosos" digam de uma vez que me querem como escravo, porque sendo escravo sei o que sou e não aquilo que penso que sou!
Este comentário foi publicado ao abrigo de leis internacionais "How to handle a Troll". |
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| | Já agora... por acaso o logotipo da UE (que está a ser usado no tópico deste artigo) não está patenteado? Não será melhor não o usar?
Este comentário foi publicado ao abrigo de leis internacionais "How to handle a Troll". |
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| | Nao sei se esta patenteado.. mas q esta desactualizado esta. |
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| | Na verdade não. A bandeira da UE vai continuar a manter as 12 estrelas, supostamente são um simbolo de perfeição.
Mindstorm |
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| | um simbolo de perfeição. Alguém devia dar +5, Engraçado à União Europeia.
«You cannot steal a gift, which is what code released under the BSD license is.» |
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| | Logotipos estão ao abrigo das leis de marcas e não de patentes... «They that give up liberty to obtain a little temporary safety, deserve neither liberty nor safety» Benjamim Franklin (1706-1790) |
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| | Também o software estava ao abrigo das leis do direito de autor...
-- Carlos Rodrigues |
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| | Pelo caminho que as coisas tomam, daqui a pouco até as frases que usamos ou escrevemos poderão ser patenteadas... |
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| | Não me acredito que tenhas escrito isso! Eu pensei nisso antes espera só a lei ser promulgada que meto te um processo em cima, sinto me ultrajado e completamente violado intelectualmente
Ao Orgulho segue-se a ruína, e a arrogância vem antes da queda (Prov. 16:18) |
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| | Votar outra vez no Durão? :> |
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| | Deixa de fumar ganja... I can live with doubt and uncertainty and not knowing. I think it is much more interesting to live not knowing than to have answers that might be wrong.
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| | Ultimamente os teus posts têm sido muito argumentativos... E é ganza.
-- Carlos Rodrigues |
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| | Ele devia estar a ver pics com pele eheheheh!
"No comments" |
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| | Ganja... I can live with doubt and uncertainty and not knowing. I think it is much more interesting to live not knowing than to have answers that might be wrong.
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| | Eu não estive a analisar a situação actual com a atenção que merece e não vou ter tempo para isso nesta altura. Também nunca faço comentários com base em notícias de jornalistas que raramente sabem do que falam, nem com base em comentários de terceiros.
Digo apenas: não sei qual a situação mas, se for má, quanto pior melhor! Não acredito em "compromissos" e "negociações" em matéria de princípios. Nestes assuntos tem que ser tudo ou nada, senão perde-se a razão.
Se a situação for realmente muito má, ela vai-se revelar insustentável no futuro próximo. E será tão mais próximo quanto mais idiota for a legislação.
Prefiro algo muito mau que terá que ser corrigido depressa, do que uma situação de ambiguidade que se prolonga indefinidamente e que arruina a economia.
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| | Mas todo este trabalho é para evitar o futuro próximo que descreves. A longo prazo o futuro é insustentável, mas o ciclo de legislação europeia são 10 anos. Isto quer dizer que se as patentes de software forem aprovadas agora (leia-se durante os próximos 9 meses), são mais 18 meses até serem implementadas (no melhor dos casos - a EUCD já vai com 18 meses de atraso). Depois surgem as dúvidas de interpretação, que só se resolvem no tribunal europeu (acrescenta 3 anos). Depois disso tens mais 3 a 5 anos para ver os efeitos de forma a convencer os políticos da asneira feita. E depois recomeça o processo de uma nova directiva (que, a exemplo desta, pode demorar uns 4 anos a chegar a legislação nacional). Desde a entrada em legislação nacional até à correcção são pelo menos uns 10 anos. Se contarmos que uma directiva destas legitimaria a prática do EPO, estamos a falar de correcções mais de 12 anos depois dos efeitos da directiva. Estamos muito longe do cenário de 1791 em França em que a criação de um "direito natural à propriedade intelectual" foi anulado em 1792 porque as empresas não conseguiam funcionar. Eu não sei quais são os teus planos para os próximos 10 anos, mas os meus eram desenvolver solução de informática. Assim tenho de mudar para o estado, que é o único que tem a possibilidade de invocar o interesse nacional como defesa em relação a patentes. |
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| | "Eu não sei quais são os teus planos para os próximos 10 anos, mas os meus eram desenvolver solução de informática."
O que eu digo é que:
1) se a situação for muito grave os efeitos também vão ser muito graves;
2) enquanto essa gravidade não se manifestar podemos fazer sossegados o nosso trabalho;
3) quando o problema se colocar e a economia começar a encravar seriamente, os Estados são peritos em encontrar mecanismos excepcionais para resolver problemas excepcionais. ;-)
Moral da história: a minha preocupação só será grande se a legislação for "relativamente má". Se for péssima, a solução terá forçosamente que aparecer depressa.
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| | O que estás a dizer é: só é preciso preocuparmo-nos quando a vítima estiver em coma, à beira da morte. Aí sim, acendemos todos velinhas para pôr na janela e organizamos grandes reuniões e missas para rezar por um milagre. News flash: Deus, se é que existe, não intervém nestes assuntos, pelo que é melhor deixares-te de desculpas e começar a fazer algo (ou então procurar no software que produzes, como o teu site, por material que possa estar patenteado). "mudem de rumo, já lá vem outro carreiro" |
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| | Quando a avalanche vier, e até se ir embora, pobre de quem for apanhado no meio! Mesmo que seja como dizes, não quero ter de ser um dos que vai sentir na pele o necessário para que a UE ou o governo se apercebam de que o efeito de tudo isto é pura e simplesmente nefasto. Tenho 19 anos, e muito pouca hipótese de me defender em tribunal, e como eu há muitos mais. Que alternativas me restam?
«You cannot steal a gift, which is what code released under the BSD license is.» |
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| | Morar em Portugal... Pelo menos daqui a 20 anos ja teras reunido dinheiro quase que suficiente para pagar um advogado, para quando o processo começar se começar...
Ao Orgulho segue-se a ruína, e a arrogância vem antes da queda (Prov. 16:18) |
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| | Para tornar a situação mais brilhante, suspeito que uma vez instituídas as patentes de software em EUA, Europa, Japão, Austrália, assistiremos a novos patamares de concorrência por via litigiosa; ou seja, não apenas conseguirmos ter na UE as mesmas alterações de ecossistema conseguidas nos EUA mas assistir-se a novos níveis de esmagamentos de concorrência facilitados por a Europa passar a fazer parte do tabuleiro. Lembro-me de há uns anos se comentar o interesse de alguns investigadores em computação gráfica em mudar dos EUA para a Escócia por terem ali um ambiente livre de patentes de software. Para onde mudar agora se se quiser fugir dos novos constrangimentos? É bem possível que quanto mais extrema for a "patenteabilidade" a indignação seja maior, mas... um problema é saber o que será isso de "corrigir depressa". 10 anos? 20? Nos EUA, os problemas resultantes das patentes de software vão apenas piorando e ainda não se conseguiram resolver, mesmo apesar de comentários de alguns dos maiores especialistas das ciências de computação e mesmo com posições tomadas por associações como a ACM; e ainda não se conseguiram resolver. Mesmo que fiquemos com uma legislação e uma prática ainda piores, não espero que a UE seja mais rápida a saír dela do que os EUA. Como, por exemplo, lidar depois com os (então) "direitos adquiridos" dos milhares de patentes já prontas a activar neste momento? Alguém imagina a UE a dizer "desculpem qualquer coisinha mas fica tudo sem efeito"? Alguém imagina EUA, Japão, Nokia a não protestarem a nível internacional por violações disto e daquilo? Como "wishful thinking", pode-se pensar no que resultaria de um enorme escândalo (por exemplo, por exposição de conflitos de interesses de partes políticas envolvidas) ou de uma revolta nas "hostes". Mas este tipo de assuntos não é dos mais fáceis para haver grandes clamores de "meia volta": a sensibilidade aos problemas está mais em grupos ligados à programação, ciência, técnica. Talvez com uma reacção forte de empresas e universidades, embora para um punhado de jogadores maiores as patentes sejam interessantes (concorrência fora do mercado) e para outros haja ainda muita falta de informação. Esclarecer distinções entre conceitos não parece ser do interesse de gabinetes de patentes e de alguma fauna jurídica mais orientada para esse ecossistema, mesmo em sessões "promocionais" sobre "propriedade intelectual" (apresentada de forma difusa) que andam a ser feitas pelas universidades; quase todas as pessoas com que eu falo em meio académico (estou a referir-me a uma gama que vai do estudante de doutoramento até professor catedrático) estão em enorme confusão sobre o que são marcas, patentes, coprights, ... Quando a isso se junta falta de conhecimento sobre a natureza do acto de programar, torna-se ainda mais difícil perceber o problema. Naturalmente, uma pessoa bem intencionada mas nessas condições de informação mínima aceitará facilmente alguma retórica mais superficial: ninguém de boas intenções gostaria de ir contra algo rotulado como "protecção do autor", "protecção do trabalho", "recompensa pelo esforço", "estímulo à criatividade".... A cereja no cimo é o facto de nem estas coisas jurídicas/legais nem os grandes protestos públicos serem, para a maior parte de nós a trabalhar em algo ligado à informática ou ciência ou engenharia, assuntos em que gostemos de entrar "naturalmente": é tudo menos a nossa vocação. Se fosse esse o nosso interesse, talvez tivéssemos ido estudar direito ou dedicado à política. Andar aqui no Gildot a publicar, mesmo que um par de vezes por ano, material sobre patentes de software não é das coisas que me fascinam, e idem para procurar e ler material legislativo da UE. Não posso falar em nome do João Neves, que tem feito um colossal trabalho em busca de informação, consulta de material e contactos, mas suspeito que mesmo ele preferiria ocupar o mesmo tempo a fazer outra coisa qualquer num computador... |
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| | Uma coisa curiosa sobre todo o processo de patentes de software, é que a importância que os meios de comunicação generalistas lhe dão é nula ou quase. O cidadão comum (leigo em termos de informática) não sabe o que se avizinha, nem as consequências catastróficas que a médio e a longo prazo tal legislação poderá ter para todos os consumidores (o software também já é parte de muitos electrodomésticos). Não acham que deveria haver um maior empenho da imprensa e televisão na divulgação e esclarecimento desta questão? Não seria também importante fazer pressão sobre estes, para uma maior divulgação? |
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| | "Não acham que deveria haver um maior empenho da imprensa e televisão na divulgação e esclarecimento desta questão? Não seria também importante fazer pressão sobre estes, para uma maior divulgação?"
O jornalista "normal", "médio", (aliás como qualquer outro profissional em Portugal) é inculto e incompetente, mesmo que tenha boa vontade. Esta questão das patentes é delicada e multidisciplinar por natureza, o que torna o caso mais complicado ainda de relatar.
Não sei se é por isso boa política trazê-lo para a "praça pública", porque também não está ao alcance do cidadão comum (muito menos!). Tem é que ser tratado por quem tem capacidade de decisão.
Como já tive ocasião de escrever antes, prefiro que não haja divulgação a que haja divulgação errada.
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| | Eu também não gosto muito de muita "literatura de divulgação" (por exemplo, vária da "científica") que dá uma ideia bastante errada daquilo que supostamente retrata. Tentar explicar honestamente de forma simplificada é uma coisa, varrer a complexidade ou as partes menos "emocionantes" de forma negligente para baixo do tapete é outra. Mas... o que é seguro e suficientemente simples para a praça pública? A política externa? As decisões sobre o ensino? A escolha de quem vai fazer as nossas leis? O futebol? Qual é a praça segura para este caso das patentes de software? Os políticos envolvidos nas decisões estão mais bem informados do que os jornalistas? Outras pessoas documentam a divulgação que fazem. Se estão erradas, outros podem contribuir correcções. Pena que nem todos os que lhe chamam "divulgação errada" documentem também as suas afirmações sem ir além wishful thinking do género "isso não pode ser tão mau assim" como se estivessem a citar uma lei termodinâmica. Ou que não elaborem como alternativa um documento profundo de "não divulgação" para passar aos profissionais potencialmente afectados por esta legislação. Afinal muitos deles não estão mais informados sobre o assunto do que o jornalista "médio". O jornalista "médio" e o "cidadão comum" e o profissional "típico" alvo da legislação podem estar muito desinformados, mas não são automaticamente parvos. |
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| | epa, acho que um "jornalista", mais do que ninguém, tem que estar a par do que se passa no mundo, principalmente se afecta a nossa legislação.. obviamente que não existe nenhum na tvi que tenha um cortex pré-frontal suficientemente volumoso para ponderar sobre a possibilidade de substituir alguns minutos da diária saga do golfinho aleijado ou da velhinha, cujos pais têm uma doença rara, que viu a estátua da virgem a chorar sangue por algo que, na minha humilde opinião, é um _insulto_ à nossa constituição..
Como já tive ocasião de escrever antes, prefiro que não haja divulgação a que haja divulgação errada.
percebo a tua preocupação, mas como disse, acho que é uma questão suficientemente importante para pôrem a dar um "especial de informação: A EUROPA QUER TORNAR IDEIAS PATENTEÁVEIS" nos canais todos ao mesmo tempo, explicando de modo claro (acho que não pode ser _assim_ tão dificil) o atentado à sanidade que o conceito de "propriedade intelectual" é..
..which reminds me of: viram ontem a cena do exorcista, satanistas e cia. que deu no "eu confesso"?! lol, 5 minutos a ver aquilo e o diagnostico foi "o padre, o possuido e a vitima -> esquizofrénicos" |
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| | "acho que não pode ser _assim_ tão dificil"
Mas é. Mesmo aqui no Gildot só uma pequeníssima percentagem das pessoas que habitualmente se pronunciam sobre este tema percebe realmente o que está em causa. Mas paciência, as coisas são mesmo assim e eu não tenho tempo para esta questão agora, que infelizmente não é o único problema que o mundo tem e está longe de ser o mais importante.
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| | Eu, que pareço ter ficado com fama de "dizer mal de jornalistas", não insultaria assim por atacado todos os jornalistas da TVI, especialmente os com menos poder de decisão sobre como é conduzido o trabalho. O estado lastimável dos noticiários da TVI (e dos outros, não tão distantes...) não deve ser resultado da combinação de (in)competências avulsas, mas ter a ver com decisões ligadas à venda de produto (produto = espectadores para publicidade). Perante isto, alguns dos jornalistas talvez tenham como única opção demitir-se e tentar arranjar emprego noutro sítio... o que é mais fácil dizer não estando na respectiva pele. Quanto aos que efectivamente têm poder lá dentro para decidir alguma daquela "linha" editorial (M.M.Guedes? Essa eu não classificaria como jornalista...), às vezes apetece dizer que a prostituição deve ter padrões éticos mais elevados... |
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| | Por falar em TVI... Basta escrever ao Marcelo Rebelo de Sousa :-) |
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| | percebo a tua preocupação, mas como disse, acho que é uma questão suficientemente importante para pôrem a dar um "especial de informação: A EUROPA QUER TORNAR IDEIAS PATENTEÁVEIS" nos canais todos ao mesmo tempo, explicando de modo claro (acho que não pode ser _assim_ tão dificil) o atentado à sanidade que o conceito de "propriedade intelectual" é.. patentes de software != propriedade intelectual. Parece que nao sao so' os jornalistas que nao sabem do que falam. I can live with doubt and uncertainty and not knowing. I think it is much more interesting to live not knowing than to have answers that might be wrong.
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| | "patentes de software != propriedade intelectual." Nem mais. |
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| | Propriedade intelectual nem é nada, dado que não são nem invenções nem obras de que se toma posse mas sim de um direito de monopólio artificial concedido pelo estado.
Os objectivos do termos propriedade intelectual são: a) atribuir conotação positiva (por oposição do termo mais apropriado: monopólio) dado que gostamos muito da nossa propriedade b) provocar confusão que leva a más leis
É que não dá para tratar tipos fundamentalmente diferentes de monopólio concecido pelo estado de forma igual. Patentes, Marcas e Direito de Autor são totalmente independentes entre si, têm objectivos diferentes e condições diferentes. Não podem ser enfiados no mesmo saco. |
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| | Gaaa... falta de café. "termo" e "concedido". |
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| | Isso e' a tua definicao de propriedade intelectual -- nao e' a minha, nem a que actualmente e' lei. I can live with doubt and uncertainty and not knowing. I think it is much more interesting to live not knowing than to have answers that might be wrong.
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| | Depende. Tanto quanto sei é extremamente raro encontrar um país com alguma definição do que é propriedade intelectual.
Em portugal é: propriedade industrial (patentes) + direito de autor. O que deixa muita coisa de parte...
Seja como for, é um termo que não faz sentido dado que a única coisa que realmente se é dono de é do "direito" concedido pelo estado. |
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| | wtf?! qualquer dia começam a patentar moléculas e a ilegalizar seres vivos.. oh, espera lá.. esqueçam :\ |
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| | Por absurdo que pareça já o estão a fazer aos genes... «They that give up liberty to obtain a little temporary safety, deserve neither liberty nor safety» Benjamim Franklin (1706-1790) |
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| | Bem, se muitos dos projectos que andam por aí incluíssem uma cláusula de exclusão na licença (uma alteração destas numa GPL é um contra-senso, eu sei), para empresas como a Nokia, por exemplo, esta ia pensar 2 x antes de vir falar em patentes. Cito a Nokia porque me lembrei das suas firewall que utilizam linux. Projectos como o Apache, se fechassem o tasco por umas semanas, iam conseguir tamanha pub que valeria mais que umas quantas manifs.
"No comments" |
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| | Talvez interesse a alguem: Debate CDU(PCP/PEV) sobre: - Direitos de Autor - Patentes de Software - Europa Neoliberal 24 Maio 21h15m No ISEP
http://www.ebserver.org Há 10 tipos de pessoas no mundo, as que entendem binário, e as que nao entendem. [stolen |
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| | tudo o que e de esquerda interessa! so para provocar: todas as pessoas que gostam de software livre, sao comunistas! (claro... e logico... sao os mesmos ideais) thing |
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| | Tudo o que sejam partidos que se vão candidatar para ter MEP's interessam... Isto inclui: CDU BE PND PSD/CDS PS Seria interessante conseguir saber quando é que os outros partidos (além da CDU, entenda-se) estão a pensar reunir-se para a discussão sobre estes assuntos... |
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| | O PND costuma organizar na cidade do Porto, todas as quintas-feiras às 21h, tertúlias sobre temas diversos, muitas delas com a participação do próprio presidente do Partido, Dr. Manuel Monteiro. Estão abertas a membros e não-membros. As ultimas (2) foram até de tema livre, para que quem quiser possa dizer o que o preocupa. Mesmo com tema fixo, acho que ninguém se furta à discussão... |
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| | Quando um partido se interessa por uma questão, devemos ignorá-lo porque o do extremo oposto não se interessa? Isso faz algum sentido? Não fará mais sentido quem se sente excluído fazer mexer o seu partido? |
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