Esta discussão foi arquivada. Não se pode acrescentar nenhum comentário. | woof (Pontos:4, Esclarecedor) |
| | init, Cyclops! Já cá ao dono! Agora num tom mais sério (ainda sem ter lido o artigo) monopólio de S.L. no que diz respeito a assistência é possível. Mais que possível até. Basta deter mais de 50% de mercado e podemos considerar monopólio (vá vá, venham de lá os cromos c/ os dicionários debaixo do braço a apregoar o que realmente é o monopólio). Connectiva: ok, podem usar o nosso Linux com o nosso suporte mas não podem distribuir mais nenhum "flavour" de linux Revendedor: mas mas... olhe que eu assim troco para outro! Connectiva: pois, mas os outros não têm o suporte para pt-BR como nós temos e os seus clientes vão deixar de lhe comprar computadores! Revendedor: pronto ok, onde é que está o contrato milionário de suporte para assinar?
--- Conformity is the jailer of freedom and the enemy of growth. --John F. Kennedy |
| | | | | Deter mais de 50% (alias, nem é preciso sequér 50%), é apenas uma posição de liderança de um mercado, monopolio só ocorre, quando os clientes são impossibilitados por ausência de concorrência (porque uma entidade detem um poder exclusivo), de escolher a quem aquirem produtos ou serviços. Monopolios em Software Livre baseados no direito de autor, parecem-me impossiveis. Passando para a parte do contracto milionário. Como se trata de Software Livre, qualquer um pode portar o tal suporte pt-BR para outra distro qualquer, portanto, não existe o tal poder exclusivo que cria o monopolio. Sobre a questão do suporte e da formação, em lado nenhum a GPL permite tal coisa, portanto, simplesmente não usem os serviços da dita empresa, usem de outra(s). Tal monopolio não tem razão de existir com base no direito de autor, alias nem existe um poder exclusivo que crie esse monopolio. Os serviços relacionados com Software Livre não podem ser monopolizados, porque ninguém detem um poder exclusivo que permita criar esse monopolio. Next!!! «They that give up liberty to obtain a little temporary safety, deserve neither liberty nor safety» Benjamim Franklin (1706-1790) |
| | | | na na na na na... um monopólio é quando se pode forçar o comportamento da concorrência e limitar o mercado, acabando assim o mercado livre. ----- Como isto não notifica, se necessário notifiquem-me email. Que Bush vos abençoe. |
| | | | Isso é o abuso de monopólio. |
| | | | não, eu disse poder, não disse fazer... :) ----- Como isto não notifica, se necessário notifiquem-me email. Que Bush vos abençoe. |
| | | | Repara que acabaste de dizer o mesmo que eu, mas por outras palavras. Monopolio é quando uma empresa detem e por isso pode usár um poder exclusivo, é claro que esse poder exclusivo é utilizado não só para forçar o comportamento da concorrência como também o dos consumidores, acabando assim com o mercado livre. «They that give up liberty to obtain a little temporary safety, deserve neither liberty nor safety» Benjamim Franklin (1706-1790) |
| | | | (vá vá, venham de lá os cromos c/ os dicionários debaixo do braço a apregoar o que realmente é o monopólio). eh pá... é que é mesmo importante fazer essa distinção.. há muita conversa aqui no Gildot que perde o sentido por as pessoas não fazerem grande distinção entre "poder significativo de mercado": algo que deve ser vigiado pelas autoridades de concorrência, para prevenir abusos e castigar quem os pratique vs. "monopólio", que nas mais das vezes resulta precisamente de ter havido uma regulamentação prévia que impeça a existência de um mercado. soube ha pouco tempo de um exemplo caricato, que é o da empresa AGA - Alcool e Generos Alimentares SA, que podem conhecer das garrafas de alcool etílico. trata-se da unica empresa autorizada a produzir esse bem em Portugal. Quando alguem se propõe a instalar uma fábrica para produzir álcool, a AGA é consultada para dar a sua permissão. Além disso, a capacidade a instalar por parte do candidato é definida em função da capacidade da AGA. ehehehe. parece que nunca niguem cumpriu os requisitos para se dedicar ao alcool :) Grumpy B)
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| | | | ah... pus-me para aqui a divagar, e esqueci-me de dizer que sim, é perfeitamente possivel criar um monopolio de SL.. basta proibir a venda de software que nao seja licenciado dessa maneira. aí temos um monopolio de facto. e agora? como e que V.Exas. programadores, "developers-developers-developers-developers-developers-developers-developers"(tm) reagiriam se fosse proibido comercializar software sem ser sob GPL? Grumpy B)
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| | | | GPL não sei, porque li aqui há uns tempos um comentário bastante curioso sobre isso. Nesse comentário o rapaz falava do facto de, por exemplo, investir num software XPTO durante uns bons anos e às tantas vem um grupo de bons rapazes que decide fazer o belo do fork. Ora, os primeiros, que subsistiam principalmente do suporte da coisa arriscam-se a perder o seu monthly income porque os segundos pegaram no que já existia e deram-lhe o seu brand-name... hmmm espera, agora que penso nisto já vi este filme. Se percebi bem a história, foi o que se passou com o projecto L10N no Brasil e a SUN.
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| | | | No entanto, as alternativas também não são melhores, BSD e LGPL em termos comerciais podem ser um desastre maior...
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| | | | Ninguém te impede de agarrar no que está no fork e pores na tua tree, por isso não há poder exclusivo, logo não há monopolio. «They that give up liberty to obtain a little temporary safety, deserve neither liberty nor safety» Benjamim Franklin (1706-1790) |
| | | | Ceeertto... então, segundo essa perspectiva, a tão apregoada evolução do Software Livre sobrevive (também), não da contribuição de vários indivíduos para um projecto, mas das cópias de código entre forks de projectos. Boa... nada como o bom e velho plágio. É um plágio autorizado, mas não deixa de ser plágio... criatividade? baaahhh
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| | | | Erms... plágio é quando passas por ser o autor de um obra sem o seres. Pelo menos a GNU GPL diz que deves respeitar o Direito de Autor mantendo os "copyright notices" que incluem o nome dos autores. |
| | | | Errado. Evita-se é reinventar a roda, envês de se agarrar na criatividade para resolver novos problemas. «They that give up liberty to obtain a little temporary safety, deserve neither liberty nor safety» Benjamim Franklin (1706-1790) |
| | | | Epa, se eu amanhã fizer um fork do apache achas que terei adesão? Tu deixavas de usar o apache e passavas a usar o meu? |
| | | | Isso continuaria a não fazer um monopólio pois ninguém teria exclusividade. |
| | | | A definição de monopólio nao tem a ver necessariamente com exclusividade. Esse é um dos erros do senso comum. Por acaso nao tenho aqui a definição microeconomica de monopólio (é a microeconomia que se dedica ao estudo disso, e eu por acaso detesto microeconomia). Vou procurar a definição disso e depois deixo por aqui.
Mister ToniDosImpostos "O software é como as mulheres, se não sabes, não MEXAS !" (c) ME, 2004! |
| | | | Não sabes, mas não é... Gosto do teu poder argumentativo, no entanto até tive o cuidado de ir ver ao dicionário e lá está claro que tem a haver com a existência de um poder exclusivo. «They that give up liberty to obtain a little temporary safety, deserve neither liberty nor safety» Benjamim Franklin (1706-1790) |
| | | | Bem eu sou economista e tu és o que ? Eu tive umas 5 cadeiras relacionadas com MicroEconomia, e tu tiveste quantas ? Se quiseres, dou-me ao trabalho de te mandar os gráficos e explicação detalhada sobre o que é um monopólio. Já agora, os dicionários estão cheios de erros, sendo um dos meus favoritos a definição de especulador, que em quase todos os dicionários é uma pessoa maldosa que só quer lucrar à custa dos outros e de problemas na economia. Isso é de tudo errado e se quiseres também uma explicação detalhada, eu dou-te.
Mister ToniDosImpostos "O software é como as mulheres, se não sabes, não MEXAS !" (c) ME, 2004! |
| | | | <advogado_do_diabo> Bem, eu sou engenheiro/licenciado em ciências da computaçãoe tu o que és? Eu tive umas 5 cadeiras relacionadas com linguagens de programação, modelos de desenvolvimento/produção de software (e tu tivestes quantas, aprender a usar o Access e o Word não incluído!) e às vezes (pasme-se!) Economia! Se quiseres dou-me ao trabalho de te mandar uns diagramas e explicação detalhada de como se deve desenvolver/produzir software. Já agora, os dicionários estão cheios de erros, sendo um dos meus favoritos a definição de hacker, em que em quase todos os dicionários é uma pessoa maldosa que só quer lucrar à custa dos outros e de problemas informáticos. Isso é de todo errado e se quiseres também uma explicação detalhada dou-te. </advogado_do_diabo> Meus senhores... Julgo que a premissa da utilização deste fórum é de que sejamos pessoas minimamente inteligentes e que não há "autoridades". A opinião de cada pessoa que nele participa vale o que vale, e acho muito triste que se tenha que recorrer à táctica tão lusitana de "eu sou doutor nisto portanto tá caladinho e deixa-me mandar os meus bitaites." O facto de seres economista dá-te mais autoridade em falar em assuntos de economia ligada ao software que um engenheiro informático/ licenciado em matemática aplicada/ciências da computação? Acho que quando muito ambos sabem minimamente do que estão a falar... O facto de seres economista não te confere o monopólio (no pun intended!) da área temática da economia nem a impossibilida uma terceira pessoa de se inteirar dos seus conceitos e temáticas. Quanto à questão dos dicionário, muitas vezes além de exprimirem o significado "objectivo" de um determinado termo, exprimem também o entendimento "coloquial" e "vulgar" do mesmo, e que por si só julgo não constituir um erro. E é verdade que de uma maneira geral o entendimento "vulgar" da palavra especulador, assim como especular e especulação é pejorativo. O mundo não é só preto e branco... Ás vezes o apresentar de supostas credencias numa determinada área é a melhor maneira de afirmarmos a nossa ignorância... |
| | | | Onde é que estás a contradizer aquilo que digo ? Os dicionários estão errados em muitas coisas. Where is the problem ? O facto de ser economista, da-me a autoridade para falar sobre Monopólios, que é a coisa está em discussão. Se tu como engenheiro queres discutir monopólios comigo, estás à vontade, o problema é que nao deves ter dado metade daquilo que eu dei sobre monopólios (ou com a profundidade que eu dei). O que raio queres dizer com economia ligada ao software ? Onde é que está o problema ? Sabes como fazer um software ? O que raio interessa isso para a discussão sobre o que é um monopólio e o que não é ? Queres discutir sobre um assunto sobre o qual nem sabes a definição concreta ? Nao há dúvida que se torna uma discussao interessante. Ninguem está impedido de saber sobre economia, até recomendo que saibam, estão é impedidos de estar a iniciar uma conversa sobre uma definição que é incorrecta. É sobre isso que intervi, mais nada. O vulgar nao tem interesse num dicionário onde supostamente deve estar uma definição correcta dos termos, porque um Zé Nabo chega a um dicionário, olha para a definição de especulador ou de monopólio e fica com uma ideia feita, depois vem mandar uns bitaites para o Gildot com base em definições erradas. Se gostas da ignorância, eu detesto e portanto tento esclarecer em coisas sobre as quais andei a estudar 5 anos e sobre as quais tenho bastante conhecimento de causa. As minhas credenciais sao o suficiente para justificar aquilo que afirmo, dado que nao andei pela universidade a passear a cabeça, porque para isso tinha ocupação mais útil e produtiva.
Mister ToniDosImpostos "O software é como as mulheres, se não sabes, não MEXAS !" (c) ME, 2004! |
| | | | Como não sou linguísta e não gosto de ignorância: Da Wikipedia: Most modern dictionaries are descriptive, although many, such as the American Heritage dictionaries make extensive efforts to provide information on the best usage, and almost all dictionaries provide some information on words considered erroneous, vulgar, or easily confused. In any case, in the long run, usage alone determines the meaning of words, although dictionaries provide conservative continuity, even the most descriptive. É que a ausência de ignorância, ou conhecimento, vem tanto de se conhecer o certo como o errado... Já agora, em Economia já têm cadeiras de linguística onde definem q'"O vulgar nao tem interesse num dicionário"?
Queres discutir sobre um assunto sobre o qual nem sabes a definição concreta ? Ainda bem que ma perguntastes e que eu tive a minha oportunidade de a apresentar... Mas estou a ficar com dúvidas se te referes à definição concreta ou talvez à tua definição concreta... Aprendestes também no curso a definição da maioria de termos técnicos ligados ao software utilizados habitualmente neste fórum de TI? Alguém menospreza os teus posts por isso? O que raio queres dizer com economia ligada ao software ? Onde é que está o problema ? O problema é que os modelozinhos de gráficos e aproximações de primeira ordem de que que voçês gostam tanto, e que usam como tautologia e chave para o Universo, foram concebidos e adaptados essencialmente para a realidade da produção industrial e prestação de serviços clássica, com conceitos de oferta, preço e procura bem definidos, dando origem a conceitos deles derivados, como o de Monopólio, baseados nessas premissas. É que com software, e ainda mais quando se está a falar concretamente na questão do Software Livre, a validade desses conceitos e dos modelos a eles ligados, na minha humilde opinião, é questionável. O que é a oferta e quem é o produtor, por exemplo, do servidor web Apache? O que é o preço? O facto de um producto proprietário disponibilizar, por exemplo uma API standard para a sua utilização por terceiros afecta ou não afecta o seu estatuto de monopólio, a existir? E se cobrar ou não royalties no seu uso? E o que acontece quando o "consumidor" (o que quer que isso seja!) de um software livre passa a "productor" (tb!) por utilizar Software Livre de terceiros no seu próprio software mas ficando "amarrado" por uma licença tipo GPL? Que género de novos mercados temos? Com que regras e meios de análise? Acho que se com o que aprendeste nos teus 5 anos de curso conseguires responder objectiva e sustentadamente a estes desafios, vão haver muitas empresas de software a quererem contratar-te a peso de ouro... ...estão é impedidos de estar a iniciar uma conversa sobre uma definição que é incorrecta. Impedidos por quem? Por ti? Pela PSP? Pelo Governo? Pela Ordem dos Economistas? Pelos Passarinhos da Ribeira? Acho que às vezes há que ponderar as palavras... As minhas credenciais sao o suficiente para justificar aquilo que afirmo, dado que nao andei pela universidade a passear a cabeça, porque para isso tinha ocupação mais útil e produtiva. Para isso, e à falta de conhecimento pessoal, de provas dadas, das "credenciais" e do critério de suficiência só posso, infelizmente para o bem e para o mal, confiar no Ensino Universitário que temos... Mas como dizia o outro, presunção e água benta cada um toma a que quer... |
| | | | Nao te estou a perceber. Afinal queres-me ensinar economia ou queres ensinar-me conceitos de tecnologias de informação ? Decide-te lá... Ainda nao percebi a confusao que tu estás para ai a fazer. Um monopólio tem uma definição bastante concreta, se os inginheiros de software querem ter uma definição qq que lhes apeteça tudo bem, deve ser isso para o qual estão qualificados e se debruçam nas suas disciplinas. Eu conheco muito bem as premissas da Economia e as fragilidades dos modelos, dado que os modelos sao aproximações à realidade, não é uma ciência exacta como uma inginharia qq de trazer de bolso. Colocas perguntas muito bonitas mas sem grande sentido. Quem é o produtor do servidor web Apache ? A apache foundation que eu saiba. Quem quiser contribuir para o código não é necessariamente um produtor, a nao ser que tal definição seja útil para que o teu raciocínio pareça muito robusto. O facto de o código ser aberto significa necessariamente que todos sao produtores, quando a muitas das pessoas nem para o código olham , quanto mais modificá-lo. Os mercados adaptam-se, a Economia tem modelos que depois sao adaptados à situação, nao sao soluções do tipo chave na mão e contrato vitalício. Se desconfias tanto do ensino universitário, porque razao o frequentas (partindo que o fazes) ?
Mister ToniDosImpostos "O software é como as mulheres, se não sabes, não MEXAS !" (c) ME, 2004! |
| | | | Nao te estou a perceber. Afinal queres-me ensinar economia ou queres ensinar-me conceitos de tecnologias de informação ? Decide-te lá... És mesmo versátil, de perito de administração de sistemas a perito em economia. |
| | | | E qual é o problema ? Tens o exemplo do George Guninski que é inginheiro de qq coisa e tem um doutoramento (ou pós graduação) em Economia Internacional :)
Mister ToniDosImpostos "O software é como as mulheres, se não sabes, não MEXAS !" (c) ME, 2004! |
| | | | >não é uma ciência exacta como uma inginharia qq de trazer de bolso. com todo o respeito, fode-te ----- Como isto não notifica, se necessário notifiquem-me email. Que Bush vos abençoe. |
| | | | Eu vi logo que eras inginheiro ! Olha que as anedotas sobre inginheiros sao mais divertidas que as sobre economistas (que também são mt divertidas ;) )
Mister ToniDosImpostos "O software é como as mulheres, se não sabes, não MEXAS !" (c) ME, 2004! |
| | | | Eu diria que ia ser muito mais complicado ganhar a vida a fazer software. Sim, porque os idealistas/zelotas/etc que defendem as "4 liberdades sagradas" a torto e a direito ainda não conseguiram perceber a aplicabilidade prática das mesmas. Ora peguemos por exemplo na 3ª liberdade: liberdade de redistribuir cópias. Suponhamos que eu programo um jogo e que este vai ter uma aceitação tremenda. O jogo é distribuido segundo GPL, e começo a vender cópias a partir de uma webpage. Uma pessoa adquire o jogo e segundo a licença pode distribui-lo livremente por todos os seus amigos. Num worst case scenario eu só consigo vender uma cópia e tudo o resto é livremente distribuido por milhões de utilizadores do meu jogo. Eu, que perdi horas de trabalho a fazer o jogo ganho apenas o equivalente a uma cópia, graças à GPL. É obvio que podem argumentar a conversa do costume: vender serviços e suporte, blablabla. Mas quem é que quer suporte técnico para um jogo? E esta questão pode ser alargado a um vaste leque de software para o qual os rendimentos dos programadores são essencialmente devidos dos custos do software em si (ie, licenças). Se pensarem bem, praticamente todo o software lúdico/utilizado em casa não necessita de suporte técnico. Já alguém usou o suporte técnico de uma enciclopédia? Se não, como esperam que esses programadores ganhem dinheiro distribuindo o software em GPL? Ao vender manuais!? E esta problemática pode também ser estendida a mais uma das liberdades sagradas: a de distribuir cópias com modificações nossas. Basicamente existe o mesmo problema do parágrafo anterior, a de distribuir o trabalho de um ou vários programadores a custo zero. Embora o software livre seja uma óptima escolha para sistemas operativos, aplicações críticas (bases de dados, webservers, sistemas financeiros, etc.) as quais são utilizadas por um vasto leque de empresas que necessitam de suporte técnico (o tal alimento dos programadores), o mesmo não se aplica a TODO o software. E também embora na óptica do utilizador seja obviamente mais positivo utilizar software livre, tal não implica que este possa obrigar os programadores a usarem a licença X -- estes estão no seu pleno direito licenciarem o software como bem quiserem. As 4 liberdades do software livre são muitas vezes comparadas a liberdades fundamentais de um estado de Direito, quando no fundo são apenas exigências de utilizadores de software, e não podem nem devem (como são várias vezes) ser comparadas com liberdade de expressão, de voto, etc. É uma hipocrisia total dizer que ter o direito a distribuir gratuitamente cópias de software é tão importante como ter liberdade de expressão. Como se não bastassem os exageros na importância das "4 exigências" parece existir uma certa chantagem sobre os programadores e utilizadores de software proprietário: que é mau, as pessoas não devem comprar, e alimentar software proprietário -- quando no fundo ambos os intervenientes (programadores e utilizadores) estão no seu livre direito de comprar e licenciar como quiserem. E esta mania de dizer às pessoas o que devem fazer só vem denegrir a imagem do software livre. Em vez de se apontarem as vantagens da utilização do software livre e se mudar as mentalidades pela positiva, parece-me (ao julgar pelas opiniões no Gildot) que estão mais propensos a forçar as pessoas a utilizarem software livre. E este "obrigar" implícito só vem criar uma reacção do outro lado como espécie de aversão ao software livre. Antes que me venham apontar bibliografia e filosofias balofas, eu estou perfeitamente ciente das vantagens de software livre -- aliás, tenho a sorte de na minha profissão usar exclusivamente software livre para trabalhar. E defendo que o software livre deve ser usado especialmente em sistemas operativos, sistemas críticos, na administração pública, etc. Mas imaginar um mundo onde todo o software fosse obrigatoriamente licenciado como GPL (ie, uma restrição brutal nas liberdades do programador) é uma utopia tão grande como, por exemplo, o Comunismo. Não estou a dizer que usar software livre é ser comunista (e admito que esta possa não ser a melhor analogia para a utopia de um mundo GPL). Digo que acreditar na boa vontade e civismo das pessoas (por exemplo adquirindo uma distribuição de software aos progamadores em vez de copiar do vizinho), tal como um sistema puramente comunista acredita na boa vontade das pessoas em abolir as classes governantes é um idealismo a milhas da realidade. |
| | | | O jogo é distribuido segundo GPL, e começo a vender cópias a partir de uma webpage. Erro N. 1 de fazer negócios com Software Livre. Existe incentivo económico para o menor preço por cópia que for possível: zero.
É melhor o modelo de negócio da criação de código do que da venda de cópias, pelo menos quando falamos de Software Livre.
Mas quem é que quer suporte técnico para um jogo? Hmms... conheço alguns jogos que são software livre, e não deixam de ter gente a jogar e uma comunidade a criá-los.
Já alguém usou o suporte técnico de uma enciclopédia? E porque não utilizar uma enciclopédia que não só é muito boa como mais completa e que até podes ajudar a contribuir para que seja ainda melhor?
Basicamente existe o mesmo problema do parágrafo anterior, a de distribuir o trabalho de um ou vários programadores a custo zero. Queres dizer, como os GigaBytes que tenho ocupados no meu disco? Oh... vieram de onde? De alguma cornucópia?
Como se não bastassem os exageros na importância das "4 exigências" Sim, a Liberdade é uma exigência. Pena é que para algumas pessoas seja papel hegiénico.
parece existir uma certa chantagem sobre os programadores e utilizadores de software proprietário: que é mau, as pessoas não devem comprar, e alimentar software proprietário -- quando no fundo ambos os intervenientes (programadores e utilizadores) estão no seu livre direito de comprar e licenciar como quiserem. Acontece que isso não é o exercício de um direito mas de um poder: Freedom or Power?
E este "obrigar" implícito só vem criar uma reacção do outro lado como espécie de aversão ao software livre. Será que não és tu que te sentes obrigado (talvez por impulso da consciência), mas a tua mania de que deves ter poder sobre os outros te obfusca a mente?
De resto, a grande maioria do teu post resume-se a uma série de argumentos dedicamente refutados em Why Software Should Not Have Owners:
- Chamar nomes (idealistas, zelotas, chantagistas, etc)
- Exagero ou Economia (Se não, como esperam que esses programadores ganhem dinheiro distribuindo o software em GPL? ou ainda distribuir o trabalho de um ou vários programadores a custo zero.)
- A lei ou Direitos naturais (estão no seu pleno direito licenciarem o software como bem quiserem)
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| | | | É melhor o modelo de negócio da criação de código do que da venda de cópias, pelo menos quando falamos de Software Livre. Mas se acabaste de explicar que o software "nao deve ter dono", qual e' o meu incentivo (como uma empresa, ou mesmo individuo) de criar ou melhorar um determinado software livre ? Se nao posso garantir um beneficio (porque acabo por tornar o software publico), qual e' o retorno no investimento (porque sim, e' um investimento tanto para uma empresa como individuo) ? Para vender suporte ? Mas nesse caso, qual e' a minha vantagem competitiva se qualquer pode vender esse mesmo suporte ? Hmms... conheço alguns jogos que são software livre, e não deixam de ter gente a jogar e uma comunidade a criá-los. Nao respondeste 'a pergunta. E porque não utilizar uma enciclopédia que não só é muito boa como mais completa e que até podes ajudar a contribuir para que seja ainda melhor? Continuas a escapar 'a pergunta... Sim, a Liberdade é uma exigência. Pena é que para algumas pessoas seja papel hegiénico. Continuas a desconversar... se eu me lembrar de "exigir" que o meu carro deve ser de borla pagando apenas as revisoes vao-me mandar 'a merda. Estao a quebrar a minha liberdade ? Será que não és tu que te sentes obrigado (talvez por impulso da consciência), mas a tua mania de que deves ter poder sobre os outros te obfusca a mente? Ganhas o premio da desconversa... parabens. "I triple guarantee you, there are no American soldiers in Baghdad.", Mohammed Saeed al-Sahaf, Iraqi Minister of Information
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| | | | Desconversar é o normal aqui com os linuzealotas do bairro. Quando se começa a puxar pelas coisas, desconversam ou fazem de conta que nao leem as coisas ;)
Mister ToniDosImpostos "O software é como as mulheres, se não sabes, não MEXAS !" (c) ME, 2004! |
| | | | 1. não sou linu-zelota; mas pode-se dizer que sou free-software-zelota ou quase. leia o resto se quiser uma discussão adulta, mas não perca tempo se chamar nomes "zelota" é teu único argumento. Mas se acabaste de explicar que o software "nao deve ter dono", qual e' o meu incentivo (como uma empresa, ou mesmo individuo) de criar ou melhorar um determinado software livre? (a) eu resolvo ou melhoro a resolução de um problema que eu tenho e que provavelmente outros também têm. (b) resolvo de forma pública, exibindo minhas habilidades de fazê-lo. Se nao posso garantir um beneficio (porque acabo por tornar o software publico), qual e' o retorno no investimento (porque sim, e' um investimento tanto para uma empresa como individuo)? (a) o que ocasionou o desenvolvimento? se você fez o desenvolvimento para resolver algum problema seu, por exemplo, precisava de uma aplicação assim assim e assim e agora tem essa aplicação, aqui está seu retorno. (b) retorno em reconhecimento e brand-making. (c) tem outros, se você se esforçar para perceber. Para vender suporte? Mas nesse caso, qual e' a minha vantagem competitiva se qualquer pode vender esse mesmo suporte? a maior e mais visível vantagem (pelo menos para mim, com minha experiência como gerente) é que se você desenvolveu o "bicho", ninguém sabe dar suporte melhor que você, isso supondo que você vai viver do suporte. mas entenda, o RMS fala que software proprietário é uma praga social exatamente por isso: todo mundo assume (principalmente depois do bill gates) que você vai escrever um programa e parar de trabalhar (como desenvolvedor) para vender as cópias ad aeternum et ad saeculorum. assim: trabalho1: programar; trabalho2: cp; trabalho3: cp; trabalho4: milhorar um pouquinho o programa; trabalho5: cp; trabalho6: cp; no software livre, infelizmente ( :), o desenvolvedor (tanto a empresa desenvolvedora quanto o indivíduo) tem que continuar trabalhando, assim: trabalho1: programar; trabalho2: programar outra coisa; trabalho3: voltar ao programa do trabalho1 e aumentar um pouquinho; trabalho4: fazer um novo programa, diferente; trabalho5: programar outra coisa nova; etc etc etc. agora note bem; para o desenvolvedor individual *profissional*, assalariado (meu caso em muitos dos últimos 15 anos) não fez diferença nenhuma; quando a empresa para a qual ele trabalha "fecha" um "produto", ele é passado para outro produto e ponto final, vai trabalhar criatura! quem "descansa em berço esplêndido" e "mama" nas cópias do trabalho feito pelo desenvolvedor é a empresa!!! Hmms... conheço alguns jogos que são software livre, e não deixam de ter gente a jogar e uma comunidade a criá-los. Nao respondeste 'a pergunta. A pergunta, se não me engano, era: Mas quem é que quer suporte técnico para um jogo? e a resposta foi: muita gente. Mas vou te dar um exemplo. Minha esposa, durante aproximadamente um ano e meio, apaixonou-se por um determinado jogo de computador, a ponto de passar 4, 5, 6 horas por dia jogando. ela comprou "bonus packs", baixou patches da internet, jogou online, tudo isso não de graça, mas pago... Continuas a desconversar... se eu me lembrar de "exigir" que o meu carro deve ser de borla pagando apenas as revisoes vao-me mandar 'a merda. Estao a quebrar a minha liberdade ? Eu não desconverso, se deixar de responder a uma das tuas questões, aguarde que chegarei lá para responder. A diferença entre o carro da tua questão acima e o software é: para desenvolver um carro novo (custo: E 10.000.000); para poder fazer cópias desse carro, equipamento (custo: E 100.000.000); para fazer uma cópia desse carro, material+mão de obra (custo: E 2.000), logo quando você compra um carro de 10.000E, você está pagando o custo da cópia + amortizando o custo do parque industrial + amortizando o desenvolvimento. Portanto, não estão a quebrar a tua liberdade, porque os custos são muito, muito, maiores... Agora, vamos fazer a mesma conta para o OpenOffice. desenvolvimento (custo: E 2.000.000) para fazer cópias (custo: E 1.000, um micro) por cópia (E1, um cd e 30s/pessoa para guardar no envelope ou menos para distribuição online) daí quando 500.000 cópias do StarOffice foram vendidas por E50 cada uma, você mais que pagou os custos e amortizou os investimentos. Ou você acha que a Sun e a IBM fazem alguma coisa de graça? Aliás, este é o ponto principal da minha argumentação pessoal: para o "pequeno", "profissional", "individual" desenvolvedor, o "code monkey", nada mudou. ele raramente teve tempo de comer as vinhas do produto vitorioso, só uma festinha com cerveja e churrasco pagos pela empresa e logo ali na frente vinha outro projeto e ele tocava a trabalhar. O fato é que, na atual conjuntura, com o software proprietário, nós inchamos empresas como a Microsoft acima de qualquer nível do razoável, pagando às mesmas milhares de vezes o custo de desenvolvimento + distribuição de seus produtos (já ouviste falar de outro tipo de empresa com lucro > 90% do faturamento? só se for banca:). E isso é um problema, porque se você estivesse distribuindo essa riqueza para quem trabalhou para ela existir, tudo bem, mas não você está concentrando a riqueza na mão do dono da marca... dureza. O que acontece, por exemplo, onde eu trabalho (em que 600 MS-Office estão a ser substituídos por OpenOffice) é o seguinte: 1. se a repartição quiser comprar mais um micro, desenbolsa mais E 500 por cópia do office pra por nele; 2. a versão do office na qual estamos padronizados está a perder suporte da MS; logo, talvez tenhamos que pagar E 60.000 para a MS para fazer upgrade de tudo; detalhe: não temos essa verba; 3. suporte de verdade mesmo existia pouco, para uma instalação desse tamanho; 99% das chamadas eram atendidas e resolvidas pelo próprio departamento de suporte; vai me dizer que existe algum motivo para continuar com o MS-Office? claro que não! o OOo 1.1 faz tudo o que a versão do MS-Office fazia, troca-se tudo, a custo baixo; o custo de migração (retreinamento, etc) ficou muito, muito aquém do custo que ficaria um MS-upgrade; tudo está funcionando e todos estão felizes! Se algum dia for necessário algum suporte que nossa boa equipe não consiga dar (mais difícil, inclusive porque a possibilidade de depurar o software é real, e nós temos pessoas capazes de fazê-lo), contrata-se um suporte eventual com alguma empresa (e ao contrário do governo Lula, sabemos que existem aos montes) e pronto. Quem saiu perdendo? a Microsoft, que cobrava-nos um imposto bienal que fazia com que deixássemos de gastar determinado dinheiro em coisas importantes. Sem fazer nada, porque o custo do desenvolvimento + distribuição permitiria que o preço do Office fosse bem menor. Ainda menor no caso dos upgrades. |
| | | | keep the replies coming :D ----- Como isto não notifica, se necessário notifiquem-me email. Que Bush vos abençoe. |
| | | | Mas se acabaste de explicar que o software "nao deve ter dono", qual e' o meu incentivo (como uma empresa, ou mesmo individuo) de criar ou melhorar um determinado software livre ? Que tal: A necessicidade da exitência desse software para desempenhar uma tarefa. Se não houver esse software não se pode ganhar dinheiro com a prestação de serviços em relação a esse software. Há retorno de investimento, o investimento é que pode ser feito de outras formas e o retorno obtido com aquilo que realmente representa os maiores gastos em TI, segundo a propria m$, os serviços. Achas que há clientes que não gastam em serviços? Mas claro que há, porque ainda não criaram serviços que interessem a esses clientes, é apenas uma questão de os criarem. Continuas a desconversar... se eu me lembrar de "exigir" que o meu carro deve ser de borla pagando apenas as revisoes vao-me mandar 'a merda. Estao a quebrar a minha liberdade ? Software não são auto-moveis, são bastante diferente, os custos da produção de um auto-movél (unidade), são bastante diferentes da copia de um software, por exemplo. Por isso não desconverses. Software Livre não tem de ser à borla como tu sabes. «They that give up liberty to obtain a little temporary safety, deserve neither liberty nor safety» Benjamim Franklin (1706-1790) |
| | | | Para vender suporte ? Mas nesse caso, qual e' a minha vantagem competitiva se qualquer pode vender esse mesmo suporte ? Entre outras coisas... Qual a vantagem competitiva? Chegaste primeiro, logo podes "atacar o mercado antes e estabelever uma quantidade de clientes que te permita não só obter algum retorno de investimento mas ganhar nome. Para além disso já ouviste falar em mérito? É entre outras razões pelo merito da qualidade dos serviços que os prestadores de serviços deveriam ser escolhidos, não por deterem um monopolio. «They that give up liberty to obtain a little temporary safety, deserve neither liberty nor safety» Benjamim Franklin (1706-1790) |
| | | | É melhor o modelo de negócio da criação de código do que da venda de cópias, pelo menos quando falamos de Software Livre. Então mas explica-me lá de onde vem o dinheiro se não puderes vender serviços (suporte e documentação). Hmms... conheço alguns jogos que são software livre, e não deixam de ter gente a jogar e uma comunidade a criá-los. Provavelmente. Mas muitos dos que te referes são programados nos tempos livres de alguém, mais por carolice e não por empenhamento sério em fazer um produto de qualidade. Vais comparar a qualidade de jogos software livre produzidos por meia dúzia de programadores nos tempos livres com jogos produzidos por empresas de software com grandes equipas (e orçamentos) para jogos? E porque não utilizar uma enciclopédia que não só é muito boa como mais completa e que até podes ajudar a contribuir para que seja ainda melhor? Isso é um bocado fugir à pergunta. O facto de existir uma wikipedia não impede de existirem boas (e mais completas) enciclopédias em CDROM. Queres dizer, como os GigaBytes que tenho ocupados no meu disco? Oh... vieram de onde? De alguma cornucópia? Essa comparação não é muito honesta. Essencialmente podemos dividir esses Gigabytes que tens no teu disco (tal como eu também tenho vários) em três tipos de software livre: - software crítico (kernel, webservers, bases de dados, distribuição de Linux) em que as empresas que o produziram pagaram aos programadores utilizando dinheiro proveniente da venda de serviços ou em que alguém que precisava de uma feature X pagou aos progamadores;
- software desenvolvido por programadores nos seus tempos livres, por carolice, para mostrar que podem, etc. (leia-se, *geralmente* software pouco profissional e de qualidade duvidosa);
- software proveniente da disponibilização em GPL de código antigamente comercial (OpenOffice/StarOffice, Mozilla/Netscape);
Portanto só no primeiro e terceiro caso é que os progamadores foram pagos -- e graças à venda de suporte ou venda de licenças (quando o software era proprietário). Sim, a Liberdade é uma exigência. Pena é que para algumas pessoas seja papel hegiénico. Lá está a mesma história... Lá por tu exigires poder distribuir livremente cópias de software isso não faz dessa exigência uma liberdade fundamental nem faz com que as pessoas que não exijam essa "liberdade" sejam intelectualmente inferiores, como tentas insinuar. Ainda não me conseguiste demonstrar porque é que distribuir livrememente cópias de software é uma liberdade fundamental. Será que não és tu que te sentes obrigado (talvez por impulso da consciência), mas a tua mania de que deves ter poder sobre os outros te obfusca a mente? Eu não me sinto obrigado a usar software livre, e tenho pena quando vejo argumentos como os teus que só servem para denegrir a imagem do software livre. Não penso que tenha o poder de forçar outros indivíduos a fazer o que quer que seja, nem vejo como isso seja relevante para a discussão. De resto, a grande maioria do teu post resume-se a uma série de argumentos dedicamente refutados em Why Software Should Not Have Owners Invariavelmente, os teus posts refugiam-se em links para textos da GNU/FSF . * Chamar nomes (idealistas, zelotas, chantagistas, etc De facto o único nome que foi empregue num sentido pejorativo foi "zelotas", e peço desculpa se isso ofendeu alguém. Em relação ao idealistas, penso que ficou claro no meu post anterior (ie, quem pensa num mundo ideal e irreal de existir só software livre). Chantagistas para quem se julga no poder de influenciar as escolhas de software dos outros (sirva a carapuça a quem quiser). Exagero ou Economia (Se não, como esperam que esses programadores ganhem dinheiro distribuindo o software em GPL? ou ainda distribuir o trabalho de um ou vários programadores a custo zero.) Ainda estou à espera que me digas como ganhar dinheiro com software livre (não, donativos não contam) sem ser com a venda de serviços. É tudo muito bonito, mas quando se trata de sobreviver quero ver quem vai licenciar genéricamente o seu trabalho com BSD. A lei ou Direitos naturais (estão no seu pleno direito licenciarem o software como bem quiserem) Por mais páginas que o Stallman escreva a dizer que uma pessoa não tem o direito de licenciar software sem ser de forma livre isso não me vai convencer que o direito de licenciar o software como quiser não me é garantido pelas leis do nosso estado de Direito. |
| | | | Ainda estou à espera que me digas como ganhar dinheiro com software livre (não, donativos não contam) sem ser com a venda de serviços. Se tudo correr bem, não vai existir dentro de 10,20 anos software como produto, somente como serviço: desenvolvimento de software. Sabe porque? como eu expliquei no meu outro post, software como produto é enganação. veja a comparação produzir software x produzir carro. Então para te responder eu te digo: o jeito honesto de ganhar dinheiro com software não é cobrando para dar uma cópia do software, mas cobrando para fazê-lo. o que todo programador profissional faz nos últimos 50 anos: pega um projeto, programa, recebe um salário, vai para outro projeto, programa, recebe o salário; A única diferença é que as empresas "mamonas" do trabalho desses profissionais vão ter suas margens de lucro "rapadas"; mas mesmo assim, nem tanto. não te esqueças que a RedHat está no azul há anos; e há outros exemplos. |
| | | | Finalmente um post que eu gostei de ler, onde a primeira preocupação era a discussão e não o insulto. Então para te responder eu te digo: o jeito honesto de ganhar dinheiro com software não é cobrando para dar uma cópia do software, mas cobrando para fazê-lo. o que todo programador profissional faz nos últimos 50 anos: pega um projeto, programa, recebe um salário, vai para outro projeto, programa, recebe o salário; É certo que um progamador numa grande empresa ganha o seu salário ao final do mês independentemente da rendibilidade dos seus produtos (ok, se for negativo pode bem ser posto na rua). Mas não é isso que está em discussão. O que está em discussão é que existem vários grupos de software os quais não são sustentáveis com base em serviços. E isto é verdade quer seja uma grande empresa de software que espera grandes lucros ou quer seja um programador isolado a tentar ganhar a vida. Daí eu ter dito que seria muito mais complicado viver a fazer software se todo o software fosse licenciado sobre GPL. Na linha do teu post, parece que os "maus" são as empresas "mamonas", aquelas cujo objectivo é fazer o máximo lucro possível. Com tanta empresa sem escrúpulos nos mais variados sectores (petrolífero, calçado, etc.) que exploram milhares de pessoas, parece-me ridículo embirrarem (mais uma vez com base nas 4 exigências) com empresas de software que *legitimamente* cobram licenças pelos seus produtos. O grande problema, para o qual o fundamentalismo de alguns tende a ofuscar os menos atentos, é a questão dos formatos proprietários. Esses é que são uma praga e devem ser combatidos pois obrigam uma pessoa a ficar dependente do software que os originou. Agora uma pessoa pagar por uma distribuição de software (a qual pode até vir com acesso ao código fonte), mas que não pode ser distribuida gratuitamente pelos amigos, não é uma situação nem ilegal nem imoral e representa, no meu ponto de vista, a única maneira de progamadores de certos tipos de software sobreviverem. |
| | | | Finalmente um post que eu gostei de ler, onde a primeira preocupação era a discussão e não o insulto. Inicias-te à discussão chamando zelotas aos outros e queres que os outros te respondam com falinhas mansas? O que está em discussão é que existem vários grupos de software os quais não são sustentáveis com base em serviços. E isto é verdade quer seja uma grande empresa de software que espera grandes lucros ou quer seja um programador isolado a tentar ganhar a vida. Daí eu ter dito que seria muito mais complicado viver a fazer software se todo o software fosse licenciado sobre GPL. Não, não é, porque o desenvolvimento de Software é um serviço, apenas talvê mudem os clientes e certamente os metodos de financiamento. O facto de outros fazerem mal em outros campos, não faz da falta de liberdade no software uma coisa menos má, ou menos importante. A importância de o software ser livre é tão grande quanto a importância do software na sociedade e na economia, nem mais, nem menos, só que isto é um forum relacionado com TI, por isso secalhar é que não se fala da importância da liberdade em outras àreas. O grande problema, para o qual o fundamentalismo de alguns tende a ofuscar os menos atentos, é a questão dos formatos proprietários. Errado! Esse é apenas um dos problemas há mais se alguma vês tiveres prestado atenção às discussões no gildot e a outros discursos, etc... Sobre Software Livre, saberias que esse é um problema muito grande, mas não é o unico que é causado pelo software proprietário. «They that give up liberty to obtain a little temporary safety, deserve neither liberty nor safety» Benjamim Franklin (1706-1790) |
| | | | Então mas explica-me lá de onde vem o dinheiro se não puderes vender serviços (suporte e documentação). Manutenção por exemplo, serviços relacionados com o funcionamento desse software em redes, etc... É tudo uma questão de imaginação e de poder de observação. Portanto só no primeiro e terceiro caso é que os progamadores foram pagos -- e graças à venda de suporte ou venda de licenças (quando o software era proprietário). Nem todo software desenvolvido por amadores é inferior e não te esqueças que também há software proprietário desenvolvido por amadores. Ainda não me conseguiste demonstrar porque é que distribuir livrememente cópias de software é uma liberdade fundamental. Numa sociedade a partilha é uma liberdade fundamental, porque é nela que se baseiam principios como a solidariedade, não é por nada que existem os actuais niveis de copias ilegais. Para além disso é bom para a disseminação do software. Eu não me sinto obrigado a usar software livre Eu também não. Faço-o de livre vontade. Achas que eu deveria ser obrigado a utilizar software proprietário? Achas que lá por não gostares dos argumentos dos outros, que a qualidade de algo que é completamente independente dos argumentos muda? Achas que eles devem perder a liberdade de expressão? Não penso que tenha o poder de forçar outros indivíduos a fazer o que quer que seja, nem vejo como isso seja relevante para a discussão. Sozinho talvês não tenhas, mas como parte de um grupo maior tens, principalmente se esse grupo representar uma maioria esmagadora. Ainda estou à espera que me digas como ganhar dinheiro com software livre (não, donativos não contam) sem ser com a venda de serviços. É tudo muito bonito, mas quando se trata de sobreviver quero ver quem vai licenciar genéricamente o seu trabalho com BSD. Não é possivél, principalmente porque vejo o proprio desenvolvimento do software como um serviço. BSD não é a unica licença de Software Livre. «They that give up liberty to obtain a little temporary safety, deserve neither liberty nor safety» Benjamim Franklin (1706-1790) |
| | | | Então mas explica-me lá de onde vem o dinheiro se não puderes vender serviços (suporte e documentação). Desculpa lá, mas se esses são os únicos serviços à base de software a que te dispões a vender, então realmente não admira que penses que não ganharias muito dinheiro.
Vais comparar a qualidade de jogos software livre produzidos por meia dúzia de programadores nos tempos livres com jogos produzidos por empresas de software com grandes equipas (e orçamentos) para jogos? Há centenas, senão milhares, de jogos de computador novos por ano. Alguns são apenas empacotamento temático de outros, outros apenas a evolução natural dos mais antigos, e muito poucos são _realmente_ novos. Acho que sobre-estimas as empresas que produzem jogos de computador.
O facto de existir uma wikipedia não impede de existirem boas (e mais completas) enciclopédias em CDROM. Por acaso não impede, agora quanto à parte do mais completas... a Wikipedia é neste momento a maior enciclopédia do mundo.
Ainda estou à espera que me digas como ganhar dinheiro com software livre sem ser com a venda de serviços Hello? Anybody home? Como é que eu te iria dizer isso se é na venda de serviços que está o ganha pão? Julgas-me assim tão estúpido que te fosse dar razão apenas porque continuas a tentar arrastar o diálogo para a parte que não faz sentido?
A lei ou Direitos naturais (estão no seu pleno direito licenciarem o software como bem quiserem) Por mais páginas que o Stallman escreva a dizer que uma pessoa não tem o direito de licenciar software sem ser de forma livre isso não me vai convencer que o direito de licenciar o software como quiser não me é garantido pelas leis do nosso estado de Direito. Exactamente: a lei ou direitos naturais. Lol, obrigado por em cada ponto confirmares :) Tens o direito legal. Mas é o direito legal de exerceres o teu poder sobre os outros -- já vi que gostas. Não é um direito natural nem faz qualquer sentido exercer poderes sobre os outros. Daí que... Freedom or Power. |
| | | | Desculpa lá, mas se esses são os únicos serviços à base de software a que te dispões a vender, então realmente não admira que penses que não ganharias muito dinheiro. A tua mente imaginativa ainda não me conseguiu elucidar quanto aos serviços que um hipotético programador poderia vender para ganhar dinheiro com software lúdico; de referência (dicionários, enciclopédias) e outros tipos de software geralmente utilizados em ambiente doméstico para os quais os serviços que indiquei (suporte técnico e documentação) não se aplicam. Diz-me quais os serviços que venderias para esse tipo de software. Há centenas, senão milhares, de jogos de computador novos por ano. Alguns são apenas empacotamento temático de outros, outros apenas a evolução natural dos mais antigos, e muito poucos são _realmente_ novos. Acho que sobre-estimas as empresas que produzem jogos de computador. Estás a passar para uma questão subjectiva e que nada tem a ver com a premissa inicial: os jogos produzidos em ambiente proprietário têm em geral muito mais qualidade que os jogos existentes actualmente em software livre (diga-se de passagem que é porque num dos casos o produto dá dinheiro e não é fruto de trabalho voluntário/esporádico). Hello? Anybody home? Como é que eu te iria dizer isso se é na venda de serviços que está o ganha pão? Julgas-me assim tão estúpido que te fosse dar razão apenas porque continuas a tentar arrastar o diálogo para a parte que não faz sentido? Então aqui chegamos ao cerne da questão. Parece que não consegues compreender que a venda de serviços como ganha pão de quem faz o software não se aplica a todo o software. Eu já dei exemplos de algum software para o qual a venda de serviços teria muito pouca aceitação, nos quais evasivamente levaste a conversa para outros pontos. Tenho pena que não te consigas aperceber dessa realidade e continues a divagar com desculpas de "liberdades" e exercer poder sobre alguém, quando na realidade o meu post inicial ia de encontro à problemática de produzir software e sobreviver apenas da venda de serviços. |
| | | | A tua mente imaginativa ainda não me conseguiu elucidar quanto aos serviços que um hipotético programador poderia vender para ganhar dinheiro com software lúdico; de referência (dicionários, enciclopédias) e outros tipos de software geralmente utilizados em ambiente doméstico para os quais os serviços que indiquei (suporte técnico e documentação) não se aplicam. Diz-me quais os serviços que venderias para esse tipo de software. Actualizações temáticas, acesso a informação on-line que não esteja no pacote distribuido, acesso a profissionais e/ou grupos de discussão das àreas para aprofundar discussão ou exclarecimentos, etc... Para além podes ver esse software apenas como algo que acrescenta valor, a algo que queres vender e não como fim principal. Estás a passar para uma questão subjectiva e que nada tem a ver com a premissa inicial: os jogos produzidos em ambiente proprietário têm em geral muito mais qualidade que os jogos existentes actualmente em software livre (diga-se de passagem que é porque num dos casos o produto dá dinheiro e não é fruto de trabalho voluntário/esporádico). Já estás a confundir modelos de desenvolvimento com modelos de licenciamento. Eu já dei exemplos de algum software para o qual a venda de serviços teria muito pouca aceitação, nos quais evasivamente levaste a conversa para outros pontos. Ai sim?? Estranho é que não me lembro de ver estudos de mercado que comprovém isso. O que me lembro das minhas aulas de marketing é que há sempre algo para vender a alguém, só temos é saber o que é que essa pessoa pode eventualmente querer. Alias a propria produção desse software ludico que dizes é um serviço. Certamente que as empresas que prestam serviços têm o interesse que as pessoas tenham esse software exista para tornar as soluções de software sobre as quais prestam serviços mais atractivas e por isso pagaram pelo serviço de desenvolvimento desse software. «They that give up liberty to obtain a little temporary safety, deserve neither liberty nor safety» Benjamim Franklin (1706-1790) |
| | | | Ai sim?? Estranho é que não me lembro de ver estudos de mercado que comprovém isso. Estás a ver a coisa ao contrário. O mercado actual comprova a eficácia do modelo de software proprietário no caso dos jogos e software lúdico, por exemplo. O que tu estás a tentar argumentar é que não existe nenhuma prova que diga que o modelo de software livre não funciona com jogos. Pois claro, mas também não existe nenhum estudo a dizer que funciona. Para mim um modelo de negócio funciona quando existem provas (os tais estudos de mercado). Se não existem provas, já sabes... (não falem mais do Quake ser GPL, pois a Id não ganhou o dinheiro no Quake ao vender serviços). |
| | | | comprova, de facto, que os utilizadores finais não têm qualidade nos productos e que não podem depender deles. obrigado por provares que as coisas estão mal com o software propriatario. ----- Como isto não notifica, se necessário notifiquem-me email. Que Bush vos abençoe. |
| | | | A tua mente imaginativa ainda não me conseguiu elucidar quanto aos serviços que um hipotético programador poderia vender para ganhar dinheiro com software lúdico; Da mesma forma de que qualquer outro programador: recebendo o salário no fim do mês. =) Os tempos do Atari 2600 se foram : não existem mais programadores solitários escrevendo jogos de sucesso. Hoje os programadores são uma parcela pequena (em termos absolutos) do time de desenvolvimento de um jogo. Hoje em dia contrata-se pesquisadores históricos, consultores militares, artistas gráficos, músicos profissionais, engenheiros de som, especialistas em armas, o escambau. Dou-te a mesma sugestão que dei à outro hoje : leia os créditos dos jogos que vc brinca. O último jogo do qual eu li os créditos foi VietKong, e foi muito esclarecedor (pra não falar na música, que é magnífica!).
[]s, Pink@Manaus.Amazon.Brazil.America.Earth.SolarSystem.OrionArm.MilkyWay.Universe |
| | | | Da mesma forma de que qualquer outro programador: recebendo o salário no fim do mês. Não sei se reparaste mas a questão mantém-se. Alguém vai ter de pagar o salário desse programador, com base no software que ajudou a criar (o mesmo para o resto da equipa, que está a trabalhar para um produto -- software). A questão é saber se será suficiente, no caso de jogos e outros tipos de software, basear os ganhos na venda de serviços. Para mim isso parece-me complicado. Li os teus outros posts, onde falas por exemplo dos motores do Quake I e II serem GPL -- é verdade, mas há que lembrar que só foram disponibilizados sobre GPL bastante tempo depois do jogo original ser lançado. Em relação aos artigos de dados, também são software, e pelos vistos são software proprietário, voltando-se à mesma questão de que é preciso comprar o quake para o poder jogar (ie, a ID não ganha o dinheiro do quake com base na venda de serviços). O exemplo do VietKong parece-me um mau exemplo pois segundo sei o motor gráfico do Unreal II é proprietário (logo os autores tiveram de pagar para o usar). |
| | | | Alguém vai ter de pagar o salário desse programador, com base no software que ajudou a criar (o mesmo para o resto da equipa, que está a trabalhar para um produto -- software). Acho que chegamos ao ponto: vc insiste que o programador deve receber pelos benefícios diretos que seu código proporciona à seu cliente. IMHO, isto é fria. Código é um produto insidioso: o seu código de hoje precisa concorrer não só com o código dos demais programadores que eventualmente disputam o mesmo mercado com você, mas o fato é que seu código de hoje spfre concorrência com o seu código de ontem!! Com o passar dos anos, você se torna seu próprio concorrente. IMHO, o modelo de vender software como produto está sériamente comprometido (exceto em situações de monopólio, como MS), e não por causa só do Software Livre... O modelo simplesmente não se auto-sustenta do jeito que é hoje. É simplesmente insano trocar todo seu parque instalado de T.I. à cada 2 ou 3 anos!!! A questão é saber se será suficiente, no caso de jogos e outros tipos de software, basear os ganhos na venda de serviços. Para mim isso parece-me complicado. Que é complicado, é. Ganhar a vida não é fácil. Mas pelo menos no meu caso, ganho mais hoje que trabalho para uma empresa que constrói software com o único objetivo de agregar valor à um outro produto (faço testes para os softwares PC dos celulares Siemens) que antes, quando o software que eu produzia era o produto final da empresa. Em relação aos artigos de dados, também são software, e pelos vistos são software proprietário, voltando-se à mesma questão de que é preciso comprar o quake para o poder jogar. Acho que precisamos, com urgência, definirmos o que é software, o que é conhecimento, ou o que é qualquer outra coisa (pelo menos concordamos com o que é código, certo??? heheh). Se eu digitalizar uma tela do Picasso, ela passa a ser software? Se um artista fizer seu trabalho no Photoshop (ou no GIMP), o fruto deste trabalho é software? Da mesma forma : os meshes, sons, texturas (essencialmente informação) usados num jogo são software? Somente respondendo "sim" às minhas três perguntas é que sua argumentação faz sentido. Mas quero adiantar que, tanto a legislação do meu país, quanto a GPL e eu mesmo como profissional afirmamos que a resposta para as três perguntas é "não". O exemplo do VietKong parece-me um mau exemplo pois segundo sei o motor gráfico do Unreal II é proprietário (logo os autores tiveram de pagar para o usar). Não, não foi um mau exemplo porque o objetivo era demonstrar (perdão se não fui claro o suficiente) de que o trabalho do programador na confecção de um jogo é commoditizável, ao passo que o trabalho dos artistas não. Poucos são os jogos cuja codebase é 100% original (os poucos que o fizeram ou foram marcos na história da indústria, ou faliram miserávelmente seus donos por seu alto custo). E em absoluto, não consigo entender de onde vc tirou a idéia de que só é Software Livre se eu puder usar sem pagar. As engines do Quake I e II estão soltas pela GPL, logo tá assim de programador se familiarizando com os ditos cujos. Mas se uma empresa optar por usar tal base de código sem a obrigação de licenciar suas melhorias sob a GPL, então ela pode obter este código da ID por uma outra licença.
[]s, Pink@Manaus.Amazon.Brazil.America.Earth.SolarSystem.OrionArm.MilkyWay.Universe |
| | | | Vais comparar a qualidade de jogos software livre produzidos por meia dúzia de programadores nos tempos livres com jogos produzidos por empresas de software com grandes equipas (e orçamentos) para jogos? o motor de jogo não, os módulos e addons, sem dúvida, aos anos que há criações significativamente melhor que o original. ----- Como isto não notifica, se necessário notifiquem-me email. Que Bush vos abençoe. |
| | | | Ora finalmente mais alguém a dizer as coisas como devem ser ditas. Os zealotas aqui do burgo defendem software livre em tudo e mais alguma coisa, ou seja, tentam impôr o monopólio deles, quando supostamente a filosofia deles é de liberdade. Se a filosofia se centra na liberdade, então as pessoas devem escolher aquilo que querem. Se as pessoas escolhem Windows, entao assim seja. A tarefa do Software Livre, deve ser criar-se como alternativa ao resto, e depois as pessoas afinal tem LIBERDADE para escolher. O software livre deve enunciar as suas vantagens e deixar esse trauma de ser a qualquer custo Anti-Microsoft. Ao entrarem na filosofia do bota abaixo tudo o resto, tentam impôr aquilo que supostamente combatem, um único sistema operativo e tudo apenas software livre. Depois os programadores vao viver debaixo da ponte. Porquê ? Porque o software livre representa um problema de "free ride", ou seja ha muita gente a aproveitar-se do trabalho dos outros. Vou dar um exemplo pessoal. Estes último mês tenho andado a montar uma solução para um problema, tendo utilizado apenas software livre. Resultado ? Faço-me cobrar pelo meu serviço, e fui buscar todo o software de borla e nao tenho qualquer problema de licenciamento. Estarei preocupado ou interessado na glória do programador(es) que tiveram o trabalho de construir o Linux e a aplicação que estou a utilizar ? Claro que nao. Perco meia dúzia de horas, acrescento o meu valor e faço-me cobrar bem pelo meu trabalho. Eu ganho à custa dos outros. Não há dúvida que é um bom negócio !
Mister ToniDosImpostos "O software é como as mulheres, se não sabes, não MEXAS !" (c) ME, 2004! |
| | | | Os zealotas aqui do burgo defendem software livre em tudo e mais alguma coisa, ou seja, tentam impôr o monopólio deles, quando supostamente a filosofia deles é de liberdade. Só ainda não explicaste como é que é possivél tal monopolio. Se a filosofia se centra na liberdade, então as pessoas devem escolher aquilo que querem. Desde que isso não prejudique a minha liberdade de escolher. E é um facto que o facto de se escolher software proprietário prejudica com bastante frequência a liberdade dos outros. Ao entrarem na filosofia do bota abaixo tudo o resto, tentam impôr aquilo que supostamente combatem, um único sistema operativo e tudo apenas software livre. Deve ser por isso que existem tão poucos sistemas operativos Software Livre. Deve ser por isso que estou a obrigar-te a usár Software Livre. Ainda não percebi se és maldoso, ignorante, ou simplesmente mente-capto, porque não me importo que os outros usem software proprietário, desde que isso não prejudique a minha liberdade de não o usár e a verdade é que prejudica em muitos casos. Porque o software livre representa um problema de "free ride", ou seja ha muita gente a aproveitar-se do trabalho dos outros. O problema disso é mesmo? Não achas que se eles precisassem, ou quisessem ganhar mais dinheiro, estavam a fazer outra coisa? Se eles estivessem a morrer à fome, não estavam a desenvolver software. outros. Vou dar um exemplo pessoal. Estes último mês tenho andado a montar uma solução para um problema, tendo utilizado apenas software livre. Resultado ? Faço-me cobrar pelo meu serviço, e fui buscar todo o software de borla e nao tenho qualquer problema de licenciamento. Estarei preocupado ou interessado na glória do programador(es) que tiveram o trabalho de construir o Linux e a aplicação que estou a utilizar ? Claro que nao. O teu problema é que és estupido e não percebes que mesmo que não seja sempre. Se colaborares no desenvolvimento desse software com codigo ou financiamento, estás a aumentar a qualidade da solução que apresentas ao cliente e por isso só tens a ganhar com isso. «They that give up liberty to obtain a little temporary safety, deserve neither liberty nor safety» Benjamim Franklin (1706-1790) |
| | | | O teu problema é que és estupido e não percebes que mesmo que não seja sempre. Não é estúpido, pelo contrário, é um valente chico-esperto que só suga dos outros, lucra, não contribui nada de volta, e ainda se acha com o dom da verdade e que todos os outros é que são exploradores. |
| | | | O teu problema é que és estupido e não percebes que mesmo que não seja sempre. O teu problema e' que nao fazes ideia do como funciona o "real world", e como tal achas que tudo cai sobre o teu pequeno modelo das coisas. Aposto que a tua vida roda 'a volta da academia -- quando andares uns anos 'a volta de empresas e de dinheiro real talvez te apercebas das coisas... a ver vamos. "I triple guarantee you, there are no American soldiers in Baghdad.", Mohammed Saeed al-Sahaf, Iraqi Minister of Information
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| | | | O teu problema é que pensas que sabes a vida dos outros. Só para te calar ja trabalhei em Informática e já tive nesse mundo real (estranho porque sempre pensei que só houvesse um mundo) de que tu falas. «They that give up liberty to obtain a little temporary safety, deserve neither liberty nor safety» Benjamim Franklin (1706-1790) |
| | | | Espera ai, "ja'" trabalhaste em informatica ? E' que eu e muitos outros que parecem te irritar tanto *trabalham* em informatica... nao e' um part-time. "I triple guarantee you, there are no American soldiers in Baghdad.", Mohammed Saeed al-Sahaf, Iraqi Minister of Information
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| | | | :o)
"The difference between 'involvement' and 'commitment' is like an eggs-and-ham breakfast: the chicken was 'involved' - the pig was 'committed'." - unknown |
| | | | Ainda não me contaste qual era a causa do problema lá dos servidores Hell. Estou ansioso por saber.. :-)
Dominus vobiscum |
| | | | Era a implementacao de Asynchronous I/O no kernel do RedHat Enterprise ES. Oooops, um bug no Linux... shit! "I triple guarantee you, there are no American soldiers in Baghdad.", Mohammed Saeed al-Sahaf, Iraqi Minister of Information
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| | | | E deixa-me adivinhar: corrigiram o bug directamente, ou.. Ficaram 6 meses à espera de um patch de Redmond, Oooops, da Redhat? ;-)
Dominus vobiscum |
| | | | Curiosamente, estamos 'a espera... resolvemos o problema, mas a configuracao que usamos apenas vai ser oficialmente suportada pela RedHat daqui a 2 meses... Ve la' o meu azar... e o teu... "I triple guarantee you, there are no American soldiers in Baghdad.", Mohammed Saeed al-Sahaf, Iraqi Minister of Information
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| | | | Curioso, tinha a ideia de que tinhas afirmado que esta plataforma era oficialmente suportada pela RedHat... afinal é, ou não é? |
| | | | Que parte de: mas a configuracao que usamos apenas vai ser oficialmente suportada pela RedHat daqui a 2 meses... Configuracao, plataforma... estas a ver a diferenca ? "I triple guarantee you, there are no American soldiers in Baghdad.", Mohammed Saeed al-Sahaf, Iraqi Minister of Information
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| | | | Oooops, um bug no Linux... shit! Ena, finalmente acertaste no software (sim, o kernel) ;)
OH NÃO! Descobriste o grande segredo: todo o software tem bugs!
Fizeram algo para tentar resolvê-lo, ou limitaram-se a ficar à espera da RedHat tal qual ficariam da Microsoft? Reparaste na parte onde tinhas a liberdade de resolver o teu problema, que não terias com software normal da Microsoft? |
| | | | Claro, ele pode alterar o fonte do kernel e corrigir o tal bug, mas vai perder o suporte da Oracle. E te digo uma coisa, se tivesse um cluster Oracle, a última coisa que irar querer era estar por conta própria.
De que adianta a pseudo-liberdade que tanto pregas agora? |
| | | | Liberdade que a perdeu porque?
Porque utilizam o software proprietário Oracle!
Eis mais uma forma do software proprietário prejudicar as empresas, que normalmente as pessoas nunca se lembram. |
| | | | Liberdade que a perdeu porque?
Porque utilizam o software proprietário Oracle!
Claro...sugere para o Leitão trocar tudo por postgresql =)
E tu achas que se o Oracle fosse software livre (ah ah) e tua empresa tivesse um contrato de suporte, tu terias direito de modificar o que quisesse e ainda ter este suporte? Imagine a cena:
Usuário: Boa noite, gostaria de fazer um chamado para meu cluster Oracle.
Oracle: Pois não senhor, qual é seu sistema operacional e sua versão de Oracle?
Usuário: Bom, o SO é Redhat advanced Server. O Oracle era o 9i, mas fiz algumas modificações no query optimizer, e também apliquei um patch que um russo garantiu que iria deixar tudo 3x mais rápido e 2,5x mais estável.
Oracle:Senhor, você está dizendo então que não possui mais o Oracle 9i, e sim um produto alterado por sua conta e risco?
Usuário: Bom, um, acho que sim...
Oracle: Pois bem, o senhor tem que ter uma versão original do Oracle para ter direito a suporte. Não suportamos alterações feitas pelo usuário. Boa noite.
Welcome to the real world, mister Anderson! |
| | | | Kernel da Red Hat != kernel vanilla. Não deixa de ser linux mas o que tu queres dizer é bug no linux da Red Hat. Mas até que ponto afecta as outras BD's/clusters?
"No comments" |
| | | | Os zealotas aqui do burgo defendem software livre em tudo e mais alguma coisa, ou seja, tentam impôr o monopólio deles Qual monopólio? Como é que eu te posso impedir de lucrar no mercado com Software Livre pelo facto de eu promover o Software Livre ou de fazer também negócio com Software Livre? Há cada coisa que eu não entendo...
quando supostamente a filosofia deles é de liberdade. Centra-se em liberdades fundamentais que todos os utilizadores devem, pelo menos, ter: 1) a liberdade de executar o programa para qualquer fim 2) a liberdade de estudar o programa e adaptá-lo às necessidades (para o qual é necessário acesso ao código fonte) 3) a liberdade de distribuir cópias 4) a liberdade de publicar versões melhoradas dos programas
Se a filosofia se centra na liberdade, então as pessoas devem escolher aquilo que querem. Se as pessoas escolhem Windows, entao assim seja. Por isso é que a liberdade de escolha do software é de menor grau que a liberdade que todos devemos poder ter no mínimo, no contexto o software. Liberdade de expressão > liberdade do software livre > liberdade de escolha
A escolha que indicaste chama-se ignorância. Tens liberdade de escolher utilizar Windows, é verdade, ninguém nega isso. Só que essa liberdade é de menor grau, e é equiparável à liberdade que tens para ser um ignorante, é um facto, basta não te cultivares. Agora quando essa liberdade para perder liberdade puder acarretar a perda de liberdade de outros para poderem interagir contigo, estás a ser egoísta e a exercer influência negativa sobre as outras pessoas.
O software livre deve enunciar as suas vantagens e deixar esse trauma de ser a qualquer custo Anti-Microsoft. Acontece que as vantagens do Software Livre são as liberdades. Todas as vantagens técnicas que encontres em vários programas de Software Livre surgiram como consequência directa das 4 liberdades do Software Livre, não aconteceram vindas do nada.
E quem é que é anti-Microsoft? Eu acho que o modelo do software proprietário é maldoso, e é tão má a Sun como a Microsoft ou a IBM ao produzirem Software Livre. Achas que um Capo mafioso é boa pessoa porque calha de ajudar as velhinhas a atravessar a rua?
tentam impôr aquilo que supostamente combatem, um único sistema operativo e tudo apenas software livre. Não. Esses são aqueles que acham que Software Livre == GNU/Linux. O GNU/Linux é apenas o mais famoso e mais utilizado sistema operativo livre, mas há vários sistemas operativos livres, tal como há muito software livre para várias funcionalidades.
O que importa é que as pessoas tenham pelo menos as 4 liberdades fundamentais, que tudo o resto se constroi a partir daí.
Depois os programadores vao viver debaixo da ponte. Porquê ? Porque o software livre representa um problema de "free ride", ou seja ha muita gente a aproveitar-se do trabalho dos outros. Vou dar um exemplo pessoal. Estes último mês tenho andado a montar uma solução para um problema, tendo utilizado apenas software livre. Resultado ? Faço-me cobrar pelo meu serviço, e fui buscar todo o software de borla e nao tenho qualquer problema de licenciamento. Estarei preocupado ou interessado na glória do programador(es) que tiveram o trabalho de construir o Linux e a aplicação que estou a utilizar ? Claro que nao. Perco meia dúzia de horas, acrescento o meu valor e faço-me cobrar bem pelo meu trabalho. Eu ganho à custa dos outros. Não há dúvida que é um bom negócio ! O quê? Tu não contribuis de volta para a comunidade? Devis ter vergonha, salafrário. E depois transmites as _tuas_ más acções pessoais para os outros. Tem mas é vergonha! Vê se ganhas um pouco de respeito pelos outros. Podias sempre contribuir com código ou uma percentagem dos lucros para os projectos que mais te ajudaram a ter um bom negócio. Não és obrigado a fazê-lo, mas não venhas para cá fazer-te de alto moralista quando não tens moral nenhuma e vens-te gabar disso.
Que vergonha! Era só o que faltava. Agora percebo-te. És mesmo maldoso e pensas que toda a gente é assim. |
| | | | Toda a gente sabe que sou um veemente apoiante do Software Livre, mas também sempre torci o nariz à problemática dos jogos. Senão vejamos: - Um jogo é para mero divertimento e lazer; - Eu jogar um jogo proprietário não interfere com a liberdade dos outros como interfere, por exemplo, enviar um e-mail com um attachment do Word; - Um jogo não é uma peça fundamental a uma sociedade e, poderia mesmo, ser totalmente dispensável. Saiam de casa e vão jogar Ténis, ou Futebol.. bem mais saudável :) Como tal, apoio inteiramente o modelo de desenvolvimento da Id, que durante uns anos lança apenas os binários e quem os quiser tem de pagar. Alguns anos depois, aí sim, liberta o código dos jogos como GPL! P.S. - Não batam no Cyclops que ele também concorda com este modelo de negócio! P.S. 2 - Não tenho nada contra código proprietário, embora prefira o Livre. Tenho sim contra código que tem um símbolo ou qualquer referência a Microsoft.
Dominus vobiscum |
| | | | Não batam no Cyclops que ele também concorda com este modelo de negócio! Não é bem concordar, é mais que o mal que faz é muito mais reduzido. |
| | | | Alguns anos depois, aí sim, liberta o código dos jogos como GPL! O que não vale de nada se eu não comprar legalmente o CD dos jogos onde estão os arquivos de dados... ;-) Soltar o fonte é uma coisa excelente. Mas só beneficia diretamente os profissionais que sabem o que fazer com ele. Os usuários (legais) do software acabam se beneficiando indiretamente com os enhacementes que os primeiros fazem no código (hey! a engine do quake1 foi melhorada uma barbaridade!). Mas daí a concluir que a galerina que copiou o jogo do vizinho está legalizada "pois os fontes estão agora sob a GPL", vai-se uma boa distância. A ID não abriu mão dos direitos sobre os dados.
[]s, Pink@Manaus.Amazon.Brazil.America.Earth.SolarSystem.OrionArm.MilkyWay.Universe |
| | | | É no que dá trabalhar o sábado inteiro e insistir em discutir num fórum eletrônico à noite ao invés de estar na cama que é o que um ser humano minimamente inteligente estaria fazendo... :-P
[]s, Pink@Manaus.Amazon.Brazil.America.Earth.SolarSystem.OrionArm.MilkyWay.Universe |
| | | | Num worst case scenario eu só consigo vender uma cópia e tudo o resto é livremente distribuido por milhões de utilizadores do meu jogo. Então o teu problema é que és estupido. Quem tenta vender Software Livre como se fosse software proprietário é estupido. Eu, que perdi horas de trabalho a fazer o jogo ganho apenas o equivalente a uma cópia, graças à GPL. É obvio que podem argumentar a conversa do costume: vender serviços e suporte, blablabla. Mas quem é que quer suporte técnico para um jogo? O suporte tecnico não é o unico serviço que se pode prestar em relação ao um software. Tás a ver? Já aprendeste algo de novo hoje. E esta questão pode ser alargado a um vaste leque de software para o qual os rendimentos dos programadores são essencialmente devidos dos custos do software em si (ie, licenças). Errado! Os rendimentos dos programadores vêm de quem lhes paga os ordenados, ou de quem os financia de outra forma qualquer. E esse dinheiro pode ter muitas origens diferentes. Os metodos de financiamento do desenvolvimento de um software podem ser muito variados. Se pensarem bem, praticamente todo o software lúdico/utilizado em casa não necessita de suporte técnico. Já alguém usou o suporte técnico de uma enciclopédia? Se não, como esperam que esses programadores ganhem dinheiro distribuindo o software em GPL? Ao vender manuais!? Já olhaste para a quantidade de serviços que há em redor dos jogos, por exemplo? Já reparaste que a unica coisa que te impede de criar mais serviços são a capacidade dos jogos e a tua imaginação? Como o resto do teu post limita-se a repetir a mesma coisa. Não me vou dar ao trabalho de responder. «They that give up liberty to obtain a little temporary safety, deserve neither liberty nor safety» Benjamim Franklin (1706-1790) |
| | | | Então o teu problema é que és estupido. Quem tenta vender Software Livre como se fosse software proprietário é estupido. Baseado nesta argumentação brilhante não vale a pena responder aos teus comentários insinuosos. |
| | | | Vá, claques. Gastem os vossos pontos todos de moderação.
O jogo é distribuido segundo GPL, e começo a vender cópias a partir de uma webpage. Erro N. 1 de fazer negócios com Software Livre. Existe incentivo económico para o menor preço por cópia que for possível: zero.
É melhor o modelo de negócio da criação de código do que da venda de cópias, pelo menos quando falamos de Software Livre.
Mas quem é que quer suporte técnico para um jogo? Hmms... conheço alguns jogos que são software livre, e não deixam de ter gente a jogar e uma comunidade a criá-los.
Já alguém usou o suporte técnico de uma enciclopédia? E porque não utilizar uma enciclopédia que não só é muito boa como mais completa e que até podes ajudar a contribuir para que seja ainda melhor?
Basicamente existe o mesmo problema do parágrafo anterior, a de distribuir o trabalho de um ou vários programadores a custo zero. Queres dizer, como os GigaBytes que tenho ocupados no meu disco? Oh... vieram de onde? De alguma cornucópia?
Como se não bastassem os exageros na importância das "4 exigências" Sim, a Liberdade é uma exigência. Pena é que para algumas pessoas seja papel hegiénico.
parece existir uma certa chantagem sobre os programadores e utilizadores de software proprietário: que é mau, as pessoas não devem comprar, e alimentar software proprietário -- quando no fundo ambos os intervenientes (programadores e utilizadores) estão no seu livre direito de comprar e licenciar como quiserem. Acontece que isso não é o exercício de um direito mas de um poder: Freedom or Power?
E este "obrigar" implícito só vem criar uma reacção do outro lado como espécie de aversão ao software livre. Será que não és tu que te sentes obrigado (talvez por impulso da consciência), mas a tua mania de que deves ter poder sobre os outros te obfusca a mente?
De resto, a grande maioria do teu post resume-se a uma série de argumentos dedicamente refutados em Why Software Should Not Have Owners:
- Chamar nomes (idealistas, zelotas, chantagistas, etc)
- Exagero ou Economia (Se não, como esperam que esses programadores ganhem dinheiro distribuindo o software em GPL? ou ainda distribuir o trabalho de um ou vários programadores a custo zero.)
- A lei ou Direitos naturais (estão no seu pleno direito licenciarem o software como bem quiserem)
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| | | | O jogo é distribuido segundo GPL, e começo a vender cópias a partir de uma webpage. Uma pessoa adquire o jogo e segundo a licença pode distribui-lo livremente por todos os seus amigos. Num worst case scenario eu só consigo vender uma cópia e tudo o resto é livremente distribuido por milhões de utilizadores do meu jogo. Perece-me que entendes muito pouco da Indústria de Jogos... ;-) A engine do Quake (1 e 2) está solta sob a GPL. Jóia! Download, compiling, quake for free??? Nope! Vc precisa dos arquivos de dados, e estes vc precisa PAGAR para ter. ;-) A GPL afirma categorigamente que os dados criados, gerados ou manipulados por software GPL pertencem única e exclusivamente à quem os criou/gerou/manipulou legalmente (ou seja : se vc pegar os WADs do Doom e editá-los usando uma ferramenta GPL, os WADs continuarão pertencendo à ID Software). Tá todo mundo esquecendo de algo muito simples : SOFTWARE = CÓDIGO + CONHECIMENTO. A GPL faz exigências sobre o código, não sobre o conhecimento. Faça seu jogo, libere o fonte sob a GPL se quiser. Mas se algum mané copiar indiscriminadamente SEUS DADOS (caracteres, meshes, nomes, sons, imagens, etc sob seu copyright), processe-o por pirataria!!
[]s, Pink@Manaus.Amazon.Brazil.America.Earth.SolarSystem.OrionArm.MilkyWay.Universe |
| | | | Em primeiro lugar a GPL não é a unica licença de Software Livre. Em segundo lugar isso que tu disseste não é um monopolio, porque não há uma entidade que detenha um poder exclusivo que possa manipular o mercado. «They that give up liberty to obtain a little temporary safety, deserve neither liberty nor safety» Benjamim Franklin (1706-1790) |
| | | | O "senhor Lula" não dorme em serviço... Ninguém quer trocar um monopolio por outro, independentemente se um dos monopolios nos agrada mais... seja software livre, seja software MS ou outra coisa qualquer ! Caso contrário estamos a ser os que tanto criticamos... Ou se tem uma atitude coerente ou não... E o Lula tem demonstrado essa coerencia... |
| | | | Não sei quais foram os termos da oferta da Conectiva, mas ela realmente é uma referência em termos de linux no Brasil e creio que seria a empresa mais indicada (por critérios técnicos) para ser usada como consultoria numa migração do governo para software livre. Se a Conectiva tentou apenas vender seus produtos e serviços sem demonstrar algum tipo de cooperação para a capacitação do pessoal técnico do governo e não demonstrou boa vontade em customizar os seus produtos para atender ao governo ela perdeu uma excelente oportunidade. Eu entendo e apóio a preocupação do governo com fornecedores únicos de qualquer coisa, mas também falta ao governo brasileiro uma demonstração mais prática e concreta de tudo o que fala quanto a software livre. Penso que o governo brasileiro, tal como vários outros governos de países que demonstraram interesse pelo linux, precisará do apoio de alguma empresa para uma migração de tal porte. Outros países (como a China e Alemanha) escolheram grandes multinacionais como a Sun e a IBM para essa migração. Então porque o governo brasileiro não poderia contratar uma empresa nacional (mesmo com uma boa quantidade de capital estrangeiro) para assessorá-lo na migração para software livre ? Poderia, inclusive, dividir o contrato entre várias empresas. A verdade é que migrações são extremamente difíceis e necessitam reescrita de muitos aplicativos internos, num trabalho de anos. Muito provavelmente o governo brasileiro não tem a quantidade de pessoal com know-how para essa tarefa e precisaria contratar consultorias. A Conectiva não é a única, mas se forem espertos têm uma boa chance para vencer várias concorrências por seu know-how em linux. Creio que só depende do seu pessoal de vendas fazer um bom trabalho. Infelizmente o acionista majoritário da empresa é um banco estrangeiro (ABN AMRO-BANK) e acho que está muito mais interessado em "esquentar" a empresa para vendê-la depois com lucro. Espero sinceramente que seja comprada por alguma empresa que queira ganhar dinheiro com tecnologia e produtos, e não fazendo lobbies. |
| | | | Afinal de contas, Monopólios de S.L. são possíveis? Para saber se é possível fazer um monopólio de Software Livre há que analisar o que é um monopólio primeiro.
Algumas formas de monopólio: - Direito de Autor
Dá o monopólio (eclusividade) sobre as obras criadas aos autores, que com esse poder podem conceder direitos de distribuição em troca de, por exempl, remuneração
- Patentes
Dá o monopólio (exclusividade) da exploração comercial da invenção ao inventor
- Dominação (eclusividade) de um mercado por alguma entidade
Uma entidade conseguiu ser claramente dominante num mercado através do controlo de um produto, e detem exclusividade quase total na sua exploração
O padrão é evidente: exclusividade.
É impossível existir um monopólio de Software Livre pois qualquer entidade pode concorrer no mercado em igualdade de condições no mercado. Provavelmente o que a Conectiva tentou foi ser gulosa, tentando obter exclusividade contractual, e perdeu qualquer hipótese de contracto.
Isto porque... Embora não tenham de pagar pelo uso do Linux, seriam obrigados a gastar com a manutenção e o treinamento de pessoal ... não faz sentido excepto se a Conectiva estivesse a tentar obter a exclusividade da manutenção e treinamento, pois são custos que evidentemente teriam de existir de qualquer das formas.
Acho que o Governo brasileiro terá feito bem em não aceitar um contraco de exclusividade com a Conectiva, pois isso colocaria em risco muitas empresas de informática que poderiam tomar conta do suporte e manutenção locais de muitas zonas. |
| | | | | É impossível existir um monopólio de Software Livre pois qualquer entidade pode concorrer no mercado em igualdade de condições no mercado. Provavelmente o que a Conectiva tentou foi ser gulosa, tentando obter exclusividade contractual, e perdeu qualquer hipótese de contracto. Contradizes-te nestes argumentos. É obvio que para haver monopólios de empresas em termos de suporte oficial (ie, exclusividade contratual) o facto de a empresa ter como produtos software livre é completamente irrelevante. Neste caso, e se o governo brasileiro aceitasse, a Conectiva poderia ter a exclusividade contratual (monopólio) em termos de software para o governo e suporte ao mesmo. É claro que podia sempre aparecer outra empresa e fornecer os mesmos serviços (e produtos semelhantes) da Conectiva, mas esta teria a exclusividade segundo o contrato. |
| | | | Mas aí é um monopólio de instalação, formação e suporte, derivado de um contracto de exclusividade, e não de software livre. |
| | | | monopólio ou estupidez? ----- Como isto não notifica, se necessário notifiquem-me email. Que Bush vos abençoe. |
| | | | Sim, claro. Afinal acho que fiz alguma confusão com os termos Monopólio de Software Livre (bem como quem fez o post inicial). Pode haver um monopólio por parte de uma empresa que comercialize software livre, o que não pode é haver um monopólio baseado no facto do software ser livre (como tinha dito, é completamente irrelevante o tipo de software que se comercializa para haver ou não monopólios). |
| | | | Continua-se a passar de um monopólio de produto para um monopólio de serviços e o problema mantém-se! Aliás, normalmente em sistemas de elevado custo de manutenção os serviços são mais importantes que o custo de aquisição, ao ponto de o material ser gratuito quando adquirido em conjunto com um contracto de assistência. No caso do Brasil, acho que optaram pela melhor solução de longo termo: desenvolver tecnologia "interna" baseada em tecnologia gratuita do exterior (como fez a China). Só se espera que a máquina burocrática não se transforme num sorvedouro de dinheiro. |
| | | | O problema não se mantém, porque eles podem simplesmente não contractar a empresa em causa e contractar outra(s) e utilizar o mesmo produto. «They that give up liberty to obtain a little temporary safety, deserve neither liberty nor safety» Benjamim Franklin (1706-1790) |
| | | | Não é verdade. A Conectiva ao fazer a instalação pode "optimizar" a mesma e se contractassem alguém para depois manter aquilo, esse alguém ia andar às aranhas durante uns tempos. Acredito que não seria tão grave como no caso de software proprietário, mas o problema mantém-se. |
| | | | Helloooo... =) Falamos de Linux... Se a Conectiva tem gente tão boa lá dentro que é capaz de otimizar o sistema à ponto de prevenir que outros profissinais possam assumir o contrato, então meu amigo... Ela vai merecer cada centavo que ganhar. Lembre-se da GPL. Se ela modificar qualquer coisa na instalação, tem que dar o fonte para o Governo. Que por sua vez, pode trancar num cofre ou soltar para a Comunidade para que as pessoas estudem e reaproveitem a informação... ;-) Lembre-se : estamos falando de Software Livre.
[]s, Pink@Manaus.Amazon.Brazil.America.Earth.SolarSystem.OrionArm.MilkyWay.Universe |
| | | | Um monopólio nao tem nada a ver com exclusividade. Em MicroEconomia o tipo de mercado é definido pelo grau de concorrência que existe nesse mercado. Um exemplo sui generis dum monopólio , é aquilo que se chama monopólio natural. Consiste em que existe uma única empresa no mercado, porque os custos de entrada nessa mercado são tao elevados, que duas empresas nao podem "sobreviver" nesse mercado. Foram exemplos, as telecomunicações, gás, e outro tipo de grandes infraestruturas. Um Governo pode atribuir um monopólio a uma empresa, sem que isso seja necessariamente prejudicial. Um monopólio pode muito bem ser um incentivo à inovação ou expansao de uma rede de infraestruturas por exemplo. As coisas não sao assim tao lineares como muita gente quer fazer querer.
Mister ToniDosImpostos "O software é como as mulheres, se não sabes, não MEXAS !" (c) ME, 2004! |
| | | | Boas. Vou imprimir em A0 e colar na parede da sala. @775, Nbk
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| | | | Queres uns gráficos todos bonitos ? Ainda te arranjo, coloridos e tudo, que assim fica muitoooo mais bonito!
Mister ToniDosImpostos "O software é como as mulheres, se não sabes, não MEXAS !" (c) ME, 2004! |
| | | | Eu submeto a ideia de que o gás e as telecomunicações são monopólios não naturais. Se a PT tem um monopólio, é porque o Estado praticamente deu-lhes de mão beijada uma vantagem fundamental: a rede de transmissão toda. Nem sequer foi a concurso hein! Porque é construír uma rede tão difícil? Os custos mais elevados até nem são os da rede em si, mas de pagar o direito de passagem e conseguir as licenças camarárias. O Estado pode utilizar expropriação para conseguir o direito de passagem, e as licenças são mais fáceis de conseguir para o Estado, uma empresa normal não tem estes privilégios. Vender a rede de telecomunicações à PT foi a maior asneira que o Estado podia ter feito. Nos EUA eles têm empresas separadas para comunicações de longa distância e existem regras a obrigar que esta separação se mantenha. Eu considero que o direito de passagem (tubos), a rede em si (linhas), e o equipamento que assenta nessas linhas deviam ser negócios separados e estanques. |
| | | | Será que o Governo Lula então toparia uma parceira com o Caixa Mágica?
[]s, Pink@Manaus.Amazon.Brazil.America.Earth.SolarSystem.OrionArm.MilkyWay.Universe |
| | | | Qual é a surpresa? Em relação ao software há 2 fontes de monopólios actualmente: complexidade e direito de autor. A complexidade restringe a capacidade de dar formação e assistência aos produtos. É sempre possível compreender um sistema, mas custa. Isto não quer dizer que não aconteça (A contratação da malta da http://www.sysinternals.com/ pela Microsoft para dar formação internamente é um bom exemplo). Com o Software Livre, a disponibilidade do código-fonte, em conjunto com a liberdade de estudar podem acelerar o processo, reduzindo o custo de aparecer concorrentes. A liberdade de usar e distribuir podem criar o incentivo económico para gastar o tempo a lidar com a complexidade. Mas nada disto é garantido e depende de vários factores, incluindo o software específico, a capacidade de melhorá-lo pouco a pouco e os seus utilizadores. Sobre direito de autor, o assunto está mais que discutido. É aqui que o Software Livre apresenta a vantagem à maior parte do software proprietário. Claro que há quem queira acrescentar mais algumas fontes de monopólio: patentes de software, formatos proprietários (EUCD) e restrições de execução ("Trusted Computing"). |
| | | | | E e' ai tambem que morre o modelo comercial do software livre. O facto da propriedade intelectual nao existir (porque qualquer tem acesso ao codigo) distorce completamente o mercado e anula o incentivo para criar algo de novo (se eu criar, o concorrente beneficia -- qual e' o meu incentivo?) "I triple guarantee you, there are no American soldiers in Baghdad.", Mohammed Saeed al-Sahaf, Iraqi Minister of Information
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| | | | (se eu criar, o concorrente beneficia -- qual e' o meu incentivo?) Necessidade da existência desse software, vantagem em know-how, pelo menos durante algum tempo que tens sobre os concorrentes que se reflecte na qualidade dos teus serviços. «They that give up liberty to obtain a little temporary safety, deserve neither liberty nor safety» Benjamim Franklin (1706-1790) |
| | | | Não podia descordar mais. O concorrente beneficiar não é uma razão para não haver incentivo. O conceito base chama-se coopetição. A ideia base é que, em certas situações, é mais útil concorrentes cooperarem do que competirem. Um exemplo prático é o Cinepaint (versão do gimp adaptado para edição cinematográfica). Foi desenvolvido por um grupo constituído por várias empresas de produção cinematográfica. Há alguns anos atrás, quando a Sun ainda não vendia o StarOffice, a resposta que davam quando lhes perguntavam como é que mantinham a centena de enegenheiros que tinham a trabalhar no projecto a resposta foi que gastariam mais em licenças que teriam de comprar se utilizassem outra solução. Se assumires que o único modelo comercial para o software é pagar pelo uso, sim, Software Livre parece não fazer sentido. Se puseres a hipótese que o mercado pode mudar para um modelo de pagar por melhorias então o Software Livre ajusta-se perfeitamente. É o choque de software como produto vs software como serviço. Ou seja, estamos a falar de uma guerra sobre uns 5% do mercado. Os outros 95% já assumem o modelo de software como serviço. |
| | | | É o choque de software como produto vs software como serviço. Ou seja, estamos a falar de uma guerra sobre uns 5% do mercado. Os outros 95% já assumem o modelo de software como serviço. Aliás, apesar de serem software proprietário, a maioria das companhias de software portuguesas que conheço encontram-se nesses 95% :) |
| | | | O concorrente beneficiar não é uma razão para não haver incentivo. O conceito base chama-se coopetição. Sorry, "coopeticao" ? Explica-me como e' que um mercado funciona dessa forma -- e' que qualquer mercado baseado num acordo de cavalheiros, chama-se... hammm... collusion, o outro lado de "monopolio". Claro que vais ja' dizer que "coopeticao" != "collusion", mas eu estou mesmo a ver que era onde iria dar. Read my lips: nenhum mercado pode funcionar sem competicao total (embora regulada claro), ou ha' competicao ou nao. A ideia de um mercado onde as empresas colaboram de maos dadas a saltar em campos floridos e' algo saido da Alice no Pais das Maravilhas. Há alguns anos atrás, quando a Sun ainda não vendia o StarOffice, a resposta que davam quando lhes perguntavam como é que mantinham a centena de enegenheiros que tinham a trabalhar no projecto a resposta foi que gastariam mais em licenças que teriam de comprar se utilizassem outra solução. Isso e' um argumento ridiculo -- nesse caso justifica-se que qualquer empresa da dimensao da Sun (que nos USA sao aos pontapes) tenha uma equipa de 50 gajos a customizar o OpenOffice so' para nao pagar a licenca do M$ Office... get off it -- certamente ja' ouviste falar em "core competencies". Se assumires que o único modelo comercial para o software é pagar pelo uso, sim, Software Livre parece não fazer sentido. Se puseres a hipótese que o mercado pode mudar para um modelo de pagar por melhorias então o Software Livre ajusta-se perfeitamente. Novamente perdeste o fio 'a meada -- se a minha empresa e' a "foobar & co" e tenho o competidor "fubar ltd" 'a perna, porque e' que devo pagar por melhorar uma determinada funcionalidade que a "fubar ltd" vai ter acesso imediato de borla. E' este ponto que te estraga o modelo. É o choque de software como produto vs software como serviço. Ou seja, estamos a falar de uma guerra sobre uns 5% do mercado. Os outros 95% já assumem o modelo de software como serviço. Estas a confundir modelos comerciais com propriedade intelectual. O que ainda nao explicaste e' de que forma podes construir um modelo que funciona sem o direito 'a retencao de propriedade intelectual. "I triple guarantee you, there are no American soldiers in Baghdad.", Mohammed Saeed al-Sahaf, Iraqi Minister of Information
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| | | | se a minha empresa e' a "foobar & co" e tenho o competidor "fubar ltd" 'a perna, porque e' que devo pagar por melhorar uma determinada funcionalidade que a "fubar ltd" vai ter acesso imediato de borla. Assumes à partida que não tens competência para fazer melhores serviços do que a concorrência? E isso é mau porque? Desculpa lá, mas é mais importante quem necessita dos serviços do que quem os faz dado que havendo a necessidade, há sempre de haver quem a tente satisfazer. |
| | | | Novamente perdeste o fio 'a meada -- se a minha empresa e' a "foobar & co" e tenho o competidor "fubar ltd" 'a perna, porque e' que devo pagar por melhorar uma determinada funcionalidade que a "fubar ltd" vai ter acesso imediato de borla. E' este ponto que te estraga o modelo. Hummm... Vc tem certeza de que estamos falando de Software Livre por aqui?? Pelo menos sob a GPL, se eu pago para alguém modificar um software GPL para meu uso (ou faço isto eu mesmo), tais modificações só estarão disponíveis para o resto do mundo (e portando, para meus concorrentes) SE EU QUISER. Como não vou distribuir binários nenhum para ninguém, NADA me obriga a distribuir os fontes para ninguém... Logo, se meu concorrente quer usufruir dos benefícios do meu código, ele terá que me convencer a fazê-lo. O que pode até mesmo ser feito: ele pode me pagar em espécie, ou pode me passar as melhorias que ele fez no fork dele se me forem interessantes.
[]s, Pink@Manaus.Amazon.Brazil.America.Earth.SolarSystem.OrionArm.MilkyWay.Universe |
| | | | Para teu uso? Num caso de concorrência como o que se estava a falar não se trata de uso próprio. Tenho seguido a conversa toda deste tópico e, por mais ache as conversas do Init do Pink e do Cyclops muito bonitas, vocês ainda não me mostraram como se pode fazer negócio em SL... Sempre que alguém fala de um hipotético modelo de negócios vocês chamam essa pessoa de estúpida e dizem que não percebe nada disso, mas não vi um post em que dão as alternativas abertamente! Não ganham nada em tar a chamar nomes às pessoas, se as querem convencer de algo. Eu por mais que goste de SL, com as vossas conversas ainda ninguém me convenceu de que posso lucrar com isso profissionalmente. O exemplo dos jogos foi o pior mesmo... desde quando é que há jogos SL com a qualidade dos comerciais? Eu conheço alguns muito bons (um até PT: RC Mania), mas daí, de terem um bom motor gráfico a gráficos bonitos a serem um jogo completo, vai muito... Por isso lanço o desafio. Gostaria que me digam como iriam gerir um projecto para um jogo, mas um jogo como deve ser. Que iria ter uma equipa de 100 pessoas a trabalhar a tempo inteiro por um período de 3 anos -- é mais ou menos isto que acontece nos jogos comerciais. Como iriam fazer negócio? _____________________ Pedro Santos :: psantos.net :: blog |
| | | | Para teu uso? Num caso de concorrência como o que se estava a falar não se trata de uso próprio. Repara que se eu pago a alguém para fazer alterações por mim de forma a ganhar uma vantagem competitiva, não tenho vantagem nenhuma em distribuir essa modificação a outros e por isso simplesmente não o faço, nem há nada em licença nenhuma de Software Livre que me obrigue a distribuir software. Sempre que alguém fala de um hipotético modelo de negócios vocês chamam essa pessoa de estúpida e dizem que não percebe nada disso, mas não vi um post em que dão as alternativas abertamente! Portanto uns têm direito de chamar zelotas aos outros, e os outros não têm direito de resposta? Pensas que somos todos ovelhas que vão de boa vontade para o matadouro, ou quê? Se não viste, é porque ou és cego, ou não leste assim tão atentamente ou não leste os posts todos. Porque já explicamos que o modelo é um modelo baseado em serviços, o serviço de desenvolvimento, o serviço de manutenção e suporte, serviços de consultadoria, serviços de formação, etc... desde quando é que há jogos SL com a qualidade dos comerciais? Já te expliquei não só aqui como em outro forum, mais que uma vês que o oposto de Software Livre não é software comercial, mas sim software proprietário, continuas a usár essa expressão porquê? Tens dificuldades de aprendizagem? Por isso lanço o desafio. Gostaria que me digam como iriam gerir um projecto para um jogo, mas um jogo como deve ser. Que iria ter uma equipa de 100 pessoas a trabalhar a tempo inteiro por um período de 3 anos -- é mais ou menos isto que acontece nos jogos comerciais. Como iriam fazer negócio? Antes de me meter nessa confusão, faria uma coisa que se faz em todos os casos, fazer estudos de mercado para saber se realmente valeria a pena desenvolver o jogo novo, procuraria parceiros que estejam interesssados na existência do jogo e em que tipo de jogo com que caracteristicas ao ponto de pagarem o seu desenvolvimento, criaria aquilo a que se chama um plano de negocios e defenia e estudava muito bem todos os produtos e serviços relativos e esse plano de negocios com base nas informações obtidas nos estudos de mercado, se for preciso faço mais estudos de mercado para saber para ajustar mais o meu plano de negocios ao que os possiveis clientes estejam dispostos a pagar. Isto para saber como obteria esse retorno de investimento e para que ficasse bem planeado. Quais os serviços? Todos aqueles pelos quais os clientes estejam dispostos a pagar, mas desde já olhando para o mercado podes ver que há alguns pelos quais os clientes costumam estár dispostos a pagar: acesso a servidores para jogar on-line (logo aqui há um conjunto interessante de produtos e serviços que podem ser desenvolvidos) e modificações aos jogos (criação de novos cenários) são alguns deles, os estudos de mercado dir-nos-iam quais, portar o jogo para outra plataforma, etc... Ninguém em seu perfeito juizo inicia o desenvolvimento de software com objectivos comerciais, seja com que tipo de licenciamento for sem fazer isto antes. Muito menos define qual a equipa de desenvolvimento antes de se planear o desenvolvimento do jogo e quais as implicações disso nos custos de desenvolvimento. «They that give up liberty to obtain a little temporary safety, deserve neither liberty nor safety» Benjamim Franklin (1706-1790) |
| | | | Tenho seguido a conversa toda deste tópico e, por mais ache as conversas do Init do Pink e do Cyclops muito bonitas, vocês ainda não me mostraram como se pode fazer negócio em SL... mas não vi um post em que dão as alternativas abertamente! Sinceramente, tu queres tudo à borla, inclusivé lixar as oportunidades dos outros? Já deveria ser bem evidente que um possível modelo de negócio é à base de serviços (já que a maioria dos negócios à base de software assentam sobre serviços e não sobre a venda de cópias de software).
Quere que te sejam mais evidentes? Já agora, o próimo resultado do totoloto? |
| | | | Para teu uso? Num caso de concorrência como o que se estava a falar não se trata de uso próprio. Lógico que estamos!! O mote do "Monopólio" não é a Conectiva abusar de sua posição única para forçar o governo à só usar seus serviços? Pois então segue porque eu acho isso impossível: 1) Se a Concetiva é a única capaz de oferecer serviços decentes para dar suporte à um Software cujo fonte está pra lá de disponível pela Internet, então o problema não é a Conectiva, mas a péssima qualificação profissional deste País. 2) Se a Conectiva, usando suas qualificações técnicas, cria um tremendo software matador que ela só oferece para quem lhe contrata, e o software é tão bom que é irresistível... Oras, isto não é monopólio, é tecnologia de ponta! 3) Toda e qualquer modificação que a Conectiva faça na distro governamental, para o governo, é propriedade do governo perante as leis do meu país (exceto quando acordado o contrário em contrato). Acontece que é tudo GPL. O Governo pode trancar tudo num cofre, ou distribuir pelo mundo sob a GPL... Me parece um modelo viável (e seguro) de negócios tanto para o Governo quanto para a Conectiva.
[]s, Pink@Manaus.Amazon.Brazil.America.Earth.SolarSystem.OrionArm.MilkyWay.Universe |
| | | | O exemplo dos jogos foi o pior mesmo... desde quando é que há jogos SL com a qualidade dos comerciais? Eu conheço alguns muito bons (um até PT: RC Mania), mas daí, de terem um bom motor gráfico a gráficos bonitos a serem um jogo completo, vai muito... Seria realmente interessante que vc dispusesse de algum tempo para pesquisar sobre o que falas. Com eu disse antes, SOFTWARE = CÓDIGO + CONHECIMENTO. No nosso caso, jogos, JOGO = CÓDIGO + (ENREDO + IMAGENS + SONS). À menos que vc seja desenvolvedor e tenha acesso à codetree do jogo, vc não tem como saber com certeza o que diabos o jogo tá usando como engine!! A engine do UnrealII, por exemplo, foi usada também no VietKong. A sua crítica quanto à baixa qualidade dos jogos vale apenas para o que eu estou chamando de "conhecimento". É óbvio que um time de 10, 20, 30 artistas (gráficos, músicos, escritores) vá fazer um trabalho muito superior ao de 40 entusiastas. Quanto à engine de jogo, sugiro pesquisar sobre a CrystalSpeces. Há portes, inclusive, para o PlayStation (note que alguém precisa PAGAR para ter acesso ao SDK do PlayStation).
[]s, Pink@Manaus.Amazon.Brazil.America.Earth.SolarSystem.OrionArm.MilkyWay.Universe |
| | | | Gostaria que me digam como iriam gerir um projecto para um jogo, mas um jogo como deve ser. Que iria ter uma equipa de 100 pessoas a trabalhar a tempo inteiro por um período de 3 anos -- é mais ou menos isto que acontece nos jogos comerciais. Como iriam fazer negócio? Novamente recomendo uma pesquisa básica antes de soltar desafios. Desta vez, algo mais simples. Leia os créditos dos jogos que vc brinca. Apenas isto, leia os créditos. Vc verá que das 100 pessoas que vc menciona, unas 15 são programadores. Isto significa que mais de 80% do trabalho de fazer um jogo não é programar.
[]s, Pink@Manaus.Amazon.Brazil.America.Earth.SolarSystem.OrionArm.MilkyWay.Universe |
| | | | Read my lips: nenhum mercado pode funcionar sem competicao total (embora regulada claro), ou ha' competicao ou nao. A ideia de um mercado onde as empresas colaboram de maos dadas a saltar em campos floridos e' algo saido da Alice no Pais das Maravilhas. Qual é parte de eles estão a competir, mas no mercado de serviços, que tu não percebeste? Novamente perdeste o fio 'a meada -- se a minha empresa e' a "foobar & co" e tenho o competidor "fubar ltd" 'a perna, porque e' que devo pagar por melhorar uma determinada funcionalidade que a "fubar ltd" vai ter acesso imediato de borla. E' este ponto que te estraga o modelo. Continuas a pensar em termos de um mercado de produtos e não de serviços. Então e se a "foobar & co" tivér um, ou um grupo de clientes dispostos a pagar por essa feature? Não há incentivo? Então e mesmo se a "foobar & co" tivér clientes que necessitem dessa feature e que estivessem a considerar mudar de produto por isso e a "fooba & co" não preste serviços em relação a esse outro produto por falta de know-how e não esteja interessada em adquirir esse know-how (pelo menos por enquanto), apenas está interessada em manter os clientes onde estão e como estão? E possivélmente em adicionar valor aos produtos que já suporta, para manter os clientes actuais e possivélmente em ganhar outros? Não há incentivo? É que se o produto não agradar ao cliente, não há cliente para prestar serviços. Estás portanto a dizer que em 95% do mercado não há competição? «They that give up liberty to obtain a little temporary safety, deserve neither liberty nor safety» Benjamim Franklin (1706-1790) |
| | | | Coopetição ocorre entre empresas que cooperão para poupar no que não são "core competencies" ou para criar mercados (podes chamar-lhe colusão neste caso - acho que o nome politicamente correcto é "aliança estratégica"). Embora eu tenha dificuldade em chamar à Linux International, BSA, CompTIA e outros exemplos de colusão, mas posso estar enganado. Se a resposta da responsável da Sun pelo projecto é idiota, é lá com eles (há alguns anos que deixei de acreditar na viabilidade financeira a prazo da Sun). Mas que há empresas que desenvolvem a sua tecnologia só para uso interno, existem e muitas. O meu maior choque foi quando descobri uma dessas empresas (Schlumberger Oil) e o nível de tecnologia que eles usam e desenvolvem é impressionante. O nível de tecnologia desenvolvida por empresas cuja tecnologia não é uma "core competency" é impressionante (os exemplos que conheço no retalho e no mundo financeiro são muito interessantes). Toda a àrea de serviços se baseia na necessidade de customizar software. O software comercial encaixotado pode ser muito bonito mas não responde às necessidades da maior parte das empresas. O problema da competição nos termos que referes põe-se quando o mercado já está saturado e quando o produto não é complexo. Quando não está saturado o mercado, cooperar para alargá-lo (através de campanhas de marketing conjunto - tipo Linux International) ou para poupar custos (tipo United Linux) faz sentido. A complexidade impõe um atraso de aprendizagem. Isto quer dizer que o competidor até pode ter acesso à feature, mas para ser capaz de oferecer suporte e manuntenção tem de aprender e perceber em que consiste e como interfere com o resto. Parece-me um mercado interessante aquele em que o meu concorrente passa o tempo ocupado em copiar-me... Quanto ao modelo é simples. Olha para empresas como Accenture e qualquer outro prestador de serviços. São pagos pelos serviços que prestam (desenvolvimento ou não). Não, não acredito que vá aparecer outra Microsoft no mercado, nem que esta se mantenha com o negócio tão rentável como tem agora. Acredito que esse modelo vai morrer, e como em todas as evoluções, não é uma má notícia. |
| | | | O facto da propriedade intelectual nao existir (porque qualquer tem acesso ao codigo) Não. A propriedade intelectual não existe porque esses direitos artificiais não são direitos de propriedade mas sim direitos de exclusividade, de monopólio temporário concedido pelo estado para dar uma vantagem temporário ao detentor de forma a tentar exploração comercial, que ao fim de algum tempo se perde para concretizar o seu objectivo: aumentar o domínio público para que todos possam inovar a partir do que existe em domínio público.
se eu criar, o concorrente beneficia -- qual e' o meu incentivo? Não tens competência para fazer um melhor serviço que a concorrência e por isso precisas de exclusividade para conseguir sobreviver? |
| | | | | | Isso nao e' novidade, ja' ha' uns tempos disse o mesmo (procura por "canalizacoes"), nao e' preciso ser genio para perceber que muito do software como o conhecemos vai-se tornar "infra-estructura". Mas isto nao muda o "landscape" assim tanto como isso. "I triple guarantee you, there are no American soldiers in Baghdad.", Mohammed Saeed al-Sahaf, Iraqi Minister of Information
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| | | | E enfiar isso na cabeça aqui da malta do burgo ? Arranja-se sempre uma desculpa para dar a volta, provavelmente o gajo é pago pela M$ ;)
Mister ToniDosImpostos "O software é como as mulheres, se não sabes, não MEXAS !" (c) ME, 2004! |
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