Esta discussão foi arquivada. Não se pode acrescentar nenhum comentário. | | | Se achas que educação é investir em escolas e professores para as respectivas, então estou de acordo. Se achas que inovação é R&D de novos produtos, então estou de acordo contigo. Claro que estás na tanga, porque os termos educação/inovação não têm uma definição tão reduzida. Aproveitando os teus exemplos: - Com uma boa educação (desde a dada pelos pais à dada pelas escolas e ao exemplo dado pelos agentes sociais) qualquer pessoa vai ter um bom senso de justiça e quando crescer vai manter essa postura, fruto de uma boa educação. - A inovação, tanto em termos de novos produtos como em termos de métodos de negócio e organização, é o que faz crescer uma comunidade (ou um país). A sociedade está sempre a evoluír e é necessário que as empresas inovem em TUDO! Como vês, depende do contexto... Se quando "discursaste" esse texto ninguém te atirou com estes pensamentos óbvios à cara deixa-me dar-te os parabéns: és um optimo demagogo :) Nem toda a gente ia conseguir. Mais uma vez, parabéns!
Regards, Nuno Silva aka RaTao |
| | | | "Gostava de ter a vossa opinião." Acho que vais criar aqui uma bela entropia! :)
Cumprimentos mad |
| | | | Dois pontos: - Um país não deve ter prioridades máximas. O estado deve ter as suas, limitadas às suas obrigações principais:segurança e justiça. Cada um de nós deve ter as suas. Não precisamos (e não devemos) ter todos as mesmas prioridades porque o desenvolvimento é um processo de descoberta e não devemos meter os ovos todos no mesmo cesto.
- Qualquer actividade económica já tem um incentivo: o lucro. Se o lucro não é incentivo suficiente para uma actividade qulquer, então é porque essa actividade não tem a procura que a justifique.
Curiosamente, alguns casos de sucesso da economia portuguesa como o sector dos moldes nunca foram prioridade nacional, não receberam mais incentivos que as outras e surgiram em zonas onde a educação técnica da população está abaixo da média.
---- joao nonio.com - ciência, tecnologia e cultura |
| | Bah... (Pontos:0, Despropositado) |
| | Esqueceste-te do mais importante, LEGALIZE IT! -- With the lights out, it's less dangerous |
| | | | | Oh agarrado, larga isso =P
I'm a lost soul in this lost world... |
| | | | Bem quanto á educação vs Justiça ... É certo que a Justiça é um dos factores que mais contribui para a perca de competividade do pais. Não se pode ter empresas que demoram meses a fio a fazer pagamentos sem qualquer penalização e quando se reclama ainda dizem que vá reclamar para o tribunal. Nem patrões que fazem tabua rasa dos direitos essenciais dos trabalhadores. Mas quem é que vai meter na cabeça desses Gestores com a 4 classe o que é a fidelização dum cliente ou de um fornecedor ? Quem é que vai meter na cabeça careca e cheia de gel que os trabalhadores são mais produtivos se forem bem tratados ... Só vejo uma solução. Educação! Não destes mas da proxima vaga de gestores e empresarios. Quanto à Inovação vs conhecimento Já ouviste falar na China ? No Bangladesh ? Na India ? Esses paises apenas aproveitam o conhecimento já feito por outros paises e fazem as coisas 100x mais baratas com esse conhecimento. Durante muitas decadas e ainda no presente. Portugal apenas aproveitou o conhecimento produzido noutros lados e aplicou os baixos salarios para ter competividade. Tens uma ideia bastante errada da inovação. 99% das patentes são de inovação icremental e não de inovação basica (ou pura). São pequenos melhoramentos no produto ou nos processos. São uns sapatos mais resistentes que o modelo anterior. Um tecido com cores mais vivas. Um copo com feitios diferentes. Uma maquina num sitio mais apropriado para poupar tempo de produção. É nisso que temos de ser diferentes dos Chineses. Não em fazer igual mas fazendo pequenas inovações para termos mais margem de manobra.
Pedro Esteves |
| | | | | Mas quem é que vai meter na cabeça desses Gestores com a 4 classe o que é a fidelização dum cliente ou de um fornecedor ? Quem é que vai meter na cabeça careca e cheia de gel que os trabalhadores são mais produtivos se forem bem tratados ... Só vejo uma solução. Educação! Não destes mas da proxima vaga de gestores e empresarios. Eu acho que a solucao pode passar por "desburacritizar" o sistema judicial e por pessoal na cadeia. "I triple guarantee you, there are no American soldiers in Baghdad.", Mohammed Saeed al-Sahaf, Iraqi Minister of Information |
| | educar (Pontos:2, Interessante) |
| | Teoricamente estás a concordar com ele, já que a prisão deveria ter um sentido pedagógico e de reintegração na sociedade, i.e. educar :-) Mas em vez de ser a próxima geração é educar a geração actual :P A questão da burocracia é uma longa história e prefiro não ir por aí... Mas é um bom tema para outro artigo "..e não só": É necessário haver burocracia (10 camadas de pessoas, 200 documentos por camada e 2 anos de espera entre uma queixa e um veredito) na justiça?
Regards, Nuno Silva aka RaTao |
| | | | Nao se poe pessoal na cadeia por 2 razoes: - lotacao esgotada - quem tem a autoridade (nao a moral, atencao) nao esta' interessado nisso... basta ver pelos ministros do PP que temos em portugal! |
| | | | Outra muito engracada, e' que recentemente pararam os tribunais, porque os novos "sistemas" nao funcionam, havendo tambem o detalhe de a formacao so' ter comecado nesta 2a feira!!! E ninguem e' despedido por uma merda destas!?!?!?!? (o que nao vale um cartao do partido...)
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| | | | [Bem quanto á educação vs Justiça ... É certo que a Justiça é um dos factores que mais contribui para a perca de competividade do pais. Não se pode ter empresas que demoram meses a fio a fazer pagamentos sem qualquer penalização e quando se reclama ainda dizem que vá reclamar para o tribunal. Nem patrões que fazem tabua rasa dos direitos essenciais dos trabalhadores.] - A justiçao nao deve ser problema, afinal temos Portugueses de primeira, segunda e terceira... Tipo, onde está a justiça que permite que o futuro financeiro dos Portugueses seja vendido a um bando de mercenarios ? (i.e. CityBank) Veja-se o que a impressa sueca por exemplo diz do CityBank. Onde está a justiça, quando sao eles proprios a cometer ilegalidades ? [Mas quem é que vai meter na cabeça desses Gestores com a 4 classe o que é a fidelização dum cliente ou de um fornecedor ? Quem é que vai meter na cabeça careca e cheia de gel que os trabalhadores são mais produtivos se forem bem tratados ...] - Os gestores com a 4ª Classe nao sao os responsaveis pela descapitalizaçao das empresas, nem os responsaveis pelas maiores atrocidades que são feitas, queres um exemplo ? Vê a PT Prime. [Só vejo uma solução. Educação! Não destes mas da proxima vaga de gestores e empresarios.] - Eu só vejo uma solução e nao e' Educaçao, e' muito mais CIVISMO por parte das pessoas. [Quanto à Inovação vs conhecimento Já ouviste falar na China ? No Bangladesh ? Na India ?] - Desde quando e' que a China e' exemplo para alguém ? Esqueces-te do pequeno pormenor do Tibete ? Por amor de Deus... [Esses paises apenas aproveitam o conhecimento já feito por outros paises e fazem as coisas 100x mais baratas com esse conhecimento.] - Referes-te aos EUA e antiga União Sovietica ? Em que tens toda uma tecnologia de propulsão a rockets que hoje brilha com a NASA, toda roubada na Alemanha na década de 40. Tens tecnologia nuclear muita dela pilhada na Alemanha. Tens tecnologia bélica muita dela pilhada na Alemanha... Não esquecendo as verdadeiras razoes da corrida a Berlin, não foi por acaso que os laboratorios de propulsão e de investigaçao nuclear eram na periferia de Berlin, o objectivo nao era propriamente o Reichstag, mas sim toda a industria bélica alemã. Basta ver que: - Primeiro Aviao a jacto, - Primeiro Helicoptero, - Primeiro Rocket, - Primeira arma da assalto automatica (SMG/STG), - Primeiro sistema de navegaçao automatico, - Primeiro emissor com potencia para emitir para além da estratosfera, entre muitos outros foram desenvolvidos na Alemanha, e nao pelos Americanos. [Durante muitas decadas e ainda no presente. Portugal apenas aproveitou o conhecimento produzido noutros lados e aplicou os baixos salarios para ter competividade.] Referes-te certamente a coisas como: - Sistema Multibanco - Via Verde - Cartões pré pagos para moveis (MIMO ?!) entre outras coisas.... [Tens uma ideia bastante errada da inovação. 99% das patentes são de inovação icremental e não de inovação basica (ou pura). São pequenos melhoramentos no produto ou nos processos. São uns sapatos mais resistentes que o modelo anterior. Um tecido com cores mais vivas. Um copo com feitios diferentes. Uma maquina num sitio mais apropriado para poupar tempo de produção. É nisso que temos de ser diferentes dos Chineses. Não em fazer igual mas fazendo pequenas inovações para termos mais margem de manobra.] Negativo, o que tens que fazer e' automatizar a produçao para teres preços de custo muito inferiores, mas nao tens capital para o fazer, perdes-te o comboio da Rev Industrial a' muito tempo, a maneira mais viavel criar produtividade no país, neste momento e' usar toda a capacidade criativa dos Portugueses e apostar tudo na criaçao e desenvolvimento de serviços, afinal já provamos que somos capazes, tens exemplos em cima. E um bom começo seria começar a por travão na exportaçao de capital intelectual, acho asqueroso que formemos grandes intelectos para os exportar a preço 0 para o estrangeiro, e' preciso e' criar infra-estruturas para que essas mesmas pessoas em vez de irem para o estrangeiro possam desenvolver o seu trabalho em Portugal e viver uma vida condigna. Não censuro quem parte em busca de uma vida melhor, mas também nao acho correcto que o estado e o contribuinte paguem a sua formaçao para exportarem capital intelectual a preço 0. Yeap, mandem lá as bocas anti-facho a que já estao habituados, mas nao me parece que esteja totalmente errado. nmarques -- With the lights out, it's less dangerous |
| | | | Que grande confusão vai nessa cabeça... :) - A justiçao nao deve ser problema, afinal temos Portugueses de primeira, segunda e terceira. Presumo que estejas a ser irónico. Esse é um dos principais problemas da justiça. Os gestores com a 4ª Classe nao sao os responsaveis pela descapitalizaçao das empresas Os gestores, com ou sem a 4ª classe, são os principais responsáveis por não saberem gerir. Desde quando e' que a China e' exemplo para alguém ? Esqueces-te do pequeno pormenor do Tibete ? Por amor de Deus... Desde quando é que o Tibete está relacionado com a capacidade produtiva da China ou do facto de as suas maiores cidades serem um mercado maior que Portugal inteiro? E o que é que deus tem a ver para o caso? Referes-te aos EUA e antiga União Sovietica ? Em que tens toda uma tecnologia de propulsão a rockets que hoje brilha com a NASA, toda roubada na Alemanha na década de 40 A tecnologia não foi bem roubada. Se calhar estás a referir-te aos cientistas que foram trabalhar com a NASA no programa Apollo (e não só) porque preferiram isso a ter que ficar na Alemanha Nazi. Negativo, o que tens que fazer e' automatizar a produçao para teres preços de custo muito inferiores. Portugal não é, não foi e não será um país fabril. Somos 10 milhões de habitantes, ir por essa via era deitarmos o futuro fora. Não há concorrência possível a países como a China ou a India. "Se vi mais além do que outro, é porque estava nos ombros de gigantes." Sir Isaac Newton
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| | | | E um bom começo seria começar a por travão na exportaçao de capital intelectual, acho asqueroso que formemos grandes intelectos para os exportar a preço 0 para o estrangeiro, e' preciso e' criar infra-estruturas para que essas mesmas pessoas em vez de irem para o estrangeiro possam desenvolver o seu trabalho em Portugal e viver uma vida condigna. Não censuro quem parte em busca de uma vida melhor, mas também nao acho correcto que o estado e o contribuinte paguem a sua formaçao para exportarem capital intelectual a preço 0. Muitos dos intelectos que referes lá fora foram formados com dinheiros de entidades estrangeiras pois Portugal aposta 1º nas notas, depois nos lobbies. A questão dos lobbies é pertinente, pois esse é o maior entrave à volta de pessoas lá de fora. Quando uma pessoa quer voltar e só pode voltar como subalterno de um gajo cujo currículo é metade do seu, há que tentar perceber quão prejudicial é este mundo pequeno e mesquinho. Obviamente que muitos não voltam e não é preciso pensar muito porquê: - Dinheiro - Liberdade ao nível da investigação - N ter de andar constantemente a proteger-se e a tentar entrar no esquema dos lobbies instalados - apetencia de entidades lá fora ao nivel do trabalho feito e não por ser da faculdade x ou y Podes ter a certeza absoluta que se Portugal tivesse uma mentalidade diferente e criasse as condições necessárias, 90% dos que estão lá fora voltariam. Isto inclui os que não tiveram qualquer apoio de Portugal para prosseguir na carreira académica e os que tiveram.
http://www.absolutbsd.org/ |
| | | | - a Educação não deve ser a prioridade máxima para o país; ...wrong. O Estado devia ter 2 prioridades: a Justiça e a Educação. São os 2 factores q foram identificados a nível mundial como os mais criticos em termos da competitividade das nações e ainda hoje referidos por Alan Greenspan na sua regular apresentação. A Justiça é obrigação fundamental sua (e, diria eu e muitos, a única). Mas não estamos a falar só do sistema judicial: estamos a falar de uma mudança de leis e inclusivé de constituição socialista a caminho do "sol" comunista. A Educação, para paarafrasear o Antonio Carrapatoso, devia ser um mercado. Isto é: liberalize-se e privatize-se. No minimo dos minimos dar autonomia às escolas, acabar com os programas colectivistas e as contratações colectivas de professores. - a Inovação não deve ser vista como o caminho para o desenvolvimento; ...wrong. Deve. Tu proprio afirmas que não se devem olhar para coisas novas mas sim melhorar o q já existe. Ou seja, em Portugal falta haver muita *inovação de processo* (q apoias) e menos tentativas popularuchas de *inovação de produto*. A inovação continua a ser importante e é de facto o caminho para o desenvolvimento como factor fundamental da "creative destruction" q Schumpeter identificou como razão de progresso. - não se deve incentivar a criação de novas empresas em Portugal. ...wrong. Ou pelo menos semi-wrong. Concordo q nao se deve incentivar a criação de empresas com subsidios tipo POE, PRIME, PIM, PAM e PUM. Mas a criação de empresas deve ser incentivada com a eliminação do imposto sobre as empresas (IRC), com a eliminação de burocracias desnecessarias ou com a liberalização de mercados como o do emprego, da educação, da energia ou das telecomunicações. Finalmente: sugeres a certo ponto "se a Escultura precisa de subsidios então é preferivel q o Estado encomende esculturas". Bzzzt... wrong. Se a Escultura precisa de subsidios então precisa é de desaparecer; é porque não é economicamente viável. E não venham cá os colectivista/socialistas com a historinha do "pode não ser economicamente viável mas é importante socialmente"... Fixe, se é importante comprem vocês as esculturas em vez de as quererem ver à borla. Se vocês comprarem já não são precisos subsidios (i.e. o *meu* dinheiro, ganho por mim e roubado pelo Estado) para nada. Cumprimentos Mario Valente |
| | | | | "A Educação, para paarafrasear o Antonio Carrapatoso, devia ser um mercado. Isto é: liberalize-se e privatize-se. No minimo dos minimos dar autonomia às escolas, acabar com os programas colectivistas e as contratações colectivas de professores."
Yeah, assim os ricalhaços como tu já podem ter a certeza que mesmo que os seus filhos sejam um pouco estúpidos, estes terão um emprego assegurado e bem renumerado só por terem podido pagar a mensalidade de um colégio de queques com um nome tipo Carlota Joaquina e do curso de gestão da Católica.
Por outro lado, o meu irmão, filho de pais de classe média, que andou na Escola Primária de Odivelas, se fosse assim, já não podia ter tirado um doutoramento nos EUA e arranjar um emprego numa das maiores empresas de produtos de consumo doméstico. Isto porque teria que aturar a mediocricidade dos professores das escolas que os meus pais poderiam pagar. Quanto ao doutoramento, mesmo que tiivesse uma boa média na universidade, nem vê-lo, né? Nessa altura, já não havia bolsas da PRAXIS/FCT para dar porque com o fim do IRC, teriam que ser feitos alguns "pequenos" cortes nas contas do Estado. Só rindo...
"Se a Escultura precisa de subsidios então precisa é de desaparecer; é porque não é economicamente viável. E não venham cá os colectivista/socialistas com a historinha do "pode não ser economicamente viável mas é importante socialmente"... Fixe, se é importante comprem vocês as esculturas em vez de as quererem ver à borla. Se vocês comprarem já não são precisos subsidios (i.e. o *meu* dinheiro, ganho por mim e roubado pelo Estado) para nada."
Sim, já agora se és tão contra a Cultura e a Arte, porque não deixar apodrecer ainda mais as estátuas e monumentos do passado? Uma ideia ainda melhor era vender o Mosteiro dos Jerónimos, a Torre de Belém e o Mosteiro da Batalha ao Millenium/BCP ou ao Corte Inglês. Afinal de contas, para que é que a gente quer aquele monte de pedras se só obriga a gastar dinheiro em limpezas, conservação e restauro?
Tudo bem, estou a gozar. Neste aspecto da Arte e Cultura, acho que se deve ponderar muito bem as coisas. Admito que se tem cometido alguns excessos e gasto mal muito dinheiro, mas acho que a Arte e a Cultura, assim como os jardins, os parques, etc., devem ser parte integrante da paisagem urbana, da vida das grandes cidades. Devem ser consideradas, tal como outros factores, indicadores de qualidade de vida. Porque é que cidades como Paris, Veneza, Roma, Nova Iorque, Londres, Florença, Barcelona são as mais visitadas e das mais desenvolvidas? Justamente por essa combinação entre comércio + vias de comunicação + arte + história + espaços verdes. O Sim City, apesar de ser um mero jogo, faz com que nos apercebamo-nos disso. Ninguém quer viver numa cidade suja, só com fábricas, escritórios e ver balcões do banco Millenium em cada esquina onde antes havia um café, que por acaso até era frequentado por toda a comunidade daquele bairro, era um espaço cívico, mas que não gerou lucro suficiente.
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| | | | Yeah, assim os ricalhaços como tu Ricalhaço, eu ? Deves-me estar a confundir... Não sou. Mas quero ser. Por outro lado, o meu irmão, filho de pais de classe média, que andou na Escola Primária de Odivelas Eu andei na Escola Primaria Carvalho Araujo em Tras os Montes. E na Secundaria de Benfica em Lisboa. E na Fac. de Ciencias da Univ de Lisboa. Como vez nem os meus pais nem eu somos/éramos "ricalhaços". Mas não é por isso q agora vou defender as o sistema de ensino publico. Se quis fazer um MBA na Catolica tive de trabalhar e pagá-lo do meu bolso. Isto para além de ter sustentado o doutoramento do teu irmão; o meu MBA ninguém o sustentou... Isto porque teria que aturar a mediocricidade dos professores das escolas que os meus pais poderiam pagar É engraçado ver como os pretensos defensores do sistema de ensino público são os primeiros a apontar a sua mediocridade e a exigirem bolsas para poderem fugir ao mesmo sistema que defendem... já não havia bolsas da PRAXIS/FCT para dar porque com o fim do IRC, teriam que ser feitos alguns "pequenos" cortes nas contas do Estado O Estado, se acabasse com o IRC, iria receber muito mais em IRS recebido pelos lucros das empresas que acabassem por ser distribuidos. Sim, já agora se és tão contra a Cultura e a Arte, porque não deixar apodrecer ainda mais as estátuas e monumentos do passado? Estás enganado, eu não sou contra a Cultura e a Arte. Não ponhas palavras na minha boca que eu não disse. Eu sou é contra ser obrigado a pagar a Cultura e a Arte que os outros querem. A Cultura e a Arte que me agradam e me interessam pago-as eu com o meu trabalho e não ando a exigir que os outros paguem impostos para delas usufruir. Cumprimentos Mario Valente |
| | | | Telegraficamente:
1) Respondi a parte disto no comentário "geral" que fiz aqui há poucos minutos.
2) O exemplo da Escultura não é importante em si, mas é representativo de um aspecto que eu queria focar. Aqui não defendia o apoio a uma actividade económica, mas sim a algo que eu enquadrava no domínio da Educação, ou seja, como um investimento (se quiseres também podes ver como "actividade económica", mas não é só isso). Mas há actividades que eu se fosse governante apoiaria encomendando trabalho: investigação em diversas áreas, por exemplo. Estabelecia relações de cliente/fornecedor em vez de dar subsídios.
Lembrei-me do caso da Escultura porque estou casado com uma escultora. :-) E não, ela não quer subsídios e tem tido encomendas (privadas, não estatais). Aliás, ela não tem tido tempo de actualizar o site dela precisamente porque tem tido trabalho mais importante para fazer. ;-) |
| | | | Para começar, recomendo-te que sintetizes o "discurso", pois uma pessoa normal com boas intenções ainda vai até à página cinco. Agora, depois disso, só quem é portuense ou engenheiro - melhor, as duas coisas - é que não evita saltar algumas partes...
Em relação à comparação Justiça versus Educação, acho que o modo como a colocas está errado. Não sou historiador de Direito, mas acredito que muitos Estados nada democráticos tenham tido "excelentes" sistemas de Justiça, mesmo a nível de Direito Civil. Será que o teu objectivo é regressar-se aos tempos em que quem roubava ficava sem a mão?
Por outro lado, há poucas formas de melhorar directamente a eficiência a Justiça, excepto algumas medidas de combate à burocracia. Acontece que quase todos os problemas actuais da Justiça portuguesa passam pela Educação e pelo sentido de cidadania que a escola nos devia dar.
Senão vejamos: os "maus" advogados, juízes e funcionários judiciais só são "maus" porque não receberam uma educação rigorosa mas sim laxista, provinciana e com objectivos. É na escola que o puto que dá porrada aos outros deve ser castigado. É na escola que se deve ensinar a ser pontual e a não faltar. É aqui que se deve aprender a esforçar-se pelo estudo e pelo trabalho. Justamente por ocupar 17 ou mais anos da nossa existência, é a Educação que marca a nossa personalidade, a nossa vida futura, a nossa carreira, a nossa noção pessoal de ética, de ser, etc.
Ora, na prática, isso não acontece. Estamos quase todos habituados, por influência dos amigos e da sociedade portuguesa, a não se esforçar na escola. É fixe chegar atrasado, faltar, não fazer os trabalhos, estudar o minímo para passar. Muitas vezes, a maior parte do pessoal chega ao fim da universidade sem se ter esforçado minimamente. Felizmente, há alguns que despertam dessa "burrice colectiva" alguns anos mais cedo...
Assim, não há dúvida que se gera um ciclo vicioso descendente, em que os professores do ensino pré-universitário, por serem os que têm geralmente piores médias, acabam por propagar esta cultura da burrice a cada nova geração.Na minha opinião, se resolvermos os problemas da Educação oferecendo melhor formação e maior rigor e/ou disciplina - se bem que não goste muito deste termo -, grande parte dos problemas na Justiça, Saúde e Economia irão desaparecer gradualmente.
Quanto à questão da inovação, a tua estratégia parece a mesma que a da Albânia, Cuba ou Coreia do Norte. Não há como escapar nos dias de hoje: hoje vivemos numa economia do conhecimento, da informação - vide o Manuel Castells, amanhã na Gulbenkian -, em que a inovação é um dos factores que conta mais. Hoje em dia, qualquer país capitalista que não aposte na inovação não tem importância em termos globais. A era da massificação fordista e da máxima capacidade de produção já passou. Senão a China seria o país mais desenvolvido do mundo!! Temos é que seguir o exemplo da Irlanda.
Em termos de TIs, muitas inovações em software e hardware não exigem os milhões de euros gastos em Silicon Valley, pela Intel e pela MS. Veja-se a comunidade open-source, responsável por algumas das inovações mais importantes nos últimos anos em termos de software. |
| | | | | Veja-se a comunidade open-source, responsável por algumas das inovações mais importantes nos últimos anos em termos de software. Que inovações? A minha pergunta não é retórica. Realmente, assim de repente, não me vem a cabeça nenhuma inovação feita pela comunidade open-source. |
| | | | hmm, python, perl, bittorrent, ogg... no browser que tou a usar, XUL... ---
Que Bush vos abençoe. |
| | | | Vivam!
Obrigado pelo feedback. Eu depois gostava de responder a uma série de coisas que foram aqui escritas, mas tenho passado estes últimos dias no tal Encontro na FEUP onde apresentei a comunicação... No fim de semana já vai dar tempo.
Para já, e por uma leitura muito rápida que fiz dos vossos comentários, ficam aqui apenas uma notas sucintas.
1) Claro que a Educação é fundamental! O que eu digo é que a sociedade não está a funcionar bem, o "sistema" não é gerível. Ninguém respeita a Lei (nem os cidadãos nem o Estado) e por isso nem sequer se conseguem aplicar decentemente as medidas de promoção da Educação que são necessárias (venham elas do Estado ou sejam iniciativas privadas). É a completa balda, na prática ninguém é responsabilizado por nada _em_tempo_útil_. Daí a prioridade absoluta que eu acho que todos devíamos dar à Justiça e ao cumprimento da Lei, por oposição à Educação.
2) Quanto à Inovação, claro que a Inovação é importante! Mas não se inova só por que se decidiu "vamos inovar"... Primeiro é preciso aprendermos aquilo que outros já sabem. Só quando estivermos no estado da arte é que podemos inovar. Inovação, só por si, como _objectivo_ não faz sentido. Inovação é uma _consequência_ da necessidade de fazer mais e melhor. E aparece como resultado do "trabalho normal".
Depois volto a isto.
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| | | | Bom, depois de ler melhor os vossos comentários não me ocorre nada de especial a acrescentar ao que já tinha dito no comentário anterior e, evidentemente, ao que disse no texto da comunicação.
Lembro só que:
1) a melhoria da Justiça passa essecialmente pela desburocratização e pela informatização _competente_ (seguindo critérios muito exigentes de usabilidade e fiabilidade) dos tribunais e da Administração Pública - é preciso fazer pouco mas muito bem.
2) uma melhoria na Justiça produz efeitos imediatos na sociedade; uma melhoria na Educação leva uma geração a produzir efeitos significativos - são as duas fundamentais, mas a Justiça é mais urgente.
Saudações! |
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