Esta discussão foi arquivada. Não se pode acrescentar nenhum comentário. | | | Um bom princípio será optar pela constituição de uma cooperativa em vez de uma sociedade por quotas/anónima. Numa cooperativa todos "mandam" o mesmo, uma vez que cada pessoa tem um voto na Assembleia Geral (AG), independentemente da quota que detém. Os cooperadores elegem um "Conselho Executivo" em AG. A partir daqui o restante processo de gestão pode ser equivalente às sociedades "tradicionais", ou seja, o Conselho Executivo tem poderes para gerir a empresa como bem entender. Pode definir salários, postura no mercado, distribuição de tarefas aos colaboradores, etc. Se o Conselho Executivo se "portar mal" os colaboradores/trabalhadores/cooperadores são soberanos e podem eleger um novo Conselho em AG. O Conselho Executivo pode ainda, sempre que viável, optar por reunir a opinião dos colaboradores e tentar chegar a um consenso. Se o consenso não for possível cabe ao Conselho decidir. Este método é mais democrático que a maior parte dos projectos de Software Livre/Open source. Por exemplo no Linux quem tem a última palavra é o Linus Torvalds (o ditador benevolente). A Debian, por outro lado, já tem um procedimento mais democrático de decisão e de eleição do seu líder (cujos poderes são relativamente limitados). Se um ou mais colaboradores da cooperativa não estiver contente com o rumo que esta está a levar e não o conseguir alterar (pois a maioria vota contra eles), podem fazer um "fork", ou seja, criam uma nova empresa. Obviamente que não é tão simples como copiar o "código fonte" e até pode ter problemas de propriedade indústrial ou outros problemas legais (já para não falar na necessidade de criar toda a infraestrutura necessária a qualquer empresa). Este método não vai tão longe como o sugerido no artigo, mas pelo menos é prático e parece-me que poderá contribuir para aumentar a motivação dos colaboradores, pois estes sentem que estão a trabalhar para algo que também é deles. (Porque existem tão poucas cooperativas é algo gostava de entender). P.S. Obrigado pelos links interessantes!
Ruben |
| | | | | "Numa cooperativa todos "mandam" o mesmo, uma vez que cada pessoa tem um voto na Assembleia Geral (AG), independentemente da quota que detém."
Exactamente. Ou seja, nesse aspecto não há nenhuma diferença de uma cooperativa em relação a uma sociedade por acções (ou por quotas) em que todos os sócios têm o mesmo capital. Não vejo por isso qual a inovação. A diferença das cooperativas é mais quanto aos objectivos e aos meios para os concretizar, e não quanto ao governo da organização. |
| | | | Todos os sócios têm o mesmo valor não importa a percentagem do capital [é quase o que descreveste mas sem esclarecer o que é importante] e a sociedade por quotas não tem de aceitar novos cooperantes. |
| | | | Ou seja, nesse aspecto não há nenhuma diferença de uma cooperativa em relação a uma sociedade por acções (ou por quotas) em que todos os sócios têm o mesmo capital. Não vejo por isso qual a inovação. Existem algumas vantagens de ordem prática. Só um exemplo supondo que se pretende que possam entrar e sair colaboradores de maneira simples (algo esperado numa empresa "aberta"). Numa sociedade por quotas isso obrigaria a uma escritura de alteração do Pacto de Sociedade sempre que alguém entrasse ou saísse, o que tem custos e é um processo burocrático. Nas SA's isso já não acontece, mas por outro lado temos que o valor do capital social mínimo é de 50.000 Euros (se não estou enganado). Para criar uma cooperativa o capital social é de apenas 2.500 Euros.
Ruben |
| | | | Se um ou mais colaboradores da cooperativa não estiver contente com o rumo que esta está a levar e não o conseguir alterar (pois a maioria vota contra eles), podem fazer um "fork", ou seja, criam uma nova empresa. E se, por hipotese, um ou mais colaboradores não está contente mas ao invés de fazer um fork continua na "mama" ? Num projecto open source é kickado da comunidade/cooperativa, se não pelos restantes membros pelo menos garantidamente pelo project leader. Ora isto nao pode ser feito na configuração legal de *cooperativa*, como referiste. E também não dá para fazer na *sociedade em comandita* (uma figura pouco usada no nosso país a "& Companhia Lda"...) Cumprimentos Mario Valente |
| | | | Disclaimer prévio: não conheço o suficiente das cooperativas para saber se é possível ou não discriminar os benificios de pertencer à mesma. "Continuar na mama" num projecto "open source" quer dizer o quê? Será continuar com o seu nome na lista de colaboradores? Bem, para isto pode existir a distinção colaboradores presentes / antigos colaboradores. O "kickar" quer dizer simplesmente a diminuição da visibilidade (e eventualmente perda de acesso directo ao CVS ou ao "core team" - ou seja, menos capacidade de intervir directamente). Numa empresa ou cooperativa, assumindo que os beneficios são determinados pela colaboração efectiva (ou seja, com uma componente importante dos benefícios "à peça"), não vejo porque é que uma tal acção não possa ser efectuada. Num projecto open-source, tal como numa cooperativa, ou numa empresa que mantenha história, contribuições passadas não são ignoradas , mas as contribuições mais recentes podem (devem?) ser mais valorizadas. Na prática, isto significa que empresas/cooperativas/projectos mais antigos adquirem algum "lastro". Isso pode ser considerado desagradável por quem gere, mas não vejo que ponha em causa a viabilidade dos projectos.
Cumps, JB |
| | | | E se, por hipotese, um ou mais colaboradores não está contente mas ao invés de fazer um fork continua na "mama" ? Não tenho a certeza dos moldes legais em que os colaboradores de uma cooperativa se enquadram, mas vou supor que ou têm um contrato de trabalho (não necessariamente sem termo) ou estão "a recibos verdes". No primeiro caso têm de apresentar trabalho, como qualquer outro trabalhador de uma empresa, caso contrário existe justa causa para a cessação do contrato de trabalho. Penso que os Estatutos também poderão prever esse tipo de comportamento como gravoso dando origem à expulsão da cooperativa. No segundo caso, se ele não trabalha (ou trabalha sem qualidade) o Conselho Executivo não lhe atribui mais trabalho, pelo que ele não recebe. Já agora, se não for abusar, podes explicar a diferença das sociedades em comandita para as por quotas e anónimas? Já ouvi falar delas mas não faço ideia do que são. Um abraço, Ruben |
| | | | pah, ja vai muito tempo desde que estudei isto no secudario, mas como mais ninguem te responde. sociedade em comandita: uma versao estranha de sociedade, em que existe um socio em comandita e um comanditado. Um deles tem responsabilidade limitada (o que entra com o dinheiro) e o outro (comanditado) resposabilidade ilimitada. por quotas e anonimas, ambas sao sociedades de responsabilidade limitada, no caso da spq, esta escrito no contrato da empresa quem tem o que. Na sociedade anonima, a cada accao corresponde um peso na sociedade, mas a posse das accoes eh desconhecida e transacionavel sem a alteracao do contrato inicial (se calhar existe uma palavra melhor que contrato, estatutos?) logo eh anonima por consequencia.
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| | | | "como deveriam ser escolhidos os projectos ?" Este é um dos grandes erros do comunismo/socialismo, porque com a ausência do mercado, como eram tomadas as decisões ? Eram tomadas de forma discricionaria, à vontade dos líderes. Bom exemplo disso foi o investimento massivo da ex URSSS no armamento e outras decisões (consultar Hayek e outros amigos para críticas interessantes ao sistema comunista). Ora criar uma empresa open source, parece-me utopico. Porque ? Porque nao existe uma cadeia de liderança. Olhando para os recentes anos, vemos asneiras completas dos CEOs de muitas empresas, logo seria uma critica válida dizer que a liderança tem também problemas. Claro que os tem, mas provavelmente funciona melhor do que um sistema em que basicamente toda a gente tem o mesmo poder de decisao, e a probabilidade de chegar a situações de indecisao será maior. Se olharmos para o reino da natureza, eu nao conheco muitas situacoes que funcionem sem um líder (mesmo que o papel nao seja um líder classico, existe sempre alguma liderança). Um estudo interessante, seria analisar as decisões dos movimentos OpenSource, tentando analisar se podiam ter sido tomadas decisoes melhores, com vantagens significativas para o projecto (se bem, que existe sempre um líder nos projectos ou na maioria deles). Se calhar esta visao centrada na liderança pode estar a afastar-se da questão, mas parecem ser tudo questoes muito relacionados com a tomada de decisões. Talvez equiparar a um sistema democratico, mas mesmo esse funciona mal em termos de tomada de decisões. |
| | | | | Ora criar uma empresa open source, parece-me utopico. Porque ? Porque nao existe uma cadeia de liderança Mas os projectos open source não são utopicos. E funcionam... Porquê ? Concordo contigo: porque apesar de tudo existe uma cadeia de liderança (baseado num mecanismo de reputação). A questão é: como é q se recria o mesmo sistema numa organização formal (ie empresa) ? Se olharmos para o reino da natureza, eu nao conheco muitas situacoes que funcionem sem um líder Não é verdade. Existem muitas situações, nomeadamente no reino dos insectos (formigas, abelhas, etc) onde as decisões são tomadas de forma distribuida. Cumprimentos Mario Valente |
| | | | Sim claro, eu estava a pensar também no reino dos insectos e por isso é que falei dum papel semelhante ao de liderança. Por exemplo as abelhas tem a rainha, está no topo, mesmo que as decisões sejam distribuidas. Mesmo empresas com grande participação dos empregados, existe sempre uma equipa que lidera, que toma as decisões entre as várias possibilidades que existem. Claro que se as sugestões (ou no sentido em que estamos, contribuições) forem elevadas, podemos ter uma semalhança com o mecanismo de mercado (ou seja, um jogo entre oferta e procura). Estamos tb a partir da ideia de que o mercado é eficiente (e apesar de mts problemas que se lhe podem apontar, eu consido o mercado eficiente, mas nao no sentido de uma total eficiência). Mas voltamos a esbarrar no problema, como decidir. No caso do software open source, ha decisoes, por pessoas com maior reputacao/experiencia/conhecimentos/etc. Existe sempre liderança. Portanto não será entao o open source mais um sistema democratico aperfeiçoado, em que as contribuições das pessoas realmente contam para alguma coisa, contrastando com a democracia politica e "democracia" empresarial ? |
| | | | Existem muitas situações, nomeadamente no reino dos insectos (formigas, abelhas, etc) onde as decisões são tomadas de forma distribuida. A afirmação que o Toni :) fez é, basicamente, verdadeira. Há tempos passou um documentário na BBC Learning sobre isso. No documentário é demonstrado que a liderança existe até nas espécies em que aparentemente não poderia existir. Nas formigas, por exemplo, o papel da liderança é data à Rainha. É ela que dicide os ataques, as mudanças de local, etc.. Por outro lado, existem os animais que não vivem em grupo, como certos ursos. Nestes casos, o indivíduo é lider de si próprio, num caso natural de libertarianismo! Cirruz |
| | | | O papel da rainha na regulação e controlo da colónia é diminuto. Tem de ser porque o cérebro da raínha não é diferente do resto das formigas. A raínha depende sempre de mensagens colhidas e processadas pelo resto da colónia. Pode reagir a essas mensagens, mas as reacção serão igualmente processadas pelo resto da colónia. A regulação e o controlo tem que ser feito de forma descentralizada. Normalmente este controlo é feito como se o formigueiro fosse um superorganismo sem cérebro. Aliás, qualquer ser vivo pluricelular realiza determinadas tarefas de regulação e controlo de forma descentralizada. O sistema imunitário humano é um exemplo.
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| | | | A empresa aberta já existe. É uma empresa em que: - Cada um faz o que quer;
- ninguém manda em ninguém;
- os ganhos de cada um dependem da reputação e do desempenho;
- os resultados do trabalho de cada um podem ser utilizados para qualquer fim;
- as experiências de cada um podem ser aproveitados por terceiros;
- os componentes podem ser reutilizados para outros fins;
- os forks são permitidos;
- é descentralizada;
- os membros têm incentivos para serem competentes, responsáveis, transparentes ...
- as acções de pessoas que nem sequer se conhecem são coordenadas por um um sistema de realimentação positiva ou negativa.
Chama-se economia de mercado. O truque está no reconhecimento de que cada um tem direito à sua liberdade. A solução para todos os problemas colocados pelo Mário Valente está na compartimentação das responsabilidades e dos ganhos. Os direitos de cada um dependem do valor que os outros atribuem ao seu trabalho.
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| | | | | Um exemplo mais concreto: um cluster industrial funciona mais ou menos como um sistema de produção de software livre. Num cluster industrial, como o cluster dos moldes em Portugal, todas as pessoas de diferentes empresas, trabalham para um fim comum, de forma voluntária, embora não exista uma direcção central que controle as actividades do cluster.
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| | | | "A empresa aberta já existe. (...) Chama-se economia de mercado."
É quase isso, acho que a "solução" anda muito perto deste modelo. O que o Mário Valente queria era provavelmente algo com objectivos comuns um pouco mais formalizados. É o que se passa com os acordos/consórcios que são estabelecidos dinamicamente entre empresas no mercado. No exemplo dos moldes que deste noutro comentário eu diria que o objectivo comum é apenas o lucro, não há propriamente um "projecto nacional dos moldes".
Eu não sinto falta de "novos modelos de empresas" ou de "novas ferramentas de gestão". O que sinto falta é de empreendedores competentes e de capital disponível para investir sem burocracias. ;-) |
| | | | No exemplo dos moldes que deste noutro comentário eu diria que o objectivo comum é apenas o lucro, não há propriamente um "projecto nacional dos moldes". A ideia é mesmo essa. Não existe uma racionalização dos objectivos. Mas as coisas aparecem feitas porque todos ganham. E é como se existisse um "projecto nacional dos moldes", mas a verdade é que o cluster emerge espontaneamente dos interesses egoístas de todos.
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| | | | Boas. "O que sinto falta é de empreendedores competentes e de capital disponível para investir sem burocracias. ;-)" Tipica frase (quase) de um gestor. :-) @141, Nbk
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| | | | "Tipica frase (quase) de um gestor. :-)"
Pois, pois... Ainda és daqueles que acham que basta uma boa ideia e muito voluntarismo para lançar com sucesso um negócio... ;-) Por vezes com sorte chega apenas isso, mas é preciso sorte. Para algo mais determinístico é preciso capital e interlocutores à altura.
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| | | | Chama-se economia de mercado. Pois :-). A questão é: como é que reproduzo a economia de mercado dentro de uma empresa, dentro de uma organização formal. A tua resposta às minha questões faria sentido se a dita economia de mercado fosse uma economia de indviduos apenas, de free agents. O problema é que não é. Os individuos agregam-se em organizações. E aí a economia de mercado deixa de ser possivel, quanto mais não seja dadas as nossas leis. Exemplo: numa economia de mercado se não estou satisfeito com um fornecedor, mudo; numa organização se não estou satisfeito com um participante/colaborador/empregado, faço o quê ? Não despeço de maneira fácil... Um exemplo inverso: numa economia de mercado, quem fornece os melhores produtos tem a possibilidade de ganhar mais dinheiro; como reproduzo esse mecanismo do mercado dentro de uma organização aberta/"open source"; como é que pago mais a quem fez mais e merece mais ? como é que isso é determinado ? Cumprimentos Mario Valente |
| | | | Algumas organizações já funcionam de uma forma muito parecida com um mercado. Estou-me a lembrar das organizações de vendas em pirâmide. Nestas organizações, cada vendedor pode criar a sua própria rede de vendedores. Os participantes podem ter mais ou menos actividade conforme o seu entendimento. Como não há uma relação empregador/empregado, o sistema é muito flexível. Estas organizações já resolveram alguns dos problemas que colocas. Os maus vendedores são ignorados. Os melhores são compensados porque ganham à comissão. Mas o modelo, tal como o modelo de produção de software livre, tem as suas limitações. Por exemplo, não podes garantir objectivos demasiado precisos como prazos e padrões de qualidade. Outros exemplos que podem ter interesse são: - empresas que fazem outsourcing de quase tudo;
- grupos económicos compostos por empresas, cada uma especializada na sua área;
- multinacionais (algumas poderão ter uma organização em rede interessante);
- empresas que fazem franchising.
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| | | | A questão é: como é que reproduzo a economia de mercado dentro de uma empresa, dentro de uma organização formal. Nao me parece que consigas numa organizacao "formal". Consegues numa organizacao "informal" que nao passa de uma "joint venture" de individuos que trabalham para bens comuns, mas onde as receitas nao sao redistribuidas (cada um tem um retorno proporcional ao investimento em trabalho). Por exemplo, n individuos com skills diferentes (IT, financa, business re-engineering, consultoria, etc.), que sao postos em accao por forma a criar sinergias para o bem do grupo (o valor do grupo e' maior que o valor de um sub-conjunto de individuos). Alias, acredito que num futuro proximo as "empresas" pequenas apenas poderao sobreviver usando um modelo similar a este, no UK por exemplo ve-se cada vez mais o seu uso entre "contractors" -- sugiro a leitura do The Sovereign Individual para compreender a justificacao do modelo. "I triple guarantee you, there are no American soldiers in Baghdad.", Mohammed Saeed al-Sahaf, Iraqi Minister of Information
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| | | | No que toca à empresa aberta, podes dar uma olhada aos modelos da Easter Eggs e da Entr'ouvert. O modelo burocrático de organização consiste numa empresa em sociedade por quotas em que a maioria (normalmente 98% ou mais) é detida por uma associação em que participam todos os empregados. Quanto às perguntas que fazes, infelizmente não vejo forma de replicar completamente o modelo a partir do momento em que deixas de ter agentes livres (uma restrição legal nas empresas portuguesas). Além disso porque queres imitar o modelo de mercado? A média dos resultados do sistema de mercado é pior que as melhores empresas (embora admita que a sua longevidade é impressionante). Ensinaram-me em tempos que um investimento só vale a pena se, em princípio, conseguires bater o mercado (ou pelo menos um investimento melhor que consegues no mercado financeiro), tendo em conta que criar a tua empresa tem riscos adicionais. |
| | | | As melhores empresas batem o mercado, mas tu não consegues prever que empresas baterão o mercado.
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| | | | E porque é que as empresas têm de se canibalizar umas às outras, especialmente num mercado que ainda não está muito explorado, e onde a cooperação provavelmente produz melhores resultados do que a competição de 20 cães a um osso? |
| | | | Por causa do provavelmente. Se achas mesmo que a cooperação produz melhores resultados então aplica essa ideia à prática. Provavelmente bates a concorrência. Provavelmente ... Mas claro, se todos nós soubessemos que é que vai acontecer no futuro, não eram necessários empresários para descobrir as melhores soluções para os problemas económicos.
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| | | | Boas. "Mas claro, se todos nós soubessemos que é que vai acontecer no futuro, não eram necessários empresários para descobrir as melhores soluções para os problemas económicos." Estupidamente ou não, parecem-me ser os matemáticos que têm alcançado essas soluções... @145, Nbk
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| | | | Os matemáticos não têm acesso à informação dispersa pela economia. Esta informação corresponde às condições fronteira e às condições iniciais do sistema. Como esta informação está dispersa, ninguém a possui na totalidade. A única forma de resolver o problema é deixando "correr" a própria economia. No processo económico, os empresários funcionam como nodos num sistema computacional que descobrem e manipulam informação.
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| | | | No processo económico, os empresários funcionam como nodos num sistema computacional que descobrem e manipulam informação. e depois os matemáticos interpretam e dão orientações aos agentes, que a tentam ou não ;) |
| | | | Viva Mário... Realmente a tua questão dá realmente que pensar, e se pretendemos ser os gestores do futuro, esta deverá ser uma problemática a ter em questão. Eu considero que o openSOURCE é um forma credível de desenvolver o software, porquê??? Bem, se virmo com atenção o que se tem passado, veremos que eu tenho razão. No passado, quando a IBM mandava e desmandava na informática, e empresas com a Microsoft procuravam um lugar ao sol, nós criticavamos a forma ditatorial como eles geriam o ser negócio, centrando todos os seus recursos nos lucros cada vez maiores em vez de centrar os seus esforços na disponibilização de tecnologia aos comuns dos mortais. Nesse sentido, muitos de nós, gostamos quando a Microsoft surgiu com o seu MS-DOS, com o Word ou outros softwares para Office que tinham na altura. Tinhamos finalmente um acesso à tecnologia que nos estava a ser vedado à muito tempo pela IBM que demorou anos a lançar o PC (Personal Computer). Agora estamos novamente contra as atitudes de uma empresa que tentou combater o mesmo que faz no presente..... o que claro mostra pouca coerência. Assim, podemos atribuir à ganância dos homens este evoluir da nossa sociedade. "Se eu tenho a vantagem tecnológica não vou mostrar a ninguém.. .não vou dar o ouro ao bandido!", assim desta forma não temos disponivél sempre as melhores soluções, mas sim, as melhores que o dinheiro, que temos no momento, pode comprar. Felizmente, alguns estudiosos chegaram à conclusão que em termos empresariais e comerciais esta máxima funciona muito bem, mas, para as empresas estatais não tem que ser obrigatóriamente assim. Então vejo neste momento uma excelente forma de fazer negócio junto das empresas estatais (Administração pública) porque: 1º Necessitam das melhores soluções tecnológicas - Para responder às necessidades dos utentes, ter sempre as últimas tecnologias fará que o tempo de espera por término dos processos seja sempre mais curto. 2º Flexibilidade nos processos críticos de negócio - Possibilidade de proteger as máquinas por onde os processos criticos de negócio passam, alterando o proprio SO para ke essa protecção seja completa. 3º Possibilidade de escalamento do serviços - com o aumento dos utentens há sempre a necessidade de fazer escalar os sistemas para melhor responder às necessidades. 4º Baixo custo de manutenção - serão sistemas cujo tempo de vida pretende-se que seja alto, logo devem comportar custos de manuntenção baixos. 5º Independência das soluções às empresas que as fornecem - Onde ao desaparecer a empresa não implica que deva desaparecer também o software. Com o openSOURCE outra empresa, ou instituição pode dar continuidade ao trabalho iniciado. Estas razões todas que se espera de um bom sistema que dê suporte à Admnistração Pública, pode ser conseguido usando Software openSOURCE. Não estou a dizer que seja claro a solução ideial para todos os problemas da Administração Publica, mas, posso dizer com alguma garantia que é um começo. Nós como País independente não temos nem devemos estar a patrociar empresas Americanas, mas, também a quem deve a Administração Pública comprar os seus sistemas operativos??? HP, SUN, SCO, RedHat, SlackWare, Debian??? Nenhum destes é português também... então é ai que realmente uma empresa portuguesa tem espaço para entrar. Infelizmente ainda não temos nenhuma grande empresa do tecido empresarial português que resolva a sério investir no openSOURCE para o desenvolvimento de soluções para a Administração Pública. Não é uma empresa "de vão de escada" criada por uns putos que gostam de Linux que tem a credibilidade necessária que alguma instituição do estado ou Ministério compre soluções a essa empresa. Uma empresa que baseie o seu negócio no openSOURCE não pode.... e repito NÃO PODE ter uma gestão openSOURCE, isto é, cada membro do payroll da empresa tem que ter um objectivo comercial nos projecto que participa, não pode simplesmente participar num projecto sobre qualquer coisa que não tem qualquer interesse comercial, pois, a empresa necessita de lhe pagar. Assim, penso que em Portugal uma empresa cujo negócio se baseia no openSOURCE, deve se focar no sector da Administração Pública onde a vantagem tecnológica não se colocar, já que, Administração Pública só à uma. Em relação aos projectos..... a gestão TEM e DEVE ser uma gestão ponderada dos recursos e dos projectos. Podia-se também everdar por uma gestão tipo o Kernel Linux, onde uma associação que englobasse um conjunto de empresas (Ex: Associação dos Agentes de Viagens) investisse no desenvolvimento de uma plataforma openSOURCE para os seus associados, onde cada um usaria se fosse do seu agrado, teriam disponível uma plataforma homologada pela associação que os representava. Esta é claro uma outra forma de olharmos para o openSOURCE que é tão válida como a outra.
Espero ter sido claro sem me complicar em demasia.
(()) Esqueleto |
| | | | | Assim, podemos atribuir à ganância dos homens este evoluir da nossa sociedade Greed is good. A ganância não é nenhum papão. Então vejo neste momento uma excelente forma de fazer negócio junto das empresas estatais Confundiste a minha questão. Não está em causa se é boa ideia ou não criar uma empresa para explorar o fenómeno open source. A questão que coloco é se é possivel criar uma empresa (que pode ser para comercializar batatas) que funcione com mecanismos semelhantes aos dos processos/organizacoes que produzem software open source. Cumprimentos Mario Valente |
| | | | Greed is good. A ganância não é nenhum papão. e tal como tudo no mundo, na quantidade certa... demais e' um perigo pois pode-se sobrepor a outras coisas, como a honestidade e a integridade de menos pode levar a que a pessoa nunca ganhe nada com o seu trabalho (que para algumas pessoas nao e' problema, afinal existe o voluntariado e afins)
Higuita |
| | | | e tal como tudo no mundo, na quantidade certa... Nao é uma questao de quantidade, é uma questao de direccao. demais e' um perigo pois pode-se sobrepor a outras coisas, como a honestidade e a integridade Isto é falso; apenas um lugar comum e uma generalização... de menos pode levar a que a pessoa nunca ganhe nada com o seu trabalho (que para algumas pessoas nao e' problema, afinal existe o voluntariado e afins) A ganância não é só em relação ao dinheiro. Há quem seja ganancioso em relação ao conhecimento. E também há quem o seja em relação ao reconhecimento... Cumprimentos Mario Valente |
| | | | "Greed is good. A ganância não é nenhum papão."
Estás a usar a palavra errada. Usa antes "ambição", por exemplo.
"Ganância" tem no uso normal um sentido pejorativo, por exemplo de desejo de obtenção de lucro (mesmo ilícito) por qualquer meio. Mesmo em inglês: "greed: excessive desire to acquire or possess more than one needs or deserves". Ou seja, é um desequilíbrio, não uma qualidade. É como a diferença entre "teimosia" e "persistência".
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| | | | Tentei que a minha resposta fosse um pouco mais abrangente do que simplesmente dizer sim ou não.... mas.. a resposta que querias ter eu também a respondi. Gosto muito dos mecanismos openSOURCE, mas, a gestão de processos/organizações com fins comerciais não está na mesma sintonia que essa forma de gestão.... pelo menos para já. Penso que ainda muitas arestas deveriam ser limadas. Como eu disse no meu POST, as pessoas ainda se agarram à sua suposta "vantagem competitiva" em relação aos seus competidores directos, por isso, com o incentivo da Administração Publica, podemos criar mecanismos nas cabeças "tacanhas" de muito gestores que a criação de software num regime de openSOURCE é benéfico para todos. Mas respondendo claramente à tua pergunta: NÃO, não creio que uma empresa deva funcionar com mecanismos semelhantes aos processos/organizações que produzem software openSOURCE.... porquê??? A resposta a esta porquê é muito simples; hoje em dia, apesar de haver DeadLines para apresentação de um determinado Software, esses são meramente informativos, pois, não existe ainda uma capacidade comercial por detraz do linux que obrigue que um determinado aplicativo ou Kernel esteja pronto em determinado momento para aproveitar determinada oportunidade comercial, por isso, os processos são de alguma forma relaxados. Um bom exemplo é o Kernel 2.6 que oiço dizer que está para sair desde Julho (MPC, onde falamos disso) Quando pretendemos credibilizar a posição de uma empresa perante os clientes, temos que ter uma atitude séria em relação à posições que tomamos, e sermos relaxados com os prazos não é uma boa forma de nos credibilizar perante os clientes. Considero no entando que um conjunto de empresas podem se juntar numa aliança do tipo openSOURCE para poder ter capacidade de resposta a um cliente, mas, é um openSOURCE restricto aos parceiros envolvidos.
Espero ter respondido à tua pergunta agora.
(()) Esqueleto |
| | | | Nós como País independente não temos nem devemos estar a patrociar empresas Americanas, mas, também a quem deve a Administração Pública comprar os seus sistemas operativos??? HP, SUN, SCO, RedHat, SlackWare, Debian??? Nenhum destes é português também... então é ai que realmente uma empresa portuguesa tem espaço para entrar. Crackpot... "I triple guarantee you, there are no American soldiers in Baghdad.", Mohammed Saeed al-Sahaf, Iraqi Minister of Information
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| | | | seria possível criar uma empresa "open source", uma empresa aberta, semelhante aos projectos open source e portanto distribuida, descentralizada, virtual, com acesso livre ao "código" ? Em vez de vir para aqui com pseudo-questões, que não fazem o mínimo sentido, devia estudar melhor o problema. O que significa distribuida? e descentralizada? e já agora qual é a diferença entre desentralização e desconcentração? e o que quer dizer virtual? e o que é isso de livre acesso ao código? As perguntas que faz não passam duma mistela de conceitos que não define, propositadamente para para formular esse tipo de questões pseudo-intelectualóides. Não passam de um jogo de palavras e de um logro. Para colocar questões é preciso definir com precisão o problema a resolver. Como não o sabe fazer, as suas questões de nada valem. Achou que podia juntar a palavra empresa com a de open-source e coloca umas questões absurdas. |
| | | | | Como não o sabe fazer, as suas questões de nada valem Estranho... o prof. Fernando Ilharco não achou o mesmo... Em vez de vir para aqui com pseudo-questões, que não fazem o mínimo sentido, devia estudar melhor o problema É o que estou a fazer. Quando me faltam ideias e criatividade, gosto de conversar com outras pessoas... As perguntas que faz não passam duma mistela de conceitos que não define Nem tenho de definir; não faltava mais nada começar qualquer discussão/conversa definindo todos os termos. Se não os percebe é sinal de que não tem estaleca para participar da discussão e o melhor é ficar calado. Cumprimentos Mario Valente |
| | | | Open source é uma coisa e empresa é outra completamente distinta. Open-source em sentido informático é a disponibilização do código fonte de programas informáticos. Em sentido legal, é um tipo de licença vertida em cláusulas contratuais que condicionam a disponibilização desse código. Finalmente, em termos económicos, open-source designa um característico modo de produção de bens, através do contributo de várias pessoas em moldes primos do voluntariado. Ao passo que uma Empresa é - perdoe-me o rudimentarismo da definição- uma organização que visa o lucro através da produção de bens ou serviços que coloca no mercado. Quando fala de "empresa open-source", não consigo entender o que quer dizer. Estará a querer dizer que os segredos de fabrico das empresas devem ser conhecidos por todos os concorrentes? Estará a tentar inventar um modo de produção de bens através do voluntarismo dos trabalhadores? Mas, que eu saiba, nem as empresas que actuam na área do open-source, são empresas open-source, nem se debatem com as questões que coloca. Empresa open-source é uma contradição de termos, porque, por definição, as empresas são "proprietárias": os seus trabalhadores têm um contrato de trabalho e os bens que colocam no mercado são a única forma de subsistência ao seu alcance. Além disso, algumas têm técnicas de produção patenteadas e muitos dos seus produtos são igualmente patenteados. Com o tipo de mercado que temos essa ideia de empresa open-source é descabida. É preciso saber usar as palavras certas, para exprimir ideias e opiniões. |
| | | | Foi uma boa resposta.
mvalente, vá lá, agora que estás a pensar em qual há-de ser a tese do MBA, deixa lá tantas referências aos "Profs.", centra-te no tema, e arranja também uma boa resposta. ;-)
Mas tem cuidado, não te deixes cair na tentação de te transformares num dos muitos "gurus" que andam pela Católica. Alguns deles são mesmo "gurus", mas a maioria só sabe juntar keywords...
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| | | | Empresa open-source é uma contradição de termos, porque, por definição, as empresas são "proprietárias": os seus trabalhadores têm um contrato de trabalho e os bens que colocam no mercado são a única forma de subsistência ao seu alcance. O problema está precisamente neste "axioma" (dogma?). A minha pergunta vai/ia no sentido de a desfazer. Porque é que a empresa *tem* de ser "proprietária" ? Com certeza não é pq os bens q coloca no mercado sao a unica forma de subsistencia. Parece-me q a existencia de contratos de trabalho tb não é impeditiva; seria talvez necessario q as leis do trabalho e despedimento fossem mais flexibilizadas para se poderem eliminar colaboradores q nao contribuem. Dito isto: empresa "open source" no sentido de os concorrentes terem acesso a segredos e/ou patentes ? Nao. Terem acesso à contabilidade? Não. Empresa "open source" no sentido de serem usados os mesmos mecanismos organizacionais dos grupos open source: trabalho distribuido e descentralizado, sem existencia de hierarquias e cadeias de command-and-control q determinam o q cada um deve fazer; organização informal (e portanto virtual), adaptativa e dinamica, com grupos/hiearquias variaveis, dinamicas e adaptativas. Como é que se "gere" num ambiente destes ? Como é que o Linus gere ? Como é q se adapta ou vive com as leis existentes ? Como é q as pessoas se sentem motivadas a trabalhar num ambiente desses (e era mais por esta questao q coloquei a pergunta no Gildot). Mas aparentemente não valeu a pena. Só se gosta de gurus qd eles dão jeito... Cumprimentos Mario Valente |
| | | | Desculpe, mas volto a insistir. Trabalho distribuido e descentralizado? Mas o que é isso em termos práticos? Parece-me que tudo o que usa são chavões. E dentro das empresas com métodos de gestão avançados já se priveligia o trabalho criativo em grupos autónomos que não têm uma estrutura hierárquica típica. O mais interessante é que são empresas como a Microsoft, de todo avessas à ideia de open-source, que mais fortemente apoiam modos de produção nesses moldes. O campus da Microsoft é, aliás,um excelente exemplo. E falo da Ms, e não de muitas outras que com certeza existem, para realçar o paradoxo. Mas, repare, que é um tipo de produção muito criativa e que por natureza não podia funcionar doutra forma. E depois desculpe que lhe diga mas insiste nesse disparate duma mistela de conceitos: o que são hierarquias adaptativas e dinâmicas? Uma hierarquia não é dinâmica porque não pode ser. Uma hierarquia só funciona se estiverem precisamente definidas as atribuições de cada um e a autoridade que exercem na pirâmide. Senão, de delegação em delegação de poderes, a estrutra hierárquica corrompe-se, desorganiza-se e deixa de ser hierarquica para passar a ser qualquer outra coisa. Também lhe recomendo uma segunda leitura dos textos que submeteu para apreciação. É que neles se diz que os grupos de trabalho open-source não são assim tão descentralizados quanto isso, que existe um grupo coordenador do projecto, o "core", que tem amplos poderes de decisão, que, enfim, está no topo da pirâmide e toma as mais importantes decisões tanto na selecção de voluntários e do código fonte. Portanto, o que eu quero dizer com tudo isto é que do open-source se podem retirar algumas ideias úteis, mas que, em última análise, não passa dum tipo de licença. Podem-se retirar alguns ensinamentos para serem aproveitados na gestão de empresas mas apenas nas áreas com pendor criativo e isso, penso que não terá sido tanto uma descoberta do open-source mas decorre da própria natureza dos trabalhos criativos em grupo. Não é nenhuma descoberta do open-source que os criativos , seja em empresas de publicidade, arquitectura, audiovisual, e tantas outras, não podem estar organizados nos termos hierárquicos tadicionais. Cumprimentos. |
| | | | Devo confessar que, apesar de este assunto me interessar, não estive a ler os comentários todos com muita atenção.
Contudo, esta parece-me uma argumentação sólida e "sóbria" que contrasta com algum "entusiasmo juvenil" de vários comentários que apareceram como resposta ao desafio do mvalente.
"+1 interessante", a merecer reflexão adicional.
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| | | | Trabalho distribuido e descentralizado? Mas o que é isso em termos práticos? Parece-me que tudo o que usa são chavões. Acho q já tinha esclarecido em cima: trabalho em que as tarefas a desempenhar nao sao definidas pelo topo da hierarquia mas por cada elemento do grupo per si, ie descentralizado; mais do isso, tarefas que, decorrente de serem por cada um definidas, decorrem em paralelo, não coordenadas sequencialmente, não impedindo isso o atingir de um objectivo final, ie distribuido. E depois desculpe que lhe diga mas insiste nesse disparate duma mistela de conceitos: o que são hierarquias adaptativas e dinâmicas? Uma hierarquia não é dinâmica porque não pode ser. Uma hierarquia só funciona se estiverem precisamente definidas as atribuições de cada um e a autoridade que exercem na pirâmide. Mais uma vez insiste nos dogmas e axiomas e no "tem que ser". O que afirma é falso. Mesmo dentro das organizacoes formais a estrutura organizacional definida no organigrama e a consequente hierarquia (atribuição de poder) é uma; a real hierarquia (distribuicao de poder) é outra; as pessoas respeitam o poder de quem lhes convém; e, muitas vezes, em projectos especificos (task forces, steering commitees, grupos de trabalho) as hierarquias são adaptadas e sobrepoem-se à "normal" hierarquia. Aliás, uso o exemplo q deu da Microsoft como uma empresa q usa sobejamente o conceito de *adhocracia*. Também lhe recomendo uma segunda leitura dos textos que submeteu para apreciação. É que neles se diz que os grupos de trabalho open-source não são assim tão descentralizados quanto isso, que existe um grupo coordenador do projecto, o "core", que tem amplos poderes de decisão, que, enfim, está no topo da pirâmide e toma as mais importantes decisões tanto na selecção de voluntários e do código fonte Certo. Voltamos à pergunta inicial: como é q se consegue criar os mesmos mecanismos numa organização formal ie uma empresa ? O leader de um projecto open source pode "despedir" um voluntario; uma empresa não (de forma facil); um projecto open source baseia-se numa economia de reputação, distribuindo os "lucros" conforme necessário; como se reproduz isso numa empresa, vis a vis a natureza descentralizada do trabalho (ie cada um escolhe o q quer fazer) ? Portanto, o que eu quero dizer com tudo isto é que do open-source se podem retirar algumas ideias úteis, mas que, em última análise, não passa dum tipo de licença. Errado. Trata-se de um novo tipo de organização/distribuição de trabalho. Cumprimentos Mario Valente |
| | | | Onde deixaste a tua nave espacial ??? |
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