Esta discussão foi arquivada. Não se pode acrescentar nenhum comentário. | | | É simples. O Open Source não é uma empresa. |
| | | | Tendo a máquina (M$) obrigação de não poder parar jamais e sendo que todos os custos são astronomicos e é necessário fazer dinheiro, muito dinheiro. A Microsoft tem uma so' obrigacao -- pagar dividendos aos accionistas (o que apenas fez este ano em toda a sua historia). Com o crescente acesso a plataformas "Alternativas" relativamente baratas, não estaremos tambem nós à espera que este crescimento resulte numa visão puramente mercantilista e que as chamdas plataformas "Alternativas " comecem também a verificar que face ao seu crecimento é necessário aumentar e muito o preço dos seus produtos? Os verdadeiros custos dos "produtos" open-source ainda nao foram bem compreendidos porque nao andam ai 'a tempo suficiente (de uma perspectiva comercial). E' um bocado como foi a Internet ha' uns anos atras -- pensava-se que se podia fazer dinheiro usando modelos muito simplistas (e.g., Freeserve's, boo.com e afins), e depois descobriu-se que de facto o mundo e' algo mais complicado. Isto comeca-se a ver com coisas como o facto da RedHat efectivamente ter desistido do mercado do Desktop, ou atraves de uma crescente consolidacao das empresas que suportam produtos open-source (e.g., a compra da SuSE pela Novell). O que acho que vais ver daqui a 2 ou 3 anos e' a efectiva "comoditizacao" dos produtos open-source que dao dinheiro (Linux + Apache + meia duzia) -- mas os precos vao-se uniformizar (basta veres o preco de um RedHat Enterprise server). "I triple guarantee you, there are no American soldiers in Baghdad.", Mohammed Saeed al-Sahaf, Iraqi Minister of Information
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| | | | | O dinheiro que fica na conta bancária é sempre o dinheiro que entra menos o dinheiro que sai. O primeiro nunca parece ser sificiente; o segundo parece sempre demasiado; mas como conseguimos, isso é um caso de estudo. Ora bem, estiquem a corda por onde estiquem, o Open Source será sempre mais vantajoso, excepto para pessoas que sejam terrivelmente iliterados no tocante a computadores. Também as há, e não há mal nenhum nisso. Ora, é o suporte\ comercial que colmata a necessidade de o utilizador de se centrar no seu negócio em vez de aprender a Superübertechnologie da moda, normalmente empurrada pela garganta abaixo pelo barbarismo de uma sigla. Aliás, tendo a admitir que o inferno é constituído por um grupo de diabos informáticos que falam por siglas, à lá anos 70. (provavelmente a década de infância da maior parte dos leitores do Gildot, o que explica muita coisa.) É claro que os custos de Open source são essencialmente se formação, actualização, ou então de suporte, deferindo essas necessidades para uma empresa comercial, cuja missão é acompanhar o cliente e fornecer essa formação. Como fazem, Leitão, quaiquer outras empresas de software proprietário, e a preços muitas vezes superiores. Feitas as contas, quem diz que o open source é mais caro é ignorante, incompetente ou desonesto. Se uma escolher, eu abdico alegremente das outras duas. Francisco Colaço |
| | | | Ora bem, estiquem a corda por onde estiquem, o Open Source será sempre mais vantajoso, excepto para pessoas que sejam terrivelmente iliterados no tocante a computadores. Feitas as contas, isso deve corresponder a 90% da população terrestre.
---- joao nonio.com - ciência, tecnologia e cultura |
| | | | ... ou 90% dos dois terços que não vivem abaixo do limiar da pobreza. Ou mesmo 90% dos que têm acesso a computadores. Enfim, abri a torneira da dirarreia mental pré-sono. |
| | | | Ora bem, estiquem a corda por onde estiquem, o Open Source será sempre mais vantajoso, excepto para pessoas que sejam terrivelmente iliterados no tocante a computadores. Também as há, e não há mal nenhum nisso. Hamm... ok, portanto, quem nao escolhe open-source e' automaticamente iliterado... yeah, right. É claro que os custos de Open source são essencialmente se formação, actualização, ou então de suporte, deferindo essas necessidades para uma empresa comercial, cuja missão é acompanhar o cliente e fornecer essa formação. Nao e' tao "essencialmente" como julgas, mas mesmo que fosse, "essencialmente" != "completamente". Feitas as contas, quem diz que o open source é mais caro é ignorante, incompetente ou desonesto. Se uma escolher, eu abdico alegremente das outras duas. Entao vou-te dar um exemplo -- recentemente comprei uma licensa de Oracle por €50,000. *Podia* talvez ter usado MySQL, mas nao usei porque o produto que usa a base de dados (e que e' a base do negocio da empresa) apenas e' oficialmente suportado quando usado com Oracle (embora ninguem te impeca de usar outras bases de dados que suportem JDBC). A decisao foi feita na base de que se algo corresse mal, o negocio podia entrar em risco pois nao teriamos suporte para o producto que efectivamente nos paga os salarios (e isso custaria muito mais que €50,000). Sou incompetente ? Ignorante ? Desonesto ? Ou tu e' que nao consegues ver a "big picture" ? "I triple guarantee you, there are no American soldiers in Baghdad.", Mohammed Saeed al-Sahaf, Iraqi Minister of Information
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| | | | Estamos a falar de duas bases de dados conceptualmente diferentes. Não existe (sublinho) uma resposta cabal a Oracle do mundo Open Source. Nem acho que essa resposta é essencial. Quanto à escolha, tens um de dois caminhos. Se escolheste Oracle porque evidencia características únicas não encontradas no mundo Open Source, eis que concordo em absoluto com a tua escolha. Se é só por causa do suporte, podes pagá-lo à MySQL, e não me consta que seja pior do que o que é pago à Oracle, e fica incomparavelmente mais barato. Neste caso, que (sublinho) não acredito que o seja em exclusivo, terias lesado o teu cliente ou então perdido margem. No primeiro caso eras qualquer coisa, no segundo outra. Com o acesso ao código fonte (que talvez mais preze do que tu, devido à minha área profissional), não dependes da boa vontade da Oracle em não desaparecer do Mercado (a la Emron), não se vender à concorrência ou simplesmente deixar arbitrariamente de suportar a linha de produtos que usas. Não dependes em exclusivo da empresa para veres consertado um bug terrível ou adicionar uma funcionalidade não comercialmente justificada (como eles dizem), mas ao teu alcance se o software for open source e mantiver os direitos fundamentais. Justifica-se o software comercial quando o software open source não existe ou não está em condições de receber suporte. Pensa só nisto, lanço a bola para o meu campo: Leitão, preferirias usar Windows CE ou RT Linux para desenvolver um projecto de um sistema embutido? Francisco Colaço |
| | | | Nao percebeste nada... deixa la', nao tenho paciencia para explicar outra vez... "I triple guarantee you, there are no American soldiers in Baghdad.", Mohammed Saeed al-Sahaf, Iraqi Minister of Information
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| | | | Olha que há produtos com base de dados oracle onde até DBM bastaria... |
| | | | A Microsoft tem uma so' obrigacao -- pagar dividendos aos accionistas (o que apenas fez este ano em toda a sua historia).
Bem, mesmo em termos dos fundamentalistas de mercado, em que aparentemente tu te inseres, a formulação está errada. Nessa óptica única responsabilidade de uma empresa é fornecer valor aos donos (accionistas). Isso pode levar ou não a pagar dividendos (apenas como exemplo, a valorização das acções também funciona como forma de fornecer valor aos accionistas). A emissão de dividendos como única obrigação (ou mesmo a valorização da cotação na bolsa) é uma visão de curto prazo, que não corresponderá necessariamente à forma de melhor servir os interesses dos donos da empresa. E nota que nem sequer abordei os conceitos de "stakeholder" versus "stockholder".
Cumps, JB |
| | | | Ja' reparei que gostas de mandar bitaites... a responsabilidade de qualquer empresa e' gerar valor. A forma de gerar valor e' pagar dividendos -- a valorizacao da stock no mercado e' uma variacao moderna no sentido do investimento -- qualquer investidor serio e que procure um investimento a longo prazo preocupa-se basicamente com os dividendos, nao com o valor individual das accoes. Mas ja' agora, explica-me essa do "stakeholder" vs "stockholder" que estou curioso. "I triple guarantee you, there are no American soldiers in Baghdad.", Mohammed Saeed al-Sahaf, Iraqi Minister of Information
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| | | | Ja' reparei que gostas de mandar bitaites... Guilty as charged... Mas gostamos os dois, ou não estariamos aqui a escrever.
a responsabilidade de qualquer empresa e' gerar valor. A forma de gerar valor e' pagar dividendos Concordo com a primeira parte (se bem que o termo "gerar valor" não é ideológicamente neutro). No entanto, "gerar valor" e "fornecer esse valor sob a forma de dividendos" são coisas diferentes. O importante é que o valor fique disponível para os donos, e se isso se faz através de:- dividendos anuais,
- uma valorização da cotação das acções,
- valorização da situação da empresa (que nem sempre se reflecte no seu valor de mercado)
ou de qualquer combinação destes, é uma questão de estratégia empresarial. Nomeadamente, uma vez que as leis fiscais geralmente favorecem a poupança e o investimento em detrimento do consumo, geralmente o fornecer de dividendos pode ser uma má estratégia. Mas mesmo esta abordagem daquilo que é a obrigação de uma empresa não é a única forma possível de ver as empresas. Até agora tenho descrito o "shareholder theory" que implica que apenas os interesses dos donos das empresas devem ser considerados nas estratégias das empresas. Uma "teoria" alternativa, stakeholder theory, diz que na gestão das empresas deve tomar em consideração e balançar não apenas estes interesses mas de todos os "stakeholders", ou seja, aqueles que tem um interesse nas decisões (por afectarem ou serem afectados por estas). Claro que esta teoria pode variar desde a tautalogia de afirmar que é no melhor interesse da companhia (e por consequência dos accionistas da mesma) integrar-se de forma correcta no "ambiente" que a rodeia, até visões completamente incompatíveis com a "stockholder theory" tradicional, por implicar limitações naquilo que é o direito de propriedade de empresas. Ou seja, afirmar que as empresas possuem outros objectivos que não apenas a maximização directa do valor para os seus donos.
Cumps, JB |
| | | | Boa resposta :) "I triple guarantee you, there are no American soldiers in Baghdad.", Mohammed Saeed al-Sahaf, Iraqi Minister of Information
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| | | | Há sempre pessoal do contra. |
| | | | E em seguimentos dos comentários anteriores é caso para acrescentar... e haverá sempre a Debian ;-) E como tal acredito que também a GNU ou a FSF não desaparecerão assim tão facilmente. Haverá sempre gente a continuar a desenvolver software livre, embora o ritmo de produção possa diminuir. Mas uma das vantagens do código open source (e GPL) é que qualquer pessoa pode a qualquer momento pegar nele e continuar o seu desenvolvimento.
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| | | | Foi crack, não foi? ;-) Francisco Colaço |
| | | | O capitalismo americano - e limando algumas arestas, eu gosto do sistema económico - tanto faz uma empresa crescer rapida e eficazmente como, de um momento para o outro, a pode deixar caír. A Microsoft não é uma excepção, muito pelo contrário, ao capitalismo americano e, como tal, é regido pelas suas regras. Muita gente diz que nunca irá à falência, dado o capital que ela tem, o que está deveras errado. Quanto mais alto se sobe, mais alto é a queda, e não é muito difícil perceber porquê: a Microsoft consolida um volume bruto de facturação de biliões de dolares mas, não muito distante deste valor, também está uma verba significativa de despesas, como qualquer empresa. Embora a Microsoft tenho um nicho de mercado muito variado, são essecialmente dois os produtos que a mantêm no mercado, Windows XP e Office XP. É muito simples a Microsoft ir à falência... se faltarem os alicerçes numa destas aplicações ou, principalmente no seu sistema operativo, a Microsoft está liquidada. Todos os restantes produtos correm sobre o seu sistema operativo e cria-se um círculo vicioso à volta dela, círculo este que outrora tão "dignamente" o Sr Bill Gates criou. Isto explica a sobre-protecção dos sistemas operativos da Microsoft. Eles sabem que perder o market share do Windows significava perderem os seus jogos e variadíssimos programas.. e nunca teriam tempo para portar as aplicações todas para outro sistema operativo.. E agora digam-me, no decurso inexorável da história, qual foi aquele ou aquela que durou "no poder" para sempre? Nenhum.. e também não vai ser desta, porque ainda há justiça, que a história não vai mudar!
Dominus vobiscum |
| | | | | Lembra-te que a Microsoft não é apenas Windows e Office.. eles andaram a criar o MSN porquê!? compraram o Hotmail e têm várias empresas de material hardware e design (ratos, teclados), e agora andam a explorar o mundo da televisão digital terrestre, e até SO para os telemóveis.
O Sr. Bill Gates e principalmente o Steve Ballmer não são burros nenhuns e sabem muito bem disso que tives-te a dizer, e acho que sinceramente que um dia a M$ avança com Open Source também, é questão de uns anitos até explorarem o mercado até à última gota.
Eles já disponibilizaram código do Windows a universidades, só ainda não o fizeram para toda a gente, porque devem querer corrigir mil e um bugs antes de lançar para não verem a miséria que é aquilo :D (tipo o boot do win95 em assembly que dava para rir com instruções que não faziam nada). I'm a lost soul in this lost world... |
| | | | Eles já disponibilizaram código do Windows a universidades, só ainda não o fizeram para toda a gente, porque devem querer corrigir mil e um bugs antes de lançar para não verem a miséria que é aquilo :D Este argumento é brilhante... só pode ser
"The difference between 'involvement' and 'commitment' is like an eggs-and-ham breakfast: the chicken was 'involved' - the pig was 'committed'." - unknown |
| | | | E', tambem achei engracado -- nao tem nada a ver com propriedade intelectual, ou timing dos mercados... e' para ganhar tempo... "I triple guarantee you, there are no American soldiers in Baghdad.", Mohammed Saeed al-Sahaf, Iraqi Minister of Information
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| | | | Essa tua obsessão pela ms começa a ser doentia... provavelmente andas com excesso de tempo livre ;-) Get a life
"The difference between 'involvement' and 'commitment' is like an eggs-and-ham breakfast: the chicken was 'involved' - the pig was 'committed'." - unknown |
| | | | Tu tens é excesso de neurónios livres... Use the brain
Dominus vobiscum |
| | | | Alguma vez a FSF ou um projecto como o GNU vão desaparecer? São projectos não lucrativos, sempre foram, e sempre serão. Será que não compreendem princípios como a Liberdade? Acham que alguma política mercantilista é capaz de mandar abaixo isso? Talvez me queiram catalogar como fanático, mas eu não vou usar uma coisa melhor, e abdicar dos meus princípios. Vou utilizar software livre, mesmo que isso represente usar um ábaco para fazer as contas. Vou eu, e mais uns belos milhares que também não se deixam influenciar pelas nuances e caprichos capitalistas, e por essas atitudes orientadas para o consumismo. Acredito em valores bem mais elevados para do que "a minha desktop é melhor que a tua". Há-de haver um holocausto nuclear, e além das baratas, também o Open-Source. Gratis is not Free - Richard Stallman |
| | | | | A não ser que as baratas desenvolvam cerébros e utilizem Open Source, não estou a ver este a continuar depois de um holocausto nuclear onde todos os humanos morrem. |
| | | | Alguma vez a FSF ou um projecto como o GNU vão desaparecer? Aparentemente não, mas não é assim tão simples. Se deixar de haver uma entidade que centralize e responsabilize-se pelo software, e seja reconhecida como tal perante todos, então o movimento entre em ruptura e eventualmente acaba. Imagina que o GCC torna-se um projecto órfão hoje, ou seja, os seus "owners" correntes desinteressam-se do projecto. Das duas uma, ou aparecem novos owners reconhecidos como tal, ou começam a aparecer 57 versões diferentes, completamente irrelacionadas. Mais tarde ou mais cedo o gcc iria acabar por morrer.
carlos |
| | M$ (Pontos:1, Despropositado) |
| | Eu nao diria mercantilistas, eu diria mesmo um modelo tipicamente muito judaico. ------------------------------------------------------- Seja sangue e suor o caminho para a vitoria, lutaremos lado a lado pela pátri |
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