Esta discussão foi arquivada. Não se pode acrescentar nenhum comentário. | | | Caros, essa notícia tem mais de 1 ano... |
| | | | | Desculpem, não reparei que a notícia é sobre a "publicação" de todos os cursos e não sobre a existência dos mesmos... mea culpa. :-) |
| | | | Convém salientar que na própria página existe uma ligação para a página em português. De facto este programa é muito importante, porque trás novos conteúdos para a internet e motivação a auto-didactas. |
| | | | Aquilo só em PDFs tem ensino para vários anos, muito bom mesmo. E é engraçado ver que lá tambem usam acetatos escritos à mão. :) Agora com licença que tenho que estudar Aerospace Dynamics para o exame. :P |
| | | | Já perguntei isto aqui uma ou duas vezes, mas não me canso de perguntar: por que raio se designa "e-U", quando o nome do projecto é "Universidade Electrónica"? Não devia antes ser "U-e"? Como não posso sequer pôr a hipótese de ser uma provincianíssima concessão ao anglicismo dominante, que raiaria o escândalo num projecto governamental - se não for o Estado em última instância a defender a língua, quem o fará? - só posso pôr a hipótese de ser uma gralha que se foi perpetuando. Fui à página ver se já tinha sido emendada, mas mantém-se. Encontrei mesmo esta pérola (o bold é meu): A e-U (universidade electrónica), é uma rede de campus virtuais inseridas [sic] em várias instituições de ensino superior portuguesas, a partir da qual é possível aceder a serviços universitários online, produzir e partilhar conteúdos académicos e a criar comunidades universitárias. Deve ser mesmo gralha, até porque não é a única: aquele "inseridas" ali é claramente gralha. Se se refere a "rede", está mal, porque então deveria ser "inserida". Se se refere a "campus", palavra latina de género masculino adoptada nos países anglo-saxónicos e daí re-exportada, então deveria ser "inseridos". Portanto, como há ali já essa gralha, a outra também deve ser. É que uma cadeira que tive na faculdade (metodologia do trabalho científico), bem como o senso comum, dizem que quando se têm uma abreviatura se deve acrescentar, no seu primeiro uso, entre parêntesis o seu desdobramento. Mas o desdobramento que eu ali vejo não é de e-U. Emendem a gralha que já chateia! Ou então assumam a opção pelo provincianismo bacoco. Agora ficar-se pelas meias-tintas é que não. Nada do que foi dito acima significa que seja crítico em relação ao projecto, bem pelo contrário. Desde que seja efectivamente posto em prática. Liguem os lança-chamas se quiserem, mas se há coisa que me põe doente é ver um documento (seja de que tipo for) com erros, e se esse documento for emanado de uma entidade directa ou indirectamente ligada ao Estado, então até trepo paredes. E termino este comentário a correr porque não posso perder o Carlos Queiroz a falar o portunhol mais requintado que alguma vez ouvi, e ele está a começar a falar do Telejornal da RTP1.
--- Omnia aliena sunt: tempus tantum nostrum est. (Séneca) "Tudo nos é alheio: apenas o Tempo é nosso." |
| | | | | Independentemente das explicações que eles dão para o facto de usarem o termo "e-U", a verdade é que se trata de uma estratégia de marketing.
Com a banalização das comunicações baseadas nas novas tecnologias, os termos precedidos pela letra e (do inglês electronic) banalizaram-se. O maior exemplo é o termo e-mail que, diga-se em abono da veradade, é mais fácil de escrever e pronunciar do que correio electrónico.
Não quero com isto dizer que concordo com a adopção destes heterónimos. Aliás, sou daqueles que acham que devemos sempre escrever e pronunciar os termos técnicos na nossa língua. Mas, se estivesse no lugar dos responsáveis pelo projecto e-U, não lhe chamaria U-e. Até porque ia parecer algo como União Europeia.
Is this the meaning of life?....Ah! It's Lear again! |
| | | | De acordo em tudo. Mas então que assumissem isso, e lhe chamassem "electronic university" (por outro lado ainda bem que não o fizeram!), ou então, o que eu teria preferido, que lhe arranjassem outra sigla. Qual? Não sei, eu é mais latim e idade média.
--- Omnia aliena sunt: tempus tantum nostrum est. (Séneca) "Tudo nos é alheio: apenas o Tempo é nosso." |
| | Ué... (Pontos:3, Interessante) |
| | Isto do "e-U" parece mais um daqueles casos de provincianismo de alguns (pseudo-)académicos que dominam parte do nacional mundo universitário, mais interessados no "parecer" e no "prestígio" do que no "ser" e no "fazer". "Electronic university" talvez lhes parecesse demasiado prosaico e... anglicismo. :-) Por outro lado, ainda seria demasiado explícito e poderia insinuar que se tratasse de mais do que apenas arranjar negócio para algumas empresas venderem computadores e equipamento wireless. (O e-U é mais do que isso? Confesso que nunca vi a coisa com grande atenção.) e-U deve parecer-lhes chique, fresco, na moda, para acompanhar e-learning, e-commerce, e-tudo-e-mais-alguma-coisa. Duas letrinhas apenas podem ficar eNORMES em cartazes e folhetos coloridos. E o U sózinho faz lembrar o U grande à universidade americana ("juventude", "dinamismo", "qualidade"). O "U" também tem de ser maiúsculo para não diminuir o prestígio Universitário (como com algumas universidades que obrigam os doutorandos a fazer a sua defesa em traje académico, como se fosse o traje a garantir a qualidade). |
| | | | Mais palavras para quê? Só me resta aplaudir e assinar por baixo :)
--- Omnia aliena sunt: tempus tantum nostrum est. (Séneca) "Tudo nos é alheio: apenas o Tempo é nosso." |
| | | | (como com algumas universidades que obrigam os doutorandos a fazer a sua defesa em traje académico, como se fosse o traje a garantir a qualidade). Só por curiosidade, onde é que isso acontece? |
| | | | Boas. "Já perguntei isto aqui uma ou duas vezes,..." Não questiones mais. Aceita como um facto real e indiscutível. No nosso país tudo é possível. Temos um "Sapo" cuja mascote é uma rã. :-) @798, Nbk
|
| | | | por que raio se designa "e-U" Talvez porque vem do programa "e-Europe 2005".
//vd |
| | | | Este é um projecto muito interessante mas que sempre me suscitou algumas questões. Em particular qual o "modelo de negócio", qual a justificação para esta acção? A única hipotese que vejo é o facto de estarem a tentar difundir a _visão_ deles do mundo e de toda a realidade. E quando o mundo se "pautar" por aqueles materiais e aquelas referências, eles serão os maiores especialistas existentes e aí vão ter vantagens competitivas importantes em relação ao resto do mundo. Qual a vossa opinião? Será esta a propaganda do século XXI :) Ou é muito rebuscado? |
| | | | | O "mundo" é constituído por lorpas sem sentido de crítica e que vão comer tudo o que estiver lá sem pestanejar não? Mas um pequeno exemplo levado ao extremo. Imaginemos que é só no MIT que se investiga a vida sexual das lesmas, só porque é a visão deles vou meter umas palas nos olhos?
"No comments" |
| | | | tens alguma sugestão mais interessante? |
| | | | e que tal alguem fazer isso para tentar ajudar a humanidade? estamos tão preocupados em desconfiar dos outros que nos esquecemos que ainda pode haver companheirismo no mundo. claro que é apenas a minha opinião. claro que eles podem estar a tentar conquistar o universo. |
| | | | e a pergunta não é legítima? e que tal não ver teorias da conspiração onde elas não existem? e que tal deixar de desconfiar de uma pergunta que pretende apenas lançar a discussão sobre algo que, para mim, não é evidente? A educação nos EUA tem um custo elevadissimo, as propinas são astronómicas e o serviço que as universidades prestam é a criação, manutenção e difusão (pelos alunos inscritos) de informação. Podemos considerar que a informação/conhecimento é a matéria prima destas organizações. Assim, parece-me lógico abrir a discussão sobre qual a visão estratégica deles. Qual o porquê de oferecerem o que tradicionalmente é pago? |
| | | | "Qual o porquê de oferecerem o que tradicionalmente é pago? O resto do "mundo" aferirem da qualidade ou não, do que lá ensinam? Partilha de conhecimento? Não foi por este último que foram criadas as universidades na Europa para que não fosse um exclusivo da igreja e prevalecesse a *visão do mundo* desta última?
"No comments" |
| | | | e que tal não ver teorias da conspiração onde elas não existem?
Tens todo o direito a questionar o que bem entenderes, acho bem que o faças. Mas repara que isto é apenas a divulgação dos conteúdos de cursos de uma universidade... ninguém vai ser obrigado a consultar aquele material.
Podemos considerar que a informação/conhecimento é a matéria prima destas organizações.
Concerteza... mas o conteúdo não é exclusivo deles ! É resultado de investigações e utilizado em todo o mundo... é quase como a publicação de livros cientificos, gratuitamente, em sites...
Qual o porquê de oferecerem o que tradicionalmente é pago?
Hoje em dia o que menos pagas é a aquisição de conhecimento... o que é caro é a manutenção de uma universidade, não propriamente o conteúdo dos cursos, isso está em vários livros, revistas cientificas e noutras fontes...
Penso que devemos agradecer este tipo de iniciativas, que se podem tornar exemplo para muitas outras instituições e deixar para trás esses fantasmas... será que cada vez que lês um jornal ou revista tens o mesmo pensamento que quando consultas aquele site ? |
| | | | será que cada vez que lês um jornal ou revista tens o mesmo pensamento que quando consultas aquele site ? Não tenho nenhum preconceito em particular. Apenas curiosidade em perceber as organizações e a evolução destas no contexto desta revolução digital. Mas parece que sou o único com interrogações, parece que só para mim é que não é óbvia tal decisão... o que não percebo é, se é assim tão óbvio e natural, porque é que só 10 anos depois do aparecimento da Web é que se vê uma abordagem (ousada) como esta... |
| | | | Imaginemos que é só no MIT que se investiga a vida sexual das lesmas Onde é que está esse estudo? Agora è que estou mesmo interessado no MIT, será que também têm estudos da vida sexual dos caracóis? Eu gostava de ter uma assinatura gira. |
| | | | Qual a vossa opinião? Será esta a propaganda do século XXI :) Ou é muito rebuscado? qual e' a propaganda da tua homepage? qual e' o interesse de colocar tudo em questao? # What is MIT OpenCourseWare? The idea behind MIT OpenCourseWare (OCW) is to make MIT course materials that are used in the teaching of almost all undergraduate and graduate subjects available on the Web, free of charge, to any user anywhere in the world. MIT OCW will advance technology-enhanced education at MIT, and will serve as a model for university dissemination of knowledge in the Internet age. This venture continues the tradition at MIT, and in American higher education, of open dissemination of educational materials, philosophy, and modes of thought, and will help lead to fundamental changes in the way colleges and universities utilize the Web as a vehicle for education.
Those who do not understand Unix are condemned to reinvent it, poorly. -- Henry Spencer |
| | | | resumindo. é impossível ter uma thread no gildot sobre uma questão legítima, sem ser catalogado de "lança-chamas". que tristeza. |
| | | | Não creio! Vi uma entrevista do director do MIT e este parecia verdadeiramente preocupado com o desiquilibro de conhecimento/desenvolvimento no planeta terra. Disse também, que os paises desenvolvidos tinham obtido a fórmula mágica para manterem-se "por cima". Básicamente, tens a tecnologia e o dinheiro, investe em mais tecnologia que te dá mais dinheiro, e all over again... Falou também que algo tinha de ser feito, e que teria de ser feito depressa... Básicamente, abrires os teus recursos para disponibilizares conhecimento de ponta a todos, para revisão por todos. É bom, e não pode ser visto como uma tentativa de influenciar o mundo c/ sua visão.. era o mesmo que dizer que Linux é aberto para ser usado por todos e dominar o mundo. Acho que o objectivo é mesmo dar meios aos paises menos desenvolvidos para criarem potêncial e brain power para sairem do "fosso". Miguel F. M. de Sousa Filipe handle: m3thos More Human than Human. |
| | | | Não é novidade a publicação de informação e material sobre as cadeiras dos cursos na internet. Isso também acontece em Portugal (exemplo 1, exemplo 2). Normalmente destina-se aos alunos mas nem sempre fecham aquilo, tornando a informação disponivel para o mundo. A diferença é que o MIT está a fazê-lo de forma coordenada e em grande escala, publicando material (livros, apontamentos, informação sobre as disciplinas, etc) sobre muita coisa, que se destina mesmo ao mundo. Vantagens têm várias... Podem receber feedback sobre o material que escreveram, que pode permitir a correcção de coisas com alguma incorrecção, que pode levar a uma clarificação de alguma coisa, etc. Além disso ainda divulgam mais o nome da universidade. Não me parece que o MIT tema a concorrência que possa vir da divulgação dos seus documentos (possivel desvantagem), porque têm uma grande escola, com nome, com bons professores, com prémios Nobel, com muitas coisas que lhe dão prestigio. Esta acção ainda lhes vai dar mais prestigio pois toda a gente vê que eles não têm medo de publicar os seus apontamentos, não têm medo de assumir as criticas que daí podem resultar, etc, permitindo também a outras pessoas aprender por sua conta própria, e deixando que outras escolas tenham possibilidade de modificar os seus cursos a partir dos deles... ou não (quem achar que a informação não é a mais correcta, que o curso não está bem estruturado, que devem ser abordados outros aspectos, pode simplesmente ignorar aquilo). |
| |
|