Esta discussão foi arquivada. Não se pode acrescentar nenhum comentário. | | | Ouvi dizer, de alguém que foi a uma entrevista e a quem o entrevistador - na maior das boas vontades - explicou como são processados os candidatos a um emprego nas pequenas e talvez médias empresas nacionais de TI: candidatos c/ licenciatura, mestrado, whatever - mortos "à nascença". Geralmente procuram salários mais elevados em virtude da grande experiência académica, apesar de na maior parte dos casos a experiência profissional/real sêr 0 (zero). candidatos com apenas 12º ano e que podem ser considerados curiosos pois têm pouquíssima experiência profissional tirando os programitas ou websites de ocasião para os amigos - mortos "à nascença". A experiência profissional é parca e iriam demorar imenso tempo a ganhar andamento. Candidatos ideais: desempregado já a alguns meses, CV extenso o q.b. com experiência nas tecnologias dominantes (Java, .Net, PERL/PHP), que regra geral estão "desesperados" para arranjar trabalho.
Como disse no início, até pode nem ser tanto à terra nem tanto ao mar, mas não me choca nada que os orgulhosos-donos-de-um-canudo tenham de esperar pela retoma da economia para voltarem a pedir ordenados "milionários" :)
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| | | | Em Portugal o ideal de emprego para muita gente são os serviços públicos. Neste contexto os mestrados e doutoramentos são optimos porque são variaveis objectivas no cálculo do salário e na progressão da carreira. Por isso, quem quiser trabalhar para o Estado - como estamos em Portugal, no geral, deve ser qualquer coisa como 90% da população, deve ter o máximo de CV académico que conseguir. :>
Regards, Nuno Silva aka RaTao |
| | | | | Já vi por Lisboa alguns "cartazes" com o seguinte dito: "O Governo quer acabar com a função pública. Você será o maior prejudicado!"
O que eu penso em relação a isso é (apesar de a minha opinião não valer cheta): a melhor coisa que nos podia acontecer era o estado acabar com a função pública e mandar para o desemprego os milhares de imbecis que trabalham lá. Se o estado fosse gerido como uma empresa privada em que nenhum lugar é assegurado não teríamos, nem tão pouco o mau atendimento que existe em qualquer repartição pública, nem o problema financeiro que a função pública provoca. Na FP o tempo de casa é um posto e um ordenado, independentemente de se ter ou não qualificação para o cargo em questão. Enfim... não vou falar mais disso senão fico triste.
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| | | | Podes ficar triste à vontade. Mas essa atitude é "cega". O que se critica na função pública eu vejo e oiço relatos todos os dias nas empresas. E o que se elogia nas privadas também encontrei na função pública enquanto por lá andei. Para além disso, há factores que faltam sempre nestas discussões: . Os ordenados da função pública são mais baixos. . Não "ascendes" na vertical como se pode fazer numa empresa privada. (é mais em diagonal pouco inclinada). . É frustrante porque nunca consegues fazer nada de jeito. As coisas demoram. Para além disto há questões muito mais profundas sobre as mudanças na função pública. NOTA: Não quer isto dizer que não tenhamos resmas de funcionários públicos excedentes. E sem dúvida nenhuma muitos deles nem mereceriam o ar que respiram quanto mais o emprego que têm. Mas antes de mais tinha de se começar por cima. |
| | | | Para além disso, há factores que faltam sempre nestas discussões: . Os ordenados da função pública são mais baixos. Bullshit... vai dizer isso a uma pessoa esteja numa PME a lançar facturas com uma licenciatura com o salario minimo. Isso é tudo muito relativo. Sim, na função publica nunca podes ganhar o que poderias ganhar no privado mas quem vai para lá não quer grandes carreiras, quer é estar no seu canto e o seu salario subir sem se esforçar muito pq o salario não está indexado a nada... simplesmente sobe. . Não "ascendes" na vertical como se pode fazer numa empresa privada. (é mais em diagonal pouco inclinada). Nem eles querem, tas maluco. :-) Desde que o salario ascenda na vertical é o que interessa. "Fazer nenhum "por cada vez mais dinheiro... é para isso que lá estão. Há quem saia de altos ordenados/cargos no privado para a função publica(professor) pq quer uma vida mais calma, e pq sabem q dai a 4 anos estao a ganhar o mesmo. . É frustrante porque nunca consegues fazer nada de jeito. As coisas demoram. E? Quem quer "fazer e acontecer" vai para a iniciativa privada. Conheço gente q foi para a função publica e deu-se mal pq aquilo simplesmente não andava, até a travavam. Obviamente há quem faça este percurso e se dê muito bem pq foi para isso mesmo q mudou. |
| | | | Concordo plenamente contigo! Resumindo, quem é comodista e não quer estar a preoupar-se com a vida toma a decisão de ir para a FP. É fácil perceber porque é que aquilo anda pouco... basicamente anda com a força da inércia. |
| | | | Nem 8 nem 80. Eu sou um acérrimo defensor de que a função pública em Portugal não é produtiva, como já por várias vezes evidenciei nos meus comentários. Mas esta deficiência de produtividade deve-se ao numero excessivo de funcionários e ao espirito do "se ele não faz porque haverei eu de fazer" que existe na FP. Por isso, a melhor coisa que poderia acontecer na FP seria uma revisão a 100%, de modo a limpar e re-organizar instrumentos e controlos. Quer isto dizer que existem alternativas para dinamizar a FP: informatização dos milhares de processos manuais; melhoramento dos individuos que controlam esses processos e optimização dos recursos existentes, o que implicaria (optimisticamente) a uma redução significativa dos elementos que actualmente compõem a FP. Convém salientar que nem tudo é mau na FP, e fico contente por existirem coisas boas, como por exemplo a Loja do Cidadão. Mas se repararem na LC, esta não passa de uma tentativa de centralização e informatização dos sistemas. Só foi pena que tenha havido muitos tachos por detrás da implementação destas, de qualquer forma é uma boa tentativa! Na FP o tempo de casa é um posto e um ordenado, independentemente de se ter ou não qualificação para o cargo em questão. Concordo inteiramente contigo, por experiência própria, mais perto da verdade não poderias estar. De facto essa É a verdade! |
| | | | Bom, embora um pouco off-topic, vou deixar algumas ideias sobre a função pública. Em primeiro lugar, a função pública tende a ser confundida com os serviços estatais de atendimento público. Na verdade, estes são apenas uma parte de toda a FP, embora a mais visível pois todos nós acabamos por ter o desprazer de os usar algures na vida. A FP inclui defesa, ensino, segurança, justiça, cultura, desporto, etc... Por isso falar sobre a FP de um modo geral é impossível: tem que se falar caso a caso, serviço a serviço. Alguns devem funcionar bem, outros mal, outros funcionariam melhor se fossem privados, outros pior, etc... Voltando ao atendimento... Algumas semanas atrás fui renovar o BI para o qual precisava da certidão de casamento. Por acaso tinha a vantagem de ambas as coisas serem tratadas no mesmo sítio. Estive cerca de 2 horas e meia para o conseguir (por alguma razão já estava casado há dois anos e ainda andava com o bi de solteiro!). Durante a eternidade de tempo que estive à espera, deu para reparar que o que fazia atrasar as coisas eram os processos. Os funcionários pouco mais podiam fazer (a não ser que corressem literalmente de um lado para o outro e mesmo isso daria poucos ganhos). A minha certidão demorou cerca de 10/15 minutos a ser feita e no entanto consiste apenas numa fotocópia carimbada. Não sei ao certo o que mais a rapariga andou a fazer, mas a verdade é que andava de um lado para o outro com folhas e carimbos nas mãos até estar tudo pronto. Isto é claramente um problema de processos e organização -- de facto uma informatização (=automatizar informação) resolvia o problema das certidões e outros semelhantes. Mas será que os privados funcionam melhor? Não! Por volta da mesma altura fui com a minha mulher a uma ecografia. A ecografia propriamente dita demorou menos de 2 minutos (o que constatámos para nosso enorme espanto pela cassete de video da mesma com que ficámos), no entanto estivemos cerca de 1h15 nessa clínica privada. Todo o atendimento e organização dessa clínica é feita manualmente, em papeis e livros de registos. Não existe um único computador. Ainda no mesmo dia do BI, fui a um talho no qual demorei cerca de 25 minutos a ser atendido... com apenas três pessoas à frente! Bom, dei aqui três exemplos reais e recentes que apontam para que o atendimento seja mau em geral, independentemente de ser público ou privado. O público tem uma enorme agravante: é que somos obrigados a usá-lo! De facto por mim nunca renovava o BI, nem outras porcarias do género, mas sou realmente obrigado a fazê-lo, e nem sequer existe concorrência para onde possa alternar. O slogan do costume "ainda por cima é pago por todos nós" é uma falácia: todos nós pagamos tudo a todos. Se renovar o BI não fosse um serviço público, sê-lo-ia privado e tb pago na mesma e provavelmente sem concorrência (quem concorre com a brisa? [do ponto de vista do cliente]). Ou seja, na verdade a diferença entre o público e o privado não é tão grande como é comum pensar-se. Sinceramente considero isso uma falácia que será provada assim que os serviços públicos comecem a ser privatizados. Tudo depende da génese do serviço que se presta e eventualmente de razões históricas (pensem em certidões, BIs, ...) Outra história que costumo contar: trabalho numa das operadoras móveis, que recentemente implementou um sistema de acessos electrónicos controlados por cartões. Estive cerca de 3 meses à espera do meu cartão e quando finalmente veio... não funcionava! Não abria porta nenhuma. Durante todo esse tempo pura e simplesmente não conseguia entrar no edificio, nem nos escritórios, nem sair(!) sem que alguém me viesse abrir a porta... Imaginem esperar esse tempo por um BI ou um passaporte e receberem-nos com erros! Em resumo, pensem duas vezes antes de falar mal da FP: o mais provável é que exista uma empresa privada mesmo ao vosso lado tão má ou pior... o facto de um serviço público funcionar mal tem algumas agravantes, mas se pensarmos bem essas agravantes seriam as mesmas caso esse serviço fosse desempenhado por privados. |
| | | | Explicaste-te bem melhor que eu. Concordo perfeitamente. Entretanto como bem dizes estamos off-topic. Como penso que também alguém disse, no privado doutoramentos excepto para carreira de investigação /académica penso que não ajuda muito. No sector estatal talvez ajude mais. Entretanto em empresas ou sectores de pura investigação penso que será uma mais valia importante, mas disso temos pouco em Portugal.
P.S.: Se a ecografia foi por "bons motivos" parabéns ;)
Cumprimentos |
| | | | Para ter direito a cassete de vídeo, deve ter sido por "bons motivos"... Parabéns...
Jazzy |
| | | | Parece perseguição, mas não é. Considero que fazes bons comentários, mas desta vez não posso concordar contigo e com outras opiniões identicas: - se como dizem, existem funcionários públicos a mais, se os despedirmos o que vamos fazer a essas pessoas, uma vez que há desemprego? Passam a viver do quê? Da Seg. Soc.? deixamo-las morrer à fome? fica + barato ter as pessoas paradas a viver da Seg. Soc. ?
- e o governo fica público ou privado? Não é engraçado vir o governo dizer mal da função pública e são eles que definem o que é função pública? Não é giro, sempre que muda o governo virem dizer que o (gov.) que lá esteve, só fez asneiras e que agora vamos todos que ter de pagar por isso e começar do zero? Porque não profissionalizar o governo? porque não ter gestores a tomar conta do país, em que as suas acções deveriam ter de ser baseadas em pareceres dos nossos técnicos, por exemplo, das nossas universidades?
- se na função pública é só problemas, porque é que o pessoal quer entrar para faculdades públicas e considera que muitas das faculdades privadas servem só para ir buscar dinheiro ?
- Porque é que as empresas dizem tão mal do estado, mas a maior parte prefere fazer negócio com o estado do que com privados - quantas e quantas empresas tem como principal cliente a f.p.
- A PT que toda a gente critíca é uma empresa privada, não vejo que houvesse um grande ganho nisso.
- Preferes que existam empresas tipo hipermercados a colocar o pessoal a fazer trabalho indiferenciado, sem horários, pagando-lhes uma miséria - nao acredito que numa loja dum hipermercado sejas melhor servido que na função pública - sempre que quero tirar uma dúvida numa dessas lojas, ou dizem que não sabem ou então dizem uma coisa qq sem nexo.
- Achas que a baixa produtividade associada ao nosso país está relacionada com o sector público não incluindo TODAS as empresas privadas? e que já agora, também tem só a haver com os nossos trabalhores e não com os nossos gestoresitos das empresas, uma vez que os empregados lá foram são considerados bons.
- Não achas estranho estares a chamar imbecis a milhares de professores catedráticos, farmaceuticos, médicos e engenheiros que geralmente têm consultórios ou empresas privadas? até pode ser verdade, mas isso não é f.p. é o nosso país!
- Ou será que o estado, em vez de ajudar as pessoas, só serve para ajudar empresas através de subsidios dúvidosos para fábricas que no futuro hão de exportar para espanha e que criaram muitos postos de trabalho para pessoas não qualificadas, que ganham uma miséria, mas que assim podemos colocá-las a fazer o que calhar, porque não sai caro se não as soubermos aproveitar?
- Vou a um banco privado fazer uma operação qualquer e venho de lá pior que sei lá o quê, levantam-me dinheiro e dizem que o problema é do sistema informático, "há que esperar, nada a fazer", etc. - Na CGD nunca me aconteceu isso!
- Ou o que tu achas útil é existirem empresas tipo bancos que te criaram um esquema de ficarem com o teu dinheiro e que quando precisas, porque não o tens, dizem que não te podem dar porque não confiam e não podem arriscar mesmo que te penhorem tudo o que tu tens ?
- Cada vez à menos trabalho útil a fazer. Que mal tem colocar as pessoas sem fazer nada, entretidas 8 horas por dia para que não façam disparates ? Claro que num aspecto concordo, ao menos que respeitem quem trabalha, não tentando dificultar a nossa vida
Sabes porque vais ser prejudicado? porque depois o critério é o lucro e, ou se tem dinheiro ou então não nos safamos, ou se nasce direito ou então não se vai gastar dinheiro a tentar tratar a pessoa, porque não compensa, porque cada vez há mais população. Ou se é útil até ao fim dos nossos dias ou temos de comprar um comprimido que acabe com a nossa vida porque só estamos a dar prejuizo - qual é o limite ? Os critérios da Eng., obter o máximo com o mínimo possivel, só no material, nas pessoas isso devia ser proíbido. A história está mal contada. Essa história e outras que se entroncam com esta, como o dizer que o consumo não traz felicidade às familias e que só há dividas, mas depois dizem que o país vai deixar de estar em crise quando aumentar o consumo. O de existirem empresas que têm departamentos de marketing para criar produtos que as pessoas não precisam mas sentem necessidade de comprar, em vez de ter empresas a fazer o que deviam fazer que é produzirem aquilo que é necessário, responsabilizando-se pelos seus empregados, nos bons e nos maus momentos, pagando-lhes de acordo com a conjuntura. Penso queno futuro (provavelmente pouco interessa, mas), como cada vez à menos que fazer, as pessoas aos poucos vão começar a viver da Seg. Soc. Só as pessoas com mais capacidades fazem trabalho 'útil' e são premiados em termos de reconhecimento da comunidade - ao fim ao cabo é o que já acontece, só que agora criam-se tarefas, empregos, só para justificar o dinheiro que ganhamos. Cumps, PS: Antes que me classifiquem: não sou delegado sindical, nem tenho partido, clube ou religião. Só defendo os que fazem as coisas para melhorar e ajudar o próximo em vez de o tentar lixar, porque eu acho que isto dá para todos. |
| | | | Numa linha: brilhante! Realmente, confesso que confundi alhos com bugalhos e quando me refiro à função pública realmente é à pequena parte que popula as repartições a fazer o atendimento ao cliente. Realmente no hipermercado o atendimento também não é grande coisa mas se ameaçares a pessoa que te está a atender de que vais fazer queixa ao superior, ela pensa duas vezes, nas repartições estão-se bem nas tintas. Qual é a diferença? É mais fácil ir para a rua no privado que no público. É apenas a esta gentinha que eu me refiro. Àqueles que não querem nada com computadores porque sabem que o trabalho deles é fácilmente substituído por processos informatizados. É este o medo deles... por isso é que dizem que o governo vai acabar com a função pública. Se o governo correr com eles para meter lá meia dúzia de workflows/processos em software, têm o meu voto. Um àparte se me permites: " responsabilizando-se pelos seus empregados, nos bons e nos maus momentos," Os japoneses fazem isso. Tradicionalmente as empresas japonesas, quando empregam alguém, é para a vida. Quando o Dpt. XBox da MS no Japão correu com os empregados, foi um choque... só uma curiosidade :)
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| | | | Uma vez fui mal atendido numa repartição e pedi para falar com o chefe. A pessoa que me estava a atender ficou meia tonta e só me pedia desculpa. Os funcionários públicos são avaliados e sabem que se a coisa der para o torto não progridem, claro que quando já chegaste ao fim, tens pouco a perder (já agora eu não sou f.p.). Em algumas empresas onde trabalhei existiam departamentos ou pessoas que eram tão incompetentes que eu achei que não era possivel, no entanto nunca foram despedidas. Eu penso que há de tudo. Agora o que mais me faz confusão é que tu para entrares para uma simples empresa, pedem-te o curriculo, vêm os cursos que tiraste, fazem testes psico-técnicos e até te entrevistam com um psicologo, levando ás vezes meses para decidir no meio de dezenas de pessoas. Mas para seres do governo e gerir um país, não é preciso nada. Basta teres boa apresentação e seres bem falante. Como é possivel escolher as pessoas que gerem um país através de discursos e almoçaradas para a TV ao som da música pimba, não havendo entrevistas com psicologos e testes psico-técnicos? Como é possivel não obrigar as pessoas a mostrar o seu curriculo e a só entrarem se tiverem a formação minima necessária ? Como é possivel dizerem que as pessoas é que escolhem os candidatos, tendo uma semana para o fazer, quando até as candidatas a miss portugal têm de apresentar mais credenciais. É assim a democracia! Realmente tu escolhes mas não sabes o que escolhes. Aos outros não sei, mas a mim, tudo isto faz pouco sentido! E depois é em cadeia, o seleccionado vai escolher a sua "equipa de trabalho" (qual é o critério que ele utiliza, sabes?) Essa equipa selecciona os administradores que vão gerir as empresas públicas, etc, etc. O resultado, já nós sabemos, não saímos da cepa torta. Vem um governo e diz que o combate aos incendios é com pastores e telemoveis, vem o outro a seguir e diz que agora é com aviões, vem o outro diz que não é com a prevenção e limpeza das matas. E o resultado, o que tem que arder, arde. A única vez que eu vi em pt, uma comissão de cientistas eleitos pelos seus pares, criada para decidir sobre um problema grave, que não se resolve à anos, qual foi o final que teve? Ignorar o seu parecer e decidir o contrário. Não te faz chorar, saber que os cientistas que o teu país tem não percebem nada do que dizem? Vem um tótó qualquer e diz que em 2010 estamos na frente da Europa! Mas porquê é porque ele quer? Claro que depois pede para se fazerem estudos sobre a questão e dizem-lhe que nem quando o Sebastião voltar. E os programas contacto que são o orgulho deste país, que é pagar a formação de uma pessoa e depois fazer figas para que ele arrange um emprego lá fora porque aqui só estorva. Por isso é que é preciso aumentar cada vez mais as propinas porque, neste país, ter formação não é uma mais valia para o país, é despesa (e até já temos tantos...). E nós concordamos! A questão aqui não é perguntar ás tais empresas privadas, porque é que não são mais competitivas, geram mais lucros e pagam mais impostos para que o défice baixe. A solução é pôr as empresas a descarregar nos rios para serem competitivas e os assalariados a pagar mais impostos. É assim o nosso fado, agora a táctica é acabar com função pública e nós vamos atrás. Cumps, PS: Da história que li, isto não é de agora... |
| | | | se como dizem, existem funcionários públicos a mais, se os despedirmos o que vamos fazer a essas pessoas, uma vez que há desemprego? Passam a viver do quê? Da Seg. Soc.? deixamo-las morrer à fome? fica + barato ter as pessoas paradas a viver da Seg. Soc. ? Essas pessoas, ao ficarem desempregadas, criam um mercado de emprego mais liquido (mais oferta). Isso seria aproveitado pelas empresas para contratar mais pessoas, a custos mais baixos obviamente, para produzir mais. Eventualmente isso resultaria em mais riqueza que poderia ser entao distribuida sob a forma de melhores salarios. Obviamente que seria necessário acabar com essa palhaçada imoral que é a Segurança Social para que não fosse tudo deixar a mama da Função Publica (paga do nosso bolso) e encostar-se à mama da SS (paga do nosso bolso). e o governo fica público ou privado? Não é engraçado vir o governo dizer mal da função pública e são eles que definem o que é função pública? Não é giro, sempre que muda o governo virem dizer que o (gov.) que lá esteve, só fez asneiras e que agora vamos todos que ter de pagar por isso e começar do zero? Porque não profissionalizar o governo? porque não ter gestores a tomar conta do país, em que as suas acções deveriam ter de ser baseadas em pareceres dos nossos técnicos, por exemplo, das nossas universidades? É o chamado governo tecnocrático. Funcionou mto bem nos governos do Prof. Cavaco Silva. O problema destes governos é que quando as "coisas" começam a funcionar, saltam logo os socialistas dos cantos a querer "distribuir melhor a riqueza". Sao dificeis de manter precisamente por causa do seu sucesso (rigor, coerencia, frontalidade, dureza). Mas melhor do que isso era ter o governo reduzido aquilo que é fundamental que faça e que devia ser a unica coisa que devia fazer: leis, justiça, policia e exercito. E acabar com um Estado intervencionista em tudo mais um par de calças (ex: obrigatorio usar cinto, obrigatorio usar capacete, obrigatorio pagar para cima de 50% de IRC e 33% de SS, obrigatorio pagar taxa de TV, etc, etc) se na função pública é só problemas, porque é que o pessoal quer entrar para faculdades públicas e considera que muitas das faculdades privadas servem só para ir buscar dinheiro ? Nao confundas as coisas; faculdades publicas, embora servidas por funcionarios publicos, não é o mesmo que função publica. O pessoal está a marimbar-se para os serviços da secretaria desde que tenha um bom professor a ensina-lo. E o pessoal quer entrar nas faculdades publicas não é propriamente porque têm uma alta qualidade. Se calhar há quem preferisse ir para 1 ou 2 das nossas universidades privadas (p.ex. Gestao na Catolica vs. Gestao nas Univ. Publicas). Mas vai para as publicas pq das duas uma: ou nao pode ir para a privada (por falta de notas ou de nota$) ou por interesse pessoal (ie. um interesse egoista perfeitamente legitimo) em poupar dinheiro. Porque é que as empresas dizem tão mal do estado, mas a maior parte prefere fazer negócio com o estado do que com privados - quantas e quantas empresas tem como principal cliente a f.p. Por uma simples razão: porque o pagamento é garantido. Pode demorar anos (tenho um caso pessoal de 2 anos), mas paga. Depois podiamos discutir pq é que o pagamento é garantido (impostos, mesmo os futuros, à custa de aumentos dos mesmos e de emprestimos sob os mesmos). Mas nao vamos por ai... É como num restaurante: um gajo pode ter um cliente chato como a potassa; mas como é o melhor cliente... atura-se. Não precisamos de gostar dele. Nem significa que ele cheire bem dos sovacos. Ou seja, o facto de o Estado ser bom cliente (ie. paga!) nao me obriga a amá-lo nem a conferir-lhe um estatuto de qualidade absoluta. A PT que toda a gente critíca é uma empresa privada, não vejo que houvesse um grande ganho nisso. Ah pois não... nos ultimos 10 anos, desde que foi privatizada, os preços não baixaram, a assinatura não baixou, a qualidade de serviço não aumentou... não, é tudo ilusão de optica. Claro que se calhar não te lembras dos "bons tempos" em que se pedia a instalação de um telefone em Lisboa e se podia esperar 1 ou 2 anos... Actualmente deve estar na zona da 1 ou 2 semanas. Não há ganho, não Sr.... Preferes que existam empresas tipo hipermercados a colocar o pessoal a fazer trabalho indiferenciado, sem horários, pagando-lhes uma miséria - nao acredito que numa loja dum hipermercado sejas melhor servido que na função pública - sempre que quero tirar uma dúvida numa dessas lojas, ou dizem que não sabem ou então dizem uma coisa qq sem nexo. O "pessoal" só aceita fazer trabalho indiferenciado, sem horários, por uma miséria, SE QUISER. Se não quiser, recuse e vá trabalhar noutro lado; se não puder (ie. não tem qualificações) então que vá estudar ou sujeite-se ao que merece ser pago vis a vis a sua capacidade de produção. Não pode é, obviamente, receber mais do que aquilo que produz. Achas que a baixa produtividade associada ao nosso país está relacionada com o sector público não incluindo TODAS as empresas privadas? e que já agora, também tem só a haver com os nossos trabalhores e não com os nossos gestoresitos das empresas, uma vez que os empregados lá foram são considerados bons. Os portugueses lá foram são considerados bons pq se sujeitam a fazer trabalho indiferenciado, sem horários, por uma miséria. A diferença é que a "miséria" lá fora é "bem bom" para cá. Porquê ? Porque há um mercado de trabalho mais liquido, com leis menos restritivas ao despedimento dos incompetentes ou improdutivos. Assim ficam só aqueles que PRODUZEM, e aumenta a PRODUTIVIDADE do pais. Como depois há menos funcionalismo publico, dividindo essa produtividade toda pro cabeça (per capita), obtem-se boas produtuvidades individuais. A baixa produtividade portuguese tem APENAS e SÓ a ver com a funcionalidade publica. Se fosse despedidos os 100 mil que entraram desde 95 aconteciam 2 coisas: 1o essas pessoas eram obrigadas a produzir ou entao ficar desempregadas; 2o dividia-se a produção por um numero menor de "empregados" (ie - 100 mil "tachos" FP), logo aumentava a produtividade per capita. Não achas estranho estares a chamar imbecis a milhares de professores catedráticos, farmaceuticos, médicos e engenheiros que geralmente têm consultórios ou empresas privadas? até pode ser verdade, mas isso não é f.p. é o nosso país! Mas não são obviamente imbecis. Primeiro pq aproveitam o facto de o Estado lhes permitir desenvolver 2 actividades ao mesmo tempo: ganham o garantido na FP e depois sacam mais por fora. Se o Estado permite, é logico e legitimo que retirem beneficios. Segundo pq o facto de haver mto imbecil na FP não significa que um prof, eng ou medico o seja; por outro lado há mto prof, eng e medico que é um imbecil. Ou será que o estado, em vez de ajudar as pessoas, só serve para ajudar empresas através de subsidios dúvidosos para fábricas que no futuro hão de exportar para espanha e que criaram muitos postos de trabalho para pessoas não qualificadas, que ganham uma miséria, mas que assim podemos colocá-las a fazer o que calhar, porque não sai caro se não as soubermos aproveitar? O Estado, ao ajudar as empresas, está obviamente a ajudar as pessoas. Isto pq as empresas vão criar postos de trabalho, onde as pessoas podem ganhar dinheiro, produzindo riqueza que depois pode ser distribuida sob a forma de melhores salarios (bom) ou sob a forma de impostos (mau). O facto de as pessoas não serem qualificadas tem a ver precisamente com o facto de o Estado ajudar as pessoas: é que, sabendo que serão ajudadas, não têm incentivos nenhuns à qualificação; e depois, como Matemática é chato, deixa-me cá fazer Psicologia ou Relações Internacionais.... futuro: caixa da FNAC. Vou a um banco privado fazer uma operação qualquer e venho de lá pior que sei lá o quê, levantam-me dinheiro e dizem que o problema é do sistema informático, "há que esperar, nada a fazer", etc. - Na CGD nunca me aconteceu isso! Pois a mim aconteceu. O que não quer dizer q tb não aconteça nos bancos privados. A diferença: de banco privado eu posso mudar; de Segurança Social, Serviço Nacional de Saude ou Registo do BI é que não posso... Ou o que tu achas útil é existirem empresas tipo bancos que te criaram um esquema de ficarem com o teu dinheiro e que quando precisas, porque não o tens, dizem que não te podem dar porque não confiam e não podem arriscar mesmo que te penhorem tudo o que tu tens ? Ahn?!?! Obrigam-te a entregar o dinheiro a algum banco ? Ficam com o teu dinheiro porquê ? A escolha é tua... E não te dão dinheiro quando precisas ? Isso de facto é chato... Eu tb estava precisado de um Ferrari mas os tipos não mo querem dar... é uma injustiça... Cada vez à menos trabalho útil a fazer. Que mal tem colocar as pessoas sem fazer nada, entretidas 8 horas por dia para que não façam disparates ? Nenhum. Desde que seja com o teu dinheiro. Eu agradeço seres um gajo porreiro e assim ficamos. Agora com o MEU dinheiro, não obrigado, que me custa a ganhar. Faz-se assim: quem desejar pode contribuir com uma parte do seu salario para manter "as pessoas sem fazer nada, entretidas 8 horas por dia" na Funcao Publica; e depois vemos quantas pessoas contribuem e o que acontece à Função Publico; eu, claro está, não pretendo contribuir. E tu ? Sabes porque vais ser prejudicado? porque depois o critério é o lucro e, ou se tem dinheiro ou então não nos safamos, O "dinheiro" e a "riqueza", ao contrario do que os socialistas e os comunistas querem fazer querer, não é um "monte" finito do qual alguns "sacam" quantidades desmesuradas e os outros ficam com os restos. A riqueza cria-se. No ingles há diferença entre "earn money" e "make money". Nós portugueses só temos e só pensamos em termos de "earn" (ganhar); ninguém pensa em "make" (produzir). Porquê ? Ah... porque o "critério depois é o lucro"... o LUCRO, esse papão, essa palavra suja. Resultado da mistura de um catolicismo bacoco (o lucro é evil, Judas vendeu Jesus por 30 dinheiros...) com um colectivismo parolo pós-25 de Abril (os porcos capitalistas exploradores da classe operaria), os portugueses têm um problema com o LUCRO. E portanto o LUCRO é um mau critério. Como se eu, ou qualquer outro, quiséssemos ou devêssemos ver o nosso valor (intelectual, artistico, profissional, atletico, etc) em beijinhos, foto no jornal, palmadinhas nas costas ou meia dúzia de carcassas. Não, é IMORAL querer ser reconhecido em guito, carcanhol, pilim: LUCRO. Qual é o problema em o critério ser o lucro ? E, se puder ser de outra maneira, diz que eu gostava de te ter como empregado. Desde que, obviamente, não tenhas lucro com isso. E eu não tenha despesas... Os critérios da Eng., obter o máximo com o mínimo possivel, só no material, nas pessoas isso devia ser proíbido. Porquê ? Essa história e outras que se entroncam com esta, como o dizer que o consumo não traz felicidade às familias e que só há dividas, mas depois dizem que o país vai deixar de estar em crise quando aumentar o consumo. Voltamos ao lucro: o pais so vai deixar de estar em crise quando as pessoas aumentarem o consumo DEPOIS de terem lucro; aumentar o consumo à custa de emprestimos (dos bancos "darem dinheiro quando eu preciso") não traz felicidade a ninguém. O de existirem empresas que têm departamentos de marketing para criar produtos que as pessoas não precisam mas sentem necessidade de comprar, Mas desculpa lá, somos anormaizinhos ou atrasados mentais ? Entao as pessoas nao precisam de um produto e sentem necessidade de o comprar ? Como ? Só se forem como as crianças... em vez de ter empresas a fazer o que deviam fazer que é produzirem aquilo que é necessário, E quem é que define aquilo que é necessário ? O Estado ? Nao me parece ? O consumidor ? O tal que nao precisa de um produto mas sente necessidade de o comprar ? responsabilizando-se pelos seus empregados, nos bons e nos maus momentos, pagando-lhes de acordo com a conjuntura. A conjuntura actual obriga a que os hipermercados paguem uma misera a pessoal indiferenciado, sem horarios. Isto diz-te alguma coisa ? Penso queno futuro (provavelmente pouco interessa, mas), como cada vez à menos que fazer, as pessoas aos poucos vão começar a viver da Seg. Soc. Isso... fia-te na Virgem e não corras... Só as pessoas com mais capacidades fazem trabalho 'útil' e são premiados em termos de reconhecimento da comunidade Desculpa ? Eu, que tenho mais capacidades, vou trabalhar mais e sustentar mais pessoas "8 horas por dia sem fazer nada" e sou premiado em QUÊ ? "Reconhecimento da comunidade" ? E pago as contas com o quê ? Beijinhos ? Das duas, uma: ou mudo de país ou então deixo de trabalhar e tb quero viver da Segurança Social. Qd formos todos (e para lá se caminha) quero ver de onde vem o guito... - ao fim ao cabo é o que já acontece, só que agora criam-se tarefas, empregos, só para justificar o dinheiro que ganhamos. Não seja tolo. Os empregos e as tarefas não são consequencia do dinheiro; o dinheiro é que é consequencia das tarefas e dos empregos de cada; é a forma standardizada de trocar a tua capacidade de cultivar centeio pela minha de cultivar batatas. Só defendo os que fazem as coisas para melhorar e ajudar o próximo em vez de o tentar lixar, porque eu acho que isto dá para todos. Reality check 1: "isto" não dá para todos, só dá para aqueles que produzem. Reality check 2: o talhante e o padeiro lá do bairro não te dão a chicha e a carcassa para ajudar o proximo (ie tu); tb não te quererão lixar, mas de certeza absoluta que querem o pagamento em Euro, e não em "reconhecimento" teu e da tua familia. Aliás, tu proprio de certeza que não trabalhas para "ajudar o proximo" e receber "reconhecimento" do patrão (ie "o proximo"); queres o pilim, o lucro; não o queres lixar (ao patrão), mas pronto, preferes o pagamento em nota$ do que em "géneros" (ex. beijinhos). És um "porco capitalista". Cumprimentos Mario Valente (capitalista selvagem e neoliberal, chamando "nomes" a si próprio antes q os outros os tentem usar como pretenso insulto) |
| | | | Boas. O artigo é longo. Demorou a ler. Mas valeu a pena. É uma boa síntese, um bom resumo de ideias. :-) Vou só comentar pequenos pontos... "Eventualmente isso resultaria em mais riqueza que poderia ser entao EVENTUALMENTE distribuida sob a forma de melhores salarios." Este segundo "eventualmente" faz falta. É que nem todo o dono de empresa é bom gestor de recursos. Alguns apenas sabem gerir as prestações do ferrari. Suponho que uma empresa deva (no sentido em que é ou deve ser uma boa política...) distribuir pelos seus empregados uma boa parte dos lucros. O típico patrão portugues não supõe. "Mas desculpa lá, somos anormaizinhos ou atrasados mentais ? Entao as pessoas nao precisam de um produto e sentem necessidade de o comprar ? Como ? Só se forem como as crianças..." Obviamente nunca viste 2 horas seguidas de Tv Shop. :) As pessoas compram sem pensar. Hoje mais do que nunca. E vende-se tudo. "A conjuntura actual obriga a que os hipermercados paguem uma misera a pessoal indiferenciado, sem horarios. Isto diz-te alguma coisa ?" Qual conjuntura? Os hipermercados *sempre* pagaram uma miséria a pessoal indiferenciado, e não me parece que isso vá mudar. "Isso... fia-te na Virgem e não corras..." Nem mais. Fia-te na Seg. Social e no valor chorudo de reforma que ela depois te vai pagar... :-) Estou-te mesmo a ver nas belas manifs de reformados ( mas à séria, não daquelas da CGTP ) daqui a uns anos.. :-) "Qd formos todos (e para lá se caminha) quero ver de onde vem o guito..." "Reality check 1: "isto" não dá para todos, só dá para aqueles que produzem." Estas frases fazem-me sempre lembrar de uma história adulterada ( porventura a mais real ) da formiga e da cigarra: "A formiga trabalha arduamente, debaixo de um calor arrasador, durante todo o Verão, construindo a sua casa e armazenando provisões e mantimentos para aguentar o Inverno. A cigarra pensa que a formiga é uma tola e ri, dança e brinca durante o Verão. Chega o Inverno, e a enregelada cigarra convoca uma conferência de imprensa para denunciar a situação em que vive, pretendendo saber por que razão é permitido à formiga estar bem aquecida e alimentada enquanto outros sofrem com frio e fome. RTP, SIC e TVI apresentam-se em força para transmitir imagens da pobre cigarra, completamente transfigurada pelo frio e pela fome, ao mesmo tempo que passam outras imagens da formiga na sua casa bem confortável e com a mesa cheia de boa comida. O país está chocado perante este contraste. Como é possível, nos dias que correm, uma pobre cigarra sofrer tanto? Durante dias não se fala de outra coisa. O 1º Ministro, Durão Barroso, aparece num programa especial da RTP com um ar consternadíssimo, repetindo, vezes sem conta, que fará tudo o que está ao seu alcance para ajudar a pobre cigarra, a qual, como toda a gente deverá entender, está a ser vítima da má política dos anteriores governos do PS. O Padre Melícias tem-se desenvolvido em esforços para angariar toda a ajuda possível, implementando um peditório, a nível nacional, para que a cigarra possa viver com alguma dignidade. Simultaneamente, a CGD abriu uma conta especial, onde qualquer pessoa pode efectuar um depósito, contribuindo, assim, para mais uma ajuda preciosa. O secretário geral do PCP, Carlos Carvalhas, numa entrevista com a Manuela Moura Guedes, comenta que a formiga enriqueceu à custa da cigarra, resultado de uma gestão danosa do Governo Social Democrata, que sempre prejudicou os mais necessitados, e apela ao 1º Ministro para que seja criado um aumento significativo do IRS, através de um escalão especial, para fazer com que a formiga pague o valor justo em relação àquilo que ganhou. Num movimento sem precedentes, Paulo Portas e o irmão Miguel Portas aparecem juntos, abraçados à cigarra, em todas as feiras e mercados. Finalmente, foi criada uma Secretaria de Estado, dependente do Ministério das Finanças, e desenvolvido um programa chamado "Igualdade Económica e Acções Anti-Formiga", com efeitos ao princípio do Verão, o que obrigava a formiga a pagar os novos impostos com retroactivos. Como a formiga não estava preparada para pagar, a sua casa foi confiscada pelo Governo. A firma de advogados do Vale e Azevedo, representando a cigarra, apresentou em tribunal um processo contra a formiga, por abuso e fuga aos impostos, tendo a formiga perdido a causa, sem qualquer hipótese de recurso. A formiga desaparece e ninguém mais lhe põe a vista em cima. Em todos os canais da televisão, o Presidente da República Jorge Sampaio, com o seu entusiasmo habitual, anuncia que foi feita justiça e que uma nova era de integridade e equidade nasceu em Portugal. A Lili Caneças, querendo tirar mais umas fotografias, organizou uma grande festa de beneficência, onde estiveram presentes todos os nomes conhecidos da política, artes, moda, teatro, cinema, música, desporto, etc. Com o dinheiro que ganhou de todos estes movimentos nacionais de solidariedade, bem como da venda de grande parte da comida da formiga, a cigarra vive dias com que nunca sonhou. Grandes festas, jantaradas, casinos, jogo, mais festas e mais jantaradas, oportunistas, más companhias, e o dinheiro desaparece depressa. Entretanto, é noticiado em diversos órgãos da comunicação social internacional, o retumbante sucesso da formiga portuguesa num país desenvolvido, com reconhecimento, por parte desse país, pelos bons serviços e enormes mais-valias acrescentadas ao sector industrial e comercial. A história acaba com as imagens da cigarra a comer o último bocadinho de comida que a formiga tinha armazenado, dentro da casa que agora pertence ao Governo, mas que, por falta de verba para proceder à sua manutenção, encontra-se completamente degradada. A cigarra, entretanto, foi encontrada morta num beco, resultado de um incidente relacionado com drogas, e a casa, agora abandonada, é utilizada por um bando de delinquentes que vive aterrorizando o que, em tempos, era uma pacífica vizinhança."
Having fun, @878, Nbk
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| | | | Suponho que uma empresa deva (no sentido em que é ou deve ser uma boa política...) distribuir pelos seus empregados uma boa parte dos lucros. O típico patrão portugues não supõe. Nenhum patrao (pelo menos que eu conheca) quer, ou vai distribuir os lucros pelos empregados. O salario do empregado e' parte de o custo, logo -- o patrao esta' automaticamente a distribuir o lucro pelos empregados. Se es um empregado, e quiseres uma fatia dos lucros, compras accoes da empresa ou investes e tornas-te socio. A moda de distribuir os lucros pelos empregados(aka, "share options") foi mais que demonstrada como uma ma' pratica. "I triple guarantee you, there are no American soldiers in Baghdad.", Mohammed Saeed al-Sahaf, Iraqi Minister of Information
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| | | | Boas. Expliquei-me mal. Quando digo "distribuir lucros" não me queria referir a "share options" ou qq coisa do género, mas sim ao valor do salário do empregado. @652, Nbk
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| | | | Expliquei-me mal. Quando digo "distribuir lucros" não me queria referir a "share options" ou qq coisa do género, mas sim ao valor do salário do empregado. E' a mesma coisa -- pessoalmente acredito em melhorar os salarios de quem merece, mas aumentos gerais "'a la funcao publica" sem criterios de produtividade parecem-me errados. "I triple guarantee you, there are no American soldiers in Baghdad.", Mohammed Saeed al-Sahaf, Iraqi Minister of Information
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| | | | Este espaço não é o mais apropriado para este tipo de discussão. O tema dá para muito e eu, por acaso, gosto pouco de escrever. O teu discurso é bonito e soa bem (parece o do 2p’s ou a nova Vaga) mas analisando-o, vemos que por aí não vamos a lado nenhum. O que eu falo não é nada de novo, podes dizer que "ando a ver muitos filmes", mas, por exemplo, parte do Blade Runner, faz algum sentido em relação ao papel que os robots terão no futuro. Livros do Asimov também. Todos os exemplos que apresento são levados ao extremo para que se perceba melhor a ideia. Mas claro: "nada do que vai ser dito deve ser levado em consideração." Então vamos lá começar: - Essas pessoas, ao ficarem desempregadas, criam um mercado de emprego mais liquido (mais oferta). Isso seria aproveitado pelas empresas para contratar mais pessoas, a custos mais baixos obviamente, para produzir mais. Eventualmente isso resultaria em mais riqueza que poderia ser entao distribuida sob a forma de melhores salarios.
Mas espera, dá-me ideia que estás a tentar fazer o que já está feito, porque é que queres despedir pessoas que já têm emprego? Ainda por cima pessoas que são apelidadas de incompetentes pela opinião pública. Que futuro teriam essas pessoas no mercado de trabalho, que ainda por cima está saturado e que por este andar, cada vez mais estará pior? Ora fazendo a contas: para simplificar, suponhamos que os tais f.p. eram 3 e ganhavam um ordenado de 1E. Uma empresa que quisesse recrutar empregados, normalmente faria ofertas de >= 1E. Assim poderia ter por exemplo, 3 empregados a ganhar 1E. No total teríamos 6 pessoas a ganhar >= 6E. Agora o caso que mencionas, teríamos 6 pessoas no desemprego e uma empresa que só precisava de 3 pessoas. Como a empresa sabia que não havia "concorrência", sabia que podia pagar <=1E. Então tinha-mos 3 pessoas a ganhar <= 3E – Não vejo que tenha sido melhor! Mas a empresa poderia pensar, bem se pagar metade, até posso contratar o dobro, apesar de não precisar e assim, até posso utilizar alguns como tapetes porque os tapetes de arraiolos são mais caros. Assim teríamos na melhor das hipóteses 6 pessoas a ganhar <= 3E – Para o assalariado, continuo a não ver melhoras na tua teoria. Porque é assim meu amigo, para as empresas um dos interesses é maximizar a rentabilidade do sector produtivo e por essa razão não vejo que haja interesse em pagar mais aos empregados, quando se pode pagar menos. - Obviamente que seria necessário acabar com essa palhaçada imoral que é a Segurança Social para que não fosse tudo deixar a mama da Função Publica (paga do nosso bolso) e encostar-se à mama da SS (paga do nosso bolso).
Pois, por isso é que me faz arrepios ver agricultores e outros, reformados, que apesar de nunca terem descontado para a seg. social, têm reformas, mas que mal dão para pagar os medicamentos que precisam. - C. Silva. ...
A única memória que guardo dele foi a de ter a Visão de acabar a auto-estrada que liga as duas maiores cidades e a infeliz proliferação de r. verdes. Ah, é verdade e o nunca me engano... - ...exercito...
Isso é que eu acho que não é desperdício... :-)) - ...E acabar com um Estado intervencionista em tudo mais um par de calças (ex: obrigatorio usar cinto, obrigatorio usar capacete...
Meu amigo a visão que eu tenho de sociedade é que faço um "pacto com o diabo". "O meu corpo deixa de me pertencer". É que está provado que, sem cinto ou capacete, os acidentes são mais graves, provocando mais mortes. As empresas não se podem é dar ao luxo de estar a pagar impostos, investindo na educação e nos cuidados médicos de uma pessoa que morre sem ter dado o seu contributo. - Nao confundas as coisas; faculdades publicas, embora servidas por funcionarios publicos, não é o mesmo que função publica. O pessoal está a marimbar-se para os serviços da secretaria desde que tenha um bom professor a ensina-lo.
Agora é que fiquei confuso, um professor se for bom já deixa de pertencer à f.p.? Por muito que tu queiras, uma faculdade não pode viver sem uma secretaria (real ou virtual). Se queres que te diga, só tenho a dizer bem dos funcionários da secretaria do técnico. Nem de todos os profs. poderia dizer o mesmo. - Sobre a PT: Pensei que a sua restruturação tinha começado antes da privatização, iniciando um processo de reformas antecipadas e modernização, para então poder ser privatizada.... não é engraçado os administradores só decidirem reestruturar antes de vender?
- O "pessoal" só aceita fazer trabalho indiferenciado, sem horários, por uma miséria, SE QUISER. Se não quiser, recuse e vá trabalhar noutro lado...
Mas em qual lado é que pagam mais? - A diferença é que a "miséria" lá fora é "bem bom"; para cá. Porquê ? Porque há um mercado de trabalho mais liquido, com leis menos restritivas ao despedimento dos incompetentes ou improdutivos. Assim ficam só aqueles que PRODUZEM, e aumenta a PRODUTIVIDADE do pais. Como depois há menos funcionalismo publico, dividindo essa produtividade toda pro cabeça (per capita), obtem-se boas produtuvidades individuais.
É triste não é? Isso é no que dá os teus baixos salários aqui em pt. Por um lado fazem gato sapato das pessoas em vez de as pôr a produzir, porque se pagassem melhor as pessoas seriam caras. Depois, as pessoas tb não fazem mais porque têm pouca formação. Outro exemplo: se por acaso tivesses um banco com 2 caixas, a um davas-lhe uma maquineta de contar dinheiro e uma impressora para imprimir recibos ao outro davas-lhe papel e caneta e uma borrachinha para pôr no dedo para que as notas não escorreguem. Qual é que achas que tinha maior produtividade ? É fazer as contas ao resto do país... Bem, o resto é muito extenso e tem o mesmo sentido dos anteriores, total discordância. A tal produtividade que tu apregoas, está cada vez mais ligada às máquinas e ás tecnologias. E então pelo teu ponto de vista, se quem produz é quem deve ganhar, há que começar a pagar ás máquinas. O que acontece é que as empresas se robotizam para poderem produzir mais e melhor, em menos tempo e com menos custos– nada contra antes pelo contrário. Mas depois já não precisam das pessoas. Podes perguntar, e quem faz essas máquinas? Eu sei que tu sabes: as próprias máquinas. Hoje em dia, uma escavadora que recolhe aço de uma mina é feita por um robot que por sua vez, foi feito por outras máquinas que trabalharam o aço dessa mina. Se quiseres posso-te dar mais exemplos de máquinas que substituíram com sucesso o trabalho humano. Se para 1 caso é assim e para n também é. Então para n+1 tb será. O que quer dizer que no futuro os humanos não terão nada que fazer. E o que fazemos a essas pessoas? Tu és contra o ócio ? És contra os tempos livres ? Só ainda não estamos mais perto desse dia porque esta ideia ainda faz confusão a muita gente e que por essa razão tenta emperrar a máquina, porque assim há pessoas que deixam de controlar pessoas. Se o Noé na sua ida para um planeta distante, tivesse um nº limitado de profissões para colocar na arca, qual é que achas que seriam as profissões que ele colocaria? Bancário? Especulador? ‘Bolsista’? Segurança? Militar ? Consultor? Publicitário? Advogado? Economista? Empregado de escritório? Comentador? Bem eu digo-te o que lá colocaria (pelo menos assim sei que ia): Cientistas, biólogo, médicos, agricultor, mineiro, engenheiros, arquitecto, gestor, artesãos e artistas. Hoje eu já não vivo para o dinheiro, vivo para os pontos. E tu tens razão, eu não posso viver com beijinhos do patrão mas posso viver com os bens que necessito, não preciso de dinheiro, que hoje existe sobre a forma de pontos que todos os meses são carregados num cartão para eu depois poder descontar nas mais diversas lojas. Mas agora eu pergunto, para que me interessam milhares de pontos no cartão, se poder ter tudo aquilo que necessito? Agora tenta imaginar que não era necessário dinheiro para chegar aos bens que necessitavas (sim, eu tb. sei que as necessidades são relativas). O que haviam de fazer os ladrões e os passadores de droga? E os seguranças, banqueiros, economistas, advogados das patentes? E muitos, muitos outros. Agora isso só seria possível com muita educação. Sempre me ensinaram a comer tudo o que eu colocava no prato, a não ter mais olhos que barriga. Há paises que quando têm excesso de produtos (manteiga, leite, açucar, cacau, café, etc.), preferem deitar fora a dar aos países que precisam. As pessoas não precisam de consumir mais, as pessoas precisam é de viver com qualidade, o que não é equivalente. Agora diz-me outra coisa, porque é que tens de mudar de telemóvel de 18 em 18 meses? Porque é que um aparelho que serve para falar tem de ter máquina fotográfica? E toques polifónicos e jogos da Lara Croft? Isso não é criar necessidades no consumidor ? Sim, um Ferrari é mesmo o carro ideal. Barato, dá para a família, dá pouco nas vistas, e a sua velocidade está bem dimensionada para as nossas estradas e cujo objectivo é transportar o seu motor e por tabela o condutor. A ti interessa-te o lucro o dinheiro? Tudo bem, é uma opção de vida, nada contra. Mas digo-te, tenho admiração por aqueles que fazem alguma coisa que se veja, mesmo que pequena, para melhorar este mundo, e não tenho nenhuma por aqueles que são ricos e ganham rios de dinheiro sem mais nada em troca a não ser festas de caridade. Tenho consideração e tiro o chapeu a um Einstein, Maxwell, Stokes, Taylor, Watt, Da vinci, Kepler, Copérnico, Newton e até mesmo um Staalman. Tento ignorar um Rockfeller ou yuppi de Wall Street, ou, sei lá, qq um dos 100 mais, mesmo que hajam pt's. São atitudes ou opções de vida. E se todos pensássemos como tu, era complicado eu estar aqui agora neste espaço a escrever. Era complicado existir um movimento de voluntários nos hospitais a dar apoio a pessoas em fase terminal de vida. Era complicado existir um movimento de software livre que proteja os direitos dos utilizadores. E Linux's e ..... E é por esse teu raciocínio que nos países desenvolvidos se come cada vez pior, bebes "sumos 100% naturais" feitos com água, açúcar e uns pós com sabores a frutas e muitos E's. É por essa razão que alimentam os animais com os restos das carcaças dos seus próprios corpos. É por essa razão que comes cada vez menos sopas e legumes porque dá trabalho e é caro produzi-los. E até porque as pessoas estão cada vez mais mentalizadas a comerem qq. coisa que tenha sal e açúcar, até batatas fritas feitas de farinha. A mim interessa-me mais o meu bem estar e o da minha família. Eu tb. sou egoísta, mas penso que é mais fácil eu estar bem se os outros tb. estiverem e não tiver que viver em condominios fechados com os vizinhos, cheio de alarmes, rodeado de quarda-costas, pq lá fora está um mundo de gente faminta. E sim, não quero que nem eu nem a minha família seja tratada como um edifício em fim de vida, que se faz implodir porque já não é rentável. Eu sei que não parece, mas nós já deixamos a selva há muito tempo. Cumps, PS: A FNAC é f.p.? |
| | | | vemos que por aí não vamos a lado nenhum. O que eu falo não é nada de novo, podes dizer que "ando a ver muitos filmes", mas, por exemplo, parte do Blade Runner, faz algum sentido em relação ao papel que os robots terão no futuro. Livros do Asimov também. Tb os li todos e tb vi o filme. A diferença é que eu percebo que são livros e filmes... Conclusao: andas a ver muitos filmes. Cumprimentos Mario Valente |
| | | | Se calhar já é tarde, mas descobri por acaso, será que ele tb via filmes? - tb em relação à net, os nossos irmãos brasileiros dão cartas. Continuo orgulhoso da nossa pátria em comum. Valente, será que o teu objectivo de $$ te está a limitar os horizontes? ;-) Cumps, PS: Aos gildoteanos brasileiros, aproveito para expressar os meus sentimentos pela triste morte e pelo revés de hoje :-((. |
| | | | Quem quiser seguir uma carreira académica é obrigado a fazer mestrado e doutoramento. Há inclusive prazos de conclusão, que implicam não renovação de contrato caso a pessoa opte por não fazer nem um nem outro. Um professor universitário que siga a carreira normal só tem nomeação definitiva 5 anos depois do doutoramento, e só após consulta de um órgão (creio que o Conselho Científico da Faculdade). Apenas os leitores e os convidados não são obrigados a cumprir prazos, mas por outro lado nunca têm nomeação definitiva, e ficam com contratos de renovação (ou não) anual.
--- Omnia aliena sunt: tempus tantum nostrum est. (Séneca) "Tudo nos é alheio: apenas o Tempo é nosso." |
| | | | Parece-me que o doutoramento só tem interesse para quem quiser seguir uma vida academica e/ou virada para a investigação. |
| | | | Bom, como ja' devo ter feito umas centenas largas de entrevistas e recrutado uma boas 30 ou 40 pessoas, vou-te dizer o metodo que uso. Em geral se vejo um CV com um resumo academico muito bom, e um minimo de experiencia profissional tendo a trazer a pessoa a uma entrevista. Durante a entrevista acesso o nivel de "realidade" em que esta pessoa vive -- faco perguntas relacionadas com o dia a dia numa empresa, por exemplo: Qual e' a melhor maneira de fazer amigos e inimigos numa organisacao ? O que farias se um director te alocar a um projecto que sabes vai falhar 'a priori ? Se receber um olhar em branco entao sei que o tipo devia ficar na universidade. Embora nao me acredite muito em grandes backgrounds academicos, a verdade e' que alguem que chega a um doutoramento em geral e' persistente e tem um nivel razoavel de inteligencia. "I triple guarantee you, there are no American soldiers in Baghdad.", Mohammed Saeed al-Sahaf, Iraqi Minister of Information
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| | | | | Embora nao me acredite muito em grandes backgrounds academicos, a verdade e' que alguem que chega a um doutoramento em geral e' persistente e tem um nivel razoavel de inteligencia. Só para acrescentar que persistência é um grande indicador para se ver se uma pessoa é capaz de levar um projecto até ao fim. Cumprimentos
Plexar. |
| | | | Nem mais! "I triple guarantee you, there are no American soldiers in Baghdad.", Mohammed Saeed al-Sahaf, Iraqi Minister of Information
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| | | | Boas. Depende da persistência. Exemplo: uma pessoa persistente, mas que persiste em usar uma metodologia errada em determinado projecto. Se bem que não será persistência a palavra neste caso, mas sim casmurrice... :-) @445, Nbk
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| | | | Cada um faz o melhor q pode. O trabalho que fiz ficou bem documentado. (ver post anterior q coloquei) Quem quiser melhorar/alterar da empresa est* * vontade, e posso dizer que no fim do est*gio com o que aprendi podia ter utilizado um metodo de programa**o mais modular. Mas o programa n*o tinha falhas era apenas algo lento mas usar threads poderia pedir mais tarde um computador mais potente, foi a* q empanquei visto que aquilo n*o era sobre licen*a do genero free software eu n podia tirar ideias com outros da web e tbm queria concluir aquilo depressa . |
| | | | P* * assim fiz um est*gio numa empresa , o homem mandou-me fazer um driver so n desmaiei pq , pq ... Seja como for andei a pesquisar , informei-me andei *s voltas. Com o linux ja sabia como lidar, windows nem pensar , sugeri.lhe outro metodo ... Ele gostou. N*o tenho curso academico, apenas profissional tentei fazer o melhor que pude. O trabalho ficou a funcionar. N*o com driver mas usando o outro metodo. Que at* futuramente pode ter mais vantagens. Um olhar branco nem sempre significa que o outro n*o vale nada ... Uma maior descri**o : Pode n*o saber mas eu em uma semana informei-me sobre o que existia no mercado, no ambito de free software ( windows foi po caneco era s* a pagantes e encontrar drivers pro q queria ou faze-los n encontrei tutoriais e conhe*o pessoal de cursos academicos q tamb*m ja se viram gregos para fazer drivers para windows seja como for ja n precisei de fazer parsings no linux para receber os dados atraves de um server q tinha la ) . Usamos outro metodo mais simples. Persist*ncia e um pouco de dedica**o * o q * preciso, verdade q fiquei nervoso como o caneco. Paci*ncia. J* um filosofo dizia mais ou menos isto : Da-se ao aluno o pior dos trabalhos para ver o que ele * realmente capaz. Mas sim se eu tivesse mais experiencia com drivers e hardware e material da microsoft poderia-me ter safado quem sabe ... So n*o sei em quanto tempo ! E essa experi*ncia n*o se obtem a nivel academico . Pelo menos a falar de microsoft stuff. Pois j* se aprende mais com howtos de linux. |
| | | | Parece-me que a maior parte dos comentários são redutores e reflectem a visão actual da nossa sociedade e dos nossos empresários. Tenho um Mestrado e ainda iniciei o Doutoramento (que não concluí) e trabalho hoje numa empresa multinacional. Garanto-vos que tirei (e tiro) grandes vantagens da minha formação académica no desempenho das minhas funções que benefíciam directamente a minha empresa. Julgo que as empresas portuguesas são as únicas (talvez um exagero !!) na Europa que não tem politicas de contratação de Mestrados e Doutorados. É importante para o desenvolvimento das nossas empresas (e para a tão falada produtividade) que as nossas empresas incluam mais Mestrados e Doutorados nos seus quadros. Isto não significa que os Mestrados ou Doutorados devam receber mais ... mas devem ser encarados como pessoas de grande potencial de qual as empresas devem tirar partido. Alguém que faz um Mestrado ou um Doutoramento é à partida (não é uma garantia) alguém com um mínimo de inteligência e capaz de desenvolver projectos complexos (envolve analisar, estudar, implementar e validar). Partindo da minha experiência pessoal, aconselho um Mestardo ou Doutoramento como valorização pessoal e profissional. Para aqueles que passam momentos difíceis com a actual situação - desemprego - ter um Mestrado ou Doutoramento pode ser um passaporte para um emprego numa multinacional ou em qualquer país Europeu. |
| | | | | Apesar de compreender esse ponto de vista, já vi demasiado pessoal acabadinho de sair da universidade que vem completamente alheado do que é realmente o mundo do trabalho, inclusivé pessoas com mestrados o que me deixou espantado. Afinal, tanto conhecimento académico, tanta experiência de investigação e no fim, perdem demasiado tempo a criar uma bazooka para matar uma mosca. Não estou a falar da técnica do desenrascanço para matar a mosca, mas muitas vezes os académicos perdem-se demasiado na teoria para resolver um problema simples. Claro está que há situações em que existem problemas bem complexos para resolver, nessas multinacionais ou empresas de industrias bem específicas. Eu fico é desapontado porque Portugal está a caminhar para ser de facto um país de doutores e engenheiros esquecendo-se a juventude que depois é preciso alguém para meter as mãos na m*rda. E depois queixam-se da falta de trabalho... Eu pessoalmente olhei para a universidade como uma perda de tempo e preferi meter mãos à obra. Hoje, a única vantagem que vejo em ter o canudo é mesmo o facto de poder regatear um salário mais alto. Aliás, 90% do pessoal que conheço que trabalha nas TIs não tem curso superior e não se dá mesmo nada mal, pelo contrário, é gente extremamente competente.
---------- Este post foi publicado segundo a licensa IDC (I Don't Care). |
| | | | Eu pessoalmente olhei para a universidade como uma perda de tempo e preferi meter mãos à obra. Hoje, a única vantagem que vejo em ter o canudo é mesmo o facto de poder regatear um salário mais alto. Aliás, 90% do pessoal que conheço que trabalha nas TIs não tem curso superior e não se dá mesmo nada mal, pelo contrário, é gente extremamente competente. Eu diria mesmo mais -- os "tecnicos" que veem de doutoramentos tendem a especializar-se e nunca sair da especializacao. Ou seja, na minha experiencia, tendem a ser pessoas que nao sao necessariamente excepcionais a dar a volta a problemas que nao sejam tecnicamente bem definidos (o que e' o pao do dia a dia numa empresa). As pessoas sem grandes qualificacoes academicas sao muitas vezes aquelas que se movem mais depressa, que sao mais flexiveis, e que demonstram nao so' o know how mas tambem o know who ;-). Regards, "I triple guarantee you, there are no American soldiers in Baghdad.", Mohammed Saeed al-Sahaf, Iraqi Minister of Information
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| | | | A vantagem da formação académica é a de que te dá a conhecer que jogos existem e quais as suas regras mas, provavelmente, não te ensina a jogar, para isso tens de tirar um curso sobre que jogo queres jogar. Por exemplo, para saber jogar xadrez só saber mexer as peças não chega. Mas se não se souber mexer as peças, deve ser complicado começar a ler livros para aprender aberturas. E já agora, por essa ordem de ideias, para quê ter formação até ao 12º ano ? ou ter a 4ª classe ? Claro que existem muitas pessoas que têm baixa formação e que têm um enorme sucesso (de acordo com os nossos parametros) nas suas vidas. Agora, lá por saber as regras do jogo não quer dizer que vá ser campeão. Penso que um dos problemas do atraso do nosso país é o das elites virem dizer que estudar não é preciso o que é preciso é por as mãos na massa. Claro que é preciso por as mãos na massa, mas o nosso atraso deve-se a não estudarmos como se deve amassar. Quanto mais pessoas tivermos com estudos melhor poderemos crescer. Para mim, não há excesso de licenciados, há é excesso de pessoal incompetente no topo, para pôr os licenciados a produzir, pagando mais aos que pôem a mão na massa do que os que fingem que trabalham. Cumps, PS: Claro que isto são ideias e ás vezes também me questiono... |
| | | | Para mim, não há excesso de licenciados, há é excesso de pessoal incompetente no topo, para pôr os licenciados a produzir, pagando mais aos que pôem a mão na massa do que os que fingem que trabalham. Muito, muito bem dito... "I triple guarantee you, there are no American soldiers in Baghdad.", Mohammed Saeed al-Sahaf, Iraqi Minister of Information
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| | | | Boas. Sem querer entrar em discução contigo, parece que guardas um certo rancor em relação a licenciados, e alguem com formação superior ao nível de mestrado e doutoramento. Lá porque tiveste uma má experiência não podes generalizar, mas eu também não estou a querer dar lições de moral. Um coisa é certa, tudo tem um fim, se optaste por não tirar um curso, ou melhor, se calhar não conseguiste, não precisas de mediocrizar os formados. Tambem há quem tire os cursos com gosto e é bastante eficaz a trabalhar e tambem há muitos que tem o 12º ano e são uma nódoa a trabalhar... Quando a doutoramento e mestrado, acho tudo depende do que procures fazer, disponibilidade (financeira e não só), e sobretudo satizfação em quereres enveredar por uma carreira, quem sabe, de investigação. Se não houvessem doutoramentos, provavelmente as tecnologias que tu usas hoje, e achas banais não teriam desenvolvido tão eficientemente. No caso de empregar doutorados em empresas tudo depende tambem da empresa, e dos requesitos dela. Se na tua empresa só precisas de alguem á rasca para fazer uns tostões isso está nos teus direitos. Para usar words e afins tambem não é preciso um doutorado. Para concluír, sê razoavel, nem toda a gente é má e nem toda a gente pode ser julgada por rotineirices que podem ser banais para alguns, mas provavelmente muita da "bagagem" de um doutoramento não é rotineira para esses mesmo. |
| | | | Não, nem sequer tentei ir para a univ porque não quis, não foi por não conseguir. Doutoramentos, mestrados e os seus pares são de facto úteis para trabalhos de investigação, mas que tudo quanto é gente queira tirar um, acho que é um puro desperdício de tempo. Em Portugal *não* há saída para tanta gente. Todos querem o canudo de ciências bonitas como psicologia, comunicação (social?), etc etc e depois queixam-se de que não há saída profissional. Bolas, precisamos mesmo de 10 milhões de licenciados/doutorados? Eu acho que não! Até porque, voltando a uma thread antiga, ainda há os que tiram o curso superior apenas porque supostamente lhes dá outro estatuto social... mais um desperdício de tempo.
Enfim, se estás a tirar curso superior ou a acabar o teu mestrado, acho bom para ti. Espero que depois não olhes para trás e digas que foi um desperdício de tempo.
---------- Este post foi publicado segundo a licensa IDC (I Don't Care). |
| | | | Não, nem sequer tentei ir para a univ porque não quis, não foi por não conseguir. Doutoramentos, mestrados e os seus pares são de facto úteis para trabalhos de investigação, mas que tudo quanto é gente queira tirar um, acho que é um puro desperdício de tempo. Em Portugal *não* há saída para tanta gente. Todos querem o canudo de ciências bonitas como psicologia, comunicação (social?), etc etc e depois queixam-se de que não há saída profissional. Bolas, precisamos mesmo de 10 milhões de licenciados/doutorados? Eu acho que não!
Não me parece que a questão seja "precisamos de X milhões de licenciados?". A questão será antes "precisamos de pessoas qualificadas?" e a resposta será "Sim". Quantos mais licenciados, quantas mais pessoas com conhecimentos e qualificadas para desenvolver trabalho em determinada área, melhor para o país. Pode-se dizer que não vale a pena ter licenciados em "Direito" para trabalharem num café ou a fazer trabalho de secretariado, mas, é melhor ter essas pessoas qualificadas a trabalhar numa área alternativa (enquanto as opções para a sua área não melhoram), do que haver falta de profissionais de Direito e não haver pessoal qualificado. |
| | | | Yupi , vou pra uma multinacional para fora Minha familia vai adorar . Estou ansioso por me livrar da mulher e dos putos. Muito No natal volto a casa ! /* Isto era Sarcasmo n*o sei se pensaria assim ou n.*/ Muito trabalhador emigrante faz isto . Vida profissional acima da familia ?! Yap parece que hoje em dia isto vai nesse caminho ! |
| | | | Não sou doutorado nem nada que se pareça, mas aqui vai. Tenho um curso tecnológico de telecomunicações e redes, nao é universitario, nem sequer chega a bacharelato. O curso, baseado em windows (no flames, please) mas bem estruturado no mundo das redes e com alguns módulos do CCNA da cisco á pála, foi uma bela surpresa para mim, embora sempre achei que estaria sempre atrás de qualquer licenciado quando fosse procurar emprego. Depois de acabar, fui trabalhar para uma empresa pequena que administrava redes em linux. Já usava linux há algum tempo (era aquele tipo na escola q usava "aquele S.O. esquisito"), mas apenas em casa e por curiosidade. O que sabia de linux era pouco, aprendido por caroliçe e persistência, mas aliado á formação que tive, e através de inumeras horas a ler how-to's e afins, consegui adaptar-me bem a trabalhar com linux em ambiente de rede. Isto tudo para dizer que tenho + ou - 3 anos de experiência profissional em redes baseadas em linux/cisco, e se calhar, pelo que vejo nas ofertas de emprego por ai, até ficava mais "bem posicionado" que muita gente a sair da universidade. O tempo dispendido no curso + os anos de trabalho dá + ou - 5 anos, quantos universitários acabam o curso em 5 anos?? Acho sinceramente que uma boa formação academica vale muito, mas a experiencia vale muito mais..... Desculpem qq coisinha... PoWeREd bY TuRQueL HaRdCoRe, bJeCa StYLe!!!! |
| | | | Pelos comentários que li parecem estar falando do Brasil. Aqui há gente que também pensa que fazer faculdade ou pós-graduação é besteira e que é melhor investir em cursos rápidos. Realmente este pensamento tem um fundo de verdade se você não vai trabalhar com funções que exijam muita criatividade ou conhecimentos profundos, que é o caso de mais de 90% das funções existentes em países como o Brasil ou Portugal. Em países exportadores de know-how como o EUA, as grandes empresas costumam possuir centenas de empregados com Ph.D., inclusive alguns deles lecionando simultaneamente, e isso não é mal visto. São empresas como Intel, IBM, HP, Boeing, etc que produzem tecnologia de ponta e não é fazendo cursinhos rápidos que se atinge o nível desejado. Eles costumam trabalhar em centros de pesquisa nas próprias empresas, não em Universidades e Institutos públicos como no Brasil ou Portugal. Países periféricos como os nossos infelizmente ainda dependem muito de investimento em pesquisas e formação acadêmica pelo Estado. Aqui no Brasil os doutores quase sempre são professores universitários de Universidades públicas. Aproveitando o gancho, a questão de funcionalismo público é que a opinião pública tende a generalizar tendo como base alguns burocratas mal-pagos e que trabalham mal nas repartições públicas. E as pessoas com formação superior à média da iniciativa privada, como juízes, professores universitários, embaixadores, etc ? Aqui no Brasil se o Estado não assumisse o controle em certas áreas em que a iniciativa privada não investe por falta de capital ou interesse o país pararia. Acredito que o mesmo aconteceria aí em Portugal. |
| | | | | Pelos comentários que li parecem estar falando do Brasil. Aqui há gente que também pensa que fazer faculdade ou pós-graduação é besteira e que é melhor investir em cursos rápidos. Hammm?!? Quem disse isso ? O que li e' que em certos casos, uma pos-graduacao ou doutoramento pode ser inutil em termos de carreira. Claro que se quiseres ir para um departamento de R&D de uma Boeing, IBM ou Amdahl entao um doutoramento e' muitas vezes essencial -- mas R&D e' uma parte infinitesimal do mercado de emprego. Para 99% das pessoas um doutoramento vale um corno -- e e' provavelmente mais bem aplicado um conjunto de cursos tecnicos, ou um curso mais generalista. "I triple guarantee you, there are no American soldiers in Baghdad.", Mohammed Saeed al-Sahaf, Iraqi Minister of Information
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| | | | O necessário será tentar saber o que se quer fazer futuramente.
Querem o doutoramento para quê? Para adiar a entrada no mercado de trabalho ou para utilizarem os conhecimentos e competências adquiridas no vosso trajecto profissional? É só para encher o CV? É por interesse na área de conhecimento à qual se refere?
Uma pessoa que queira trabalhar na área do ensino superior ou em R&D terá necessidade (ou utilidade) de prolongar os seus estudos após a licenciatura. Alguém que queira montar computadores e instalar sistemas operativos numa loja na esquina não terá grande necessidade de o fazer. Se o fizer irá aumentar o seu nível de conhecimentos e competências. Mas será que lhes vai dar muito uso? |
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