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O que não foi dito sobre Munique
Contribuído por vd em 24-07-03 18:03
do departamento olhó-gato
Linux X-Ero escreve "A vertigem mediática e uns pózinhos de tendências mal disfarçadas estão cada vez mais na moda. Se são compreensíveis nos casos como o de Paul Wolfowitz, já se fica mais espantado quando se fala do Linux.
E porquê ? Porque se escreveu imensa coisa em variados artigos (como aqui no Gildot ), que "Munique" virou quase nome mítico na comunidade Linux. Só que se escreveu tanto que se esqueceram de uns quantos pormenores que até nem são assim tão pouco relevantes.

1º Datas
A migração só é suposto ocorrer em 2004, e até ao momento não foi avançado qualquer plano sobre o modo e a forma em que essa migração vai ocorrer. Ou seja, no mínimo vamos ter que esperar até 2005 para saber se Munique é um sucesso ou um flop. É muito tempo, acho eu, que é quase uma eternidade.

2º Preço
A migração custará ao erário público qualquer coisa como 35 milhões de euros, mais de 7 milhões de contos. Falou-se por aqui que a Microsoft baixou o preço, quase dando a entender que seria a perder dinheiro ou quase de borla. Não foi, a MS baixou para 24 milhões de euros. Mesmo assim um valor de respeito, e muito longe de ser uma atitude de desespero da Microsoft. Uma coisa é certa: não estamos a falar de poupanças, antes pelo contrário. Logo pelo menos um dos mitos do Linux vai pelo cano. A quem é que isto interessa ? Não sei, mas quando vejo determinadas opções politicas que saem mais caro ao contribuinte costumo concluir que há alguém que sai a ganhar bem desta história e não é propriamente a comunidade Linux e muito menos os contribuintes de Munique.

3º Aplicações
A estratégia parece ser a de evoluir o máximo de aplicações verticais para tecnologia WEB, onde muitas que estão em MS provavelmente vão continuar a ser.
Agora a parte mais curiosa disto tudo, há um número significativo de aplicações que não vão ser migradas, pois os custos seriam ainda mais brutais. Vão instalar em 80% das máquinas WMWare para correr o ... Windows..

"

Unilever no OSDL | Falta de sensibilidade para com o Windows!  >

 

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Referências
  • Linux
  • Paul Wolfowitz
  • Gildot
  • Mais acerca Linux
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    Get Ready... (Pontos:3, Esclarecedor)
    por leitao em 24-07-03 18:15 GMT (#1)
    (Utilizador Info) http://scaletrix.com/nuno/
    Get ready for this!


    "I triple guarantee you, there are no American soldiers in Baghdad.", Mohammed Saeed al-Sahaf, Iraqi Minister of Information

    seguindo o mesmo estilo ... (Pontos:2)
    por vd em 24-07-03 18:25 GMT (#2)
    (Utilizador Info) http://paradigma.co.pt
    Como é mesmo aquela expressão ? ...

    "up yours!"

    //vd
    Re:seguindo o mesmo estilo ... (Pontos:2)
    por leitao em 24-07-03 18:38 GMT (#3)
    (Utilizador Info) http://scaletrix.com/nuno/
    dido!


    "I triple guarantee you, there are no American soldiers in Baghdad.", Mohammed Saeed al-Sahaf, Iraqi Minister of Information

    migracao (Pontos:3, Esclarecedor)
    por higuita em 24-07-03 20:01 GMT (#4)
    (Utilizador Info)
    tirando o valor ser mais alto, nao vejo qualquer problema com estas solucoes...

    1º qualquer migracao tem custos e neste caso a migracao e' desde windows 3.1/95/98.

    2º as migracoes que envolverem menos mudancas sao as mais simples, pois permitem que o utilizador se habitue mais facilmente as coisas que mudaram.
    o problema das "menos mudancas" e' que se corre o risco de nao evoluir realmente e ficar eternamente preso a mesma solucao.

    3º custos futuros, de actualizacoes, manutencao dos softwares, aquisicao de novos, etc

    sendo assim temos que:
    o sistema vai usar o linux para a base do sistema, logo estabilidade, manutencao e seguranca estao melhor garantidas que uma solucao windows.
    eles vao pegar nos actuais windows e meter no wmware (nao, nao se vai comprar win2000/ChiPe, reaproveita-se as licencas) para assim os utilizadores poderem ainda usar as mesmas coisas da mesma forma... a vantagem e' que se ganha estabilidade e ses substitui/repara um sistema com um simples dd da imagem original

    ou seja, nesta fase inicia (leia-se, temporaria!!) temos uma transicao o mais suave possivel, o mesmo sistema apenas com (possivelmente) um novo disco (que vem do linux) para se guardar a informacao
    por comparacao, instalar um windows recente ja' se tem muitas diferencas, pior ainda seria a compatibilidade de um kernel NT a correr as aplicacoes win3.x/9x... poderia-se usar o wmware tambem, mas o peso dos windows nas novas maquinas iriam torna-lo mais lento que em linux

    com o tempo vai-se migrando as coisas todas (ou quase todas) para linux e assim abandonando os windows
    as aplicacoes que nao forem portadas para linux ou substituidas por equivalentes ficam em wmware ou sera' realizada uma adaptacao de uma interface de web ao software

    no final da migracao (de ira' se prolongar por bastante tempo) terao mudado de um sistema fechado, instavel e incompactivel para um que usa protocolos abertos, flexivel, mais estavel e que usa documentos abertos e transportaveis para outros sistemas

    a solucao da microsoft acabava por apenas prolongar os windows antigos, o sistema continuaria fechado (talvez ate' mais), usava protocolos e formatos de documentos fechados e problematicos

    a solucao da microsoft e' a saida facil e que a longo prazo pode trazer mais problemas, se existem hoje em dia problemas de compatibilidade entre windows, o que fara' no futuro entre windows e outros sistemas (linux, MacOS, *BSD, etc), nao existem garantias de que se podera' exportar as informacoes para quaisquer outros formatos...

    a solucao da IBM, para alem de usar o linux e beneficiar das suas vantagens, de beneficiar de toda o trabalho da comunidade em todas as aplicacoes, nao fecha a porta a futuras mudancas, um windows, linux, mac, etc podem aceder as interfaces web das aplicacoes portadas, podem converter as informacoes em formatos compactiveis com todos os sistemas, podem aceder uns aos outros usando protocolos abertos

    custos de formacao teria de haver para ambos os casos (passar de win3.x para winXP quase que equivale a passar de win3.x para linux, sob a prespectiva do utilizador)

    o custo do da solucao da IBM e' maior, mas e' a solucao mais flexivel, mais segura e estavel, com maior visao a longo prazo...

    a da M$, acaba por ser a mesma prisao de sempre... e' tipo as impressoras, paga-se pouco a impressora, mas depois vai-se pagando bastante pelos tinteiros...
    (quer em manutencao, evolucao, novos softwares, quer em manter as licencas do windows, desconheco que tipo de licenca seriam as do contracto da M$, mas assumo que sejam aquelas que se vai pagando regularmente para manter a licenca "activa")


    Higuita
    Re:migracao (Pontos:2)
    por leitao em 24-07-03 22:24 GMT (#9)
    (Utilizador Info) http://scaletrix.com/nuno/
    o problema das "menos mudancas" e' que se corre o risco de nao evoluir realmente e ficar eternamente preso a mesma solucao.

    Nao -- isso e' o problema das mudancas feitas em absoluto, e de uma vez so', que e' o caso de Munique, e o que talvez venha a ser o factor principal para um possivel fracasso.

    o sistema vai usar o linux para a base do sistema, logo estabilidade, manutencao e seguranca estao melhor garantidas que uma solucao windows.

    Estabilidade ? Depende, um servidor e' facil de tornar estavel pois este nao interage directamente com o utilizador. Quando falamos de uma maquina de desktop com o utilizador a martelar o dia todo o caso torna-se diferente. Manutencao ? Talvez, dependendo muito das aplicacoes que la' correm. Seguranca ? Novamente, depende do que o utilizador faz com a maquina -- lembra-te que a seguranca e' inversamente proporcional a' utilidade e flexibilidade. i.e., quanto mais funcionalidade e utilidade mais dificil se torna de prever o que pode correr mal.

    eles vao pegar nos actuais windows e meter no wmware (nao, nao se vai comprar win2000/ChiPe, reaproveita-se as licencas) para assim os utilizadores poderem ainda usar as mesmas coisas da mesma forma... a vantagem e' que se ganha estabilidade e ses substitui/repara um sistema com um simples dd da imagem original

    Essa do 'dd' para repor a imagem so' cabe na cabeca de um lirico, mas pronto... mas tens que me explicar como e' que se ganha estabilidade ao correr Windows dentro de uma maquina virtual -- a VM e' mais estavel que o hardware ou corrige bugs 'on-demand' enquanto corre ? Acho tambem particular piada que o VMWare agora pareca ser uma "Good Thing"(TM), quando tanta gente aqui no Gildot acha inaceitavel correr Linux sobre uma VM em Windows.

    no final da migracao (de ira' se prolongar por bastante tempo) terao mudado de um sistema fechado, instavel e incompactivel para um que usa protocolos abertos, flexivel, mais estavel e que usa documentos abertos e transportaveis para outros sistemas

    Nao, no final da migracao vais ter uma miscelanea de arquitecturas e aplicacoes que ainda gostava ver a funcionar de uma forma razoavel. Se explicares o que se esta' a propor fazer a qualquer gestor de projecto que tenha trabalhado em integracao de sistemas ele vai-te chamar maluco. Estou mesmo a ver os aumentos de produtividade de um simples funcionario publico a receber um documento, abrir no 'Star-Office', chegar 'a conclusao que nao funciona como ele quer, copiar para a VM via e-mail, abrir no MS Office, reformatar, passar para de volta para o 'Star-Office' via e-mail, fazer a alteracao, verificar se funciona no MS Office, ad-nauseum.

    a solucao da microsoft acabava por apenas prolongar os windows antigos, o sistema continuaria fechado (talvez ate' mais), usava protocolos e formatos de documentos fechados e problematicos

    E agora vai continuar a usar formatos proprietarios, mas com uma camada adicional de Linux para complicar a questao...

    custos de formacao teria de haver para ambos os casos (passar de win3.x para winXP quase que equivale a passar de win3.x para linux, sob a prespectiva do utilizador)

    Claro que te esqueces que 80% dos utilizadores ja' correm Windows em casa, e se calhar 0.5% corre Linux...

    o custo do da solucao da IBM e' maior, mas e' a solucao mais flexivel, mais segura e estavel, com maior visao a longo prazo...

    Porque ?


    "I triple guarantee you, there are no American soldiers in Baghdad.", Mohammed Saeed al-Sahaf, Iraqi Minister of Information

    Re:migracao (Pontos:2)
    por biduxe em 24-07-03 22:48 GMT (#11)
    (Utilizador Info)
    Estabilidade na VM?
    Simples: sabes como se desliga uma VM? Puxas pela ficha. No arranque seguinte poupas o discurso culpabilizador do "o windows não foi encerrado correctamente bla bla bla bla..."
    ------ EOFim.
    Re:migracao (Pontos:2)
    por leitao em 24-07-03 22:55 GMT (#13)
    (Utilizador Info) http://scaletrix.com/nuno/
    Hummm... deixa-me la' experimentar a minha teoria aqui no VMWare a correr no meu portatil:

    • Arranco a VM,
    • O Linux carrega,
    • Carrego no "Power-Off" da VM,
    • A VM diz: "Are you sure you want to power-off the virtual machine ? The guest operating system could be affected.",
    • Confirmo e ligo outra vez a VM,
    • O Linux diz: "/dev/sda1: filesystem was not cleanly unmounted"...

    Isto diz-te alguma coisa ? Ja' usaste alguma vez o VMWare ou uma VM ?


    "I triple guarantee you, there are no American soldiers in Baghdad.", Mohammed Saeed al-Sahaf, Iraqi Minister of Information

    Re:migracao (Pontos:1)
    por coder em 24-07-03 23:33 GMT (#18)
    (Utilizador Info)
    a possível estabilidade do Windows sob VMware tem a ver com o facto do hardware ser uniforme. por outras palavras, se todos os computadores correrem Windows em VMware, por mais diferente que seja o hardware das máquinas, para o Windows o hardware é sempre o mesmo: é o hardware virtual apresentado pelo VMware.

    resolvido qualquer conflito relacionado com hardware numa máquina, o sucesso da receita está garantido para todas as outras.

    o VMware é uma solução provisória. o exemplo de Munique vai fazer as empresas de desenvolvimento de software de gestão para a administração pública (e não só) a, de futuro, optarem por toolkits portáveis como o QT ou GTK, ou por ferramentas tipo Delphi/Kylix.

    Re:migracao (Pontos:2)
    por leitao em 24-07-03 23:40 GMT (#20)
    (Utilizador Info) http://scaletrix.com/nuno/
    a possível estabilidade do Windows sob VMware tem a ver com o facto do hardware ser uniforme. por outras palavras, se todos os computadores correrem Windows em VMware, por mais diferente que seja o hardware das máquinas, para o Windows o hardware é sempre o mesmo: é o hardware virtual apresentado pelo VMware. Nao e' tao simples como isso -- ja' para nao falar no que implica correr dois sistemas operativos completamente diferentes simultanemente numa so' maquina. O VMWare e' sem duvida util (eu utilizo-o frequentemente), mas nao e' uma panacea para o tipo de uso que neste caso lhe queres dar.

    o VMware é uma solução provisória. o exemplo de Munique vai fazer as empresas de desenvolvimento de software de gestão para a administração pública (e não só) a, de futuro, optarem por toolkits portáveis como o QT ou GTK, ou por ferramentas tipo Delphi/Kylix

    Talvez seja esse o caso, mas parece-me mais provavel que o software continue a ser o existente, com a simples diferenca que vai correr na mesma sobre Windows a correr numa maquina virtual. O que seria uma ironia engracada -- a "migracao" nao passaria de acrescentar uma camada de emulacao por cima de Linux...


    "I triple guarantee you, there are no American soldiers in Baghdad.", Mohammed Saeed al-Sahaf, Iraqi Minister of Information

    Re:migracao (Pontos:2)
    por higuita em 25-07-03 2:38 GMT (#25)
    (Utilizador Info)
    para nao falar no que implica correr dois sistemas operativos completamente diferentes simultanemente numa so' maquina.

    as maquinas vao ser actualizadas...
    ora um windows 3.x a correr num pentium a 200 ja' tem uma velocidade enorme, numa maquina moderna a unica coisa que vai pesar e' o wmware mesmo...

    mesmo o win98 numa maquina moderna e' bastante rapido, mais uma vez nao tens grandes problemas de ter os 2 sistemas operativos...

    Talvez seja esse o caso, mas parece-me mais provavel que o software continue a ser o existente, com a simples diferenca que vai correr na mesma sobre Windows a correr numa maquina virtual.

    a IBM vai ser paga para portar as coisas, achas que vai realmente nao o fazer e deixar as coisas como estao?
    achas que o pessoal vai querer continuar a usar o windows 3.x?!? ou mesmo o windows 95?!
    mais depressa se cancelava o contracto...


    Higuita
    Re:migracao (Pontos:2)
    por higuita em 25-07-03 4:08 GMT (#27)
    (Utilizador Info)
    se quiseres resolver isso quando quiseres, ou todas as noites, podes restaurar o /dev/sda1 de uma imagem boa dele e nao tens mais problemas nenhums...

    lembra-te que aqueles windows nao sao para ser alterados, logo nao perdes nada em restaurar da imagem

    Higuita
    Re:migracao (Pontos:2)
    por biduxe em 25-07-03 8:34 GMT (#28)
    (Utilizador Info)
    Lê a doc do vmware... Procura por "undoable" ou qualquer coisa do gênero.

    Quem não sabe é como quem não vê

    ------ EOFim.
    Re:migracao (Pontos:2, Interessante)
    por coder em 24-07-03 22:49 GMT (#12)
    (Utilizador Info)
    Estou mesmo a ver os aumentos de produtividade de um simples funcionario publico a receber um documento, abrir no 'Star-Office', chegar 'a conclusao que nao funciona como ele quer, copiar para a VM via e-mail, abrir no MS Office, reformatar, passar para de volta para o 'Star-Office' via e-mail, fazer a alteracao, verificar se funciona no MS Office, ad-nauseum.

    não estás a perceber, leitao. se o funcionalismo público em Munique utilizar StarOffice/OpenOffice, então quem envia documentos para esses organismos tenderá a utilizar também formatos StarOffice/OpenOffice porque é do seu próprio interesse que os documentos sejam bem lidos pelo destinatário.

    para um cidadão ou empresa, só a ideia de que o seu documento não chegará em condições e que, por causa disso, o seu requerimento/processo/comunicado/etc. possa não ter o seguimento desejado, vai forçá-los a utilizar OpenOffice.

    por sua vez, os funcionários públicos vão aperceber-se que o OpenOffice faz tudo aquilo que precisam e com a mesma facilidade que antes com o MS Office. e vão passá-lo a usar em casa. a contaminação passará aos amigos... e, com isto, lentamente a quota de mercado do MS Office vai entrando em erosão.

    Re:migracao (Pontos:2)
    por leitao em 24-07-03 23:00 GMT (#14)
    (Utilizador Info) http://scaletrix.com/nuno/
    Vou-te apresentar uma alternativa ao que podera' acontecer:

    • Os oficiais de Munique passam a usar o Star-Office,
    • O publico continua a enviar documentos em formato MS Office pois e' isso o que usam no PC do trabalho e em casa,
    • Durante um periodo os funcionarios da camara tentam remediar com o Star-Office,
    • As pessoas nao passam para o Star-Office e continuam a utilizar o MS Office porque ja' pagaram por ele e nao estao para mudar,
    • Os funcionarios desistem e passam a correr o MS Office na VM.


    "I triple guarantee you, there are no American soldiers in Baghdad.", Mohammed Saeed al-Sahaf, Iraqi Minister of Information

    Re:migracao (Pontos:1)
    por coder em 24-07-03 23:27 GMT (#17)
    (Utilizador Info)
    1. a maior parte das pessoas (em casa) não tem MS Office legal
    2. mesmo aqueles que têm MS Office legal não se vão incomodar muito em instalar o OpenOffice já que este é gratuito e está à distância de um download (a banda larga na Alemanha domina)
    3. os funcionários, mesmo que queiram, não vão usar MS Office porque não autorização nem privilégios necessários para o instalar.
    quem vai ser forçado a mudar vão ser os cidadãos/empresas de Munique/Baviera, não a administração pública.
    Re:migracao (Pontos:3, Interessante)
    por leitao em 24-07-03 23:35 GMT (#19)
    (Utilizador Info) http://scaletrix.com/nuno/
    quem vai ser forçado a mudar vão ser os cidadãos/empresas de Munique/Baviera, não a administração pública

    Acredito que estejas convencido disso -- mas para mim isso nao passa de wishful thinking.

    Se achas realmente que de repente 10 milhoes de pessoas e milhares de empresas vao mudar os seus habitos porque o estado assim o exige...


    "I triple guarantee you, there are no American soldiers in Baghdad.", Mohammed Saeed al-Sahaf, Iraqi Minister of Information

    Re:migracao (Pontos:2)
    por higuita em 25-07-03 2:29 GMT (#24)
    (Utilizador Info)
    nao te esquecas tambem que o staroffice tem muito mais utilizacao na alemanha que nos outros paises, pela razao que o original era feito por uma companhia alema...

    logo nao e' uma coisa tao inconcebivel haver mudancas...

    mas isto acaba por importar pouco, o openoffice/staroffice gravam em pdf os documentos, e abrem os .doc sem problemas, logo onde esta' realmente a necessidade de forcar os outros a usar o software "oposto"?

    Higuita
    Re:migracao (Pontos:2)
    por Pink em 25-07-03 22:06 GMT (#50)
    (Utilizador Info) http://www.PinksWorld.8m.com
    Se achas realmente que de repente 10 milhoes de pessoas e milhares de empresas vao mudar os seus habitos porque o estado assim o exige...

    Nunca ouviu falar de impostos??? ;-)

    Um aumento numa alíquota, e milhões de pessoas deixam de consumir um produto porque ele se tornou caro demais.

    Governo governa. Se for baixada uma norma especificando que documentos eletrônicos devem ser enviados em formato PDF ou não serão deferidos, vai todo mundo usar ghostscript no dia seguinte.


    []s,
    Pink@Manaus.Amazon.Brazil.America.Earth.SolarSystem.OrionArm.MilkyWay.Universe

    Re:migracao (Pontos:2)
    por jazzy em 30-07-03 11:42 GMT (#58)
    (Utilizador Info) http://www.gildot.org
    a maior parte das pessoas (em casa) não tem MS Office legal
    E desde quando é que isso é impedimento? Por muito incorrecto que seja, a pirataria é uma realidade, quer no mercado doméstico, quer no mercado das PME's.


    Jazzy
    Re:migracao (Pontos:2)
    por higuita em 25-07-03 4:03 GMT (#26)
    (Utilizador Info)
    Nao -- isso e' o problema das mudancas feitas em absoluto, e de uma vez so', que e' o caso de Munique, e o que talvez venha a ser o factor principal para um possivel fracasso.

    o planeamento a longo prazo tem sempre riscos, mas tambem tem maiores vantangens do que fazer as coisas com vistar curtas...

    Estabilidade ? Depende, um servidor e' facil de tornar estavel pois este nao interage directamente com o utilizador.

    perto, nas nao acertaste... a razao e' porque o utilizador nao pode alteras as coisas, usa o que tem e pronto (excluir logicamente ataques de seguranca 8)

    Quando falamos de uma maquina de desktop com o utilizador a martelar o dia todo o caso torna-se diferente.

    uma maquina sem permissoes de alterar as coisas, com apenas a /tmp, /home, /var montadas com readwrite tem poucas probabilidades de ser destruida no software... no hardware... se alguem andar aos chutos a maquina, afecta igualmente o sistema, quer seja windows, linux, macosx, *BSD, etc

    Seguranca ? Novamente, depende do que o utilizador faz com a maquina -- lembra-te que a seguranca e' inversamente proporcional a' utilidade e flexibilidade. i.e., quanto mais funcionalidade e utilidade mais dificil se torna de prever o que pode correr mal.

    concordo, mas na fase inicia temos win3.x, win9x a usar o stack tcp/ip do linux, os windows sem acesso directo a rede e protegidos com o iptables... nesta fase concordas certamente que e' mais seguro...
    mais tarde, com o yast a actualizar diariamente (?) os pacotes de seguranca, aplicacoes portadas que logicamente deverao correr como utilizadores especiais e contar com as permissoes de acessos, chroots e afins... estas as locais, pois a maioria passa para sites de web, com, teoricamente, melhor seguranca ainda
    lembra-te que como desktops nao deveram ter servicos a correr, talvez apenas o ssh(?) para a manutencao remota...
    ataques locais, bem, uma configuracao correcta e os patchs ajudam bastante, mas e' sempre um risco...

    comparando com o windows (2000/XP) temos que inicialmente os buracos e possiveis buracos do windows, depende-se da M$ para a seguranca...
    eu pessoalmente confio muito mais numa SUSE que na M$ para me tratar da seguranca...
    como as aplicacoes nao seriam portadas, nem imagino os efeitos de uma aplicacao win3.x a correr num windowsXP, com modo de compatibilidade activo...nao corre? leva a maquina com ela?
    mais tarde, continuar a confiar na M$... localmente corre os mesmo riscos do linux, apesar do linux ter um historial MUITO melhor que o windows em corrigir buracos locais

    Essa do 'dd' para repor a imagem so' cabe na cabeca de um lirico, mas pronto...

    8)
    tu esqueces-te que o win3.x ocupa uns 20Mb...que seja 100Mb com aplicacoes... e que tinha uma terrivel tendencia para crashar e corromper ficheiros, o esboco de registry que tinha e afins... se se grava os ficheiros num disco do linux, meter o dd todas as noites a repor o windows original, nao ha' virus, crashs, desconfiguracoes que afectem o trabalho de um dia para o outro.
    lembra-te que estes windows sao para abater, nao te preocupas muito com patchs de seguranca, patchs de bugs, etc, como estao agora e' como vao ficar, tirando logicamente os drivers e afins para o wmware
    as imagens ate' podem estar num servidor na rede e serem actualizadas de tempos a tempos, mas isto sim e' ser lirico ;)

    mas tens que me explicar como e' que se ganha estabilidade ao correr Windows dentro de uma maquina virtual

    para os windows dentro da VM, tens poucas alteracoes... os drivers da vmware em principio nao teem os problemas dos drivers do hardware, o sistema e' restaurado on-demand ou mesmo todas as noites, logo crash nao se propagam em mais crashs
    sobre todo o sistema mesmo, um crash de um win3.x nao leva o linux com ele, reinicia-se a VM e ja' esta' (nao se perde o que se tem aberto no linux)

    particular piada que o VMWare agora pareca ser uma "Good Thing"(TM), quando tanta gente aqui no Gildot acha inaceitavel correr Linux sobre uma VM em Windows.

    eu nem gosto do vmware, pior ainda a correr em cima de windows...

    pela minha experiencia, o numero de vezes que o windows crash ou da' problemas malucos e' bastante maior que um linux (win2000 ou XP, nem sequer falo nos win9x)
    ora o host OS crashar uma vez ou outra nao abona muito para que o sistema dentro da VM fique sempre inteiro, sem problemas
    se para ti o windows e' mais estavel que o linux, melhor, mas nao e' essa a minha experiencia... de qualquer forma, repito, nao gosto muito de VM

    mas este ponto depende tambem do que o utilizador considera o seu OS principal...

    Nao, no final da migracao vais ter uma miscelanea de arquitecturas e aplicacoes que ainda gostava ver a funcionar de uma forma razoavel.

    nao sei o que estas a imaginar, eu vejo precisamente o contrario, uma uniformizacao dos sistemas, dos metodos e de trabalho...

    receber um documento, abrir no 'Star-Office', chegar 'a conclusao que nao funciona como ele quer

    formacao...
    passar de um office 2.0 para um office XP tambem precisaria de formacao
    o staroffice faz muita coisa que o M$ office faz, funciona de forma diferente? sim! e' preciso aprender? sim!
    ninguem disse que nao existem dificuldades, mas tambem depois de se aprender a usar e comecar a usar realmente o staroffice/openoffice ele nao e' dificil

    a compatibilidade entre o M$ office e o staroffice e' boa o suficiente para nao ser preciso andar aos saltos entre offices, alem de que quando se migrar do M$ office (ou la' o que usavam) para staroffice, devem apagar o 1º, precisamente para o pessoal nao fugir para aquilo que conhece (qualquer que seja o sistema, o pessoal tem resistencia 'a mudanca quando nao se sente seguro... sempre)

    E agora vai continuar a usar formatos proprietarios, mas com uma camada adicional de Linux para complicar a questao...

    falta a palavra inicialmente...
    os vmware sao temporarios, mais tarde eles vao sendo eliminados, depois das coisas estarem migradas... o office por exemplo pode ser migrado com alguma facilidade
    programas de gestao, contabilidade, registros varios e afins podem demorar mais, mas depois saltam para um servidor de web/sql

    Claro que te esqueces que 80% dos utilizadores ja' correm Windows em casa, e se calhar 0.5% corre Linux...

    a migracao para windows tinha essa vantagem e por isso que e' a mais escolhida, e' a saida mais simples, muitas vezes nem formacao existe (e depois nota-se, o pessoal mexe mas so' estraga)
    muito pessoal ate' tem windows em casa, mas nem o uso, e' dos filhos, alem de que depois do trabalho querem distancia do PC...

    muitos nem sabem usar o PC realmente, repetem os passos ensinados apenas e pouco mais
    o meu pai usava windows, usava aquilo que precisava e nao sabia mais nada...
    hoje em dia usa linux, usa aquilo que precisa e pouco mais (uns jogos do KDE)...
    a formacao nao e' assim tao dificil, a experiencia, o mexer no sistema acaba por ser tao intuitiva como o windows...
    lembra-te que eles vao usar o sistema, nao o vao configurar

    o custo do da solucao da IBM e' maior, mas e' a solucao mais flexivel, mais segura e estavel, com maior visao a longo prazo...
    Porque ?


    para alem das razoes que ja' apontei em cima, temos:

    flexivel: a solucao windows dificulta as mudancas mais tarde para outras solucoes nao windows...
    o linux nao, pode ate' acabar por emular quase na totalidade um windows
    segura: sem virus, com patchs de seguranca rapidos, para todo o sistema, solucoes baseadas na web e logo movem uma boa parte da seguranca para os servidores
    estavel: pode ter 2 sentidos, a do nao crashar, e a de permanecer imutavel
    -nao crashar: o linux raramente crash, as aplicacoes quando crasham nao levam o sistema com elas, mais uma vez, solucoes baseadas na web, servidores estaveis, solucoes redundantes
    -imutavel: nao sei se e' o pretendido, mas podem congelar as instalacoes e apenas aplicar os patchs de seguranca e correcoes de bugs...
    como teem a source de todos ou praticamente todo o sistema, podem portar as correcoes, funcionalidades e outras coisas das novas versoes para as versoes que usam, interferindo o minimo possivel com solucoes que ja' funcionam e sem problemas

    finalmente, com visao a longo prazo:
    1º estao a planear toda uma solucao com pes, tronco e membros, em vez da solucao facil de ir construindo e ver o que sai
    2º porque, na minha opiniao, o linux vai ser um dos principais sistemas operativos do mundo, quer para servidores, quer para desktops, eles ja' se estao a aproximar desse futuro, a aumentar o reconhecimento da sua regiao, a serem uma referencia para os outros e a poderem beneficiar do liberdade que o linux, protocolos abertos, formatos abertos permitem dar por oposicao a submissao 'as ideias e vontades da microsoft


    Higuita
    Re:migracao (Pontos:1)
    por Manteigas em 29-07-03 9:24 GMT (#55)
    (Utilizador Info)
    Fico bastante admirado com a convicção que respondes nesta questão. Alguns exemplos:

    uma maquina sem permissoes de alterar as coisas, com apenas a /tmp, /home, /var montadas com readwrite tem poucas probabilidades de ser destruida no software... no hardware... se alguem andar aos chutos a maquina, afecta igualmente o sistema, quer seja windows, linux, macosx, *BSD, etc
    Tens me explicar em que organização e empresa isso está montado e realmente funciona??

    lembra-te que como desktops nao deveram ter servicos a correr, talvez apenas o ssh(?) para a manutencao remota... ataques locais, bem, uma configuracao correcta e os patchs ajudam bastante, mas e' sempre um risco... comparando com o windows (2000/XP) temos que inicialmente os buracos e possiveis buracos do windows, depende-se da M$ para a seguranca...
    Outro mito da internet... http://www.cve.mitre.org/cve/d ownloads/full-cve.html

    o staroffice faz muita coisa que o M$ office faz
    Já alguma vez utilizas-te o StartOffice mais do que uma ou duas horas?? Se não experimenta, se sim sabes exactamente quais são os seus problemas e que não são comparáveis, apesar de ter havido grandes progressos!!

    segura: sem virus, com patchs de seguranca rapidos
    Mais rápidos? A RedHat chega a demorar 45 dias para lançar um patch de segurança que já foi reportado, apenas como um exemplo.

    Bem e já chega!!

    Cumprimentos

    Re:migracao (Pontos:2)
    por higuita em 29-07-03 15:13 GMT (#56)
    (Utilizador Info)
    Tens me explicar em que organização e empresa isso está montado e realmente funciona??

    em minha casa dos meus pais funciona bem (e' o meu pai que usa o PC)
    a luz vai a baixo com frequencia, mesmo com ext3 e reiserfs, uma particao montada em readonly e' sempre bastante melhor.

    de resto nao conheco muitas empresa que tenha linux a funcionar em desktops, quanto mais saber se teem a /usr em readonly ou nao...

    lembra-te que nao estou a falar de servidores, mas desktops geridos nao pelos utilizadores, mas automaticamente ou semi-automatico (cron, apt-get, nfs, etc) pelo(s) administrador(es)

    quem for montar um numero consideravel de linux a funcionar como desktop, imagens dos discos, nfs, actualizacoes automaticas ou semi-automaticas, etc sao obrigatorias, sob o risco de ficar um caos ou dar o mesmo ou ate mais trabalho que um windows

    quem tem preguica de fazer isso, arrisca-se a ter mais trabalho mais tarde, mas sao opcoes de cada um...

    de igual forma, num windows, o disco com os documentos de trabalho nao deve ser o mesmo do sistema e de swap, por esta ter mais problemas frequentemente... mas muitos teem tudo no c: ...
    preguica, ignorancia, fe', mas nao quer dizer que seja o correcto.


    Outro mito da internet... http://www.cve.mitre.org/cve/downloads/full-cve.html


    deve estar a gozar!?! acreditas piamente no que disseste?!
    usando a propria pagina (nao muito actualizada) que falaste temos:

    15:18 ~/cat cve.txt |grep " MS:MS"|wc -l
            317
      15:18 ~/$cat cve.txt |grep " DEBIAN:"|wc -l
            186
      15:19 ~/$cat cve.txt |grep " SUSE:"|wc -l
            124
      15:19 ~/$cat cve.txt |grep " MANDRAKE:"|wc -l
            157
      15:19 ~/$cat cve.txt |grep " REDHAT"|wc -l
            246
      15:19 ~/$cat cve.txt |grep -i "slackware"|wc -l
              19
      15:19 ~/$cat cve.txt |grep "linux"|wc -l
            132
      15:19 ~/$cat cve.txt |grep " OPENBSD"|wc -l
              37
      15:19 ~/$cat cve.txt |grep " FREEBSD"|wc -l
            151

    isto nada indica tambem sobre a gravidade dos problemas
    a debian, a distro com mais pacotes de todas, comparando com a microsoft e os seus MUITO poucos "pacotes" (windows, iis,SQL e pouco mais) tem quase metade dos problemas
    distros com poucos pacotes, como a slackware (ou no caso dos *BSD, o openBSD) tem quase um numero ridiculo de buracos (um pouco enganador, pois algum tempo depois de sair uma nova versao eles deixam de lancar patchs para as versoes antigas, logo muitos bugs ainda nao descobertos acabam por ser corrigidos, sem se saber, com o lancamento das novas versoes)

    como ves, neste caso o "mito" apenas se confirma...

    alem que do dia em que o windows vier com tanto software como vem uma distro de linux voltamos a falar


    Já alguma vez utilizas-te o StartOffice mais do que uma ou duas horas?? Se não experimenta, se sim sabes exactamente quais são os seus problemas e que não são comparáveis, apesar de ter havido grandes progressos!!


    uso todos os dias e sem problemas...
    talvez se usasses mais aprendias como dar a volta aos problemas/"formas diferentes de fazer as coisas" que possas encontrar...
    pode ser tambem que uses coisas que eu nao uso, como eu disse, o star/open-office ainda nao faz tudo do m$ office

    Mais rápidos? A RedHat chega a demorar 45 dias

    patch de seguranca em 45 dias? qual?

    mesmo com os 45 dias ainda sao mais rapidos, maioria demora apenas poucos dias ou mesmo horas, mas se nao gostas da velocidade da redhat, troca de distro, tem muitas para escolher (com tempos de resposta mais baixos), algo que no windows nao tens sequer a hipotese de trocar!!
    de igual forma, nem sabes de todos os bug do windows, apenas os que sao tornados publicos...
    no linux, pelo desenvolvimento ser aberto, sabes de todos os bugs a medida que vao sendo descobertos

    e as backdoors que possivelmente existem no windows? ja' se sabe para que servem as 2 chaves do windows e uma do NSA que estavam nos dlls do windows?

    Higuita
    Re:migracao (Pontos:1)
    por Init em 29-07-03 16:10 GMT (#57)
    (Utilizador Info)

    A Red Hat costuma ser bastante rapida a lançar as correcções, mesmo que tenha levado 45 dias a lançar uma (não estou a ver qual), isso é a excepção e não a regra, para além disso não acredito que apesár da Red Hat tenha demorado 45 dias a lançar a correcção, que o patch não existi-se pouquissimo tempo depois de ter sido descuberta a falha.

    Não esqueçamos que a m$ demora frequentemente meses a lançar alguns patchs (alguem se lembra da falha que houve na implementação de ssl da m$ no ano passado??, pois é eles nem queriam lançar os patchs para todos os sistemas deles), sem esqueçer que os proprios patchs da m$ também costumam com alguma frequencia causar mais problemas que o bug inicial.


    Nunca ouviste falar de SAMBA? (Pontos:2)
    por fhc em 26-07-03 11:31 GMT (#53)
    (Utilizador Info)
    Eu uso Linux e uma máquina virtual Windows em VMWare. Guardo todos os ficheiros em Linux, por SMB, de modo a tê-los disponíveis quando a máquina virtual estiver encerrada.

    Se a máquina der o berro, ou tiver vírus, estes não afectam por norma dispositivos remotos. Olha só que vantagem!

    Se afinal quiser correr uma outra máquina virtual com Windows, os ficheiros estão seguros dentro da minha $HOME.

    Tens de admitir, houve uma pequena façta de imaginação. ;-)

    Francisco Colaço

    a mudança não é assim tão signifcativa... (Pontos:1)
    por Init em 24-07-03 20:26 GMT (#5)
    (Utilizador Info)

    O caso de Munique, é um apenas um tenue sinal positivo de mudança e mais uma prova de que dizer que mudar para GNU/Linux, não quér dizer o mesmo que mudar para Software Livre.

    Com empresas como a Suse e a IBM e as suas soluções meio-livres (que acabam por ser proprietárias) e as suas soluções proprietárias, já éra de esperar algo do género, esta migração quase não vai beneficiar das vantagens do Software Livre, simplesmente porque não é uma migração para Software Livre.

    Para além do mais Software Livre em si não quer dizer menos despesa, quér dizer que existem mais e melhores condições para haver menos despesas

    É claro que mais informação sobre o caso em questão ajuda a perceber melhor o que é que vai mudar.


    Re:a mudança não é assim tão signifcativa... (Pontos:2)
    por overflow em 24-07-03 21:23 GMT (#6)
    (Utilizador Info)
    Hum.. e esta gente esquece-se da VMware, Inc..
    Um dos grandes vencedores é esta empresa e como não sou adepto das bolsas não sei, mas quase apostava que as acções subiram uns pontitos :)

    over and out
    FUD (Pontos:0, Lança-chamas)
    por coder em 24-07-03 22:18 GMT (#7)
    (Utilizador Info)
    parece que o FUD Microsoft começa a penetrar no Gildot...
    será que o vd é uma quinta-coluna da Microsoft Portugal?
    Re:FUD (Pontos:2)
    por vd em 25-07-03 9:11 GMT (#31)
    (Utilizador Info) http://paradigma.co.pt
    Eu nos tempos livres sou empregado da MSFT, ao fim de semana da IBM e nos feriados da SUN.

    Enfim!...

    //vd
    Re:FUD (Pontos:2)
    por Branc0 em 25-07-03 12:04 GMT (#37)
    (Utilizador Info) http://www.syners.org
    Como é que tens tempo para trocar o teu Karma por massagens tailandesas? :)


    "Se vi mais além do que outro, é porque estava nos ombros de gigantes."
    Sir Isaac Newton

    Political act ou follow the money ? (Pontos:1, Informativo)
    por xZacto em 24-07-03 22:19 GMT (#8)
    (Utilizador Info)
    1º hipotese: foi um acto politico
    Não sei governa Munique, mas provavelmente é governado por alguma coligação que inclui daqueles partidos tipo BE lá do sítio. Opções como estas seriam de esperar em Portugal caso tivessemos por exemplo uma coligação PS+BE no governo. De vez em quando é preciso deixar entrar aquele jogador perto do fim do jogo para figurar na foto do campeonato. Só que esse jogador de vez em quando dá raia.

    2º hipotese: interesses obscuros (aka follow the money)
    Também temos/tivemos destas coisas por cá. Alguns exemplos:

    *  Guterresismo:  Construção do aeroporto da OTA
    - Lisboa não o queria
    - Os lisboetas não o queriam
    - Os hoteleiros lisboetas não o queriam
    - Os empresários lisboetas não o queriam
    - Os comerciantes lisboetas não o queriam
    - O Porto odiava a ideia.
    - O Norte odiava o projecto
    - O sul lamentava profundamente mais esta loucura.
    No entanto, apesar de ninguem o querer, a alguém interessava fazê-lo

    * Cavacismo I:  Construção da Ponte Vasco da Gama
    - Lisboa precisava de 2 ou 3 pontes. Só se podia construir uma.
    - Sendo apenas uma, apenas interessava construir a mais urgente
    - O ideal seria uma em Trafaria/Algês
    - A serem duas, a segunda seria Barreiro/Chelas
    - Mas construiram a menos urgente.  A alguém interessava fazer a ponte no Montijo.

    * Cavacismo II:  Modernização da linha do Norte, aka, Porto-Lisboa em 2 horas.
    - Lisboa e Porto precisavam duma ligação por comboio a alta velocidade, pelo menos em 2 horas.
    - O TGV era impensável dados os custos
    - Optou-se pela média velocidade
    - Era preciso modernizar a linha mas primeiro ....
    - ...c ompraram-se os comboios (os Alfas actuais)
    - Mas passado uma década a linha ainda não está pronta
    - Esta historia da carroça e dos bois é mais velha que a civilização
    - Mas em Portugal alguém passou a carroça para a frente dos bois.
    - A quem interessou a compra destes comboios ?

    Muniquismo: Opções
    - Alguem se lembra de alguma vez ocorrer uma migração de 14 mil máquinas assim dum momento para o outro ?
    - Para quê ? Era mesmo necessário ? Tudo de uma vez ?
    - Não podiam ir migrando aplicações e gradualmente migrando o sistema operativo ?
    - E ir avaliando de forma gradual os impactos e corrigir as dificuldades ?


    Deve ser impressão minha, ou isto é uma mistura de aeroporto da Ota com comboios da linha do Norte, e sem pontes nenhumas pelo meio.
    Pode ser que seja só impressão.

            xZacto

     

    PS1:  De acordo com a Netcraft, já há 93 mil sites a correr o novo Windows Server 2003. De acordo com a mesma fonte, 42% dos sites são novos, 43% upgrades de versões anteriores e uns curiosos 5% são migrações de Linux....

    PS2: A MS anunciou um aumento de 11% nos lucros no trimestre, tendo a divisão de Servers  aumentos de 17%


    FUD 2 (Pontos:2, Engraçado)
    por coder em 24-07-03 22:38 GMT (#10)
    (Utilizador Info)
    a Microsoft Portugal considera mesmo importante a infiltração no Gildot, está-se mesmo a ver...
    Re:FUD 2 (Pontos:1)
    por being em 24-07-03 23:12 GMT (#15)
    (Utilizador Info)
    Ou entao nao...

    Be different, think for yourself.

    Re:FUD 2 (Pontos:2)
    por Branc0 em 24-07-03 23:19 GMT (#16)
    (Utilizador Info) http://www.syners.org
    Ou então tu não tens nada de jeito para acrescentar à discussão e vais dizendo isso a ver se pega...


    "Se vi mais além do que outro, é porque estava nos ombros de gigantes."
    Sir Isaac Newton

    Re:Political act ou follow the money ? (Pontos:2)
    por BlueRibbon em 25-07-03 0:30 GMT (#21)
    (Utilizador Info)
    Acho que estás a mandar bitoques do que andas a ouvir por aí:
    * Guterresismo: Construção do aeroporto da OTA
    Ninguém o queria? Vai falar com um piloto e menciona o Aeroporto da Portela... Além de ser das únicas (senão única) capitais europeias a ter um aeroporto "dentro de portas", potencia-se um desastre de grandes dimensões, ou achas impossível termos um 747 na 2ª circular?
    * Cavacismo I: Construção da Ponte Vasco da Gama
    Não era a ideal para quem? Para os milhões que anualmente passam por lá? Claro que para os que não passam por lá não é a ideal.
    Também queria a paragem do autocarro à porta de casa, era o ideal...
    * Cavacismo II: Modernização da linha do Norte, aka, Porto-Lisboa em 2 horas
    Sabes quando tempo se demora actualmente Lisboa-Porto nos Alfas? Pouco mais de duas horas.

    Eu acredito que existem muitos projectos estatais em que fulano tal mete uns dinheiros ao bolso, mas a realidade de que são projectos úteis e necessários (na sua maioria), transcende estes problemas.
    Era melhor gastar-se menos dinheiro, claro! Mas infelizmente as coisas não têm funcionado assim, e se o progresso tiver os percalços dos "desvios de fundos" é algo com que temos de viver. Viver e combater, mas tendo sempre em vista o progresso.

    KISS - Keep It Simple, Stupid!

    Re:Political act ou follow the money ? (Pontos:3, Esclarecedor)
    por [Cliff] em 25-07-03 0:59 GMT (#22)
    (Utilizador Info)
    * Cavacismo I: Construção da Ponte Vasco da Gama Não era a ideal para quem? Para os milhões que anualmente passam por lá? Claro que para os que não passam por lá não é a ideal. Também queria a paragem do autocarro à porta de casa, era o ideal...
    Deixa-me só acrescentar:
    1) a mim dá-me imenso jeito porque moro no Montijo :)
    2) só para terem uma noção do tráfego diário da ponte VG: quando ocorrem acidentes perto da estação de serviço de Alcochete, em meia hora a ponte está entupida até sacavém. Se demorar mais, fica tudo parado até ao relógio. Uma única vez, o acidente foi tão grave, que uma hora após a ocorrência o trânsito parou no... estádio da Luz.
    Na zona do CC Vasco da Gama os carros não andavam 1cm, e na Av. Infante D. Henrique idem aspas...
    Façam os cálculos de ~16km de estrada cheio com carros de +/- 2.5m e dá para perceber a quantidade de pessoas que lá passa só na hora de ponta ao fim do dia.
    Boas contas ;)

    ----------
    Este post foi publicado segundo a licensa IDC (I Don't Care).
    Re:Political act ou follow the money ? (Pontos:1)
    por Init em 25-07-03 9:51 GMT (#34)
    (Utilizador Info)

    Sem contar que tira os transportes pesados que vão para Sul de dentro de Lisboa, é por lá que o trafego vindo da A1 (Porto-Lisboa que vai para lá via CREL/A9-A8), A8 (Leiria-Lisboa) passa o Tejo e mais à frente apanha a A2.
    É claro que a Vasco da Gama não ajuda muito a chegar mais cedo à Costa da Caparica, nem ajuda muito o pessoal que mora em Almada a chegar a Lisboa, mas não é verdade que ninguem a queiria, vai falar com as transportadoras, para ele dizem-te o que pensam, vai falar com quem quér ir para Norte ou para Sul rapidamente sem atravessár Lisboa (não esquecer que o eixo Norte-Sul ainda não está acabado).


    Re:Political act ou follow the money ? (Pontos:2)
    por Gimp em 25-07-03 9:00 GMT (#29)
    (Utilizador Info)
    "Acho que estás a mandar bitoques do que andas a ouvir por aí:"

    Tradução para todo o país excepto a Imbicta: Tás a mandar umas postas de pescada

    Imbicta: Tás a mandare uns bifes com batatas fritas e ovo ó meu azeiteiro


    "No comments"

    Re:Political act ou follow the money ? (Pontos:1)
    por xZacto em 25-07-03 10:43 GMT (#35)
    (Utilizador Info)

    potencia-se um desastre de grandes dimensões, ou achas impossível termos um 747 na 2ª circular?

    Um teu parceiro de comentários daqui gosta muito do termo FUD. Mas Fud é o que tu estás a praticar. Num país que tem uma guerra civil nas estradas chega a ser ridículo invocar as vítimas duma hipotética queda dum 747 na 2ª circular. E logo nesta estrada, onde em 20 anos já morreram centenas de pessoas e milhares ficaram feridas, sem que alguma vez tenha caído sequer uma roda dum 747 em cima do capô de alguém.
    Nos 40 kms de 2ªC/A1 entre Lisboa e a OTA morrem em média mais de 200 pessoas por ano. E na minha "linguagem" de bitoques (segundo opinas), sabes por acaso quantas mortos e feridos CERTOS teriamos nas estradas da grande Lisboa até à OTA provocadas pelo tráfego adicional de 20 mil viaturas diariamente ?

    Não era a ideal para quem? Para os milhões que anualmente passam por lá? Claro que para os que não passam por lá não é a ideal.

    Linguagem de bitoque ? O que será ? Não sei, mas infelizmente passam milhões (poucos) de pessoas na ponte Vasco da Gama, mas se calhar deveriam ser mais milhões. Eu que não tenho memória curta lembro-me que o primeiro ano (1998) da Vasco da Gama foi um flop. Era quase revoltante ver a nova e reluzente ponte completamente às moscas. Nos 3 anos seguintes, entre 1999 e 2001 o tráfego diário nunca ultrapassou os 50 mil carros, quando na 25 de Abril o tráfego nunca baixou dos 200 mil.E curiosamente foi necessário dar tempo à contrução de milhares de habitações no Montijo (follow de money) para hoje termos hoje uns números mais simpáticos.

    Sabes quando tempo se demora actualmente Lisboa-Porto nos Alfas? Pouco mais de duas horas

    Sei muito bem. Esqueceste-te foi de dizer que passaram uns bons 12 ou 13 anos. Em linguagem de bitoque, o tempo certo é de mais de 2 horas e meia. Fora os atrasos habituais. Eu que viajo bastante neles, dá-me dó olhar para o conta quilometros que eles simpaticamente instalaram nas carruagens e ver com os próprios olhos como é que hoje, mas de uma década depois,  só em dois  troços os pendulares chegam aos 200 km/h e na maior parte do tempo não ultrapassam o intervalo entre 90 e 130 km/h. Recordo-te que estes comboios foram adquiridos há mais de 10 anos para circularem precisamente a 200/220 km/h em 50% do percurso, a 160/200 em 35% do percurso pouco tempo depois da compra dos pendulares. Para o ano talvez se alcancem a esses valores. Entretanto, os pendulares já envelheceram um pouco, não achas?


    Re:Political act ou follow the money ? (Pontos:2)
    por Gimp em 25-07-03 11:28 GMT (#36)
    (Utilizador Info)
    "Um teu parceiro de comentários daqui gosta muito do termo FUD"

    Eu cá, gosto mais é de FOOD...mas também quer-me parecer que últimamente há uma tendência para ver comentários histéricos a favor do linux e outros ainda mais histéricos, contra. Que saudades dos comentários a dizer mal de tudo...


    "No comments"

    Re:Political act ou follow the money ? (Pontos:2)
    por Branc0 em 25-07-03 12:10 GMT (#38)
    (Utilizador Info) http://www.syners.org
    Que saudades dos comentários a dizer mal de tudo...

    És um porco fascizoide :P


    "Se vi mais além do que outro, é porque estava nos ombros de gigantes."
    Sir Isaac Newton

    Re:Political act ou follow the money ? (Pontos:1)
    por Arrepiadd em 25-07-03 14:11 GMT (#42)
    (Utilizador Info)

    sabes por acaso quantas mortos e feridos CERTOS teriamos nas estradas da grande Lisboa até à OTA provocadas pelo tráfego adicional de 20 mil viaturas diariamente ?

    É preferível portanto, na tua lógica, não fazer o aeroporto na Ota, e Lisboa ficar com um aeroporto de merd*, porque Lisboa precisa de um aeroporto grande e que possa crescer. Ah e não vamos esquecer, com um aeroporto na Ota, o objectivo não é ir para lá de carro. O carro fica em casa, e apanhas o comboio (que anda a uns 300km/h). Para que é o carro para o aeroporto? Vais levá-lo no avião? Ou toda a gente que chega de avião tem familiares para os ir buscar (independentemente da hora a que chega o vôo) ao aeroporto. Esta ideia de que se vai de carro para todo o lado é absurda. Aqui há uns meses entrou em vigor aquela tarifa em Londres que se paga quando se entra na cidade. O objectivo era reduzir o número de carros dentro da cidade. O que não se disse por cá, foi que já antes disso, 80% das pessoas iam para Londres de transportes públicos. Cá... o objectivo é ter, e ir de, carro para todo o lado. Epá, desculpem lá a minha opinião, mas isto é estúpido. Está bem que os transportes são lentos, velhos, etc, etc, mas isto é uma espiral descendente. Se nunca se usar transportes públicos, estes nunca vão melhorar. Os velhos autocarros de 30 anos vão sempre continuar a chegar para o número de pessoas e para a qualidade de serviço necessária dado o baixo número de pessoas.

    curiosamente foi necessário dar tempo à contrução de milhares de habitações no Montijo (follow de money) para hoje termos hoje uns números mais simpáticos.

    Então, és da opinião que a ponte não deveria ter sido feita, porque o montijo só se desenvolveu porque já havia ponte? És portanto da opinião que, é preferível fazer a ponte para o montijo quando este estiver estrangulado, em vez de a fazer a tempo e horas? Por essa ordem de ideias, provavelmente, nem valia a pena ter feito a ponte 25 de Abril. Se não a tivessem feito, a margem sul, certamente não seria o que é hoje. E para quê o comboio na ponte! Quem é que quer aquilo? Para que é que aquilo vai servir. Às tantas, devido àquilo a margem sul até cresceu e já há mais gente a vir para Lisboa! E no comboio da ponte!!!

    A ideia de não fazer isto ou aquilo porque o que está do outro lado não o justifica no presente é estúpido. O objectivo é desenvolver tudo, e não só o que já é grande. Se não, faziam-se 4 pontes em Lisboa (dá certamente para os gostos de todos) e não se fazia auto-estrada nenhuma em Portugal. As cidades do interior não eram muito desenvolvidas e não faz sentido gastar dinheiro com elas (é assim que achas?). Faz-se uma ponte, uma autoestrada, um aeroporto, um porto de grande capacidade. E isso vai atrair investimento para a cidade mais pequena que é ligada pela ponte, ou a autoestrada, porque está mais perto do mundo...

    Recordo-te que estes comboios foram adquiridos há mais de 10 anos para circularem precisamente a 200/220 km/h

    E recordo-te também, que independentemente de quando eles foram adquiridos, não foram entregues nessa altura. O contrato que se fez, a ser como realmente dizes (de há 10 anos) foi um contracto para a construção de não sei quantos Alfas num prazo tal que eles estivessem em Portugal a tempo da Expo'98. A grande barraca foi a FIAT não ter entregue os comboios a tempo. Os comboios só chegaram a Portugal em 1999. Graças a isso, perdeu-se parte da razão do investimento (distribuir vôos entre Lisboa e Porto e ter um comboio rápido a levar as pessoas de um lado para o outro). Os comboios têm portanto agora 4 anos e não os 10 que tu dizes. Não estão assim tão velhos. Não deixa no entanto de ser triste que não andem à velocidade prevista porque a linha não presta. Mas isso é devido à rapidez da modernização...

    2 Horas?! (Pontos:1)
    por Arrepiadd em 25-07-03 13:07 GMT (#40)
    (Utilizador Info)

    * Cavacismo II: Modernização da linha do Norte, aka, Porto-Lisboa em 2 horas

    Sabes quando tempo se demora actualmente Lisboa-Porto nos Alfas? Pouco mais de duas horas.

    Permite-me discordar, porque ainda há um tempo usei o Alfa e apanhei a maior desilusão da minha vida (dada a relação qualidade preço).

    A modernização da Linha do Norte é o projecto mais lento (e também difícil de realizar) de Portugal. A modernização dura há decadas (provavelmente desde sempre) e está quase como no ínicio. O facto de na Linha do Norte passar um comboio a cada 5 minutos empata um bocado os trabalhos. Basicamente não podes reconstruir, tens de arranjar o que lá está.

    Temos então a situação neste estado. Um comboio pendular com uma velocidade máxima de 220Km/h que dá essa velocidade até Vila Franca de Xira (ou algo assim) e a partir daí está a uma velocidade de 140Km/h. Ou seja, durante os primeiros 5 minutos é que ele realmente compensa. A partir daí dá, salvo erro, a mesma velocidade que um Intercidades. O argumento menos paragens logo menos tempo seria o maior factor a ter em conta, não fosse o facto de 5 em 10 (50%) dos Alfas pararem em grande parte das estações dos comboios Intercidades. Nestes Alfas, o tempo da viagem é de 3h11m por comparação com 3h31m dos Intercidades. Nos Alfas com menos paragens, a viagem demora 2h56m, ou seja, bastante mais do que duas horas.

    A viagem que eu fiz no Alfa foi Lisboa-Entroncamento. É suposto demorar 54 minutos e demorou mais de uma hora. 6 minutos não é muito em valor absoluto, mas é um atraso de mais de 10% ao fim de duas estações. Nem quero saber o atraso que leva quando chega ao Porto. Por comparação, os espanhóis têm o seu AVE, que devolve o dinheiro dos bilhetes se chegar com mais de 3 minutos de atraso. Pergunto, era isto possível em Portugal? Qualquer pessoa que ande de comboio sabe que isso levaria a CP a fechar o ano sem sequer um bilhete por reembolsar. Os Intercidades saídos de Lisboa Santa Apolónia já chegam, a maior parte das vezes, a Lisboa Oriente com atraso, algumas vezes mais de 5 minutos! Isto é incompreensivel em estações a 10 minutos uma da outra.

    Um sector como o ferroviário, importante em qualquer país, é a maior nojeira. Saiu um artigo no Público há uns tempos que fazia uma comparação entre CP (Intercidades e Alfas) e a Rede de Expressos. Há excepção das cidades Linha do Norte, que apesar de tudo é a mais modernizada de Portugal, as cidades são mais bem servidas por um transporte rodoviário do que o ferroviário.

    Ao contrário do que diz o senhor do bota-abaixo, a ferrovia devia ser uma das áreas de investimento em Portugal. Transporte ferroviário sai mais barato que o transporte rodoviário. E é mais seguro. E transporte de mercadorias em alta velocidade é algo que terá cada vez maior importância. E nós, nem alta velocidade, nem velocidade alta, nem sequer ferrovia de acordo com a europeia. A bitola ibérica (distância entre carris) é 20 cm maior que a europeia. O que significa que os nossos comboios não passam de Espanha. E isso é uma estupidez de todo o tamanho.

    Bem, acho que já está novamente na altura de parar. Peço desculpa por mais este desvario.


    Re:Political act ou follow the money ? (Pontos:2)
    por higuita em 25-07-03 2:25 GMT (#23)
    (Utilizador Info)

    - Alguem se lembra de alguma vez ocorrer uma migração de 14 mil máquinas assim dum momento para o outro ?
    - Para quê ? Era mesmo necessário ?

    bem, considerando que sao na maioria maquinas win3.x e win95, acho que bem precisam...
    ainda te lembras como era o suporte de tcp/ip do win3.x?!

    Tudo de uma vez ?
    - Não podiam ir migrando aplicações e gradualmente migrando o sistema operativo ?

    quem disse que vai ser tudo de uma so' vez?!
    la' porque la' se planeia as coisas com antecedencia nao quer dizer que estejam mal...
    em vez de ter vistas curtas e andar a mudar as coisas sem rumo, planeia-se o objectivo...
    sem rumo garanto-te que iriam ficar quase todos em windows


    - E ir avaliando de forma gradual os impactos e corrigir as dificuldades ?

    mais uma vez, quem disse que isto nao vai acontecer?
    nao assumas que de um dia para o outro 5 mil gajos vao reformatar as maquinas todas e instalar linux em todo o lado...
    por alguma razao isto so' ira' realmente mostrar frutos em 2005...

    mais uma vez: planeia-se as coisas para longo prazo e evita-se investimentos perdidos/errados, incompatibilidades e o caos no suporte...
    ... em nenhum lado se diz que o "longo prazo" deve ser implementado em apenas dois dias, duas semanas, dois meses!!

    De acordo com a Netcraft, já há 93 mil sites a correr o novo Windows Server 2003. De acordo com a mesma fonte, 42% dos sites são novos, 43% upgrades de versões anteriores e uns curiosos 5% são migrações de Linux....

    quote da 1º noticia do netcraft:
    "Although Linux has enjoyed a net gain over the last two months, it is not by any means one way traffic; in the past twelve months over 1600 enterprise sites have changed operating system in one direction or another."

    ora se o linux continuou a crescer, os 5% pode-se acabar por considerar as normais migracoes que existem para ambos os sentidos...
    mudanca de tecnicos/equipas, tecnologias diferentes, necessidades diferentes, etc
    acho mais curioso os 43% de migracao de versoes anteriores do windows... a M$ esta' a "forcar" as actualizacoes no mercado... provavelmente para depois ter uma base com suporte para .NET consideravel e assim conseguir demonstrar e convencer mais gente para este tecnologia.

    Higuita
    Re:Political act ou follow the money ? (Pontos:2, Esclarecedor)
    por Arrepiadd em 25-07-03 12:22 GMT (#39)
    (Utilizador Info)
    Guterresismo: Construção do aeroporto da OTA

    Primeiro diz-se "Guterrismo" [e não se diz Cavacismo, mas sim Cavaquismo!]

    Depois, vai viajar de avião! Vai e vê o número de grandes cidades que tem o aeroporto enfiado nelas. Por alguma razão projectos de comboio de altas velocidades quando saiem de uma cidade passam pelo aeroporto! É porque o aeroporto é LONGE! Lisboa é a única capital europeia que tem a porcaria do aeroporto enfiado na rua.

    E ao contrário do que alguém já aí disse, não cai nenhum 747 em Lisboa, porque nem vêm 747s a Lisboa. E porquê? Vamos ver então. Uma pesquisa no google por aeroporto de lisboa conuziu-me ao site da ANA. Lá deu para descobrir que a largura das pistas do aeroporto de Lisboa é de 45m, o que é à justa para o avião. As pistas, uma delas tem 3800 metros de comprimento e a outra 2400. O avião precisa de pelo menos 3300m para levantar (aproximadamente). Além disso, caso esteja a chover, os 2400m não são suficientes para o avião aterrar. Como as condições atmosféricas não se podem definir, e a escolha das pistas de aterragem depende da direcção do vento, haveria situações em que o 747 não poderia aterrar.

    Além disso, os 747 são aviões de grande alcance. Lisboa é um aeroporto secundário. Os aviões que vão para longe, saiem daqui e param em Londres ou outras capitais europeias. Sais do avião e trocas para o 747, de outra companhia, que faz vôos Londres-Nova Iorque (e não Lisboa-Nova Iorque).

    Andam agora a construir uma pista no Aeroporto da Portela, para que este possa ser usado por mais uns anos, mas na realidade este é um aeroporto que tem que ser substituido. A Ota era um bom local, de acordo com a média para o aeroporto de uma capital nacional. E tinha bastante espaço e pistas suficientes para ser um aeroporto importante. E Portugal tem uma posição algo privilegiada para isso. O facto de estarmos a Oeste na Europa faz com que seja interessante os vôos sairem daqui. Só que para isso, é preciso que este aeroporto esteja no mapa, ou seja, seja grande.

    O avião novo da Airbus, aquele com 2 andares, o Airbus A380 não vai poder levantar do Aeroporto de Lisboa sequer. Por isso, mais um big cruiser que nem vai poder passar por cá.

    Além de tudo isto, há ainda a ter em conta o factor segurança. Um avião a aterrar e a descolar está na fase mais crítica em termos de acidentes, porque simplesmente não tem velocidade para que, caso os motores falhem, continue a voar. E isso em Lisboa aconteceria dentro da cidade. Além disso, é nas descolagem e aterragens que os aviões fazem mais barulho. E isso não é muito bom, quando se vive perto do aeroporto. Os aviões nas aterragens, normalmente, passam por cima da minha casa. Embora uma pessoa se habitue ao barulho, é preferível não o ter. Por alguma razão na américa suspendem os vôos durante a noite.

    Bem, o melhor é calar-me. Isto já vai enorme. É pena só que as pessoas achem que um aeroporto grande não faz falta em Portugal e ninguém o quer. É como os transportes públicos. É muito melhor andar de carro e demorar duas horas a chegar a Lisboa...

    Re:Political act ou follow the money ? (Pontos:2)
    por [WaR] em 25-07-03 14:09 GMT (#41)
    (Utilizador Info) http://war.genhex.org/
    > Sais do avião e trocas para o 747, de outra companhia, que faz vôos Londres-Nova Iorque (e não Lisboa-Nova Iorque).

    Errado. Tens várias companhias a fazerem Lisboa-Nova Iorque (TAP, Continental, etc).
    Se fazem em 747s ou nao, já nao sei. A continental é num 757.

    -- [WaR]


    Re:Political act ou follow the money ? (Pontos:1)
    por Init em 25-07-03 18:38 GMT (#46)
    (Utilizador Info)

    Um dos meus hobbies é a aviação e eu garanto-te que nunca vi um 747 em Portugal, o maior avião que vi em Portugal goi o C-5 Galaxy (ignoremos o concorde que até nem é maior que o C-5), mas esse so decola em Lisboa porque tem requesitos militares, que são bem mais apertados que os civis.


    Re:Political act ou follow the money ? (Pontos:2)
    por MacLeod em 25-07-03 15:13 GMT (#44)
    (Utilizador Info)
    Além disso, os 747 são aviões de grande alcance. Lisboa é um aeroporto secundário.

    Realmente, é mesmo secundário. Podias informar a TAP e a Air Luxor que foi uma estupidez comprarem os Airbus A330 e A340, porque realmente não cabe na cabeça de ninguém fazerem vôos inter continentais (Brasil, África do Sul, Tailândia, etc.) a partir de Lisboa!

    Só mais uma acha sobre o aeroporto: neste momento o Aeroporto da Portela chega para as necessidades de Lisboa e do país. Segundo as estimativas do crescimento de tráfego aéreo na altura em que se planeou a Ota era de prever que em alguns anos, a Portela começaria a saturar. Contudo, com os acontecimentos de 11 de Setembro, pneumonia atípica, recessão e outros acontecimentos, essas estimativas foram corrigidas e o tráfego diminuiu tanto que já não era urgente construir um novo aeroporto em Lisboa.

    Sobre o aeroporto perto do centro, é mais cómodo mas à custa das pessoas que ouvem o barulho (e do aumento do risco de acidentes). Mas já há planos para fazer passar legislação na europa para banir os vôos nocturnos. E embora te custe a acreditar, há mais cidades para além de Lisboa que têm importantes aeroportos perto do centro da cidade. Um bom exemplo é a Cidade do Cabo, com 3 milhões de habitantes também tem o aeroporto perto do centro.

    Re:Political act ou follow the money ? (Pontos:1)
    por Init em 25-07-03 18:40 GMT (#47)
    (Utilizador Info)

    O A340 e o A330 são mais pequenos que o 747.


    Re:Political act ou follow the money ? (Pontos:2)
    por MacLeod em 25-07-03 19:10 GMT (#49)
    (Utilizador Info)
    São mais pequenos 7 metros em comprimento e 2 metros em altura... O que está em questão não é o tamanho, mas o alcance. E esse é praticamente o mesmo nessas aeronaves (mais 100 Km para o Boeing...).
    Re:Political act ou follow the money ? (Pontos:3, Esclarecedor)
    por Arrepiadd em 25-07-03 23:26 GMT (#51)
    (Utilizador Info)

    Em resposta também ao teu outro comentário mais abaixo (ou acima, depende do referencial) nesta thread, não me estava a referir apenas ao alcance. Referia-me mais a capacidades do que a distâncias.

    Realmente, é mesmo secundário. Podias informar a TAP e a Air Luxor que foi uma estupidez comprarem os Airbus A330 e A340, porque realmente não cabe na cabeça de ninguém fazerem vôos inter continentais (Brasil, África do Sul, Tailândia, etc.) a partir de Lisboa!

    Epá, desculpa lá esta ser a minha opinião, mas se a TAP e a Air Luxor não fizessem vôos intercontinentais a partir de Lisboa, também não faziam nada. Aquilo a que eu me referia, e se calhar até percebeste, não quiseste foi aceitar, era às outras companhinas. Porque se a TAP não fizer vôos intercontinentais a partir de Lisboa, realmente não os faz de mais lado de nenhum. Mas, eu referia-me mais a companhias aéreas no verdadeiro sentido da palavra. Air France, British Airways, KLM, and so on. Alguma delas faz vôos a partir de Lisboa, para o outro lado do oceano? Não me parece... E porquê? Porque, entre outras coisas, o aeroporto de Lisboa não vale a pena. Em tudo estamos fora da Europa por sermos a ponta. Aqui, em que ser a ponta da Europa nos podia trazer vantagens, continuamos a não ser importantes. E porquê? Porque, no verdadeiro sentido da palavra, nem temos aeroporto.

    já não era urgente construir um novo aeroporto em Lisboa

    É por causa destas coisas, que as coisas aqui se fazem como se fazem. Como já não era urgente construir um aeroporto já não sei constrói. Só quando o de Lisboa estiver estrangulado é que se deve começar a construir um novo aeroporto, que demora há volta de 15 anos a construir (a estimativa não é minha...). Parece a autoestrada do norte (A1). Os troços têm de ter um número de faixas dependente do tráfego. A Brisa em vez de começar a planear as coisas com tempo e horas não o faz (talvez no seu interesse). Só começa a tratar de uma zona com 3 faixas, quando já devia ter 3 faixas. O que é que acontece depois, quando terminam as 3 faixas em Lisboa, já devia haver 3 faixas até Torres Novas e... 4 faixas em Lisboa.

    Epá, um aeroporto fora da cidade pode ser tão (ou mais cómodo) do que um dentro da cidade. Primeiro, um aeroporto a 40Km de distância da cidade, pode ter meios de transporte tão eficientes (ou mais) do que um aeroporto no centro da cidade. Taxis pode haver em todo o lado e embora saia mais caro num aeroporto a 40Km de distância andar de taxi, tu assim tens concerteza uma alternativa como um comboio rápido que circula a tempo e horas, ao invés dos autocarros que passam ao pé do aeroporto que passam quando calha (sim porque os autocarros, como estão, a cumprir horários...). Depois, um aeroporto a 40Km da cidade, não precisa de ser apenas 2 pistas, um supermercado, balcões e zonas de embarque e desembarque. Pode ter hotéis, centros de reuniões e tudo o mais. Tenho um amigo que uma vez foi a uma reunião na Alemanha (não me lembro a que zona). Ele saiu do avião, dentro do aeroporto, andou de comboio até ao hotel, teve a reunião, dormiu no hotel dentro do aeroporto e no dia seguinte voltou para Lisboa. Não é mais cómodo isto, do que ter de sair de táxi, para um hotel, ir ter uma reunião num escritório e para isso ter de apanhar um táxi, passar a noite no hotel, o que implica outro táxi, no dia seguinte, apanhar um táxi, aeroporto com ele e novamente avião...

    há mais cidades para além de Lisboa que têm importantes aeroportos perto do centro da cidade. Um bom exemplo é a Cidade do Cabo

    Diz quem conhece (não eu, mas familiares meus), que a Cidade do Cabo rege-se por regras um pouco diferentes das cidades europeias. Para as pessoas que vivem na Cidade do Cabo, é normal terem de fazer 200Km para ir à praia. A cidade não é em altura como as nossas, é tudo casas pequenas, o que significa que esses 3 milhões de pessoas ocupam um espaço enorme. Por isso, e tendo em conta que distâncias enormes é o que se conhece melhor por lá, se calhar esse perto da cidade nem é assim tão perto.

    Acho que uma melhor comparação seria com outras cidades europeias. Comparar Lisboa com uma cidade europeia, é uma boa comparação. Porque senão, também posso dar como exemplo Kansai no Japão que tem o aeroporto numa ilha artificial criada de propósito (imagem), para estar fora da cidade. Posso também afirmar, para os que não sabem, que o aeroporto de Kansai está a afundar :)

    Se tu me disseres cidades europeias com os aeroportos perto do centro (sendo perto menos de 10Km), ainda posso tomar a consideração. Mas não me parece que encontres nada mais que médias cidades. Há pouco tempo queria ir a Grenoble, ao sincrotrão e os aeroportos, tanto de Lyon, como de Grenoble são ambos a mais de meia hora das cidades. Salvo erro o de Grenoble era a 50 minutos. E nem é uma cidade assim tão grande. O que me chateia mais, nem é o barulho do avião que passou agora aqui por cima (são 0h21m), que até nem era barulhento. Eu isso aguento bem e os vôos nocturnos não me trazem qualquer problema, até vejo algumas vantagens neles, por exemplo para as companhias de entregas urgentes e para os transportes de cargas no geral. O que me chateia mais, é a maior parte das pessoas achar que o pequeno aeroporto de Lisboa é suficiente, quando um grande aeroporto até podia ser o aeroporto de entrada de cargas na Europa...

    Bem, já me passaram por cima mais ou menos 15 aviões desde que comecei a escrever. Está na altura de parar e mudar de sítio, que a probabilidade de me cair um em cima começa a ficar grande. Deixa cá chegar um metro para o lado...


    Re:Political act ou follow the money ? (Pontos:3, Interessante)
    por nmarques em 25-07-03 17:51 GMT (#45)
    (Utilizador Info) http://morgul.xpto.org
    Deus tenha pena de ti... Deves ser para ai brasuca ou venezuelano... duvido que tenhas sangue puro Portugues...

    Quem tem problemas contra o sistema ou contra o governo, entoa as palavras em tom de revolta, e nao manda postas de pescada apoliticadas como essa...

    Deves ser tipo cao, rabinho entre as pernas e dar de frosques... sinceramente...

    --------------------------------------------
    If there is such a thing as too much power...
    I've not discovered it...I
    Re:Political act ou follow the money ? (Pontos:0, Despropositado)
    por Init em 25-07-03 18:42 GMT (#48)
    (Utilizador Info)

    Essa conversa do sangue puro mete nojo


    Re:Political act ou follow the money ? (Pontos:2)
    por nmarques em 26-07-03 8:29 GMT (#52)
    (Utilizador Info) http://morgul.xpto.org
    Se fosse a unica [...].

    --------------------------------------------
    If there is such a thing as too much power...
    I've not discovered it...I
    Made in Germany (Pontos:1)
    por [ Ent ] em 25-07-03 9:05 GMT (#30)
    (Utilizador Info)
    Para mim a questão de fundo é tentar dinamizar a industria de software alema.
    Com a aposta de Munique na Suse muitas outras empresas irão fazer o mesmo, gerando maior riqueza para a Suse e consequentemente para a Alemanha. Não sei quem é o lider europeu em software mas certamente a alemanha com a SAP esta muito bem colocada. Este triunfo da Suse vai funcionar como mais um factor para o dinamismo da economia alema.
    O que deve ser dito sobre Munique (Pontos:2, Informativo)
    por Gimp em 25-07-03 9:33 GMT (#32)
    (Utilizador Info)
    1- Um projecto destes não é feito à lá Micosoft, tudo ao monte e fé em Deus :-).
    2- Os ciclos forçados de up-grade e o não controlo sobre os mesmos foram as razões mais fortes apontadas pela conselheira que pugnou pela migração para linux e software livre.
    3- Não é mencionado, mas o licenciamento 6.0 da Micosoft é um "chulanço" a longo prazo que só um cego é que não vê.
    4- Para aqueles que ficam preocupados que os utilizadores façam merda no desktop, nada como configurar os desktops direitinho para que só acedam ao que precisarem (não me parece que o sector público seja muito diferente do empresarial)
    5- Como disse o outro, se a coisa ainda está em estudo, a que propósito afirmam com a maior das convicções que o VMware vai ser usado em grandes quantidades? Do que tiro do artigo do El Reg é que bem ou mal ou coisa vai prá frente e dos erros que acontecerem lá vão ser úteis para outros projectos.

    Nota:Quem ficar a arder só para chatear-me por causa dos pontos 1, 2 e 3 escusam de ter o trabalho, deixo-lhes um link para o relax...


    "No comments"

    Deixem-me contar-vos uma história... (Pontos:4, Interessante)
    por fhc em 25-07-03 9:46 GMT (#33)
    (Utilizador Info)
    Um velho e um rapaz tinham que viajar para uma cidade distante. Pegaram no burro, qua até ía leve, e o velho sobre para o burro.

    Na primeira cidade em que passaram, ouviram:

    --- Que velho cruel. Ele em cima do burro, e a pobre da criança a pé.

    Tocado por isso, o velho e o rapaz trocam de lugares. Na segunda cidade também são gozados:

    --- Pobre do velho! Ele a andar a pé e um jovem cheio de força em cima do burro!

    Montam os dois no burro. Até à terceira cidade:

    --- Mas que coisa esta! O pobre do burro, todo carregado com duas pessoas!

    Desmontam do burro até ao seu destino. Mas quando chegam, também as ouvem:

    --- Olha que idiotas, andando a pé, com um burro descarregado!

    Esta é uma fábula de Esopo, uma de muitas brilhantes. Ainda outro dia a li ao meu filho. Fica ao cuidado dos leitores do Gildot aplicar esta fábula à discussão que estamos a ter.

    Francisco Colaço

    postscriptum: mesmo se o velho e o rapaz tivessem tido um plano (agora montas tu, ora monto eu), não deixariam de ser gozados. Pelo menos poderiam olhar-se, piscar o olho, e dizer para si mesmos: «temos um plano».

    ROTFLOL (Pontos:0, Redundante)
    por simul em 25-07-03 14:36 GMT (#43)
    (Utilizador Info)
    Este teu PS foi o mais irónico e engraçado que vi nos últimos tempos. Parabéns!
    Parece-me é que anda para aí malta à rasquinha (Pontos:1)
    por JotaM33 em 28-07-03 23:34 GMT (#54)
    (Utilizador Info)
    Correndo o risco de me repetir na resposta que já dei ao artigo anterior sobre o assunto, volto a relembrar que a solução Linux foi escolhida não por ser a mais barata mas porque os beneficios que trazia em termos estratégicos batiam a questão do preço (leiam o artigo original) nomeadamente no aumento da vida util das máquinas, nos custos de upgrades futuros de software e na capacidade de só se instalar o software necessário em cada máquina.

    Esta é que é a verdadeira bomba para os defensores da MS.

     

     

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