Esta discussão foi arquivada. Não se pode acrescentar nenhum comentário. | | | Nos últimos 2 anos estas situações têm vindo a piorar, de uma forma que se torna quase assustadora. E, espanto dos espantos, os "enganos" são sempre para o mesmo lado... Mas convém salientar que a culpa não cai exclusivamente nos media. Por exemplo, na Quinta-Feira tive a oportunidade de ouvir o Dr. Fernando Rosas comentar o "caso" Wolfowitz, na SIC Notícias, e a tecla batida foi a mesma. Ou seja, depois de terem surgido os desmentidos, um responsável político continuou a insistir na versão inicial. Isto demonstra uma de duas coisas: ou o Dr. Fernando Rosas agiu de má fé (mentiu deliberadamente), ou então não anda informado... Mais existem outros exemplos destas pequenas "Matrix" políticas... Vejam o caso do site Iraq Body Count, que funciona como o próprio nome indica, ou seja, conta em tempo real o número de vítimas civis do último conflito do Golfo. Quando a guerra acabou, contava pouco mais de 1000 mortos; se lá forem agora, conta quase 7000!!! Só no dia 19 de Março "morreram" 2000 Iraquianos! Este assunto é sério, demasiado sério se considerarmos as proporções que tomou no "caso" Wolfowitz. Não se esqueçam: pior do que uma opinião pública desinformada, é uma opinião pública mal-informada. Cirruz |
| | | | | Mais existem outros exemplos destas pequenas "Matrix" políticas... Vejam o caso do site Iraq Body Count, que funciona como o próprio nome indica, ou seja, conta em tempo real o número de vítimas civis do último conflito do Golfo. Quando a guerra acabou, contava pouco mais de 1000 mortos; se lá forem agora, conta quase 7000!!! Só no dia 19 de Março "morreram" 2000 Iraquianos!
Por acaso, até acho isto plausivel... É preciso notar que o número efectivo de mortos só pode ser determinado quando existem condições no terreno para o fazer... Pelo que o "body count" em situações de guerra é sempre ou uma extrapolação/suposição ou é contado "por baixo". Por outro lado, ninguém diz que as mortes acabaram com o acabar das operações militares mais relevantes... Por esta razão, sem querer dizer que o site está correcto (não tenho nada que o permita afirmar) parece-me que uma situação destas não é improvável.
Cumps, JB |
| | | | Fui lá agora e nesta página: http://www.iraqbodycount.net/bodyc ount.htm não tem nem um morto registado no dia 19 de Março. Provavelmente terás citado incorrectamente a indicação de que morreram nos hospitais de Bagdade, de 19 de Março a 9 de Abril cerca de 2009 iraquianos? O teu comentário é muito semelhante ao caso Wolfowitz! Nessa página estão indicadas onde pereceram os iraquianos e qual a fonte utilizada, tal como o critério para a contagem. Pelos vistos tás pior que o jornalismo português. |
| | | | [Enganei-me e coloquei o reply na resposta de João Branco, cá fica a cópia] Fui lá agora e nesta página: http://www.iraqbodycount.net/bodyc ount.htm não tem nem um morto registado no dia 19 de Março. Provavelmente terás citado incorrectamente a indicação de que morreram nos hospitais de Bagdade, de 19 de Março a 9 de Abril cerca de 2009 iraquianos? O teu comentário é muito semelhante ao caso Wolfowitz! Nessa página estão indicadas onde pereceram os iraquianos e qual a fonte utilizada, tal como o critério para a contagem. Pelos vistos tás pior que o jornalismo português. |
| | | | Caros,
ainda à poucos dias aproveitei para ver o DVD do "All The President's Men", o filme que relata as aventuras e desventuras dos jornalistas do Washington Post que descobriram o famoso Watergate.
Quem ainda não teve oportunidade de ver este filme, trata-se de uma forma muito interessante de saber como funciona de facto um jornal a sério. Os jornalistas são obrigados a guardar cópias de todas as notas que tiram. O próprio jornal fica com cópia para arquivo. Todos os factos têm que ser verificados por duas fontes, no mínimo.
Ora veja-se o estado do jornalismo em Portugal. Com os mais recentes casos mediáticos, a confusão ficou instalada. Ás vezes ainda se encontram boas peças na imprensa escritas, raramente até na televisão ou rádio. Mas fico sempre com a sensação que não vão até ao fundo da questão. Que fica sempre algo por se saber.
Infelizmente já tive a oportunidade de trabalhar daquele lado para saber que procedimentos e regras no meio jornalístico é coisa muito relativa
Daí estarmos demais habituados a encontrar estes erros patéticos, quanto mais certos artigos cuja qualidade de escrita me parece extremamente dúbia.
Mas enfim, para o país que temos, é o jornalismo que temos.
Só nos compete a nós, enquanto leitores, logo consumidores, usar das ferramentas adequadas e protestar, sugerir, comentar.
Sugiro que o façam. Hoje em dia todos os orgãos de comunicação publicam os seus contactos, nomeadamente o email do Director. É sempre útil.
Cumps, Miguel Albano If Spam was Money...then I'd be filthy Rich... But I'm not, so why try to sell me anything ?!? |
| | | | | Deixa lá, que mesmo pelos States o "jornalismo de referência" anda muito por baixo. Vê o caso do New York Times, com o caso Jayson Blair...
Cumps, JB |
| | | | Caro, não me passou pela cabeça defender o jornalismo norte-americano. Falei apenas no Washington Post porque é considerado uma referência. Mas podia ter falado no Times londrino, ou até mesmo no Wall Street Journal ou no FT. O NYT é um excelente jornal, mas infelizmente vê assim a sua credibilidade reduzida. Mas não deixa de ter excelentes jornalistas.
Cumps, Miguel Albano If Spam was Money...then I'd be filthy Rich... But I'm not, so why try to sell me anything ?!? |
| | | | Hoje mesmo no Expresso (Sábado 7/Junho) Mário Soares escreve:
"Sobretudo quando se sabe agora (Paul Wolfowitz, «dixit», à revista «Vanity Fair») que as armas de destruição maciça em poder de Saddam Hussein, nunca existiram: «foram um expediente burocrático» inventado pelos serviços para convencer os incautos... Confissão inacreditável!"
Algumas figuras ilustres da nossa democracia ainda pensam que a informação rola da mesma forma que há uma ou duas décadas atrás. |
| | | | | Atenção que o Soares Papá já não conta, uma vez que está senil. É um caso médico. Cirruz |
| | | | E o filho, por descendência, não deverá estar muito longe disso! |
| | | | Formalmente tens razão, o PW não fez taxativamente as ditas "confissões". Mas... será que os media erraram assim tanto? Se leres as declarações reais, chegas à conclusão de que o sentido é este: "as armas de destruição maciça foram um pretexto uma vez que era a única coisa em que todos concordavam"; e "lidamos com o iraque invadindo e não invadimos a coreia do norte porque o iraque nadava em petróleo e por isso não resultava nada senão invadir, a coreia é diferente porque são uns famélicos, hão-de ceder sem ser preciso invadir". Não sei onde está essa incorrecção toda dos media... as ideias estão lá, embrulhadas em patuá politiquês. |
| | | | | Infelizmente eu tenho que me conformar com a estupidez completa das pessoas ou a sua cegueira ideológica, o que vai dar ao mesmo. É lamentável ver que ainda ontem à noite no canal 1 as mesmas declarações tenham servido para mais uma vez fazer demagogia completa pelo marreta de serviço, Socrates.
Eu estou-me nas tintas para o petróleo ou quem tem ou não tem razão na guerra do Iraque, agora está a fazer-me uma comichão do caraças ver dezenas! de pessoas supostamente inteligentes a escreverem dezenas de artigos de opinião baseados numa mentira grosseira.
Dizer que "impôr pressões económicas ao Iraque era ínutil porque o país nada num mar de petróleo" é muito diferente de dizer que "invadimos o Iraque porque nada num Mar de Petroleo". Haja paciênca para tanta atrofia mental.
E esta é apenas uma das muitas dezenas de mentiras e distorções que os media da Europa fizerem antes, durante e depois da guerra do Iraque. A famosa história do saque do museu de Bagdad é outra enorme mentira. As melhores peças do museu habitavam há anos nos bolsos de meia duzia de pessoas do regime e estavam bem longe do museu, algumas até aparecerem em capitais europeias à venda. As milhares de peças intermédias foram levadas pelos funcionários e o resto, até o resto, de menor valor se recuperou quase por completo. |
| | | | Infelizmente eu tenho que me conformar com a estupidez completa das pessoas ou a sua cegueira ideológica, o que vai dar ao mesmo Exactamente. Do mesmo modo, muita gente se tem que conformar com pessoas como tu. Só que existe uma diferença: enquanto as pessoas com quem tu te conformas não são perigosas, tu e os teus "apoiados" são. Lunáticos como o Bush mentem e inventam pretextos (sejam reconhecidos publicamente ou não) para invadir e matar pessoas a troco sabe-se lá de que interesses. Isso é possível devido às suas hordes de apoiantes "estúpidos ou ideologicamente cegos". O museu de bagdad é uma enorme mentira? Quem é que é o cego?! Alias, falando em mentiras e campanha de desinformação, não sei realmente quem é pior. O ministro da informação tornou-se célebre, mas... porque perdeu a guerra (do mesmo modo todos falam no hitler como o grande responsável do exterminio de pessoas na 2aGM, embora o estaline e o mao-tse-tung tenham morto mais gente... mas eles ganharam e o hitler perdeu, é essa a diferença), no entanto as mentiras dos aliados foram sempre tão ou mais ridiculas que as dele: logo no inicio da guerra uma divisao inteira de iraquianos tinha-se rendido, cerca de 10K homens com um general (realidade: o primeiro general entregou-se algum tempo depois de bagdad ter sido tomada, e o total de prisioneiros andou na casa dos 5K penso eu); qualquer barracão encontrado pelas tropas americanas era um laboratório de armas quimicas (o caso mais ridiculo foi um barracao com pesticidas agricolas, encontrado num campo agricola e com instrucoes de aplicacao ser classificado como potencial lab de armas quimicas!); havia forte possibilidade do missil caido no mercado de bagdad ser de uma anti-aerea iraquiana (realidade: era americano, feito no texas); as forças iraquianas dispararam sobre civis que tentavam fugir de umm-qasar (realidade: ninguem confirmou isso depois da guerra acabar); a populacao comecou a pilhar simbolos governamentais depois da guerra acabar como forma de vinganca à opressao a que tinha sido submetida (realidade: hospitais, escolas, laboratorios--de onde roubaram amostras de virus letais, por exemplo-- não sao simbolos de regime; os iraquianos roubaram e pilharam porque o puderam fazer); depois da guerra acabar a populacao apoiou os americanos -- imagem do tanque a derrubar a estatuas de sadam (realidade: I-- alguns relatos dizem que havia mais jornalistas que iraquianos; II-- têm acontecido (com administracão aliada) diversas manifestacoes anti-americana (e pelo menos uma pro-saddam, inclusive!), mas nao há pro-americanas); iraque apoiava terroristas (provado que não); iraque tinha 10 mil litros de antrax --blair no parlamento britanico (nao encontrados até hoje; dada a dimensao do que esta em causa, o mais provavel é que o iraque nao os possua); iraque tinha capacidade de preparar um ataque quimico em larga escala em 45 minutos de prontidao -- blair (provado que não); ... Enfim... houve alguns artigos esclarecidos sobre este assunto no passado, aqui no gildot, que alertavam que a vida não é um mar de certezas deterministicas: não existe essa coisa de imperio do mal e muito menos o imperio do bem. Há bons e há maus em qualquer lado. Iraques, iraos, paises asiaticos, africanos e da america latina de um modo geral, são paises com muitos aspectos realmente criticaveis a varios niveis. Talvez os piores ainda assim sejam os africanos. Isso não dá o direito a ninguem (a nao ser que esse direito realmente exista) de fazer deles o que quiser. Quando isso acontece, qualquer razao invocada nao passará de mero pretexto. Como foi dito no passado, dificilmente se aceita que o iraque tenha sido invadido por causa do mal que estava a fazer ao seu povo -- existem muitos mais paises nessas condicoes que tratam os seus povos bem pior. O que se tem assisitido agora é uma sucessao de desvalorizacoes das principais razoes que levaram a invasao do iraque, para preparar o facto consumado. O homem da frente tem sido o senhor Wolfowitz. Este tem vindo a "atirar barro à parede" para ver se cola. Produz afirmacoes das quais podem ser tiradas as ilações que constatámos nos últimos dias, ou que podem servir de escape: «literalmente não foi isso que ele disse»... Por exemplo, a afirmação que citas "impôr pressões económicas ao Iraque era ínutil porque o país nada num mar de petróleo" não é nada! Ninguem se alimenta de petroleo. O petroleo precisa de ser vendido. Isso é comercio. Pressoes economicas (leia-se: comerciais) de facto servem e muito. Não é à toa que o numero de vitimas iraquianas provocadas por efeitos directos das sanções estimava-se em 10K por ano, em 99! Por isso, ou esse senhor está a fazer exercicios de estupidez aplicada ou está a preparar alguem para alguma coisa num futuro próximo (ou ambas!)... |
| | | | One is weapons of mass destruction, the second is support for terrorism, the third is the criminal treatment of the Iraqi people ora como ja' foi visto, nao ha' armas (e nao me venhas com a historia que destruiram toneladas de armas quimicas durante os dias da guerra... a russia demorou anos a destruir arsenais, nao seria o iraque a destruir tanta coisa, distrectamente e sem nenhum acidente) 2º, se ate' a CIA ja' afirmou que nao existiam ligacoes entre a alqaeda e o iraque, as unicas ligacoes terroristas que sobram e' o saddam pagar uma pensao as familias dos bombistas suicidas em israel... nao me parece que seja propriamente um bom motivo para realizar uma guerra e ocupar um pais, mas se fosse, pelo menos teriam de o dizer abertamente... nunca ouvi referencias a isto, como argumento para a guerra finalmente, preocupacoes humanitarias... esta seria uma razao valida, se os EUA nao tivessem suportado financeiramente e calados o iraque durante a guerra irao-iraque, pre-guerra do golfo parte I, post guerra do golfo parte I, pre-guerra do golfo parte II e terem-se lembrado assim de repente que existem torturas no iraque, quando nao fizeram nada durante anos, deixaram gasear os curdos e xiitas com armas quimicas e forneceram equipamento e materias quimicas para "producao de fertelizantes" mas se realmente estao preocupados com os direitos humanos, que tal continuar caminho e seguir para a arabia saudita, turquia, paquistao, chechenia, china, sirilanca, koreia do norte, mais de metade dos paises africanos e claro, eles proprios, pois os prisioneiros de Guantano, em cuba, ainda anda acorrentados, sob interrogatorio, sem direito a julgamento, visitas, nada... dado estarem isolados numa base isolada, ninguem realmente sabe como estao a ser tratados, a nao ser os militares da base
sobre as mentira dos media europeus, ora bem os funcionarios e historiadores estrangeiros (alguns americanos e tudo) choravam e protestavam contra o exercito americano por ter permitido as pilhagens, foi tudo fita, para ver se tinham mais fundos, e provavelmente um esquema combinado com os media europeus, ja' que estava tudo escondido em casa deles... pecas importantes existem em colecoes privadas em todo o mundo, num regime ditatorial nao havera' diferenca (talvez na forma como foram adquiridas) mas no museu havia milhares de pecas unicas que desapareceram e que ainda nao foram encontradas os media europeus podem estar mais atentos as noticias mas da guerra, em contra partida, os media americanos e ingleses prestam mais atencao as noticias boas e ignoram as mas... ou vais-me dizer que a guerra correu exactamente como a CNN contou? aquilo era quase um passeio no campo (com tanques) para eles "pior cego e' aquele que nao quer ver"
Higuita |
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