Esta discussão foi arquivada. Não se pode acrescentar nenhum comentário. | | | penso que foi o primeiro artigo assim mais longo que realmente me despertou interesse depois das primeiras linhas (mas também posso estar errado..) anyways, back to the subject. eu sou um puto de 18 anos que está actualmente a trabalhar como programador, e da minha turma sairam mais uns quantos. no entanto, era bem maior a percentagem dos "eeww.. programaçao? tu nao tens vida social e vais morrer virgem!" isto, penso eu, é devido a uma cultura de mtv. weewps, chegou o patrao. smsp. |
| | | | | continuando. ..se deve a uma cultura mtv e surf e de consumo de futilidades. hoje em dia é de facto cool gastar-se o tempo em parvoices e elixires para o ego, e isto nao afecta só o sector informático mas também qualquer outro tipo de trabalho intelectual produtivo. bem, nao posso propriamente perder tempo aqui, mas penso que deixei clara a minha opinião. smsp.
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| | | | Eu, como muitos dos meus pares, certamente considerariamos uma mudança para o interior desde que existissem as condições necessária Eu era um dos primeiros a fugir do caos de Lisboa, no entanto parece-me que se vamos ficar à espera do Governo (seja ele de que cor for) para uma coisas destas vamos ter que esperar umas decadas. Isto deixa-nos a hipótese de sermos nós próprios (os jovens de hoje, os patrões de amanhã) a criarmos essas empresas nesse interior. O problema que aqui surge é o problema da galinha e do ovo, se não há empresas no interior as pessoas fogem para os grandes centros urbanos, se as pessoas fogem para os grandes centros urbanos as empresas não podem ir para o interior. Penso que o subsidio tem que existir, senão ninguém tem razões para se mudar para o interior, talvez com o subsidio se mudem as empresas e com elas os trabalhadores (alguns, porque há muita gente que não troca Lisboa por nada, eu por exemplo, neste momento não o faria, talvez daqui a 5 - 8 anos quando tiver a minha vida mais organizada). "Se vi mais além do que outro, é porque estava nos ombros de gigantes." Sir Isaac Newton |
| | | | | "Eu era um dos primeiros a fugir do caos de Lisboa, no entanto parece-me que se vamos ficar à espera do Governo (seja ele de que cor for) para uma coisas destas vamos ter que esperar umas decadas."
Eu gosto muito de Lisboa, adoro lá ir, mas realmente para morar... brrrr. Ainda há pouco tempo tive uma pessoa em casa que passado 5 minutos de lá estar disse que estranhava o silêncio. Pois é... |
| | | | Foi o que os meus pais disseram (moram em Lisboa) quando vieram cá ao Montijo :) Eu já morei no centro de Lisboa mas confesso que ninguém me tira a ideia de ficar no mínimo a 20Kms de Lisboa :)
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| | | | O problema dos subsidios a meu ver, é que fazem com que as coisas não mudem! Se calhar as pessoas que agora sofrem da "sindrome do subsídio" antes de o começarem a receber também queriam apostar na inovação. Depois habituaram-se a haver sempre aquele dinheirinho disponível. Sempre pinga algum, mesmo que seja pontualmente. Eu honestamente estou farto até aos cabelos deste tipo de atitude, e farto de reclamar e ainda mais farto de ser tomado por inocentezinho idealista. Mas talvez eu esteja errado e seja mesmo inocentezinho idealista e os restantes subsidio-dependentes estejam certos.
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| | | | mas a verdade e que apesar de todos os problemas que mencionas, as area das tecnologias de informacao e a uma das areas onde Portugal tem evoluido mais. Negligenciando as nuances de cinzento, poder-se-ia mesmo dizer que tirando as TI, isto seria um pais de turismo e de industria textil e calcado, o claro reflexo da mao de obra barata e do custo de vida reduzido comparado com os nossos parceiros europeus. Mas mesmo isso parece ter os dias contados: Tenho a percepcao (talvez errada) que a mao de obra dos paises de leste e mais barata e melhor qualifica. Portanto, a unica coisa que nos pode salvar sao as praias e os turistas alemaes que nao se cansam de as ver. Desculpem o amargor, mas basta ver como o pais trata cada vez melhor quem quer ter uma formacao superior (http://bolseiros.no.sapo.pt ; http://www.fct.mct.pt/pt/concursosabertos/concursojunho/), para ficar doente.
## I live the way I type; fast, with a lot of mistakes. |
| | | | | Desculpem o amargor, mas basta ver como o pais trata cada vez melhor quem quer ter uma formacao superior (http://bolseiros.no.sapo.pt ; http://www.fct.mct.pt/pt/concursosabertos/concursojunho/), para ficar doente.
E agora a mais recente novidade, de acabarem com os dois concursos para ficarem só com um? Não devo ser o único tipo que não vai poder concorrer porque não recebeu os resultados de admissão a uma universidade americana a tempo do prazo de 6 de Maio. Ao menos podiam cortar só o orçamento das universidades nacionais mas deixarem o pessoal ir lá para fora!!! |
| | | | Eu caio nessa categoria, tal como muitos outros que estao agora para acabar o doutoramento. Creio que e uma mensagem inequivoca que quem quer continuar a fazer investigacao deve procurar outras bandas. Grande parte do Norte da Europa esta com deficit de posdocs, e alguns grupos estao mesmo dispostos a pagar para os ter.
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| | | | Um colega de trabalho meu, um dia destes contou-me uma história interessantissima: um conhecido dele foi a uma entrevista para programador VB. Quando ele lá chegou, a primeira coisa que o "entrevistador" lhe perguntou foi: sabe quantos curriculos recebi para este trabalho? Eu vou dar uma pausa para vocês tentarem adivinhar também...
10 mil. É isso mesmo! Dez mil programadores responderam com um curriculo. Pessoal de Braga, Beja, Portimão, com "canudo" e sem canudo. Os que tiveram canudo tiveram azar, foram imediatamente postos de lado pois significam certamente um ordenado mais elevado.
Agora eu pergunto, isto é atitude que se tenha?! É certo que já vi muito programador com curso superior que não valia pevas, mas também os há que são mesmo bons e não devem ser descartados apenas porque têm curso superior. A poupança de dinheiro nem sempre é o caminho mais certo no que toca à contratação de recursos, especialmente em alturas de crise. Resta-me acrescentar que eu não quis tirar um curso superior e aos 15 anos meti-me num curso de Nível III da UE e hoje, olhando para trás, não me arrependo de nada.
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| | | | Eu conheci doutorados que "omitiram" o grau para poderem competir com licenciados. Mas tirar uma pos graduacao para arranjar um melhor emprego depois, nao e algo que se decida de animo leve. Grande parte da minha desilusao/amargor nao se prende tanto comigo, prende-se mais com o desaproveitamento de recursos humanos altamente qualificados. Andar a formar pessoas para depois serem forcadas a emigrar ou a fazer algo nao relacionado com a sua formacao e completamente estupido. Claro esta, se eu tivesse a solucao para este problema, metia-a num jornal e passava a politica.
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| | | | Com a generalização das comunicações de dados, hoje em dia pouco importa se uma software-house tem sede num polo industrial nos arrabaldes da já de si caótica Lisboa ou num polo industrial nos arrabaldes da cidade de Beja, Guarda, Covilhã e/ou tantas outras, porque existem meios para a comunicação e a muito importante colaboração com os clientes - email ou video-conferência. Nao e' bem assim. Se vais confiar no e-mail e contacto remoto para angariares clientes entao bem que vais morrer sem encontrares nenhum. Negocio significa contacto directo, redes de contactos, jantares pagos, encontros em bares e respostas "sociais" aos clientes. Alem disso os clientes querem uma coisa muito importante chamada "track record": se nao a tens, a unica hipotese viavel para competires com sucesso e' uma -- o preco. "I triple guarantee you, there are no American soldiers in Baghdad.", Mohammed Saeed al-Sahaf, Iraqi Minister of Information
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| | | | | Nem pouco mais ou menos foi minha intenção transparecer a ideia de que o email ou a video-conferência devem substituir os contactos iniciais. Estes devem ser feitos cara a cara, mas depois do negócio fechado, é indiferente se contactas o cliente por telefone (o recorrente nestes dias) ou por email ou video-conferência. Eu pessoalmente prefiro a video-conferência porque me permite ter outro tipo de contacto sem no entanto envolver a deslocação.
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| | | | nesse sentido foi criado o parque tecnologico de Oeiras/porto alto, o de aveiro o de braga etc realmente side question gostava de saber quantas pessoas que frequentam o gildot trabalham no Tagus Park, aquilo dia para dia parece a Sillicon Valley pelo menos em dimensao. Qt a problemas nao faco a minima. Ja ouvi dizer, que as empresas rodam o Tagus tipo bola na roleta, sempre a entrar e a sair. E gostava de saber tb se os conceitos inovacao, concentracao, Empresa Tecnologica Side by Side funciona mesmo ou o Tagus Park e' simplesmente uma questao puramente imobiliaria para os seues promotores.
Make World; Not War; |
| | | | | E gostava de saber tb se os conceitos inovacao, concentracao, Empresa Tecnologica Side by Side funciona mesmo ou o Tagus Park e' simplesmente uma questao puramente imobiliaria para os seues promotores. Se nao funcionasse, ninguem se instalava no Silicon Valey onde a renda de um escritorio para 3 pessoas num qualquer edificio da Regus custa $3500 por mes. "I triple guarantee you, there are no American soldiers in Baghdad.", Mohammed Saeed al-Sahaf, Iraqi Minister of Information
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| | | | Ele estava a falar do Tagus Park e não do Silicon Valey propriamente dito. Se o Silicon Valey funciona ou não pouco me interessa, o Tagus Park já era porreiro que funcionasse, que até fica a 5mn de casa :) "Se vi mais além do que outro, é porque estava nos ombros de gigantes." Sir Isaac Newton
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| | | | Confesso que a ideia que tenho do Tagus Park é essa mesmo, um negócio imobiliário. E honestamente entre entrar em Lisboa ou apanhar a A5/CREL/Marginal em hora de ponta, venha o diabo e escolha. Além de que não ajuda como certamente ajudaria, por exemplo, um polo tecnológico a sério no Alentejo. Do Alentejo, a única zona que conheço com alguma juventude é mesmo Évora, todas as restantes por onde passei são zonas verdadeiramente envelhecidas. O que me deixa triste porque não é suposto um país morrer assim, ao abandono, mas é isto que está a acontecer.
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| | | | Trabalhei la, sim senhor.. Parque de Ciencia e Tecnologia? A excepcao de alguns (Chipidea, Biotecnol, etc) a grande maioria ate podia nao estar la.. Se nao vejamos: qual e a grande ciencia e tecnologia dos seguintes: CME (os da abelhinha que abrem valas para passar cabos), TV Cabo, entre outros (estes sao os mais famosos e ja tem as orelhas quentes de falar mal deles de qq modo).. Acho que se contam pelos dedos de uma (espero que duas) mao o numero de empresas que no Taguspark desenvolvem projectos de Investigacao.. Nao quero falar do "e Desenvolvimento", porque este "e" e no sentido AND e nao OR (ou XOR como parece moda em Portugal). Depois acontece que como aquilo esta cheio de empresas e instituicoes que nao gastam orcamento em Investigacao, os precos cobrados sao de tal forma elevados que as empresas que o fazem nem podem la estar!! E com isso se mata a ideia de um polo de Inovacao em Portugal.. Joao Ventura PS: Agora a descobrir porque e que o Mozilla nao me deixa meter acentos... |
| | | | Uma coisa que eu achava simplesmente abominável, mas que calhou de render alguns frutos (meu emprego!!) : a Lei de Pesquisa & Desenvolvimento. Aqui em Manaus, as empresas são obrigadas à gastar 5% do seu faturamento em P&D. Com isto, está-se se criando um pequeno pólo de P&D por aqui cuja tarefa é terceirizar a P&D que as demais empresas não querem ou não podem fazer elas mesmas. Este modelo não é sustentável à longo prazo - mais cedo ou mais tarde esta lei dos 5% vai acabar sendo substituída por uma similar que visa promover outro modelo de desenvolvimento - mas me parece que foi um excelente kick-start para uma indústria de tecnologia em um lugar que, de outra forma, não o teria. Em miúdos, um subsídio que pelo menos por enquanto está funcionando....
[]s, Pink@Manaus.Amazon.Brazil.America.Earth.SolarSystem.OrionArm.MilkyWay.Universe |
| | | | Pessoalmente, já estou como o personagem da Cidade e as Serras do Eça de Queiroz, acho que era o Jacinto. Lisboa deixou de ser uma opção com futuro para mim. A única solução está em Paris, Barcelona, Londres, Nova Iorque, Washington D.C, Chicago. ou então Abrantes, Mafra, Sintra, Setúbal, Beja, Évora, Viseu, Aveiro.
Lisboa é uma cidade que se tornou chata e pouco apelativa para as pessoas mais inovadoras e criativas. Não existe ambiente para inovar, para criar. É o símbolo máximo da neo-colonização espanhola - veja-se a Avenida da Liberdade... Lisboa é também o símbolo da decadência nacional, uma cidade sem qualidade de vida, à beira do caos social. O problema é que, apesar das boas intenções e das infra-estruturas, Lisboa ainda é o país e o resto é só paisagem.
As universidades, que costumam constituir o grande pólo de desenvolvimento nas outras grandes cidades, não têm dinheiro, devido a uma política burróide do nosso governo. Aliás, os grandes centros de investigação começam a deslocar-se cada vez mais para fora do centro da cidade, por causa do preço dos terrenos. Por isso, acabamos por tirar cursos completamente desactualizados.
Basta ver em qualquer lado da Net. Quais são os projectos portugueses reconhecidos intenacionalmente a nível de programação, de Web design, de Net.arte, de desenvolvimento de jogos, de música electrónica, de vídeo digital, de ciência de ponta? Contam-se pelos dedos de uma mão, sendo a maior parte dos casos são de portugueses que foram estudar para o estrangeiro.
Tal como já disse aqui anteriormente, a única opção para pessoas não resignadas e com vontade de mudança é sair daqui de Portugal e aproveitar todos os recursos que possamos dispôr, tipo bolsas, subsídios e tudo o mais. Infelizmente, a influência calamitosa da política deste governo também chegou à FCT, que agora oferece menos bolsas e quase tudo para doutoramentos e nada para mestrados, mas isso é outra coisa...
É certo que existe um enorme potencial de dinamismo e inovação nas cidades de média dimensão do interior do país, que as infra-estruturas de comunicação e transportes já estão implementadas e que já se vão criando algumas universidadades. Mas o problema é de base, porque essas universidades não têm pessoal docente convenientemente formado, consistindo na sua grande parte nos restos da intelligentzia "provinciana" de Lisboa.
Eu acho que, neste aspecto, os subsídios não são muito importantes, até porque, devido aos nossos competentíssimos governantes, já não há muito dinheiro da União Europeia... A solução está em aperfeiçoar, complementar a nossa formação na Europa e nos EUA, tirar mestrados, doutoramentos e pós-doutoramentos até e termos depois a humildade de deixarmos de lado as propostas para cargos milionários e regressar para ir ensinar ao pessoal das "Serras" contemporâneas e contribuir para a abertura de novas empresas.
Penso que isso é o melhor que poderemos fazer para ajudar a desenvolver o nosso país. Já está mais que comprovado que um país não se consegue desenvolver apenas com um grande centro urbano. Veja-se o caso dos EUA, apesar das distâncias em termos de dimensão que nos afastam desse país. Porque é que Beja não pode seguir o exemplo de Austin, no Texas, ou Braga o exemplo de Boston, ou Sintra o exemplo de Princeton e por aí em diante? |
| | | | | "[Em Lisboa] Não existe ambiente para inovar, para criar. É o símbolo máximo da neo-colonização espanhola - veja-se a Avenida da Liberdade... Lisboa é também o símbolo da decadência nacional, uma cidade sem qualidade de vida, à beira do caos social. O problema é que, apesar das boas intenções e das infra-estruturas, Lisboa ainda é o país e o resto é só paisagem." Preocupante ...
--br Whatever... Paragrafo preocupante ... |
| | | | Boas,
Acho que esta é a primeira vez que respondo a algo, a ver se não sou moderado para baixo.. Tenho algumas coisas a dizer: 1- Quanto ao interior, quem vive em Lisboa já vive suficientemente longe da civilização (vão a Londres, Paris, Amsterdão, Madrid, Barcelona ou Milão e percebem). Afastarem-se ainda mais da civilização começa a ficar parecido a ficarem eremitas. Nada contra, mas não é o meu género.. 2- Hipóteses de Portugal face à entrada dos 10 de leste: Nenhumas! Portugal teve 17 anos para sair da cepa torta. Os interesses instalados (industria, politica, etc) preferiram amealhar para o próprio bolso do que desenvolver o país. Lembro-me de ter interpelado o Dr. Mário Soares numa altura em que Portugal ainda tinha hipóteses de se tornar uma nação na linha da Frente da Internet (deve ter sido lá para 95-96) em que lhe perguntei se não achava que o governo estava a impedir o desenvolvimento da industria de TIs em Portugal porque queria engordar a PT. Agora a PT está gorda e o país à beira da ruína em termos de industria TI.. A resposta do MS foi que o país estava bem e os netos dele estavam bem à vontade na Net. Esperemos que quando os netos acabarem o curso ainda consigam criar empresas usando a elevada penetração da Internet nos lares portugueses:) Voltando ao tópico, eu estive na Polónia durante uns tempos - sabem qual a percentagem de pessoas que lá acabam o ensino superior? De longe superior à nossa!! Portugal é bem pequeno para que nos possamos dar ao luxo de termos esta cultura de chico-espertice que previligia ser burro, mas esperto. Isto é, não ter cultura nenhuma e safar-se à grande com esquemas (compadrios, falcaturas, heranças, Big-Brothers, etc). Por este caminho, antevejo um grande futuro para o país: estância de reformados do resto da Europa (a rica) em que os portugueses ficam a servir à mesa, ou emigram. João Ventura |
| | | | | Não podia concordar mais com o teu post. Eu pessoalmente estive em Londres, não muito tempo é certo (cerca de 6 meses) mas confesso que foi uma autêntica bofetada para abrir os olhos! Não digo que o lá seja tudo perfeito, mas lá levam o trabalho a sério. Trabalho é trabalho, conhaque é conhaque. Aqui em Portugal, trabalho é conhaque, sobe quem vai para os copos com o chefe, ganha quem vai para os copos com o responsável pela gestão dos fundos de incentivo, marca pontos com o cliente quem fala de gajas e de futebol. Ora, não gostando eu de ir para os copos para dar graxa e não gostando de falar de gajas e detestando futebol, acho que sou um peixe a mais neste aquário. Resta-me então ignorar as críticas e fazer as coisas como aprendi lá fora, no pouco tempo que tive para as aprender. E se às 5 da tarde puder ir ao pub com as pessoas com quem estive durante o dia, certamente irei, mas até lá trabalho é trabalho.
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| | Hmmpf! (Pontos:4, Esclarecedor) |
| | Apesar de o artigo me ter despertado interesse não estava muito virado para comentar porque só iria repetir a lenga-lenga do costume acerca de Portugal ser pobre mas ter um potencial criativo desaproveitado, etc., etc. mas a maioria dos comentários estão a dar-me a volta ao estômago. Irrita-me solenemente esta mentalidade de bom português em que o que é nacional é mau... Básicamente podem-se resumir num, "Portugal tem potencial mas estamos derrotados, vamos mas é emigrar que lá fora é que é bom" tipico de provincianos que quando vão ao estrangeiro não passam dos circuitos turísticos e acham que tudo é uma maravilha ou de emigrantes na Suíça que estiveram em Portugal ainda se faziam transfusões de sangue de cabra e telefonam para os programas da manhã a mandar bitaites sobre o nosso sistema de saúde. Com bota-abaixo é que não vamos a lado nenhum, excepto a ficarmos exactamente como estamos com ex-repúblicas soviéticas que até há uns anos eram quase teceiro mundo a deixarem-nos a comer pó, não porque têm mais dinheiro ou inteligência mas simplesmente porque têm um pouco mais de orgulho nacional.
-- Carlos Rodrigues |
| | | | | I just couldn't agree more with \r\n. uau, um artigo de interesse na gildot..isto se nao vir cá uns tempos rende pq de tempo em tempo lá aparece qq coisa de jeito. -- Escape Sequence |
| | | | Agradeço o facto de achares (acharem) o artigo interessante o suf para o lerem e participarem. Vou continuar a magicar assuntos para submeter :)
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| | | | O artigo é sobre isso mesmo: o que é nacional é mesmo, mas mesmo(!) bom! Tão bom quanto o que se faz pelo resto do mundo! Temos empresas na área das TI que são reconhecidas internacionalmente! O problema é que apesar de os recursos serem bons são mal aproveitados: ou ficam e entram no jogo ou vão para fora. O que conta é mudar as atitudes dos acomodados que cá estão. Ou então fazer ver a quem está por cima, que o comodismo é o pior que pode acontecer. Atirando outra acha para a fogueira, apesar do Estado não ter participado com a maior parte do investimento para os estádios (isto é um facto provado pelos números) do Euro 2004, eu prefiria mil vezes que se investisse esse dinheiro construindo infra-estructuras tecnológicas no interior! P*rra, se somos um país de serviços, porque raio é que não devemos ser um país de serviços que são o futuro da humanidade? Eu sei que é sempre preciso haver quem sirva à mesa, alguém que faça a recolha do lixo, mas eu acho que se houvesse um centro tecnológico, um exemplo para os que agora estão a decidir o que querem fazer no futuro, isto seria certamente um mega-incentivo! Algo que fica para as gerações. Um marco. Mas esta é apenas a minha opinião. Os senhores políticos certamente têm outras e eles não lêem o Gildot. Por isso é que eu não voto neles até eles realmente perderem tempo "comigo" enquanto cidadão real do país e não apenas 5 minutos de tempo de antena na altura das eleições.
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| | | | Mas... queres milagres? Os governos nem com o subsídio dos benefícios fiscais está a ter grande sucesso, querias o quê?
O investimento/retorno com software directamente sofre de doença terminal sem cura. Acabram-se os "Bill Gates". Neste momento, várias indústrias tentam forçar legislação para proteger os seus ricos monopólios (DMCA, EUCD, Patentes de Software, etc...) da morte certa.
Porque estão a morrer? Talvez porque não sejam mais necessários. Quem precisa de uma companhia que desenvolve um sistema operativo? Não temos já vários sistemas operativos livres? Quem precisa de uma companhia que desenvolve um "office"?
Produzir software é um investimeno normalmente sem retorno económico directo, como toda a obra. Interessa mais que exista determinado software do que haver alguém que o crie, ie, não interessa às massas que são os utilizadores que haja alguém que mantenha a existência/suporte de um certo software como agentes que os tornam reféns para que uns poucos possam receber dinheiro: a existência porque, por exemplo, as patentes de software impedem a concorrência (que é uma vantagem para as massas), e suporte porque podem deixar de suportar um producto para "forçar" a adopção de um novo. Isto não são receios ou mitos. São factos e acontecem com excessiva frequência. Como a empresa detentora dos "direitos" é a única, mais ninguém o pode fazer propriamente.
O que deve ser pago/premiado é a perícia e não a capacidade estritamente protegida por legislação de chantagear quem tem necessidades. Vias possíveis a seguir na área do software são as empresas de serviços (que recebem pela qualidade dos serviços feitos), a investigação científica e arte de programar. Haverá mais certamente, mas cada vez mais a população humana se ressente da constante chantagem de grandes interesses instalados como a BSA, a RIAA, a MPAA, etc... |
| | | | ainda que não seja um artigo sobre demos como é dito no resumo do artigo, sinto curiosidade por saber onde estão as pessoas da scene portuguesa que conhecia há uns anos. é claro que a scene portuguesa não é nem foi nem de longe como a nórdica que conhecia muito bem (fui duas vezes à Assembly em 97 e 98), mas também cá tinhamos pessoas capazes e interessadas... um pouco irónico, mas a altura em que deixei de produzir para a scene foi qdo comecei com o curso de eng informática... sintoma da carga horária excessiva do ensino em portugal? estive em barcelona em erasmus durante um semestre e a carga horária q tinha era menos de metade da que tenho cá em viseu, e tinha aulas como qq outro catalão. se alguém souber por onde anda o pessoal da Infinity mailing list, vá dizendo qq coisa... sinto curiosidade por saber por onde andam actualmente... para quem se lembrar, sou o garfield / radioactive design. l8r! I live the way I type; fast, with a lot of mistakes. |
| | | | | nórdica que conhecia muito bem (fui duas vezes à Assembly em 97 e 98) IMHO, a melhor de todas foi em 95. Bons velhos tempos da Future Crew, do Raven, do skaven, do PurpleMotion ... :) O StreamTracker, o DMS, o DOS ;)
//vd |
| | | | Eia a Future Crew!!! =)) Que saudades tenho eu desses tempos! :) Apesar de nunca ter me ter juntado àquelas gentes, foi o trabalho deles que me incentivou na altura a dedicar algum tempo ao assembler. Mas foi pouco. Nunca consegui aprender lol Mas os mods, ainda hoje faço coisas desse tipo =) Só é pena é não haver nada (para além dos AVS do Winamp) em termos de imagem para acompanhar.
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| | | | Falando em Demos, alguém por aqui lembra da Overseas/2000? 8-)
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| | | | Concordo com o que aqui se disse acerca de Portugal!!! Não se esqueçam que chegamos a ter as melhores e mais modernas maquinas de multibanco do mundo e sem esquecer, as nossas tão amigas portagens(via verde incluída). É verdade que hoje em dia não interessa de onde somos, mas sim aquilo que fazemos. Ter uma empresa em Beja, axo (como bom alentejano) uma boa aposta. Não existe Norte, nem Sul. Precisamos? Podemos Pagar? Temos. Os custos de deslocação não são assim tão altos, é preciso termos, isso sim, infraestruturas de telecomunicações em condições (moro em aljustrel, vila supostamente mineira, mas que nem adsl tem, quanto mais tvcabo - atenção, temos a auto-route A2 a 5 km). Cansado de apontar o dedo ao que vai mal, eu, com os meus quase 20 aninhos, tenho o "sonho" de dar o meu melhor por um país que não quero de turismo, espanholadas, más criações, preguiça (não fosse eu alentejano), consumismo, etc. diz-se que lisboa já é o fim do mundo, quanto mais as cidades do interior!!! Eu detesto Lisboa. De informar que estudo em Aveiro. Já cá vieram dar uma saltada? Lisboa?? comparado com isto aqui??? Há muitas cidades que podem ser desenvolvidas e ficarem muito mais parecidas com barcelona, londres e paris do que a nossa capital. Embora, como nacionalista que sou (porque acredito ue o que é português, é bom), acredite que nem tudo é escuro e que o tunel tem uma luz lá ao fundo. Tudo o que é preciso é educar... Reparem que temos vários investigadores portugueses que participam em projectos bastante importantes e que foram educados dentro destes 1000x400 km tal como milhares e acho que não se tratou de fornada única! o talento está aí, é preciso apanhá-lo. Tal como muitos gildoteanos não passam de meros estudantes ou aspirantes a isso, outros representam uma pouca, mas crescente comunidade científica em Portugal. Ciência, em minha opinião, é força de crescimento e evolução. O problema é que as pessoas que frequentam o gildot são apenas uma gota (talvez mais que uma) nos mares portugueses, que outrora se tornaram nos mais evoluídos, conseguindo quase ser a maior potência mundial!!! Que o tamanho não importe (já pareço a outra!), e que pensemos todos os dias de que podemos fazer algo para que, não digo os nossos filhos (pode ler-se meus), mas NÓS possamos ver as coisas a andarem para a frente.
Abraço Luis Matos |
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