Esta discussão foi arquivada. Não se pode acrescentar nenhum comentário. | | | ... e o facto d nao terem sido eles a fazerem as descobertas ... mas sim uma mulherzinha da equipa ... mas eles e que mandavam no projecto e ficaram c os louros. __tOkIo |
| | | | | Onde é que me podes dar evidências e provas disso? Das milhares de linhas que já li sobre a dita descoberta e sobre os artigos de opinião consequentes, ainda nunca vi referido tal conjectura. Além do mais, uma "mulherzinha" nunca podia descobrir este tipo de coisas e passar ao lado de 50 anos de ciência pós-DNA. Parece-me algo ridículo mandar este tipo de atoardas para o ar. O cerne da descoberta, não passa por umas análises. O que está em causa é um novo paradigma sub-celular que subjaz a toda a natureza viva tal qual como a conhecemos. Toda a gente desconfiava o que se passava mas não havia tecnologia para chegar lá de uma forma simples: Não havia resolução e know-how. O salto de génio (e sorte, não há descobertas sem sorte) foi a criação conceptual de um modelo tridimensional. Já se sabia o tipo de "química" envolvida de alguma forma, pois sabia-se mais ou menos os tipos de compostos que estavam em jogo. Após ler o livro de Watson, que é bastante interessante e lê-se bem (ie, é leve do ponto de vista científico), nunca fiquei com a mais leve impressão de roubo de louros. Mais uma vez, podes-nos dar mais informações sobre o que dizes? \oo/ |
| | | | Epá, informações não tenho, mas que ele não é a primeira pessoa com o afirma não é de certeza. De qualquer das formas existem outros casos, nomeadamente um na área da Química Orgânica e de um senhor chamado Wittig que ganhou o Prémio Nobel em 1979 pela descoberta de uma aplicação de um composto à base de fósforo (trifenilfosfina, se não estou em erro) que se revelou bastante importante para a produção de compostos monoinsaturados. O interessante do caso para o assunto aqui tratado é que a descoberta foi feita por um aluno de licenciatura (nem sequer era um doutorando...) que estava a trabalhar para ele e a quem ele disse, olha, experimenta lá umas cenas com compostos de fósforo e apenas 3 ligações (o fósforo pode ter no máximo 5 ligações). O aluno lá descobriu que aquilo era fenomenal e o Wittig escreveu um artigo sem qualquer referência ao aluno. Quem é que ganhou o Nobel?! Mais uma vez, se põe a questão, provas... Mas quem me falou isto foi o meu professor de orgânica, não deu no Vidas Reais... |
| | | | Portanto, o aluno faz uma coisa que lhe dizem para ele fazer e ele é que devia ter o mérito de a experiência que lhe foi dita para ele fazer dar certo? Então, o melhor é os técnicos de laboratório começarem a assinar as publicações científicas em vez de as pessoas que estão à frente da investigação. Eu não conheço a história do Wittig nem digo que o aluno não deva ter parte do mérito, mas tudo isto é algo ingénuo pelo menos da tua parte: 1) O aluno foi mandado fazer algo, como é natural a qualquer aluno na posição dele. 2) O aluno pode ter feito aquilo sem ter percebido o que estava a fazer. 3) O aluno pode nem ter percebido o que tinha acabado de descobrir. Se calhar o Witting devia-lhe ter dado parte do mérito, se ele de facto o mereceu. Mas mereceu-o? Que eu saiba, conduzir protocolos laboratoriais nunca deu créditos intelectuais a ninguem. A senhora que vocês se referem é a Rosalind Franklin. Existe uma biografia recente da senhora. Ela tirou de facto as fotografias ao DNA. Mas daí até chegar ao que Watson e Crick chegaram, vai um pouco. Além do mais, ela teve as fotos primeiro que eles... Provavelmente foi maltratada no processo e não lhe foi dado o devido e merecido crédito. É certo que há muita razão em dizer-se que antes era mesmo um clube de homens mas desvalorizar um trabalho genial de Watson e Crick só porque não foram eles que tiraram as fotos, enfim... Se fosse tão fácil, já tinha sido feito antes. 50 anos depois, o que nos parece óbvio, era na altura uma caixa preta.
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| | | | Portanto, o aluno faz uma coisa que lhe dizem para ele fazer e ele é que devia ter o mérito de a experiência que lhe foi dita para ele fazer dar certo? Então, o melhor é os técnicos de laboratório começarem a assinar as publicações científicas em vez de as pessoas que estão à frente da investigação. Bem, uma coisa é o aluno ser mandado pesquisar a aplicação de compostos de fósforo. Outra é um dado composto que (específico!!) que ele experimentou ter uma aplicação muito importante na indústria química. De qualquer das formas, o Wittig apenas teve a ideia. Ele podia muito bem ter tentado e por algum motivo nunca ter usado o dito composto e portanto nunca ter chegado ao resultado que o aluno obteve. O aluno foi mandado fazer algo, como é natural a qualquer aluno na posição dele. Uma experiência laboratorial de um laboratório qualquer que eu tenha na universidade não me vai permitir descobrir um novo composto maravilhoso. A experiência está muito testada e muitas vezes é extremamente velha. Ainda este ano sintetizei um composto cuja síntese original datava de 1927. Tive de andar a ler microfichas para descobrir como o poderia fazer. Portanto, caso o aluno estivesse apenas numa experiência laboratorial normal, nunca teria descoberto o composto. Que eu saiba, conduzir protocolos laboratoriais nunca deu créditos intelectuais a ninguem. Mais uma vez, o aluno não estava simplesmente a seguir um protocolo laboratorial. O aluno, apesar de estar numa licenciatura, era um assistente do Wittig. Ele é que fez a pesquisa que deu nesta descoberta. Afinal de contas o Wittig apenas lhe disse, experimenta "qualquer coisa" com compostos de fósforo. E o aluno, o aluno, descobriu que um dado composto, aplicado num dado tipo de moléculas, produzia um dado efeito. Convém dizer, que há altura em que o aluno descobriu aquilo, não havia método prático de sintetizar os compostos que aquilo veio permitir. Portanto, apesar de (talvez) o Wittig ter algum mérito, afinal a ideia inicial foi dele, na minha humilde opinião, o mérito deveria mais para o aluno. O trabalho e a descoberta do aluno são muito superiores à parte do Wittig no processo. |
| | | | Bem, eu tenho aqui uma ideia para a fusão morna. Sim, fui eu que inventei esta! É feita num forno em casa, a alguns 300 ou 400 graus. Vou ficar rico! Bem, talvez eu não consiga executar a tarefa da fusão morna, mas de qualquer das formas tive a ideia. Se algum de vocês conseguir a fusão morna, o melhor é avisar-me porque eu é que mereço o Nobel da Física. PS - Esta fusão para além do prémio nobel da física mereceria também o prémio nobel da economia e já agora o da paz, acabavam as guerras por causa do petróleo. Já me estou a ver, quando alguém descobrir a fusão morna, vou ganhar 3 prémios nobel. PPS - Espero com isto ter dado a entender a minha opinião sobre o "é das ideias que nascem as coisas" |
| | | | A fusão morna, foi uma "sátira". De qualquer das formas, o objectivo seria produzir energia tal qual se produz a temperaturas bastante altas nas estrelas, fundindo átomos leves e dando átomos mais pesados c libertação de energia |
| | | | É certo que há muita razão em dizer-se que antes era mesmo um clube de homens mas desvalorizar um trabalho genial de Watson e Crick só porque não foram eles que tiraram as fotos, enfim...
Segundo o que aprendi no liceu e o que se vai comentando já na universidade, a questão não são as fotografias. Watson e Crick tinham modelos em ponto grande das várias moléculas que constituem o DNA e estavam a tentar adaptá-los de modo a formarem uma cadeia forte.
Ao início, pensaram apenas numa estrutura bi-dimensional mas não estavam a conseguir estabilizá-la. Um certo dia, a sua senhora das limpezas estava a limpar a casa e deitou a estrutura abaixo. Atrapalhada, quis montar aquilo tudo de novo e tal como num puzzle, juntou "aquilo que encaixava melhor". Curiosamente, quando Watson e Crick viram o modelo da sra, perceberam imediatamente que estavam perante um modelo correcto da estrutura do DNA e que a estabilidade que eles não tinham conseguido encontrar se devia às pontes de hidrogénio, permitidas pela "tridimensionalidade" da molécula.
A partir daqui, não há nada de novo!..
Apesar do trabalho da sra ter saído completamente por acaso, na minha opinião deveria ser mais divulgada...
------------- http://defaced.syners.org |
| | | | Então, o melhor é os técnicos de laboratório começarem a assinar as publicações científicas em vez de as pessoas que estão à frente da investigação. Estás um bocado atrasado -- uma coisa parecida com isso já se faz há algum tempo. Embora o nome dos técnicos apareça no final dos autores, é prática comum em algumas àreas da ciência que o nome dos técnicos venha no paper. Conheço, por exemplo, técnicos de telescópios que nem sequer têm uma licenciatura e já têm dezenas de papers publicados em jornais importantes. |
| | | | Onde é que me podes dar evidências e provas disso? O que o Arrepiad diz esta' em grande parte correcto. "Arguing on the Internet is like running in the Special Olympics -- Even if you win you're still retarded."
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| | | | Para além da importância que teve para a compreensão da vida, o ADN tem-se mostrado também capaz de alguma utilização futura no domínio da informática. Aqui está um artigo que fala de uma dessas aplicações. Um pequeno excerto do texto diz: If nanoparticles are spaced even 20 angstroms apart on such a DNA crystal scaffolding, a chip could hold 10 trillion bits per square centimeter--that's 100 times as much information as in the 64 Gigabit D-RAM memory projected for 2010. Uma outra aplicação referida no artigo é a chip made from DNA crystals and nanoparticles could be valuable in such applications as real-time image processing. Para além da aplicação em processamento, existe uma outra utilização pouco referida no texto que é o simples armazenamento. Uma vez que o ADN tem quatro bases podemos ter, ao invés de uma notação binária, uma notação quaternária. Além disso, o facto de a informação ser guardada em pequenas unidades faz com que muito mais informação possa ser guardada por unidade de espaço (ou volume). Está aqui um texto que refere a exorbitância da capacidade de armazenamento do ADN. Passo a citar: DNA strands within the nucleus of each cell, if stretched end to end, would be over 125 billion miles long. This biotechnology contains over a hundred trillion times as much information as our most sophisticated storage devices. Não posso confirmar a precisão destes valores, no entanto, dá uma ideia da capacidade do ADN para armazenar informação. Para além disso, temos ainda neste site informação relativa a um computador feito totalmente de ADN. The machine is so small that a tiny droplet could hold up to three trillion of these DNA computers, in total performing 66 billion operations a second de acordo com o dito site. Portanto, ADN não é apenas um... e não só no gildot. Quem sabe o RedHat 3000 não saia já instalado em computadores com o tamanho de um tubo de ensaio. |
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