Esta discussão foi arquivada. Não se pode acrescentar nenhum comentário. | | | gostaria que lançassem aqui alguns contributos sobre as áreas de TI em que acham que o Grupo PT poderá dar um contributo importante no desenvolvimento da sociedade da informação em Portugal. Acabar com o grupo, separando-o em várias unidades empresariais geograficas (PT Norte, PT sul?) e/ou funcionais (TI para um lado, cabo para outro, telecom para outro) seria o melhor contributo para o desenvolvimento da sociedade de informacao em Portugal. Cumprimentos Mario Valente |
| | | | | Mário, achas sinceramente que dada a dimensão do país, partir em PT geograficas é uma opção? O mercado não parece ter capacidade para uma miriade de empresas de TI's, infelizmente.
Quanto às PT's funcionais pode até fazer sentido (alias, na teoria é o que existe, se bem que na pratica... :), em particular se isso potenciar sinergias com outros parceiros nacionais e realmente potenciar o aumento de conhecimento e caminhar para soluções de excelência. Diga-se de passagem que muito do que se vê nesta área em Portugal, é tudo menos um exemplo de excelência.
Quanto à questão de partir o "grupo", concordo apenas com as aspas, pois realmente de grupo pouco se tem visto, pelo menos do ponto de vista interno ;-). Porém, não é só com bota-abaixo e com falta de realismo económico que se resolve o problema, daí ter lançado este thread.
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| | | | As baby PTs (vamos chamar-lhes assim, à lá Baby Bells...) não poderiam "jogar" para o mercado português, mas sim para o europeu. Por isso, sim acho que partir a PT em PT geograficas era uma solucao; isto porque a mira nao deve estar apontada à dimensao do pais mas sim à dimensao da Europa. Por outro lado, claro que o pais nao tem espaco para uma miriada de empresas de TI e telecomunicacoes. Algumas dessa baby PTs iriam falir ou ser adquiridas; assister-se-ia a uma consolidacao do mercado; mas natural, resultado da seleccao "natural" das empresas, e nao uma "consolidacao" imposta, resultado de um monopolio "historico". Eu sei que o "grupo" PT não joga muito bem como grupo (internamente falando). Mas isso nao muda o facto que o "grupo" joga no mercado, como um todo, de forma monopolista, impedindo a são concorrencia e actuando de conluio cartelizando algumas áreas. O que não é bom para o mercado, para os concorrentes, para os consumidores e para o pais. E ironicamente, em ultima analise tb não é bom para a PT (perda de valor nos monopolios, etc e tal para quem deu economia) Cumprimentos Mario Valente |
| | | | As baby PTs (vamos chamar-lhes assim, à lá Baby Bells...) não poderiam "jogar" para o mercado português, mas sim para o europeu. Por isso, sim acho que partir a PT em PT geograficas era uma solucao; isto porque a mira nao deve estar apontada à dimensao do pais mas sim à dimensao da Europa. Nao sei se estas a tentar ser engracado... mas conseguiste. "Arguing on the Internet is like running in the Special Olympics -- Even if you win you're still retarded."
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| | | | | Hamm... curiosamente a Marconi, como referes, tem um "website" (nao vi mais nada) em franca e na suica (paises de imigracao pesada de portugueses)... big deal. Mas qualquer sugestao de que a PT (ou pior ainda, baby PT's) poderia competir num mercado de telecomunicacoes que cada vez mais se consolida, e onde todos os dias as margens diminuem parece-me ser tirado de um livro de ficcao. "Arguing on the Internet is like running in the Special Olympics -- Even if you win you're still retarded." |
| | | | Um bocadinho offtopic, essas páginas (para além de serem aparentemente iguais) têm o horrível defeito de abrir a página seguinte numa nova janela -- logo de início. Às vezes dou comigo em páginas que internamente já me vão na 3ª nova janela aberta. Será que os webmasters não se apercebem de que é irritante ter mais janelas abertas? Ainda por cima usando javascript, o que quer dizer que abrir numa nova tab não funciona. |
| | | | > e/ou funcionais (TI para um lado, cabo para outro, telecom para outro) tipo PTSI, PTCom e TVCabo ? :) |
| | | | Pois, mas sem pertecencerem ao mesmo grupo e sem tocarem todas a mesma "musica" monopolista e anti-concorrencia. Cumprimentos Mario Valente |
| | | | Estou certo que muita gente terá razões de queixa ou criticas à PT. Mas a questão foi posta aqui com educação, e quem sabe, talvez algo constructivo possa advir desta discussão. Assim, controlem-se um bocado e pensem no assunto seriamente. Quem sabe? Eu por mim, não me posso pronunciar relativamente a temas vitais. Sou cliente da netvisão tanto em serviços de web como de telefone já há imenso tempo, logo já me esqueci de como eram os meus tempos PT... |
| | | | É difícel a PT melhorar, especialmente em Portugal. Na conjectura actual, de liberalização dos mercados no mundo inteiro, às companhias de telefone "bandeiras nacionais" só existe uma estratégia possível, que passo a descrever: As companhias "bandeiras nacionais", vão perder ou já perderam no mundo inteiro o seu monopólio de estado sobre o seu mercado. Logicamente, quem perde o monopólio, perde também significantes partes de mercado, mas o efeito não é imediato. Entretanto, as companhias aproveitam a mesma situação no estrangeiro para invadir o mercado das suas congêneres estrangeiras. Para conseguir "roubar" clientela às companhias ex-monopolistas, é preciso ter uma política comercial agressiva, praticar preços e serviços que beiram o dumping, vender a perdas, o que acareta um prejuízo importante, considerado como um investimento para futuros ganhos sobre o mercado conquistado. Os clientes mais atentos (e os mais sortudos, que moram nos grandes centros urbanos), têm agora uma oferta mais alargada, o que lhes permite escolher os melhores serviços aos melhores preços, quase sempre propostos por empresas estrangeiras. No entanto alguma inércia na clientela faz com que muitos não aproveitem esta concorrência e fiquem aínda por bastante tempo clientes do seu ex-monopolista. Entretanto, esta mesma inércia é um trunfo para cada uma das empresas no seu país de origem, já que facilita a defesa do seu mercado. Defender o mercado, torna-se assim menos dispendioso, não sendo necessário propôr os mesmos preços e serviços do que as empresas estrangeiras. Para além disso, o facto de já ter a infraestrutura colocada faz com que o mercado interno, mesmo que seja aos pouco erodido pela concorrência, junto dos clientes mais atentos, continue muito, mas muito rentável. Isto é uma benêse, já que é preciso muito dinheiro para sustentar a política agressiva levada a cabo no estrangeiro. Resumindo, as empresas nacionais são qualitativas e competitivas no estrangeiro, enquanto praticam preços altos para um serviço degradado a nível nacional. A PT não escapa a esta regra, com se tem visto em Portugal (vide as flames que vão aparecer nesta thread), e no estrangeiro em particular no Brasil, que é um mercado de mais fácil acesso para o nosso Portugal periférico da Europa, mas virado para o atlântico. Por isto, não espero nenhumas melhorias da PT cá em Portugal, e ninguém pode nada contra isso, já que não seguir a estratégia actual seria uma espécie de suicídio, ou de entrega sem luta. Melhoria dos serviços de telecomunicações virá em Portugal por intermédio dos privados, e em particular do estrangeiro, e é desses que podemos esperar as melhorias por que tanto anseiamos. Bom para o cliente dirão os pró-globalização. Eu não acho, é apenas bom para os clientes privilegiados que moram nos grandes centros urbanos, e para os quais a relação entre investimento e retorno permite uma política de preços atraente. Os outros continuarão a ter de escolher entre um ex-monopolista, que continua a ter um monopólio que lhe permite aplicar preços de extorsão, mas que para além disso deixou de ter os deveres de serviço público que a sua condição de monopolista impunha. Para além disso, a empresa deixa de ter a função de serviço público, que permitia uma política que beneficiasse a população. Submetida às regras do mercado, a PT deixa de poder tomar decisões que não estejam sujeitas à necessidade de serem rentáveis. É a ditadura da rentabilidade, que me parece bem mais grave do que a ditadura do monopólio. ------ EOFim. |
| | | | | "Para conseguir "roubar" clientela às companhias ex-monopolistas, é preciso ter uma política comercial agressiva, praticar preços e serviços que beiram o dumping, vender a perdas, o que acareta um prejuízo importante, considerado como um investimento para futuros ganhos sobre o mercado conquistado." Aproveito o teu post pra dar uma achega ao post original e de caminho dar a minha achega de como isto não se passa em PT. "Roubar" clientes à PT só se faz sentir no mercado empresarial, já que lacete local aberto nem vê-lo. Para o mercado doméstico, das duas uma, ou enterra-se cabo ou então mete-se antenas fwa. A Maxitel foi a única que se atreveu a apostar no mercado doméstico e a falta de fundos para uma operação a médio-longo prazo condenou-a. Que solução resta? Alugar circuítos à PT. O nosso mercado é demasiado pequeno para tantas empresas e os custos para operar a rede própria devem ser elevados, digo eu, mas até que ponto não funciona como desculpa para que os operadores não invistam? A PT não melhorará internamente se não tiver incentivos externos, leia-se concurrência a sério. Mas quando todos parecem estar satisfeitos, apesar dos "lamentos", com o status quo...
"No comments" |
| | | por Anonimo Cobarde em 08-02-03 22:55 GMT (#7) |
| ...podiam dar pequenos passos muito simples, como providenciar serviços de ADSL com kits domésticos plataform-independent, i.e., "modems" com interface ethernet para não estarem a condicionar a clientela... neste momento os clientes não podem ser users Apple, Linux ou BSD. |
| | | | | Podem... para alguns dos modems (o do Clix Turbo e tanto quanto ouvi dizer o do sapo) já têm um driver para linux. O driver pode não ser a coisa mais maravilhosa que existe, mas estou em linux com ADSL. Por isso, os clientes podem ter (pelo menos) Linux. Precisam é de um pouco mais de esforço. É óbvio que os drivers não vieram com o modem e tive de ir à internet buscá-los o que implica, das duas uma, ou uma instalação anterior de um outro sistema operativo suportado (infelizmente apenas windows) ou então um outro modem suportado pelo linux (56k por exemplo) |
| | | | A sociedade de informação em Portugal tenderá a dar mais atenção ao software livre. A PT, como grande grupo na área das TI, poderá ter um papel importante em facilitar ou dificultar este processo. Estou certo que haverá quem centrará a sua intervenção em questões estratégicas. Eu vou apenas apontar alguns problemas a nível operacional: - Promover um concurso anual como o JetNet, que pretende premiar os melhores da Web portuguesa, e o próprio site do concurso não funcionar senão em Internet Explorer é, no mínimo, lamentável.
- Adoptar como formato de streaming, o Windows Media, é outra opção infeliz do grupo PT. Com efeito, o WM é um formato proprietário e muito pouco interoperável. Os utilizadores de Linux, e a maioria dos restantes sistemas Unix (à excepção, por enquanto, de Solaris) não têm software para acederem a este conteúdo. Esta escolha é desnecessária quando existe um formato como o RealMedia que, pese embora os codecs sejam proprietários, dispõe de players para múltiplos sistemas operativos. Por isso a BBC e a CNN adoptaram-no.
- O grupo PT, por intermédio dos seus fornecedores de acesso Netcabo, Telepac e Sapo, presta o pior serviço de News em Portugal. Os respectivos servidores estão tão mal configurados que ou recusam conexões, ou perdem metade dos posts. Há mais de 2 anos que a situação se arrasta, os utilizadores fartam-se de reclamar, mas a situação não melhora. Isto tem um nome: incompetência.
- Como se explica que o tráfego Internet entre o grupo PT e a Netvisão seja internacional, quando entre a Netvisão e os restantes ISPs portugueses não o é? É impressão minha ou está a passar-se aqui um fenómeno de concorrência desleal?
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