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| Contribuído por scorpio em 30-01-03 9:04 do departamento cá-dentro | | | | | | | macphisto escreve "Foi ontem apresentado pela APDSI um documento interessante sobre a reforma da administração pública, tendo como motor as tecnologias de informação. Foi o fruto de alguns meses de trabalho, e merece uma leitura atenta, pois compila algumas análises do que de bom tem sido feito lá por fora (e tb por cá), esperando-se que esta iniciativa ajude a lançar o debate.
Depois da recente (e excelente) thread sobre o emprego aqui no Gildot, que tal falarmos um pouco sobre tudo isto aqui no Gildot ? Algumas pistas de discussão: " | | | | | | "Para além do e-Governo, falta o básico não ? As soluções TI (software,etc) nas Finanças, Min.Trabalho, Câmaras, Policias, Escolas ou Hospitais. Alguem conhece bem a realidade ? Que soluções ? O que falha ? Porquê ?
-Fala-se muito do Linux,Opensource,etc nas instituições públicas. Seria o casamento perfeito. Aprender nas faculdades, desenvolver nas empresas. Formar, produzir, comprar e vender nacional. Mas... que software existe ? Ou que se poderia fazer ?
- Futuro ? Como evitar que algum esforço extraordinário que venha a ser feito nesta área não acabe da forma com que acabam sempre: negócios chorudos para alguns, soluções reais para nenhuns.
Nos últimos meses li umas quantas entrevistas de responsáveis das principais multinacionais do sector (SAp,Oracle,Microsoft,etc,etc) que genéricamente falam todas sobre o mesmo assunto: as coisas estão um pouco mal, mas estamos melhor que o vizinho, e nos próximos anos é decisivo para nós a administração pública (e as PME's...). Ora, isto não me cheira lá muito bem. Muitos fornecedores, variadas soluções, muito dinheiro, etc & tal. Eu não queria que a discussão se centrasse muito nestas banalidades que já todos conhecemos, mas mais em cenários de como evitar todo este lobby, e como fornecer alternativas." < Pagar para tocar... ou cantar | 3G: o futuro escreve-se em chinês? > | | gildot Login | | | Referências | | |
Esta discussão foi arquivada. Não se pode acrescentar nenhum comentário. | | | Depois das dotecomes, a massa tém de vir de algum lado não? Nada melhor que atacar os Governos onde não se responsabiliza quem gasta...é que gastar os impostos de todos é tão fácil...
"No comments" |
| | | | | A questão é que o Governo foi dos principais responsáveis da chuva de dinheiro que andava por aí. Acredita que, em IT, têm gasto *muito* menos. Por isso, é que em Lx muitas firmas andam pelas ruas da armagura. -- |
| | | | Não quis cair na redundância nem foi essa a minha intenção. Mas também não é preciso ser iluminado para perceber o porquê dos lugares-comuns das multinacionais. Quanto a debruçar-me sobre essas questões, nah, muito obrigado. Já me basta lutar no meu local de trabalho para mostrar por a+b que utilizar tecnologias proprietárias são um desperdício de $ quando temos alternativas de qualidade e de valor acrescentado. P.S. Achas que o meu primeiro comentário foi um bota-abaixo? Que estranho...
"No comments" |
| | | | Deu para rir ainda antes de ler : Toque aqui para abrir e fazer o download do Livro
e com o dedinho a andar para a frente e para trás, genial! Deve ser para aqueles espaços públicos com qiosques com touchscreens. |
| | | | Vi a apresentação do documento feita na RTP2 pelo Luis Nazaré. Que salientou que o estudo foi compilado por diversas entidades, contando-se sobretudo empresas, consultoras. No final, para espanto meu, disse que era a sociedade civil a tomar a iniciativa para ajudar o Governo e que esperavam que as propostas fossem bem recebidas. Vamos lá ser sérios: a iniciativa juntou sobretudo as empresas porque o eGovernment gera projectos, dinheiro, trabalho para as empresas de TI! Não tem só a ver com um esforço altruísta da sociedade civil (não iam ter 50 pessoas a gastar horas nisto pelos bonitos olhos do povo português). Claro que todos queremos que o Governo aposte nas novas tecnologias, de modo a: termos mais trabalhos nessa área e termos a vida facilitada como cidadãos, utentes da administração pública. Agora, ao não admitir que isto é uma iniciativa na qual houve empenhamento de empresas porque vão candidatar-se ao "bolo", estão a ocultar um factor importante ao telespectador. A jornalista também não fez a pergunta que se impunha. E por fim: sim, precisamos de uma aposta na modernização dos serviços, sistemas de informação e no eGovernment, com sentido e bom senso (porque há muita gente que não tem Net, por exemplo). Para termos serviços mais eficientes e, de caminho, para estimular também o sector das TIs.
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| | | por Anonimo Cobarde em 30-01-03 14:02 GMT (#7) |
| Começo com uma piada, já repararam que os lobbies em Portugal são "Associações"? :) Se querem formar um lobby então vamos fazer uma "Associação" para vender o nosso "produto" ao Governo. Enfim, pura vergonha.
Seguindo para questões mais sérias: a máquina está mal. A máquina NÃO funciona! Quem nunca perdeu uma manhã inteira numas finanças só para assinar a porcaria de um papel? Quem nunca perdeu dias por causa de uma declaração?
Para mim, havia de ser cortar o pessoal da Administração Pública pela metade, informatizar aquilo tudo e criar um site DECENTE! da administração pública portuguesa. O Infocid é um muito bom começo, mas falta mais!
Há umas semanas precisei de ir tratar de uns papeis à conservatória "lá do bairro" e fiquei estupefacto porque estavam dois "funcionários" agarrados a um computador, com cara de burro a olhar para um palácio, e a escrever qualquer coisa no Word. Serão realmente necessárias duas pessoas para digitar um documento no Word?!?! Onde é que este mundo vai parar???
Dei este exemplo porquê, perguntam alguns de vocês... Tenho tido a oportunidade de acompanhar algumas discussões aqui no Gildot, e uma delas era sobre a facilidade de utilização do Windows vs. Linux. Confesso que o Linux ainda tem um grande caminho a percorrer em termos de facilidade de utilização (especialmente na instalação de software, que é um cancro autêntico por causa das dependências), mas(!) o KDE ajuda em muito.
E porque os funcionários públicos parecem nem sequer saber utilizar algo tão simples como o Windows/Office então porque não usar software gratuito? Eles têm de receber formação de qualquer maneira sobre utilização do Windows/Office então bem que se podem poupar uns trocos com o Linux/OpenOffice.
Ou vamos ter de encolher os ombros com estes gastos desnecessários em software, da mesma maneira que encolhemos os ombros enquanto milhões vão para a Máfia (peço desculpa a qualquer mafioso que leia este comentário pelo insulto de vos misturar com os dirigentes de futebol) do futebol Português??
Sobre o possível de 50 cidadãos se juntarem num grupo e fazerem uma proposta(?) nas horas livres apenas altruismo, bom, acho que foi assim que se fez o Linux. Certo? Nuff said. |
| | | | | 50 pessoas a fazerem uma proposta nas suas horas livres é altruísmo (talvez). 50 pessoas a fazerem uma proposta nas suas horas de expediente é trabalho! :)
Mas tens uma certa razão quanto à formação. Assim, como assim, KDE era mais barato :)
O problema quanto a mim já não é a adaptação a um desktop, mas sim a compatibilidade entre aplicações. Enquanto um documento de Word/Excel/PPT todo XPTO não puder ser aberto e manipulado em Linux tal como num Windows, a coisa não funciona. A questão é o Office! 90% das pessoas no mercado de trabalho têm-no em Windows, e há montes de problemas se 10% usam um formato diferente que não funciona - é difícil (e paga-se!) ficar de fora da compatibilidade global de ficheiros. Falando do mundo do trabalho, é claro. |
| | | | Viva! Li muito por alto o documento e parece-me um bom ponto de partida para se discutir este assunto a sério. Apesar de algumas falhas, acho-o muito importante para o Governo ser alertado para o muito que há a fazer. Todos lucrariam com um e-Governo a sério: o Estado na poupanças de ma$$as, a comodidade para o cidadão e, claro, um maior investimento na nossa indústria de T.I. Só um pequeno comentário a um comentário: "Se querem formar um lobby então vamos fazer uma "Associação" para vender o nosso "produto" ao Governo. Enfim, pura vergonha." Não é nenhuma vergonha, é essa a definição duma associação: um grupo de cidadãos ou entidades que se junta para lutar por causas e interesses comuns. Neste caso concreto, é completamente transparente quais os interesses que a APDSI defende. Basta ver os logos na homepage :) Era excelente que houvesse uma associação/lobby que fizesse um documento com propostas ao governo sobre Open Source que tivesse a cobertura mediática desta. Fronteira Electrónica volta, estás perdoada ;-) um abraço, m i g u e l v i t o r i n o, Blog |
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