Esta discussão foi arquivada. Não se pode acrescentar nenhum comentário. | FP! (Pontos:1, Engraçado) |
| por Anonimo Cobarde em 29-01-03 10:52 GMT (#1) |
| Caro colega, a Função Pública foi feita mesmo para estes casos. :-> |
| | | | | Hmmmm... não me parece que a Dra. Ferreira Leite esteja disposta a aumentar os quadros da FP. Aliás, a tendência é para a FP emagrecer.
Quem já está, já está. Quem não está, to late.
Jazzy |
| | | | Aparentemente, o "Corrector Ortográfico" não sabe Inglês: onde se lê "to late", deve lêr-se "too late".
Jazzy |
| | | | ATT: a thread é "Onde é que estão os empregos ?" e não "Onde é que está... o 'late' ?" ;)
-- pmsac.oO(Cogito sumere potum alterum) |
| | | | Neste momento arranjar trabalho em Portugal está dificil, quase impossível ( e o mesmo se passa nas TI's ). Uma das soluções é procurar trabalho no estrangeiro. Por exemplo, em S. Paulo, Brasil tem muitas vagas para TI's e as brasileiras não são de se deitar fora. Aproveitem a vaga e há que redescobrir o Brasil. :) PS: Isto é apenas uma solução, no meio de muitas soluções. |
| | | | | Tu não estás a par dos ordenados brasileiros, pois não? :) |
| | | | Receber pouco é melhor do que não receber... E tu não estás a par do custo de vida de lá, pois não? |
| | | | Fonix!!!! Que thread tão interessante!
É verdade, este post também não acrescentou nada de novo...
Jazzy |
| | | | | "Por exemplo, em S. Paulo, Brasil tem muitas vagas para TI's e as brasileiras não são de se deitar fora. " Pois, e como propões-te ser pago? Um homem não vive só de sexo... ;-> -- |
| | | | E quem diz o Brasil também diz o mercado de trabalho africano, onde se ganham umas boas massas no meio da Ignorância que por estes lados campeia. Interessante o facto de aqui haver tanta pepita de ouro para quem queira trabalhar/investir. Mas como já foi referido anteriormente, também o "aperto de mão" conta muito, e a facturação cobrada a metade também é muito comum. Enfim, um pouco do que se passa em Portugal, mas mais exagerado! O Chico-Esperto pensa sempre em cima do joelho, incapaz de levantar a cabeça para ver ao longe, pois tem a espinha partida e os olhos cravados no umbigo. |
| | IBM (Pontos:0, Engraçado) |
| por Anonimo Cobarde em 29-01-03 11:02 GMT (#4) |
| Solução: Indústria do Balde e da Massa, aka obras :-) |
| | | | | IBM PC: Indústria do Balde de Massa Para Construção --------------------- The worst moment for the atheist is when he is really thankful and has nobody to thank. Dante Rossetti |
| | | | Por favor, não comecem a aparecer na tv a chorar porcausa do subsidio de desemprego. Acreditem em Vocês, Lda, e lembrem-se que, se conseguem trabalhar com windows, conseguem fazer quase tudo. |
| | | | | Fala em subsidio de desemprego, mas tenho uma irmã que foi despedida há 8 meses, e subsidio nem vê-lo. Quanto à parte de se trabalhar com windows conseguir fazer tudo, gostei da ironia... -- |
| | | | Escreves bem quando dizes: "Passámos de poder escolher as firmas e os salários a não ter onde trabalhar.". Uma parte do problema teve origem aqui. Existiam salários demasiado altos para o que se produzia. Existiam salários demasiado altos para pessoas com pouca experiência e conhecimentos (e capacidade, etc). Houve uma fase de expansão, agora apanhamos a contracção em cima. Imagina estares no pico de uma onda, seres levado para a costa e depois começas a apanhar os rebentamentos. Quanto à situação actual, além dos casos que mencionaste, tb se fala na extinção/fusão da optimus e despedimentos na vodadone. Em relação às outras perguntas, muito rapidamente: Que áreas "estáveis" de IT sobraram no país (ou no mundo, se é que sobraram)? Telecomunicações e TI de suporte à economia não-TI (necessidades de TI a PMEs diversas, por exemplo). Mas atenção: estável não significa não-contracção. Que tecnologias oferecem maior segurança? A resposta da treta: bases sólidas científicas (matemática, física) e inteligência. Foco nos conceitos e não nas implementações. Resposta pragmática: unix,c. Andam aí há mais tempo do que eu :-), já lhes diagnosticaram a morte vezes sem conta, e ainda me hão-de ver enterrar. Por isso, aposta nessas áreas e hás-de encontrar sempre alguma coisa. Outra vantagem é que o pessoal de unix é geralmetne bem visto, porque sabe como as coisas funcionam, em oposição a saberem como os menus funcionam. Que empresas interessantes sobreviveram ao boom? de preferência as que possam pagar aos trabalhadores? Basicamente, as que exisitiam antes do boom. Que alternativas restam a um (talvez futuro) geek desempregado? " Ter calma. As coisas vão melhorar. Alguem conhece teoria de sinais? Isto é o equivalente a uma resposta sobre-amortecida (ou será sub-amortecida... ai os conceitos!): tiveste uma fase de expansão a mais, agora contracção a mais, mas já em menor amplitude, depois há-de vir expansão etc, até as coisas estabilizarem. Quanto às alternativas, vê este site que tem um resumo da maior parte das ofertas em IT. Se reparares *existe* algum emprego considerável. As oportunidades actuais podem é não ser tão boas como eram. Já agora, algumas ideias em geral: quando se trabalha (e não só) deve-se criar valor sempre que possível. Muitas vezes as pessoas queixam-se de falta de tempo, mas pode-se integrar essas criações no nosso próprio tempo de trabalho, embora muitas vezes sobre para os tempos livres. Criar valor pode tomar várias formas: criar sites sobre diversos temas (vês muitos exemplos desses aqui no gil, particularmente a maior parte dos editores tem projectos desse tipo), criar software e, uma que serve em toda a parte, escrever documentação. Documentação é sempre bem vinda. Documentar procedimentos, técnicas, linguagens, formas de pensar, de resolver problemas, etc... Pode-se escrever sobre tudo, desde áreas relacionadas com o nosso trabalho a outras completamente transversais. Outra ideia é trabalhar bem, resolver problemas com soluções e não desenrascar. Muita gente que conheço desenrasca e depois justificam-se porque as coisas lhes foram pedidas com timings apertados. Mas a verdade é que nem sempre isso acontece (os timings, i.e.) mas o desenrascanso está sempre presente. Um "desenrascador" sai caro a uma empresa, porque está sistematicamente a resolver problemas criando outros. Quem soluciona problemas (sem criar outros) é sempre mais "apetecido" :-) -- carlos |
| | | | | Pela minha parte, obrigado pelo link... não conhecia. Mesmo assim, sem querer ser pessimista, nas vagas anunciadas empregar-se-ão (ou encontrarão trabalho, como preferem certos esquisitos que lêem o gildot) aí umas 12 pessoas... maioritáriamente em Lisboa e arredores. |
| | | | "Ter calma. As coisas vão melhorar. Alguem conhece teoria de sinais?" O que tu foste buscar :-) Conheces os ciclos económicos de Kitchin (4 anos) ou Juglar (10) anos. Como a ultima crise foi em 93 acho que esta fase acenta na perfeição num ciclo de Juglar. A crise de 93 foi muito pior do que estamos a passar, embora alguns de voces já não se lembram o PIB decresceu cerca 0.5. Só não havia era empresas de TI a fechar, porque practicamente não havia empresas TI.
Pedro Esteves |
| | | | A crise de 93 foi muito pior do que estamos a passar, embora alguns de voces já não se lembram o PIB decresceu cerca 0.5. Só não havia era empresas de TI a fechar, porque practicamente não havia empresas TI. Imagino que quando te referes a 1993, queres dizer 1991, right ? Em 1993 a industria IT ja' estava a comecar a subir para o pico de 1998/1999. "Arguing on the Internet is like running in the Special Olympics -- Even if you win you're still retarded."
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| | | | Acredita em mim. Quando digo 1993 é 1993 :-) Alias a taxa de desemprego continuou a subir até 1996 chegando aos 7,2% que está ainda muito acima dos 5.3% de Dezembro do ano passado. Para ser mais exacto chama-se a crise de 1991-1994. Em 1990 as autoridades portuguesas alteraram radicalmente a politica macroeconomica, a fim de se promover a convergencia da taxa de inflação no ambito da CE. Esse combate combinado com uma fase ciclica de depressão a nivel europeu e mundial emporrou a economia portuguesa para uma crise acentuada. Essas politicas do governo foi de aumentar a taxa de juro (que teve em cerca de 9-15 % acima da inflação) e a politica cambial com o apreciação do escudo. O provocou a travagem da procura interna e uma queda no PIB. O PIB passou dum crescimento de 5,5% em 1989 para 4,2% em 1990, de 2,1 em 1991 e para 1,6 em 1992. chegando a - 0,5 a 1% em 1993 e cresceu novamente 1 % em 1994. A taxa de desemprego que estava em 4,1% em 1991 passou para 7,2 em 1996. Mas conseguiu-se combater a inflação que passou de 13,7 em 1990 para 5,5 em 1994. P.S. Esses dados são do Banco de Portugal P.S.2 Acabei de fazer um trabalho sobre a conjuntura recente da economia portuguesa para a cadeira de economia portuguesa e europeia e tive 17.
Pedro Esteves |
| | | | P.S.2 Acabei de fazer um trabalho sobre a conjuntura recente da economia portuguesa para a cadeira de economia portuguesa e europeia e tive 17. Ok dude :-) Quando me referi a 1991 referi-me 'a recessao mundial causada pelo crash de 1990/1991. "Arguing on the Internet is like running in the Special Olympics -- Even if you win you're still retarded."
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| | | | Já agora, algumas ideias em geral: quando se trabalha (e não só) deve-se criar valor sempre que possível. Agora e' que disseste tudo -- aplausos. "Arguing on the Internet is like running in the Special Olympics -- Even if you win you're still retarded."
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| | | | nope: carlos jorge gameiro duarte (cgd) -- carlos |
| | | | | és tu o autor do itjobs, certo? -- carlos |
| | | | por Anonimo Cobarde em 29-01-03 12:39 GMT (#17) |
| | | | | Este ano já foi a OnyWay e com a PT a falar em despedir mais 2500 trabalhadores ... isso sem falar nas varias pequenas empresas (com menos de 50 trabalhadores) que têm ido à vida. Assim de repente estou-me a lembrar da Neuronio, da SIM e do grupo VMNC, do YASP, da Teleweb, da Maxitel, etc. penso que não sobram muitas mais esperanças para os programadores/sysadm desempregados..." Bem... "esperanças" (leia-se talvez "tachos" ou "garantias") tipo OniWay e PT, não haverão muitas, não. Mas há com certeza alternativas e opções. Sei por exemplo de um caso de uma empresa que faliu e que os ex-empregados, passadas 2 semanas, tinham uma empresa nova formada para garantir a continuidade dos clientes que a empresa X (falida) tinha deixado pendurados. Aliás, essa é se calhar uma das esperanças. O que é que o desempregado estava a fazer antes ? Será que nao o pode fazer, inclusive para a ex-entidade empregadora, como um freelancer ou até como uma empresa externa ? É no meio do caos que se encontram as oportunidades... "Passámos de poder escolher as firmas e os salários a não ter onde trabalhar. No meu caso são 5 anos de programação no lixo, mas há casos piores. Sim, de facto acabou-se o rock n roll dos salarios exagerados. Mas porque é que dizes que os 5 anos de programação foram para o "lixo" ? Isso não fica no teu curriculo ? A experiencia não conta para nada ? Não aprendeste nada ? Assumindo que sim então acredito que tambem tiveste a hipotese de identificar oportunidades, coisas que precisavam de ser feitas e nao estao a ser. Em ultima analise (vide acima) a empresa onde trabalhaste 5 anos continua a ter a necessidade do teu know how, encontrando-se apenas numa fase em que nao pode economicamente suportar internamente os custos do teu trabalho (IRC, segurança social, etc). Se calhar se lhes fizeres uma proposta irrecusavel (tipo "metade do salario anterior"), aceitam. E vai dai pegas nesse "portfolio" e fazes-te à estrada a vender o mesmo know how a outras empresas. Todo este receio de não poder pagar as contas tem-me feito pensar muito sobre se quero mesmo continuar no ramo ou recomeçar uma vida nova, mas como este é um assunto que nos diz respeito a todos queria uma opinião dos gildotianos. Há uma regra muito simples: deves continuar no ramo se gostas do que fazes; não deves continuar no ramo se apenas o fazes pela dinheiro e pela "segurança". Que áreas "estáveis" de IT sobraram no país (ou no mundo, se é que sobraram)? A área de suporte tecnico continua a ser garantida. A área de programação de software para empresas (contabilidade, gestao, etc) continua estavel. Mas fica a pergunta: sao estaveis hoje; sera' que sao amanha ? Parece-me que procuras algo (a estabilidade) que por definição não existe no admiravel mundo novo da informatica. Que tecnologias oferecem maior segurança? Pois... ca' esta' outra vez a questao da "segurança" e "estabilidade". Do emprego "garantido". As tecnologias que oferecem maior segurança são as tecnologias M$ (VB, Access, IIS, ASP, etc). Infelizmente têm um problema: a oferta é muita (ie há um excesso de mouse engineers), a procura é pouca (ie o mouse engineer sobrinho de alguem já ficou com o tacho), logo os preços (ie os salarios) são baixos. As tecnologias "novas" (Unix/Linux, XML, web services, etc) são menos "seguras". Ninguem sabe o que lhes vai acontecer e portanto há um factor de risco maior. Em contrapartida há menos oferta (ie preços mais altos) e poderá vir a haver mais procura. É uma questao de aposta... Que empresas interessantes sobreviveram ao boom? de preferência as que possam pagar aos trabalhadores? A Função Publica, a PT e a Microsoft. Embora eu não ache nenhuma delas interessante, parece-me que cabem no teu conceito de "interessante". Quem tambem sobreviveu ao boom foste tu; mas nao tenho dados para comentar se te podes pagar a ti proprio ou nao... Que alternativas restam a um (talvez futuro) geek desempregado? Trabalhar. Virares o bico ao prego e ofereceres os teus serviços à futura entidade desempregadora. Criares uma empresa para fazeres o que fazes bem, por preços mais baixos. Aproveitares o tempo para explorares qualquer coisa nova com potencial e arriscares seres o unico a saber trabalhar com ela. É estranho que todas as tuas perguntas se tenham focado no presente, no curto prazo e numa pretensa "estabilidade" e não tenhas perguntado por exemplo "quais as novas areas de IT em que devo apostar". Parece-me que é claro que o que ficou para trás já nao volta. A questão que se nos deve sempre por é "o que é que vem a seguir". Nessas é que vale a pena apostar. Sugestoes ? Bem, são mais palpites: desenvolver software para PDAs; trabalhar bem a área do XML e dos web services; aprender a fundo as tecnologias WiFi e relacionadas; desenvolver software para plataformas Unix; e há outras com certeza, dependendo do ponto de vista de cada um. Estou convencido que tanto tu como outros leitores poderão fazer sugestoes adicionais se puxarem um bocadinho pela cabeça... Cumprimentos Mario Valente |
| | | | | Queria ter colocado isto mas esqueci-me: em alternativa aos links sugeridos (de sites com empregos) sugiro-te um salto à Elance onde podes encontrar trabalhos. Cumprimentos Mario Valente |
| | | | Erm... Mário... Desculpa lá, mas que raio tem o XML a ver com o WiFi? É que ler isso na mesma frase depois de um raciocínio razoavelmente coerente deixa uma impressão muito estranha... ^D |
| | | | É o que dá ler na diagonal e não saber para que servem os pontos e virgula... Cumprimentos Mario Valente |
| | | | Eu sei para que servem os pontos e vírgula - a questão não é essa, é que os perfis de formação para networking são algo díspares dos de desenvolvimento... Acho que perdes em fazer innuendo e insinuar ignorância de quem não conheces, mas está bem, fica lá com a bicicleta (e o DTD, perdão, XSL). ^D |
| | | | Nao sejas tao agressivo na tua analise. A referencia ao xml e wifi na mesma linha refere/se as novas tecnologias, ou buzzwords se preferires, que poderao ter grande implementacao no futuro.
B0rn to frag! ph34r da powa of da daemon =) |
| | | | Eu sei que é sempre dificil analizar este tipo de assuntos a longo prazo. Mas qual é a vossa opnião? Irá melhorar ou piorar? Será que os alunos universitários de agora (como eu), quando acabarem os seus cursos irão ter trabalho? Eu pessoalmente gostava de vir a trabalhar em ambientes "*nix", mas, cada vez mais me convenço que vai ser dificil. O que acham? Cumprimentos, Paulo |
| | | | | (desculpem nao ser links, mas estou com pressa) - http://news.bbc.co.uk/1/hi/business/688138.stm
- http://www.cra.org/reports/wits/chapter_4.html
- http://www.conway.com/ssinsider/snapshot/sf000117.htm
Cumprimentos Mario Valente |
| | | | A thread já vai longa, mas deixo aqui um link que me pareceu interessante e que resume algumas das coisas aqui faladas. Cumprimentos
Paulo Magalhães |
| | | | Tens de diferenciar um periodo de crise momentania como agora com o longo prazo. Dá uma vista de olhos nos links do mvalente e vais ver que existe uma falta grave de tecnicos especializados em TI e essa falta só vai crescer no futuro, principalmente em Portugal. Despesas como TI e Marketing são das primeiras a ser cortadas pelas empresas porque normalmente são de outsourcing e podem sempre esperar mais um anito ou dois. As empresas em vez de fazerem o upgrade aos computadores ou instalar um novo software podem sempre esperar para o ano. Mas tem de o fazer se não este ano, para o proximo. O que elas estão a fazer é adiar o mais possivel, até a situação melhorar. Quando a situação melhorar lá para 2004 (se não houver guerra do Iraque), vais ver um Boom das empresas de TI novamente e com salários ainda mais altos :-) P.S. Entretanto aposta na formação, quer certificações ou pos-graduações etc... para quando chegar o boom estejas bem qualificado.
Pedro Esteves |
| | | | Quando a situação melhorar lá para 2004 (se não houver guerra do Iraque), vais ver um Boom das empresas de TI novamente e com salários ainda mais altos :-) Essa dos salarios mais altos e' que nao me parece. O boom de 98/99 trouxe salarios elevadissimos (so' para te dar uma ideia, em 1999 tive um contrato de 4 meses a trabalhar para uma empresa de desenvolvimento de SW a cerca de 10000 euros por mes). A falta de mao-de-obra qualificada nesta altura deveu-se 'as tecnologias serem totalmente novas -- o que hoje nao e' bem verdade. Por exemplo, aqui em Cambridge a industria com maior crescimento (semelhante 'as .com's de 1999) e' a bio-tecnologia/bio-informatica -- e no entanto os salarios nao reflectem de forma alguma um boom. "Arguing on the Internet is like running in the Special Olympics -- Even if you win you're still retarded."
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| | | | A ver vamos. Existe uma coisa que se chama procura e oferta. Quando a procura exeder novamente a oferta como aconteceu em 98-99 vamos estar cá para ver. Eu lembro-me de alguns amigos que acabaram o curso de eng. informatica nessa altura e mandavam o curriculo de manha e á tarde já tavam a telefonar, e no dia seguinte estavam com contrato assinado.
Pedro Esteves |
| | | | Podes estar a falar de um projecto em particular mas 2000 contos nem em sillicon valley!! Por acaso foi mesmo em San Jose. Mas se nao te acreditas, entao estas mesmo fora das coisas que se passaram durante a bubble... "Arguing on the Internet is like running in the Special Olympics -- Even if you win you're still retarded."
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| | | | Acreditando sinceramente no que me dizes, estavas a ganhar mais que a maioria norteamericana em SV E' preciso considerares que foi um contrato de curta duracao, com skills muito especificos. Nesses casos da' para ganhar mais -- nao e' a norma. "Arguing on the Internet is like running in the Special Olympics -- Even if you win you're still retarded."
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| | | | Eu sei que é sempre dificil analizar este tipo de assuntos a longo prazo. Mas qual é a vossa opnião? Irá melhorar ou piorar? Vai recuperar -- a economia provavelmente vai comecar a recuperar por volta do outono deste ano (particularmente se houver uma guerra curta no Iraque). O mais tardar a economia recupera la' pelo meio de 2004. Será que os alunos universitários de agora (como eu), quando acabarem os seus cursos irão ter trabalho? Vao ter trabalho -- e trabalho mais interessante. Muitas das inovacoes que apareceram no boom .com estao agora maduras o suficiente (tanto em termos tecnologicos como de negocio) para serem "activadas" nos proximos 2 anos. Exemplos disto sao web-services (tecnologia baseada em SOAP, XML-RPC, etc) e os modelos ASP que falharam de levantar voo em 1999/2000 mas que provavelmente vao pegar novamente em 2004/2005. Um modelo de negocio interessante que cada vez mais e' realidade e' on demand IT services. Tanto a IBM como a Microsoft estao a por muito peso por traz disto, com as atrasadas do costume sendo a Sun e HP. Outra industria que daqui a 2 ou 3 anos vai-se tornar totalmente on-demand e' a da seguranca informatica, que cada vez mais aplica um modelo de negocio de managed services (cada vez menos vez empresas a comprar firewalls, mas sim a comprar servicos de seguranca de empresas como a Integralis-Articom). Eu pessoalmente gostava de vir a trabalhar em ambientes "*nix", mas, cada vez mais me convenço que vai ser dificil. Depende, se queres *exclusivamente* ser um sys-admin ou desenvolver software para UNIX'es, sim -- vai-se tornar mais dificil porque o nivel de integracao das tecnologias esta' a aumentar e cada vez menos sao precisos especialistas em areas particulares. "Arguing on the Internet is like running in the Special Olympics -- Even if you win you're still retarded."
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| | | | Depende, se queres *exclusivamente* ser um sys-admin ou desenvolver software para UNIX'es, sim -- vai-se tornar mais dificil porque o nivel de integracao das tecnologias esta' a aumentar e cada vez menos sao precisos especialistas em areas particulares. Bem...*Exclusivamente* era bom :-)...mas sei que não se pode ter tudo. Penso que só não gostava de trabalhar em algo, "MS-ONLY". Outro problema é que grande parte das empresas, pedem sempre profissionais já com 2 ou 3 anos de experiência. Assim, por muito empenho e conhecimentos que eu tenha, tenho logo uma redução drástica nas possibilidades de trabalho... |
| | | | Gostei mesmo muito da resposta/comentário do Mario Valente. Pessoalmente, julgo que se todos os estados da União Europeia fizerem como fez a Alemanha ( http://www.poderonline.com.br/NR/exeres/8422A2C6-08E6-46C1-9F3C-7C4E3BEBC327.htm ) e/ou a África do Sul ( http://www.gildot.org/article.pl?sid=03/01/23/0915230&mode=thread ), então a necessidade de bons profissionais nestas áreas será mais que evidente. Assim, venho mesmo dar razão à tese do Mouse-Eng. Mas essa é a realidade! |
| | | | | Concordo na generalidade com o Mário Valente, mas é preciso esquecer que ele terá um conflito de interesses tendo o seu próprio negócio. (i.e. dai a boca do rock-and-roll) O que se verifica é que além das coisas andarem a voltar à normalidade, muita gente se está a aproveitar do clima de medo para: - pagar menos a novos colaboradores - reduzir salários - retirar direitos já adquiridos aos colaboradores - apertar a teta da vaca leiteira dos contribuintes e especialmente dos contribuintes com carro. - justificar os problemas existentes com a crise, quando na realidade o problema é uma má gestão de recursos humanos e materiais que vêm de há longos anos. O que acho, é que não tem aptidão para criar o seu próprio negócio, não tem obrigação de andar a trabalhar por tuta-e-meia para outrém. Abraços, Rui -- |
| | | | Concordo na generalidade com o Mário Valente, mas é preciso esquecer que ele terá um conflito de interesses tendo o seu próprio negócio. (i.e. dai a boca do rock-and-roll) Importas-te de explicar onde é que está o conflito de interesses (afinal tb sou empregado de alguem) e qual a ligacao à "boca do rock n roll" ? Cumprimentos Mario Valente |
| | | | Confundi-te com outro contribuinte regular. Os meus pedidos de desculpa. Abraços, Rui -- |
| | | por Anonimo Cobarde em 29-01-03 16:48 GMT (#28) |
| Nem tudo é mau com a crise. Até há muita coisa boa. A começar por uma limpeza geral da mediocridade, e um aumento assinalável na responsabilidade.
Por mim, prefiro alguma crise à euforia. Arrepio-me dos dias da loucura, dos absurdos a que assisti, desde de ter que pagar umas dezenas de contos à Associação de Estudantes do Instituto Superio Técnico só para ter acesso a curriculos, aos jovens "habilidosos" acabados de formar a pedirem-me 500 contos por mês e carro, e "por favor, se quer que façamos testes de admissão nunca mais cá ponho os pés", pois há muita gente a precisar de pessoal. Nos dias da loucura, a irresponsabilidade era dominante, pois ninguem tinha nada a perder, saia-se daqui, ia-se para ali. Aliás, muita gente não fazia mais nada do que passar o tempo a procurar maiores ordenados, quase de seis em seis meses. Muitos andam aí agarrados com Oni's, Submarinos, megaportais B2b,blablabla. Vá-lá, ganharam umas valentes broas durante umas dezenas de meses, mas mal aqueceram os lugares. |
| | | | | > Nem tudo é mau com a crise. Até há muita coisa boa. LOL! Existem sempre duas faces da mesma moeda (por exemplo, com a introdução das portagens na CREL, por incrivel que pareça deixou de haver congestionamento no acesso parque-das-nações->cril/pte vasco da gama, o que para mim em particular é excelente). Parece óbvio que muitos patrões/empregadores estejam actualmente satisfeitíssimos da vida (podem pôr em prática a maior parte das coisas citadas pelo ribeiro acima), tal como no passado a maior parte devia andar lixada da vida. Os benefícios em termos de comunidade é que talvez não sejam os melhores actualmente. Mas a parte que me motivou mais interesse foi a questão dos testes de admissão. Presumo que estejas a falar de testes psicotécnicos(?). Pessoalmente cheguei a fazer uma série deles no passado. Mais tarde conheci um colega que, como filosofia, rejeitava qualquer oferta que exigisse esses testes (tal como tu descreveste). Eu próprio passei a partilhar as mesmas ideias :-) O problema é que as pessoas não são devidamente tratadas nesses casos. Os resultados desses testes deviam ser divulgados, tal como em que medida é que tinham contribuido para a aceitacao / rejeicao do individuo. A lei de protecção de dados obriga a determinados deveres semelhantes, mas não sei se cobre estes casos em particular. -- carlos |
| | | | Há uma questão aqui. Não defendo que não existam testes. Considero no entanto, certos teste psicotenicos e perguntas dos RH estúpidas e que passam da barreira do aceitavel. Ou seja, primeiro, muitas perguntas que estão em testes escritos, nunca seriam feitas verbalmente, porque o proprio examinador teria vergonha. Segundo, perguntas orais, teriam lata de faze-las a um completo estranho na rua? Senão, e se acham-se que ele os mandaria "delicadamente" passear para outro lado, também não é apropriada. Terceiro, perguntas de psicologia de supermecado, tipo de que cor gosta, e etc, é apenas insultar o bom senso de quem estão a contratar. Quarto, e por ultimo, muita gente na altura da contratacao esquece-se que é uma relação de dualidade, e não um favor. Se tem direito de me fazer um psicoténico, pq não hei-de eu pedir os resultados dos psicotécnicos da administração...? Rui -- |
| | | por Anonimo Cobarde em 29-01-03 18:15 GMT (#33) |
| Com a quantidade de incompetencia que se ve na PT, 2500 ate sera pouco!
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| | | | | Antes de mais: votos de que arranjes um emprego, que tudo te corra bem e que ultrapasses o mais depressa possível a situação em que estás (i.e. de achares que podes ficar desempregado).
"Desde 2001 que Portugal tem levado com a enorme onda de crashes das dotcom's que tem sido cada vez piores de ano para ano."
Antes das "dotcom" havia empresas. O que tornou este periodo "especial" foi haver uma data de palermas (burrros, cretinos) a meterem dinheiro aos montes em negócios que não conheciam (que muitas vezes não existiam de todo, como negócios, pelo que também não havia nada a conhecer).
Os bailarinos eram em muitos casos muito maus, depois queixavam-se que os palcos estavam "tortos". Pior que isso, vendiam em bolsa empresas avaliadas por "pseudo-génios", por várias vezes o valor que a empresas na realidade tinha. Mais uma vez um monte de lemmings (ainda mais estupidos que os "investidores" que financiavam os projectos até chegar à bolsa) enfiava dinheiro em empresas da tanga, com tipos "muito inchados" à frente.
Eram todos "uns génios". Ninguém percebia os modelos de negócio, alguns nem sabiam o que era isso, mas não interessa: há ouro no rio! E um monte de idiotas saltava de picareta em mão para o rio mais acessível.
Muitas das empresas, nomeadamente as relacionadas com os "web services" ficaram cheias de trabalho: um monte de "patós" recebiam massa para fazer as maiores alarvidades na Internet... e as empresas com gente com "know how" (i.e. os vendedores de picaretas) ficaram com mais trabalho entre mãos do que o que podiam fazer.
Ir buscar novos técnicos era virtualmente impossível: não havia gente suficiente, ainda que mal preparada, no mercado de trabalho. A "anormalidade reinava", salários altos (normal dado que o trabalho (mesmo sendo uma merda em muitos casos) era altamente lucrativo. E uma oferta de mão de obra escassa.
Depois, passa a especulação... os acionistas começam a perguntar "onde está o dinheiro", e os "cromos" de picareta na mão, first tuesdays na agenda, e sem qualquer porra semelhante a "valor" para mostrar... realizam que "passou" a anormalidade. Os senhores da massa percebem que foram "levados" e vão gastar o dinheiro em algo que pareça mais racional, menos rápido, menos "new age", etc.
Os vendedores de picaretas levam "por tabela". Vão fechando os negócios estupidos, há menos procura para construír sites, e quem os faz tende a não estar com a "febre do ouro" e a querer custos de produção e manutenção tão contidos quanto possível. Consequentemente, muitos vendedores de picaretas procuram outros negócios, face a um mercado a encolher a olhos vistos.
As empresas que sobram continuam a fazer o seu trabalho, a ganhar o que sempre ganharam e, se são bons no que fazem e representam "valor acrescentado" a quem os escolheu... conseguem manter os seus clientes, renovar projectos, etc. Se eram "caros demais" são trocados por empresas que façam o mesmo serviço a melhores preços. Em alguns casos "corre bem", em outros tantos "nem por isso" (se calhar a nova empresa alternativa não consegue prestar o serviço com a mesma qualidade).
Mas hoje o mercado está "melhor". Há menos ruído de fundo. Menos "franco-atiradores". Quem presta bons serviços a preços competitivos permanece no mercado. Não se fica "rico muito depressa", etc. Enfim, regressou a normalidade.
Há menos empregos? Claro que sim, são precisos menos técnicos, há menos empresas a pedir serviços. Por outro lado continuam a ser precisos bons técnicos e bons administradores de sistemas para cuidar de uma internet que "não se foi embora", que não é menos popular (pelo contrário) e que tem cada vez mais gente, ligada a maior velocidade, mais tempo por dia.
"Passámos de poder escolher as firmas e os salários a não ter onde trabalhar.
Muita gente escolheu mal as firmas "quando podiam escolher". Muita gente trocou "salários altos" por "estabilidade". Carreiras por "mais dinheiro, mais rápido". Muita gente pretendia "ter o bolo e comer o dito cujo ao mesmo tempo". Isso não é possível.
Tive muito boa gente, que hoje está desempregada (já são tantos), que não quiseram ir para a minha empresa. Os salários eram mais baixos que em muito concorrentes, damos o litro e a unica compensação é ter um ambiente porreiro de trabalho. A empresa duplicou de facturação em 2002 e cresceu em número de funcionários. Não se despediu ninguém quando entrámos no ciclo negativo da economia (que funciona assim mesmo; por ciclos). Contamos este ano crescer na mesma. Durante 2002 não houve aumentos de salários. Não foi possível. Tivemos que gastar esse dinheiro a contratar gente só para lidar com cobranças (cargo que nem sequer existia) e duplicar o staff administrativo da empresa, em vez de ter mais tácnicos. Uma pena, desperdício de dinheiro, preferia ter mais programadores, mas tem de ser assim.
Quando for contratar mais gente (segundo semestre, se tudo correr bem) juro que não estou interessado nos "cromos" que na época das "vacas gordas" demonstraram não ter a mais pequena ponta de juízo. Não é esse o perfil que quero nos meus quadros. Quero gente que gosta do que faz, não quero pseudo-génios todos inchados e em bicos dos pés. Foi isso que vi na altura. Essa gente não faz falta nenhuma em nenhuma empresa. Nem interessa se são "bons" ou "não". É irrelevante.
No meu caso são 5 anos de programação no lixo, mas há casos piores.
Já te fizeram a pergunta "porquê?"... confesso que tenho curiosidade em ver a resposta. Com a experiência desses 5 anos não consegues vislumbrar algo de útil para oferecer a uma empresa?
Eu começo muitas entrevistas de emprego (agora e antes do "crash") com a pergunta; diga lá o que pode fazer por nós? O que tem para oferecer? Porque é que o devo contratar?
Nestas alturas saber as respostas é importante. Se um tipo que quer trabalhar numa empresa não sabe porque... não sabe o que tem para oferecer ele não quer "trabalho", quer um emprego, quer coçar os tomates e receber um salário, tenciona ir fazendo o que mandarem, desde que caia o "dele" ao fim do mês está tudo bem. Nesse caso "boa sorte", que não estou interessado.
Se tens estofo de 5 anos de programação no lombo descobre o que podes programar que seja útil a terceiros. Olha eu estou a escrever (com parte da equipa da Mr Net, software para uma clinica de fisioterapia (agendamento de clientes, contabilidade, etc), outros estão a fazer algo parecido para advogados, os "que sobram" fazem manutenção dos sites dos clientes, desenvolvem a nova funcionalidade ocasional e lidam com os pedidos de novos sites (esta semana deve ir o "expresso" para o ar, para asemana deve ir a "turbo", ambos convertidos para siteseed).
Todo este receio de não poder pagar as contas tem-me feito pensar muito sobre se quero mesmo continuar no ramo ou recomeçar uma vida nova, mas como este é um assunto que nos diz respeito a todos queria uma opinião dos gildotianos.
Se gostas deste ramo, se és capaz de produzir MAIS, MELHOR E A UM PREÇO COMPETITIVO que outras pessoas (que produzam resultados equivalentes) no mercado não tens de ter "medo de competir". Tens é que querer trabalho, por oposição a "tachos". Tens é que ter a noção de que tens de dar o teu máximo e ser melhor, mais produtivo, mais eficiente, mais barato que o vizinho do lado.
O mercado é isso mesmo. Competição. Luta. Produzir resultados. Fazer isso melhor que as alternativas que o cliente pode encontrar. Ninguém tem que ter medo de competir. Mas se calhar tens de mudar a pergunta de "quem me emprega?" para "quem precisa de mim?" e onde é que "podes fazer a diferença?". Consegues fazer ganhar dinheiro, ou poupar dinheiro, com o teu código a alguém? Quanto? Quanto vales para quem te financia?
Que áreas "estáveis" de IT sobraram no país (ou no mundo, se é que sobraram)?
Bom, eu estava cá antes do "booommm" e tenciono estar "depois do crash". A seguir às tempestades vem sempre um dia de sol. Há que saber aproveitar este periodo para escrever código, adaptar a postura da empresa às necessidades do mercado. Durante 2002 não fizémos sites "novos", havia demasiados sites velhos que necessitavam de ser "feitos de novo" para serem mais baratos de operar, para se terminarem contratos absurdos com empresas que cobravam várias vezes o valor do que vendiam.
Este ano vamos escrever código para necessidades muito específicas de hospitais, clinicas e escritórios de advogados. Já temos cerca de 50% do ciclo de desenvolvimento completo, as instalações nos primeiros clientes são feitas em Março) e já temos clientes para ter um 2003 descansado. Lá vão aparecer muitos linux e *bsd em sitios onde o windows era rei... :-) Durante o segundo semestre vamos "brincar" com outras tecnologias.
Que tecnologias oferecem maior segurança?
As que resolvem problemas de pessoas e empresas. Francamente a pergunta está ao contrário. Quem tem problemas que possas resolver? Que tecnologias conheces e dominas que permitam resolver os ditos problemas? Saber tecnologia não é nada... resolver problemas é tudo. Onde há problemas há oportunidades. Os problemas são uma coisa maravilhosa. Principalmente se sabes a solução para eles... quanto maior o problema, quanto mais dinheiro ele custa por mês, melhor para ti.
Que empresas interessantes sobreviveram ao boom? de preferência as que possam pagar aos trabalhadores?
Antes de dar a resposta: quem contrata alguém deve obviamente pagar o dito salário. Não devo um tostão a ninguém. Infelizmente devem-me metade da facturação de 2002. Felizmente trabalho com margens que permitem que isso não faça "a diferença" entre "poder ter as contas em dia" ou "não poder". É uma questão de gestão saber quantas pessoas se pode ter a trabalhar e lidar com o mercado de forma a ter a empresa (e as suas finanças) adaptada a uma realidade onde não existem os facilitismos de há uns anos.
Agora a resposta: Não sei a que chamas uma empresa interessante. Não sei se te podes dar ao luxo "de escolher". Eu diria que te deves colocar mais na posição de descobrir "problemas" e as "consequentes oportunidades", descobrir empresas que os possam resolver e juntar ambas as partes, representando tu uma mais valia para os envolvidos. Por outras palavras: esta empresa tem este problema, eu consigo fazer o código que o resolve (ou até já o fiz), está aqui, preciso de vocês para o comercializar, preciso de parceiros para resolver este problema e aproveitar esta oportunidade.
Fazes um contrato de non-disclosure, que assegure que ficas protegido, e com um bocadinho de sorte passas a ter uma equipa. O resto é repetir o processo dentro da empresa. Não imaginas o quanto toda a gente se esforça na Mr Net para trazer negócio para a empresa. Todos. Estamos no mesmo barco, precisamos de trabalhar em equipa, precisamos de "querer saber" o que se passa, ninguém entra às X horas, tecla loucamente indiferente a se há ou não clientes, se tudo está a correr bem.
"Que alternativas restam a um (talvez futuro) geek desempregado? "
Primeiro, se estás empregado, sugiro que lutes pela tua empresa. Que mexas a peida. Que ajudes a que ela sobreviva e faça dinheiro. Tudo o que mencionei pode e deve fazer parte da cultura de uma empresa.
Se não acreditas na empresa em que estás começa a procurar "problemas", "oportunidades", não focado na "tecnologia" mas nas "necessidades". depois escolhe com "quem" queres perseguir essas oportunidades. Fazes a tua empresa ou entras para um que tenha a atitude perante o mercado em que tu acreditas.
Se há "problemas e oportunidades" e não encontras "empresa" com quem possas jogar em equipa... sugiro mesmo que faças a tua. É lixado, os primeiros anos são penosos à brava (estive um ano e meiol sem ganhar um tostão quando fiz a mrnet, a minha mulher passou pelo mesmo quando fez a empresa dela, tivémos uns anos muiiiito complicados...), mas se és bom, se resolves problemas melhor que os teus concorrentes: acredita em ti!
PLS
ps: Boa sorte! A vida é dura, não há "almoços de borla", ninguém dá nada a ninguém, mas as pessoas compram soluções para problemas que sentem na pele. E há seeeeempre problemas para resolver... |
| | | | | Os bailarinos eram em muitos casos muito maus, depois queixavam-se que os palcos estavam "tortos". Pior que isso, vendiam em bolsa empresas avaliadas por "pseudo-génios", por várias vezes o valor que a empresas na realidade tinha. A avaliacao de empresas e', como qualquer actividade baseada em risco, algo que involve percepcao e nao mera avaliacao. Quem faz a avaliacao do valor de uma empresa tem que o fazer utilizando a percepcao do seu valor de mercado -- se existe muita procura, o valor sobe -- pouca, desce. E' isto que explica os valores inflacionados de 98/99 -- nao o facto de haver uns "genios" que avaliam as empresas mal. Sugiro que leias este livro que e' um guia essencial. Muitas das empresas, nomeadamente as relacionadas com os "web services" ficaram cheias de trabalho: um monte de "patós" recebiam massa para fazer as maiores alarvidades na Internet... e as empresas com gente com "know how" (i.e. os vendedores de picaretas) ficaram com mais trabalho entre mãos do que o que podiam fazer. Yep -- e' assim que os negocios evoluem. A industria automovel comecou com uns vendedores de picaretas a fabricar carros nas garagens, ate' que alguem viu a luz e decidiu fazer melhor. Todas as areas tecnologicas comecam assim -- com algumas pessoas com espirito empreendedor (mas talvez pouco conhecimento da area), que cometem muitos erros dos quais outros aprendem e por sua vez fazem melhor. Muita gente escolheu mal as firmas "quando podiam escolher". Muita gente trocou "salários altos" por "estabilidade". Carreiras por "mais dinheiro, mais rápido". Muita gente pretendia "ter o bolo e comer o dito cujo ao mesmo tempo". Isso não é possível. I beg to differ. Claro que houve algumas pessoas que fizeram mudancas de carreira especulativas -- mas como na bolsa, tu segues o mercado. Por vezes corre mal, outras corre bem -- mas isso nao significa que so' porque alguem seguiu o "money trail" que nao tenha acrescentado o tal "valor" de que falas. Pelo contrario -- conheco pessoas que seguiram o "money trail", e nao so' ganharam dinheiro, como o fizeram ganhar a pessoas que sozinhas nunca o conseguiriam. Alguns negocios podem parecer estupidos inicialmente, mas eventualmente as condicoes de mercado tornam-se favoraveis e as coisas funcionam. Como exemplo de uma ideia "estupida" que falhou completamente (e estamos a falar de .com's a serio, nao de umas coisitas da treta que receberam fundos da familia) dou-te a boo.com ($200mn pela janela). O outro extremo da balanca e' outra ideia "estupida" que parecia nao ter futuro mas que em 2002 teve uma subida de valor de mercado de 275%, e e' a Lastminute.com. Nao e' assim tao preto e branco que ideias "estupidas" nao funcionam -- o que e' estupido hoje deixa de ser amanha. As que resolvem problemas de pessoas e empresas. Francamente a pergunta está ao contrário. Quem tem problemas que possas resolver? Que tecnologias conheces e dominas que permitam resolver os ditos problemas? Saber tecnologia não é nada... resolver problemas é tudo. Ui, era tao bom que fosse assim... isto foi-me dito por um "venture capitalist" portugues que se queimou com o .com bust: "Em portugal a tecnologia que se pode aplicar 'as empresas esta limitada por uma so' coisa: o factor do aperto de mao." O "factor do aperto de mao", descobri depois, e' a desconfianca intrinsica de muitos empresarios "macho-latinos", que preferem comprar a quem conhecem, do que a quem cobra menos ou oferece o melhor servico. Claro que as coisas vao mudar com o tempo -- mas ate' la' -- ter a melhor tecnologia, ou os servicos certos conta zero. O que conta e' quem conheces. "Arguing on the Internet is like running in the Special Olympics -- Even if you win you're still retarded." |
| | | | Eu escrevi: As que resolvem problemas de pessoas e empresas. Francamente a pergunta está ao contrário. Quem tem problemas que possas resolver? Que tecnologias conheces e dominas que permitam resolver os ditos problemas? Saber tecnologia não é nada... resolver problemas é tudo.
E a tua resposta foi:
Ui, era tao bom que fosse assim... isto foi-me dito por um "venture capitalist" portugues que se queimou com o .com bust:
"Em portugal a tecnologia que se pode aplicar 'as empresas esta limitada por uma so' coisa: o factor do aperto de mao."
O "factor do aperto de mao", descobri depois, e' a desconfianca intrinsica de muitos empresarios "macho-latinos", que preferem comprar a quem conhecem, do que a quem cobra menos ou oferece o melhor servico. Claro que as coisas vao mudar com o tempo -- mas ate' la' -- ter a melhor tecnologia, ou os servicos certos conta zero. O que conta e' quem conheces.
Em muitos casos é verdade. Como tu dizes "muito empresários...". Mas não todos... e os que sobram são o mercado por onde "pena" que forma uma empresa e não conhece ninguém.
"Conhecer pessoas" faz parte do processo. Faz parte da guerra. Ser conhecido por elas representa a possibilidade de se ser ouvido, de se poder propor soluções, de se ser tido em conta.
Não é só uma questão de "cunhas": é uma questão também de confiança muitas vezes (i.e. as pessoas tendem a sentir mais confiança em "pessoas" que eu campanhas de marketing, sites ou panfletos), uma questão de timming em outras tantas (i.e. se estiveres perto do CEO de uma empresa tens mais hipoteses de conhecer os problemas com que está confrontado), etc.
Há muita "panelinha" em muitos casos. Garantido. Mas em outros tantos "a tropa é dos sargentos"! Eu "entrei" (i.e. ganhei como cliente) na "Fnac" através do responsável pelos "eventos" no colombo (quando fui apresentar o livro do Manuel Lemos "Estar na Internet"). Ele gostou de me ouvir falar e eu tive a minha oportunidade. Na RTP entrei para consultor do Carlos Pinto Coelho porque um amigo meu (jornalista) lhe sugeriu que tivesse uma conversa comigo sobre a Internet. Fiz o site da SIC porque ao fim de um ano a escrever artigos de opinião (estão todos no meu É "possível" entrar no mercado. Não é fácil, não é rápido, não dá milhões assim do pé para a mão. Implica muito trabalho, muita palestra, muito texto oferecido a jornais, muita entrevista, muita paciência... mas é possível. E vou incentivar, sempre, nas minhas mensagens as pessoas a perseguirem os seus sonhos. A acreditarem nelas próprias. Mesmo que tudo falhe e corra mal é preferível a "não tentarem de todo" e "desistirem antes de terem tentado".
Há muita coisa nojenta em todos os mercados. Claro que sim. Mas também há coisas giras para se fazerem. Pessoalmente mantenho a fé. O melhor está sempre para vir. Há que "fazer coisas", meter software a mexer, administrar máquinas onde o software mexe.
PLS
ps: Esta altura do campeonato é tão "imprópria" para se espalhar pessimismo como a anterior o era para o excessivo optimismo/euforia. |
| | | | Em muitos casos é verdade. Como tu dizes "muito empresários...". Mas não todos... e os que sobram são o mercado por onde "pena" que forma uma empresa e não conhece ninguém. True. Não é só uma questão de "cunhas": é uma questão também de confiança muitas vezes (i.e. as pessoas tendem a sentir mais confiança em "pessoas" que eu campanhas de marketing, sites ou panfletos), uma questão de timming em outras tantas (i.e. se estiveres perto do CEO de uma empresa tens mais hipoteses de conhecer os problemas com que está confrontado), etc. Repara que acabaste de confirmar o que estava a dizer -- em mercados mais competitivos e dinamicos, o "turnaround" de empresas e' *muito* grande pois a competicao e' feroz. Em portugal, em muitos casos (obviamente nao todos) o acesso 'a atencao de potenciais clientes e' feito nao necessariamente pelos processos normais (i.e., comparacao de precos e value-add) -- mas sim porque por acaso conheceste o responsavel dos conteudos da FNAC. Claro que isto e' um dos mecanismos normais da competicao -- mas em portugal, pela minha experiencia, e' muito mais dificil te fazeres ouvir precisamente porque o turnaround e' pequeno -- i.e., as empresas teem tendencia em muitos dominios a ficarem-se pelo que conhecem, e nao por criterios economicos ou tecnologicos normais. Isto nao e' necessariamente uma coisa ma' -- por vezes empresas pequenas sobrevivem devido precisamente ao turnaround ser pequeno, e se calhar ate' foi algo que ajudou a Mr.Net/siteseed no meio de competicao feroz por parte de sistemas de gestao de conteudos mais estabelecidos. E' por esta razao (e outras) que o mercado de capitais de risco portugues e' quase inexistente -- as barreiras 'a entrada de novos concorrentes sao *muito* altas. Isto origina do tal factor do aperto de mao... Por exemplo, achas que se tivesses fundado a Mr.Net hoje e nao 'a uns anos atras, que terias tido o mesmo sucesso ? Eu aposto que nao -- pois as barreiras 'a entrada em 1997/1998 eram muito menores por ser uma area de negocio nova e com poucos concorrentes -- portugal segue muito o modelo de "first-in, last-out" quanto 'a regeneracao de empresas -- coisa que acontece menos em mercados maiores devido a uma maior fluidez da economia e uma maior competicao. ps: Esta altura do campeonato é tão "imprópria" para se espalhar pessimismo como a anterior o era para o excessivo optimismo/euforia. Dude, maior optimista que eu nao deve haver -- sou tao optimista que investi o meu tempo e dinheiro em claros maus modelos de negocio, com a esperanca das coisas funcionarem. Mas o que tambem tento fazer e' aprender com os meus erros -- e alertar os outros de como acho que as coisas funcionam. Best Regards, "Arguing on the Internet is like running in the Special Olympics -- Even if you win you're still retarded."
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| | | | Viva, Bem, pls, admiro o que tu escreveste, gostava de ter uma empresa como tu. No entanto, vê que pessoas que aproveitaram o boom do mercado para pedir melhores salários, não fizeram nada ilegal. Apenas estavam a jogar segundo a lei de oferta e procura. É preciso ver que os salários costumam ser ridicurlarmente baixos, e embora os patrões falem em partilhar a carga de trabalho e a falta de horários, não costumam falar em partilhar lucros, ou pagar salários mais justos. Por último, em relação ao teu comentário de "Eu começo muitas entrevistas de emprego (agora e antes do "crash") com a pergunta; diga lá o que pode fazer por nós? O que tem para oferecer? Porque é que o devo contratar?", já me fizeram essa um par de vezes, e da segunda, depois de responder, perguntei o que fariam também por mim, e se tinham acções de formação regulares para manter as pessoas actualizadas. O resultado, foi que disseram que não queriam alguém que fosse conflituoso. (?) Bem, nunca façam uma pergunta a alguém, que não queiram que vos façam... eh, espero que não fiquem com a ideia errada de mim, adoro trabalhar na minha àrea, só que na generalidade, gostava mais de ver o patronato a respeitar os trabalhadores como pessoas que são, e não ignorar sistematicamente que *existe* uma vida além do trabalho. Mas isso já é outra história...
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| | | | No entanto, vê que pessoas que aproveitaram o boom do mercado para pedir melhores salários, não fizeram nada ilegal. Apenas estavam a jogar segundo a lei de oferta e procura.
Correcto. E fizeram "muito bem" (ou não). Mas devem assumir a responsabilidade pela opção que fizeram, e não há nada de que se devam queixar. As pessoas devem ter a liberdade de tomar opções e a responsabilidade pelas opções que tomam.
É preciso ver que os salários costumam ser ridicurlarmente baixos, e embora os patrões falem em partilhar a carga de trabalho e a falta de horários, não costumam falar em partilhar lucros, ou pagar salários mais justos.
É uma questão sempre complicada...
Uma empresa não é um espaço de "justiça social". O objectivo não é que os participantes enriqueçam todos na mesma proporção, em função dos resultados da empresa. Para os investidores o que conta são os "lucros" (50% da Mr Net pertence a investidores que não trabalham na Mr Net), quanto maior a diferença entre os custos e os ganhos melhor para eles. Para os trabalhadores interessa ter os investidores "contentes" mas que o "lucro" seja o menor possível e as despesas operacionais (i.e. das quais os seus salários fazem parte) sejam "equilibradas" (aos trabalhadores interessa também terem boas máquinas, boas condições de trabalho, cadeiras decentes, boa conectividade, etc). É algures neste "conflicto de interesses" que procurar um equilibrio é importante.
Julgo que na MrNet esse equilibrio existe. As pessoas querem todas ganhar tanto dinheiro quanto possível, até ao limite de: (1) não fazer com que os investidores se desinteressem pela empresa, dado que dá muito jeito a massa que eles metem na empresa quando é necessário investir, (2) não colocar em risco as estruturas da empresa, dado que dá jeito que haja máquinas em que trabalhar, cadeiras e mesas, escritório, massa no banco para lidar com ciclos negativos da economia, etc.
Toda a gente sabe que a pior coisa que podia acontecer era os investidores (50% desses investidores são os dois sócios gerentes, eu tenho 25%) não terem interesse na continuidade da Mr Net. Se a MR Net não for mais atraente que o "juro bancário" mais vale "meterem o dinheiro no banco". A empresa tem que gerar dinheiro. Tem que ser mais interessante do que o resto dos sitios onde se pode por massa...
Curiosamente, nesta altura do campeonato, há compradores "em linha de espera" (i.e. com acordo feito) para parte do capital da Mr Net. Pelo que o equilibrio existe, e se for necessário dinheiro fresco ele está acessível.
Por último, em relação ao teu comentário de "Eu começo muitas entrevistas de emprego (agora e antes do "crash") com a pergunta; diga lá o que pode fazer por nós? O que tem para oferecer? Porque é que o devo contratar?", já me fizeram essa um par de vezes, e da segunda, depois de responder, perguntei o que fariam também por mim.
É justo... Tens tido boas respostas?
eh, espero que não fiquem com a ideia errada de mim, adoro trabalhar na minha àrea, só que na generalidade, gostava mais de ver o patronato a respeitar os trabalhadores como pessoas que são, e não ignorar sistematicamente que *existe* uma vida além do trabalho. Mas isso já é outra história...
Devias fazer uma empresa. A sério.
PLS |
| | | | PLS, ótptimas respostas. Deves ser um excelente "patrão". Quanto às respostas, não costumo a andar a fazer esse tipo de perguntas... apenas as fiz em um par de vezes que achei que estavam a pisar o risco. Quanto a fazer uma empresa, não estou desempregado, mas percebo porque fazes esse comentário. :) Não aches que não percebo que é dificil, apenas acho que algumas atitudes são desnecessárias, e por mais que tente, não consigo percerber a cultura corporativa lisboeta de chegar às 11h, não produzir de manhã, e ficar na firma até às 21h para compensar. -- |
| | | | Parabéns Paulo. Focaste o problema dos pseudo-génios que só pensam em $$$$ muito bem. Sinceramente, não tenho nenhuma pena deles. Eu também luto todos os dias, trabalho como um cão por vezes 12 a 14 horas por dia mesmo fim-de-semana e sei como é difícil sobreviver ao fim do mês. Mas orgulho-me do que é meu, que saíu do meu esforço e graças a Deus não vendo pepitas de ouro a ninguém. |
| | | | Neste ponto concordo com voçês. Mas conheço firmas nas quais ainda não perceberam que o que vocês chamam de "pepitas de ouros" não acabaram. Pelo menos da parte dos clientes. Ou seja, não acabaram pelo menos para todos. -- |
| | | | Eu chamo às pepitas de ouro as empresas que gastam mais do que devem. Porquê pagar salários irreais quando andamos de rastos? Por outro lado é por causa dos web designers de "tanga" que outras empresas "sérias" andam de rastos! |
| | | | ok, é verdade, ainda muita gente aí demasiado bem paga para o que sabe fazer. Agora, nota entretanto, que quem paga ou pagava, era porque tinha condições para isso. Só para te dizer, que quando vim para lx, o meu salário mensal era pago pelo cliente em cerca de 2 ou 3 dias. -- |
| | | | Eu começo muitas entrevistas de emprego (agora e antes do "crash") com a pergunta; diga lá o que pode fazer por nós? O que tem para oferecer? Porque é que o devo contratar? Desculpa lá Paulo, mas acho que andaste a ler demasiado a "Você, SA" ou algo de semelhante. Porque este tipo de perguntas são exactamente aquelas que essas revistas dizem aos candidatos para se preparem, e só apanham desprevenidos os mais descuidados. Um candidado minimamente preparado já teve mais do que oportunidade para estudar em casa qual é a resposta padrão para dar e preparou a mesma com o toque de individualidade suficiente para que não pareça estar a dar a resposta padrão. Já sabe que tem que se mostrar "pro-áctivo", "dinâmico", "interessado na empresa" e tudo o mais que essas revistas dizem para se preparar. Se for minimamente inteligente até já andou a ver informações sobre a empresa a que se candidata e preparou de antemão as respostas correctas para o cargo a que se candidata. Quer isto dizer que é a pessoa certa para o lugar ou que é apenas um bom vendedor/actor?
-- What, Me Worry? |
| | | | Ehehe! :-). Nem mais... A minha pergunta/teste favorito para fazer a programadores é: "Escolha uma linguagem. Agora escreva o codigo para trocar o valor da variavel A pelo da variavel B sem usar variaveis intermedias" :-). Cumprimentos Mario Valente |
| | | | ...isso é uma proposta de trabalho? :D |
| | | | Definitivamente das coisas que mais me impressionou em muitas entrevistas de emprego foi a quantidade de perguntas técnicas que eram feitas.. ou melhor a sua quase inexistência.. mais parecia que estavam a fazer entrevistas para o departamento comercial ou de marketing.. enfim.. O que eu acho ainda mais curioso é que quem faz as entrevistas parece não pensar que os entrevistas também têm acesso aos mesmos sites e ás mesmas revistas com os tais respostas padrão.. *sigh* PS: Penso que o que querias dizer era "trocar o valor da variavél A com o da variável B".. nesse caso, não sei como é noutras linguagens, mas em perl é algo tão simples como: ($a,$b) = ($b,$a); Então, passei na entrevista? :-D
-- What, Me Worry? |
| | | | Em python é estilo perl: a,b=b,a Mas acho que o que o mvalente queria era manipulação de bits. Em c: a ^= b ^= a ^= b; Se for com váriaveis de tipo não inteiro, faz-se o cast para um tipo inteiro suficientemente grande para conter o orignal: float a,b; ... ; *((long *)&a) ^= *((long *)&b) ^= *((long *)&a) ^= *((long *)&b); Como curiosidade, isto funciona em todos os compiladores que experimentei até hoje, mas viola o ANSI-C (perguntar porquê numa entrevista de emprego ;-) -- carlos |
| | | | E se alguem falhar a responder 'a pergunta ? Diz que nao e' bom programador/analista, ou que simplesmente nao e' l33t ? "Arguing on the Internet is like running in the Special Olympics -- Even if you win you're still retarded."
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| | | | > E se alguem falhar a responder 'a pergunta ? > Diz que nao e' bom programador/analista, ou que simplesmente nao e' l33t ? Nada disso. Simplesmente não sabe identificar sequências (em expressões) em C. Não é muito grave. Os únicos casos graves são os de efeitos secundários óbvios, que nem sequer é preciso saber o que são sequências para os identificar (estilo "f(i, i++);" ou "a[i] = i++; " ). -- carlos |
| | | | A minha pergunta/teste favorito para fazer a programadores é: "Escolha uma linguagem. Agora escreva o codigo para trocar o valor da variavel A pelo da variavel B sem usar variaveis intermedias" :-). Quando entrevisto programadores nao estou minimamente interessado se eles conseguem resolver um determinado problema de semantica ou nao -- nao quero hackers, quero alguem que sabe pensar e resolver problemas, e que conhece como as plataformas funcionam. Ja' me apareceu um "Perl hacker" que resolveu um problema razoavelmente complicado com uma aplicacao de um so' "map" -- nao consegui perceber porque raio e' que ele nao resolveu o problema de uma forma legivel, e ele disse-me que o que interessa e' a "elegancia semantica" e nao a legibilidade... passado 15 minutos estava fora da porta. Prefiro perguntar coisas como: - Qual a diferenca entre "native threads" e "user threads",
- Quais os objectos que ele usaria para resolver um determinado problema,
- Qual a melhor linguagem para prototipar um sistema particular,
- Que pacotes sao usados para estabelecer uma ligacao TCP (classica),
- etc...
O exemplo da tua pergunta indicaria se ele conhece uma linguagem particularmente bem, mas nao se ele sabe pensar e resolver problemas "em cima do joelho". Regards, "Arguing on the Internet is like running in the Special Olympics -- Even if you win you're still retarded."
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| | | | Desculpa lá Paulo, mas acho que andaste a ler demasiado a "Você, SA" ou algo de semelhante.
Nunca li tal coisa... mas essas revistas dizem coisas interessantes aos candidatos pela tua descrição...
Anyway, estou MUITO satisfeito com todo o meu staff. São todos excelentes, foram todos bem escolhidos, nada a lamentar. Se calhar leram todos essas revistas e são todos muito bons actores. Mas o importante é eu estar satisfeito.
PLS |
| | | | Só para dar uma ideia, podes ver algumas das perguntas standard aqui ou aqui É de facto fantástico a quantidade de vezes que muitos entrevistadores repetem esta pergunta padrão como se os entrevistados não tivessem acesso ás mesmas fontes. Agora se tens bons funcionários (ou colaboradores como agora está na moda dizer), ainda bem.. Mas se calhar na entrevista fizeste perguntas técnicas especificas e não te limitas-te a este tipo de perguntas padrão. Mas acredita-me que noutras empresas mesmo para cargos técnicos as coisas pouco mais vão além deste tipo de perguntas.
-- What, Me Worry? |
| | | | E tambem e' evidente que quem escreveu os artigos que referes e' brasileiro ;-) "Arguing on the Internet is like running in the Special Olympics -- Even if you win you're still retarded."
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| | | | O artigo é interessante, o português é que podia ser mais adequado. |
| | | por Anonimo Cobarde em 30-01-03 17:45 GMT (#74) |
| Talvez por estar no 12º ano, mas mesmo assim ficar cá mais um ano para tirar disciplina (fisica) fico na dúvida de vale a pena, até porque a vida financeira dos meus pais não vai muito boa e sei perfeitamente que nao tiro uma licenciatura à 1ª... a questão é: existem empresas a apostar no conhecimento e nao no "Dr."? pagam minimamente bem? queria mesmo a vossa opinião, uma vez que tá complicado para mim arriscar 5/6/7 anos da minha vida e dinheiro dos meus pais uma vez que isto nao anda muito bom, e não tenho grande média pa bolsa. |
| | | | | Porque uma licenciatura ? Na minha opiniao, podes tirar um Bacharelato por menos dinheiro -- arranjas um emprego (nem que seja a ganhar menos), e depois comecas a fazer a formacao que te interessa (por exemplo, se queres seguir IT podes-te certificar em coisas como J2EE, redes, gestao de projectos, etc.) Poupas a cabeca, comecas a trabalhar/ganhar experiencia mais cedo e ganhas uma certa liberdade. O que interessa e' saberes pensar, olhares e perceberes o que se passa 'a tua volta e saberes como aplicar o que aprendes por forma a teres o melhor beneficio. E nao te preocupes com o factor "Dr." -- se nao conseguires em Portugal muda-te para (por exemplo) Espanha ou o Reino Unido onde pagam melhor e nao teem as mesmas filosofias. Foi o que eu fiz, e aos 28 anos estava com mais uns gajos a fundar a Zeus e a apertar a mao do Tony Blair. "Arguing on the Internet is like running in the Special Olympics -- Even if you win you're still retarded."
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| | | por Anonimo Cobarde em 30-01-03 19:06 GMT (#82) |
| vais desculpar a ignorancia, a minha escola também nao tem gabinete de apoio (tristeza) mas em que consiste o bacharelato? licenciatura é 4 anos + 1 de estágio, bacharelato é quantos? E a nível de univs na zona de LX quais as mais "acessiveis" e com melhor formaçaão para esse t ipo de "opçao". perdoem-me a ingorancia, mas só a perguntar aprendo algo. |
| | | | http://www.cup.cgd.pt O Chico-Esperto pensa sempre em cima do joelho, incapaz de levantar a cabeça para ver ao longe, pois tem a espinha partida e os olhos cravados no umbigo. |
| | | | Tiras um curso na Rumos e entras no mercado de trabalho como se fosses o melhor do mundo. Na empresa onde estive, todos os que estavam no departamento de informático tinham tirado o curso da Rumos. Resultado: o held desk era uma merda, e só para descobrirem o problema de uma máquina chegavam a demorar 2 a 3 dias. E...um dia perderam um servidor...UM SERVIDOR...como se perde um servidor numa sala? |
| | | | Tiras um curso na Rumos e entras no mercado de trabalho como se fosses o melhor do mundo. Na empresa onde estive, todos os que estavam no departamento de informático tinham tirado o curso da Rumos. Resultado: o held desk era uma merda, e só para descobrirem o problema de uma máquina chegavam a demorar 2 a 3 dias. WTF are you on about ? Alguem falou da Rumos ? "Arguing on the Internet is like running in the Special Olympics -- Even if you win you're still retarded."
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| | | | Não, apenas estou a dizer-te que em Portugal um curso da Rumos é infelizmente sinónimo de emprego com tacho. |
| | | por Anonimo Cobarde em 30-01-03 23:19 GMT (#88) |
| Acho que te ficava bem referir a sorte que tiveste em teres tido a oportunidade de criar a empresa durante o grande boom da Internet. Hoje em dia não seria tão fácil... |
| | | por Anonimo Cobarde em 01-02-03 0:35 GMT (#94) |
| hem? E a arsdigita? Não é (era) conhecimento? |
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