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| | vaf: Não serão estas frases sintomáticas de um estado algo endémico da sociedade ocidental? Não estarão a ignorância, a má regulação e o oportunismo a chegar a níveis de saturação? Irá o copo de água transbordar em 2003?] Nao sera' este teu comentario algo endemico de uma posicao anti-capitalista que esta' a usar o exemplo de uma industria para sintomatizar o resto da sociedade ? "Arguing on the Internet is like running in the Special Olympics -- Even if you win you're still retarded."
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| | Pois, no minimo consigo contar duas, ou até três. ;-P É óbvio que quaisquer efeitos no campo desta(s) insdústrias irão ter efeitos mais vastos na restrinção da liberdade a que o consumidor tem direito. Quanto ao capitalismo, não deixa de existir se se suprimirem os abusos. -- |
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| | Pois, no minimo consigo contar duas, ou até três. ;-P Hamm... quais ? É óbvio que quaisquer efeitos no campo desta(s) insdústrias irão ter efeitos mais vastos na restrinção da liberdade a que o consumidor tem direito. O teu direito ultimo como consumidor e' nao comprar. Quando nao gosto, nao como. Quanto aos comentarios do CEO da Turner, quem levar algo como aquilo a serio tem honestamente que rever as prioridades. "Arguing on the Internet is like running in the Special Olympics -- Even if you win you're still retarded."
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| | Quem não leva a sério comentários do CEO de uma Turner (por mais tresloucados que possam ser), nem que seja como sintomáticos de algo mais profundo, talvez tenha que rever a sua posição na pirâmide alimentar das empresas... |
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| | A Turner nao passa da Turner (que nem aparece no Top 25). Ao longo dos anos, ja' se houviram os comentarios mais tresloucados de muitos CEO's -- nenhum deles mudou a historia, ou a vontade dos consumidores. Nao me parece que va' acontecer agora. A comecar por esta: “I think there is a world market for maybe five computers.” Thomas Watson, Chairman of IBM, 1943 "Arguing on the Internet is like running in the Special Olympics -- Even if you win you're still retarded."
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| | É assim: os comentários podem ser irrealistas e ter pouca importância a uma escala de tempo razoável. Mas demonstram vontades. Com sorte os desejos mais sórdidos da Turner e afins acabarão algum dia no balde do lixo do funcionamento do mercado ou espezinhados por jogadores maiores (se por exemplo a indústria de telecomunicações "decidir" jogar neste campo contra a indústria do entretenimento). Mas entretanto estão a condicionar legislação. À escala geológica tudo se resolve de uma forma ou outra, mas será que isso nos deve aliviar? |
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| | Mas entretanto estão a condicionar legislação. Pegando no exemplo da Turner, nao estou a ver como e' que vais condicionar legislacao por forma a obrigar tele-espectadores a olhar para a televisao quando estao a passar anuncios. Todas as tentativas de controlar um grupo de consumidores na historia do mundo ocidental falharam -- nunca nenhuma empresa ou individuo conseguiu obrigar um consumidor a fazer algo que ele nao quer. À escala geológica tudo se resolve de uma forma ou outra, mas será que isso nos deve aliviar? Acho que a questao e' outra: tu vez um problema, eu nao. Sao posicoes diferentes. "Arguing on the Internet is like running in the Special Olympics -- Even if you win you're still retarded."
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| | Mas o que o CEO da Turner disse é algo novo ? Até parece que ninguem lê jornais, revistas, magazines... O contrato quando se "compra" algo do tipo "média", é basicamente igual. Ou alguém no seu perfeito juizo iria pensar que as agencias de publicidade vão investir em algo que à partida sabiam que não iriam ter (publico)?
vd |
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| | Quando nao gosto, nao como. Sortudo, quando não gostava comia mais devagar mas comia senão meu pai fazia-me comer um grande estalo. Falando agora a sério, acho que nos states onde tudo é possível, eles esperam ser levados a sério, pois o cérebro do cidadão norte-americano médio està em modo de cruzeiro andando ao sabor do que alguns querem. Por isso, è que gosto de ser um americano de terceira categoria. Eu gostava de ter uma assinatura gira. |
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| | Na minha ignorância, suspeito que este exemplo de uma indústria é pelo menos sintomático de uma estratégia de mudança de modelos de negócio (que me lembro de ver explicitamente declarada em algumas entrevistas, infelizmente não me lembro a quem): passar da "venda simples" de um produto (em que, à parte assistência e acessórios/complementos, o negócio se consumava de uma só vez ficando o objecto a ser propriedade efectiva do cliente) para o fornecimento continuado de algo funcionalmente equivalente ao mesmo produto (licenciamento, aluguer, ...), uma situação em que o dinheiro pinga regularmente do cliente para o fornecedor e o controle é maior por os bens "pertencerem" menos ao cliente. Isto só por si não tem automaticamente de ser bom ou mau para a sociedade; modelos de negócio vão aparecendo e morrendo conforme se revelam mais ou menos convenientes. Só que em exemplos como estes do copyright a "indústria" está a servir-se do poder político para artificialmente, através de constragimentos legais ao comportamento dos consumidores: - proteger modelos antigos de negócio (a parte mais usada em propaganda com a linguagem da "protecção da propriedade intelectual", alegadamente ameaçada pelos suportes digitais);
- mais importante, assegurar que os novos constrangimentos que os suportes digitais permitem impôr aos consumidores, quaisquer que sejam esses constrangimentos, estejam previamente servidos pela lei como se esta fosse uma guarda pretoriana da "indústria": legislação como a DMCA e a EUCD, mesmo que inclua alguma retórica sobre equilíbrio de direitos entre distribuidores e utilizadores de "conteúdos", acaba por destruir esse equilíbrio por dar na prática uma carta branca aos produtores, já que qualquer restrição tecnologicamente implementada tem à nascença força legal.
Isto não é discurso "anti-capitalista" ou "anti-empresas". Quando muito é uma ilustração de como algum mundo empresarial declara publicamente que quer "menos estado" e "mais mercado" enquanto faz privadamente "lobby" para mais estado em tudo o que for conveniente para poder fazer batota contornando o que deveria ser o normal funcionamento do mercado com as costas aquecidas por via legislativa. Invocar que o mercado "resolve a coisa" (como "se não queres isso, compra diferente") torna-se menos relevante quando a paisagem é definida por cartéis e o jogo passa para Washington ou Bruxelas. Azar se fores "só" consumidor ou uma pequena empresa concorrente que não entre no jogo. Se isto é sintomático do que acontece com outras indústrias, longe de mim saber com absoluta certeza se sim; talvez seja uma daquelas a que somos mais sensíveis por estar perto do nosso ramo de actividade e percebermos as questões tecnológicas envolvidas. Mas suspeito que não é uma "anomalia" isolada... |
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| | Não, não!... O meu comentário é deliberadamente provocador. Estou a perguntar se essa indústria é sintomática de algo mais vasto ou se, pelo contrário, acham que é um fenómeno isolado. Eu quero é discussão! ;-) |
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| | O meu comentário é deliberadamente provocador. Estou a perguntar se essa indústria é sintomática de algo mais vasto ou se, pelo contrário, acham que é um fenómeno isolado. Bom, nesse caso -- a minha opiniao e' que e' um caso isolado de uma industria que basicamente esta' a mudar de um formato tradicionalmente analogico para uma serie de formatos digitais. Estamos a mudar 80 anos de historia (cinema e musica) para um modelo de consumo totalmente diferente (e mais livre), e como tal a industria quer proteger o modelo que tem funcionado. Mas na minha opiniao nao vai conseguir, e mais cedo ou mais tarde o modelo de negocios usado ate' hoje vai ter que mudar... simplesmente porque o consumidor quer. Alias uma discussao paralela interessante e' a mudanca que esta' a ocorrer no formato de distribuicao de filmes, e as mudancas na industria que isto implica. Sugiro a leitura deste artigo. "Arguing on the Internet is like running in the Special Olympics -- Even if you win you're still retarded."
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| | Extremistas do copyright? Nah, isso não existe, deixem mas é de ser piratas e paguem o que devem. Vejam, qualquer pedaço da realidade tem de pertencer a alguém, caso contrário (pela lei da termodinâmica conhecida por "tragédia dos comuns") a Realidade (TM) e o Universo (R) tal como os conhecemos deixam de existir. E assim é tudo Mais Divertido porque nos podemos entreter a descobrir a quem pertence cada pedaço da realidade. Por exemplo, a quem pertence aquela foto nocturna que tiraram da torre Eiffel? Esta é fácil, porque é uma FAQ: Q: Is the publishing of a photo of the Eiffel Tower permitted? A: There are no restrictions on publishing a picture of the Tower by day. Photos taken at night when the lights are aglow are subjected to copyright laws, and fees for the right to publish must be paid to the SNTE. [discutido na photo.net] |
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| | Erm, já agora... quanto é custa comprar os direitos para as fotografias diurnas? É que monta-se já uma empresa à volta disso! :P |
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