Esta discussão foi arquivada. Não se pode acrescentar nenhum comentário. | | | É sem dúvida uma boa notícia, sobretudo quando a Língua Portuguesa anda tão enxovalhada por esta internet toda (e não só). Basta andar por alguns foruns e, sobretudo, pelo IRC para se ver frases incompreensíveis e uma língua estranhíssima, um género de crioulo português com expressões inglesas metidas a martelo ("eu like fazer isso", "vi isso num movie", e coisas parecidas). Curiosamente (ou não) é dessas bocas que costumam sair as maiores tiradas nacional-patrioteiras, parecendo que se esquecem de que a defesa da Pátria que tanto prezam começa precisamente pelo único factor distintivo que detemos em relação, por exemplo, a alguns* dos nossos vizinhos espanhóis: a Língua. * Basta ouvir os pescadores galegos a falar para perceber aquilo que os linguistas já perceberam há muitas décadas, que falamos a mesma língua, com pequenas variantes. Curiosamente os nossos jornalistas televisivos continuam a meter legendas quando os pescadores galegos dizem "E agora temos as nosas praias suxas", e a entrevistá-los num delirante e ofensivo portunhol. --- Omnia aliena sunt: tempus tantum nostrum est. (Séneca) |
| | | | | Viva André. Fico feliz por saber que o site vai regressar. Quanto à lingua, já sabes o que penso, já discutimos isso, tanto no GILDOT como por e-mail. Entretanto deixo aqui algumas das coisas que andam por ai a circular numa Mailing List... :) Vejam só os erros... == (...)«E que a melhoracem.»(...) (...)«Colocando cada vez mais "textos mais complexos".»(...) (...)«alguém estiver disposto, fize-se um texto sobre os comandos básicos do linux»(...) (...)«também gostava que decem a vossa opião»(...) (...)« já tenho uma "demoversion" dele»(...) (...)«Existe alguma possibelidade de colocar»(...)
O resto está aqui
Cumprimentos, Jorge Laranjo 01100110 01110101 01100101 01100111 00110000 http://fueg0.tk |
| | | | Basta andar por alguns foruns e, sobretudo, pelo IRC para se ver frases incompreensíveis e uma língua estranhíssima, um género de crioulo português com expressões inglesas metidas a martelo ("eu like fazer isso", "vi isso num movie", e coisas parecidas). Forums online ou o IRC nao me parecem ser os melhores exemplos de sitios onde o uso de portugues "correcto" seja de facto importante. Basta veres o utilizador tipico de IRC para perceberes o que quero dizer. Curiosamente os nossos jornalistas televisivos continuam a meter legendas quando os pescadores galegos dizem "E agora temos as nosas praias suxas", e a entrevistá-los num delirante e ofensivo portunhol. Bom, oficialmente o galego nao e' portugues -- logo parece-me ser algo logico ter qualquer forma de traducao. Algumas coisas parecem ser evidentes, mas outras nem por isso -- como a famosa "unha" (uma) ou "trasladouse" (mudou, foi para) -- especialmente quando estas a falar com um galego emocional. "Monogamy is for guys that can't get pussy." --Steve-O.
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| | | | «Forums online ou o IRC nao me parecem ser os melhores exemplos de sitios onde o uso de portugues "correcto" seja de facto importante. Basta veres o utilizador tipico de IRC para perceberes o que quero dizer.» No mínimo, rídiculo. Repara nisto: «Forums online ou o IRC nao me parecem ser os melhores exemplos de sitios onde o uso de portugues "correcto" seja de facto importante.» e agora nisto: «Basta veres o utilizador tipico de IRC para perceberes o que quero dizer.» Não tem lógica leitão... Não é por toda a gente fazer isso que deixa de ser importante!
Agora nisto: « Bom, oficialmente o galego nao e' portugues -- logo parece-me ser algo logico ter qualquer forma de traducao. Algumas coisas parecem ser evidentes, mas outras nem por isso -- como a famosa "unha" (uma) ou "trasladouse" (mudou, foi para) -- especialmente quando estas a falar com um galego emocional.» trasladouse é pareciso com trasladar. Ora, trasladar quer dizer, em português oficial: transferir; mudar; traduzir; copiar; transcrever; v. refl., mudar-se; transferir a residência. mas... depois do que disseste aqui quando foi anunciado que a Extinção do ciberdúvidas aqui no Gildot...
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| | | | pareciso é óbvio que isto é um typo. O que eu queria escrever era parecido.
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| | | | «Basta veres o utilizador tipico de IRC para perceberes o que quero dizer.» Não tem lógica leitão... Não é por toda a gente fazer isso que deixa de ser importante! Importante ? O facto de que uns miudos no IRC escrevem "o senhor dos aneis rula!" ? Importante e' estabelecer um sistema educativo que funciona, e acrescenta valor ao pais. Ridiculo e' nao perceber que esta discussao e' marginal e irrelevante. trasladouse é pareciso com trasladar "Trasladar" e' uma palavra usada tao raramente, que fazendo uma pesquisa no google tens: A nao ser claro que esperes que as pessoas tenham um dicionario ao lado da televisao para perceber os galegos. Mas ja' agora, ja' foste alguma vez 'a Galiza ? E' que percebe-los e' de facto simples -- mas nao e' 'a primeira como alguns parecem sugerir, e muito mais dificil e' eles nos perceberem a nos. Mas se achas este assunto assim tao relevante, sugiro que escrevas ao teu euro-deputado para ele passar uma mocao no parlamento europeu. "Monogamy is for guys that can't get pussy." --Steve-O.
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| | | | Olha leitão, eu vivo mais perto da Galiza do que de Lisboa!
«E' que percebe-los e' de facto simples -- mas nao e' 'a primeira como alguns parecem sugerir, e muito mais dificil e' eles nos perceberem a nos.» E mais.. acho que tu é que nunca lá deves ter ido, porque eles percebem-me bem e eu percebo-os.
«Ridiculo e' nao perceber que esta discussao e' marginal e irrelevante.» Mas tu estás nela...
« Mas se achas este assunto assim tao relevante, sugiro que escrevas ao teu euro-deputado para ele passar uma mocao no parlamento europeu.» Leitão... sempre com as flames.. Nem em tempo de Natal e Ano Novo... Quantas vezes foste tu à Galiza? Eu não vejo diferença entre o meu concelho e a Galiza. Vigo é o nosso El Corte Inglés!... para veres a distância a que fica.. :) « nota: "Trasladar" e' uma palavra usada tao raramente, que fazendo uma pesquisa no google tens: * trasladar (121) * transferir (10700) »
E se não estivesse no google?? Não se usava? Leitão... Não vale a pena discutir quando as pessoas não sabem olhar para o que dizem e pensar que não pode ser assim. Se eu fôr ao Google.com e perguntar: "Portugal" e ele disser: Portugal(0) então Portugal não existe? Bah..
Cumprimentos, Jorge Laranjo 01100110 01110101 01100101 01100111 00110000 http://fueg0.tk |
| | | | Leitão... sempre com as flames.. Nem em tempo de Natal e Ano Novo... Nao estou a ver porque e' que isto e' uma flame, mas... Quantas vezes foste tu à Galiza? Bom, o meu avo materno e' Galego (de Portonovo, perto de Sanxenxo) desde que nasceu em 1925 -- vou la' todos os anos (talvez nao este ano por causa do Prestige) de ferias ja' 'a uns 7 anos. Nao sei se isto te satisfaz... E se não estivesse no google?? Não se usava? Leitão... Não vale a pena discutir quando as pessoas não sabem olhar para o que dizem e pensar que não pode ser assim. Se eu fôr ao Google.com e perguntar: "Portugal" e ele disser: Portugal(0) então Portugal não existe? Bah.. Tenho a impressao que estas a fugir do argumento inicial: o que eu disse foi que e' justificavel traduzir galego para portugues porque nao e' a mesma lingua. Se tu percebes galego, isso nao quer dizer que os restantes 9,999,999 portugueses o vao -- particularmente em palavras que sao unicas, ou diferentes no galego. Qual e' a dificuldade de perceber isto ? E' que no thread inicial do Andre Simoes ele ate' estava a tentar passar (com justica ate') que a lingua portuguesa devia ser um simbolo de orgulho nacional -- mas em contradicao, diz (e tu tambem) que nao e' preciso traduzir uma lingua estrangeira (o galego) so' porque "e' parecido". Nesse caso talvez nao se devesse traduzir o castelhano -- nao e' assim tao diferente do portugues, e ate' ha' umas novelas mexicanas que passam na televisao para o pessoal praticar. Nao ha' paciencia... "Monogamy is for guys that can't get pussy." --Steve-O.
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| | | | Es autista ou "Bah." e' o resultado de um fantastico algoritmo de compressao de texto ? "Monogamy is for guys that can't get pussy." --Steve-O.
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| | | por Anonimo Cobarde em 31-12-02 11:00 GMT (#32) |
| É a resposta em forma de algoritmo de compressão para o teu texto. Depois de comprimido, não se consegue arranjar nada melhor. |
| | | | depois do que disseste aqui acho que perdeste uma boa opurtunidade para estar calado leitao Retiro o que disse... com gajos como tu por ai o ciberduvidas tem um mercado a explorar e vai fazer milhoes. "Monogamy is for guys that can't get pussy." --Steve-O.
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| | | | no reino unido não existem acentos?? Ja' viste alguma vez um teclado .gb com acentos ? "Monogamy is for guys that can't get pussy." --Steve-O.
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| | | | Se te deres ao trabalho de usares caracteres UNICODE para o fazer... Tens os teus acentos. Mapear um teclado GB ou US, não dá jeito nenhum. Pode custar ao princípio, mas quando fazes o teu trabalho numa língua em que os acentos foram dispensados, não compensa o esforço de adaptação. Mas se quiseres, oferece-lhe um teclado PT, que o Leitão decerto ficar-te-á agradecido. O Chico-Esperto pensa sempre em cima do joelho, incapaz de levantar a cabeça para ver ao longe, pois tem a espinha partida e os olhos cravados no umbigo. |
| | | | Ja' viste alguma vez um teclado .gb que nao produza acentos? Não confundas um apostrofo com um acento grave. Ou será agudo? :P Acerca do sistema imperial, para tua infelicidade, ainda não está morto nem mal enterrado. Está a milhas de distância de tal acontecer... O Chico-Esperto pensa sempre em cima do joelho, incapaz de levantar a cabeça para ver ao longe, pois tem a espinha partida e os olhos cravados no umbigo. |
| | | | Eu tenho um teclado Britânico, e também saco esses caracteres com o ALT+0231, ALT+0225, ALT+0227 e ALT+0234, por exemplo. Acredito no entanto, que o Leitão se esteja a cagar para essas mariquices... :P O Chico-Esperto pensa sempre em cima do joelho, incapaz de levantar a cabeça para ver ao longe, pois tem a espinha partida e os olhos cravados no umbigo. |
| | | | Forums, leia-se Fóruns. Mas como o Leitão vive e trabalha no Reino Unido compreende-se a dificuldade em escrever Português correctamente sem falhar ao fim de tanto tempo... BTW, I´m also an expat and this is not a flame. Trasladar é o termo utilizado pela casas mortuárias para mover os defuntos de um cemitério para outro. Trasladações nacionais e internacionais... Relativamente ao Povo Galego, Eu considero que a Língua que eles falam é tão ou mais Português que aquele que é falado nos África ou no Brasiu, cê tá entendendo meu irmão. Relativamente à Defesa do Português, quando o mesmo na escola não é bem ensinado, quando não há nota mínima nem para o Português nem para a Matemática, não vamos longe. IRC e SMS usam um código que tem por base o Português, mesclado com o Inglês. E além disso, no IRC e no SMS e nos fóruns, o que se pretende é rapidez, se bem que nestes últimos eu discorde. Mas ao contrário do que fazem os Franceses que traduzem tudo e mais alguma coisa para informática, o que me faz sempre dar umas boas gargalhadas, nós perdemos essa capacidade, pois até ao Século XIX, ainda traduzíamos as palavras importadas. Hoje em dia a juventude torna-se independente (abandonada diria com mais propriedade) muito mais cedo, e não têm quem os oriente nem quem os eduque convenientemente... O Chico-Esperto pensa sempre em cima do joelho, incapaz de levantar a cabeça para ver ao longe, pois tem a espinha partida e os olhos cravados no umbigo. |
| | | | Mas ao contrário do que fazem os Franceses que traduzem tudo e mais alguma coisa para informática, o que me faz sempre dar umas boas gargalhadas, nós perdemos essa capacidade, pois até ao Século XIX, ainda traduzíamos as palavras importadas.
Estas-te a esquecer dos vizinhos espanhois com "Las Piedras Rolantes" (Rolling Stones) e "Las Chicas Piri-Piri" (Spice Girls), etc, etc, etc :) Isso sim, da'-me vontade de rir. Nao sou apologista de uma 'transferencia' total de linguagem do tipo 'nao ha' palavra portuguesa para feedback, use-se 'feedback' (ok puristas, realimentacao :p ), mas considero que ha' termos que nao e' logico (nem pratico) traduzir. Bolas, ainda me da' mais jeito dizer 'backup' do que 'copia de seguranca' :)
-- "One World, one web, one program" - Microsoft Promo ad. "Ein Volk, Ein Reich, Ein Fuhrer" - Adolf Hitler |
| | | | Espanhóis - cambada de pategos e saloios mesquinhos que ainda pensam que são donos de meio-mundo. Honra seja feita aos seus recentes governos, que mostram claramente a Portugal como se deve comportar um País na CE.
O Chico-Esperto pensa sempre em cima do joelho, incapaz de levantar a cabeça para ver ao longe, pois tem a espinha partida e os olhos cravados no umbigo. |
| | | | Oficialmente (politicamente) o Galego não é, de facto, Português. Mas os mapas linguísticos do Português vão de Faro a A Coruña, considerando apenas que há duas grandes variantes base do Português, o Galego e o Português Continental. Veja-se as gramáticas de Lindley & Cintra, por exemplo. É a "doutrina" oficial das academias portuguesas, e da maioria dos académicos galegos. O debate é aceso na Galiza (cá é pacífico, falamos a mesma língua e acabou), havendo um grupo que defende que o Galego é uma língua independente, e outro (os "reintegracionistas" ou "lusistas") que defendem uma reaproximação ao Português, e que consideram que falamos todos a mesma língua. As diferenças notam-se até na maneira de falar: os "oficialistas" chamam à sua terra "Galicia" e dizem "Nación"; os "lusistas" chamam "Galiza" à sua terra, e dizem e escrevem "Naçom". Mas realmente, em termos políticos são consideradas duas línguas diferentes. Ainda. --- Omnia aliena sunt: tempus tantum nostrum est. (Séneca) |
| | | | Oficialmente (politicamente) o Galego não é, de facto, Português. Mas os mapas linguísticos do Português vão de Faro a A Coruña, considerando apenas que há duas grandes variantes base do Português, o Galego e o Português Continental. Segundo o Instituto da Lingua Galega, o Galego tem como base o portugues (e e' uma lingua ibero-romana) -- o que e' diferente de ser portugues. Mas realmente, em termos políticos são consideradas duas línguas diferentes. Ainda. Esse ainda, como as coisas importantes da vida, fazem toda a diferenca. Mas o que e' interessante, e' olhar para mapa linguistico da palavra "irmao", e verificar como e' pronunciado de uma forma completamente diferente consoante a regiao da Galicia. O que mais uma vez mostra que nao e' exactamente preto e branco que o galego e' portugues. Tal e qual como o Ingles teve origem nas linguagens germanicas mas nao e' alemao, o galego teve origem no portugues, mas nao e' portugues -- nao vejo qual e' a grande duvida em relacao a isto... mas tambem nao sou linguista. "Monogamy is for guys that can't get pussy." --Steve-O.
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| | | por Anonimo Cobarde em 31-12-02 2:39 GMT (#18) |
| | | | | Não é assim, é assim: "Galiza nom é Espanha", como se vê nas paredes de Santiago. Assim mesmo, sem "ñ", com "nh". --- Omnia aliena sunt: tempus tantum nostrum est. (Séneca) |
| | | | Eu também não disse que era preto-no-branco. Pelo contrário, as disputas a esse nível na Galiza são imensas, ultrapassando mesmo as questões linguísticas e entrando na política. Para teres uma ideia, a nível oficial realmente é negada qualquer ligação ao português, caindo-se no ridículo de inventar palavras novas mais próximas do castelhano, e considerar outras, perfeitamente "portuguesas", como "lusismos". Também é verdade que os "lusistas" não são muito bem vistos nos meios académicos. Na USC, de onde provém o link que enviaste, são mesmo olhados com desconfiança, como tive oportunidade de ver quando lá estive pela primeira vez, domindando a corrente "oficialista". No doutoramento de uma amiga minha, um dos arguentes, galego lusista, falou num galego quase português, e uns quantos resmungaram logo "eses lusistas...". Contudo, os investigadores mais dinâmicos até são da corrente "lusista", e insistem em dizer "Galiza" e não "Galicia". Basta lembrar o Soutto, que há uns tempos foi primeira página do Público ao ter descoberto o mais antigo documento em galego-português. Não se pode, no entanto, comparar inglês e alemão com português e galego, embora perceba onde queres chegar. Quanto à palavra "irmão", a sua pronúncia "-ão" é recente em termos linguísticos. Tal como na Galiza se diz "Eu som" (eu sou), tal como se dizia cá no século XVI, por exemplo. Muitas das diferenças entre galego e português derivam exactamente do facto de o português ter evoluído muito mais, ao passo que o galego se manteve restrito sobretudo a meios rurais. --- Omnia aliena sunt: tempus tantum nostrum est. (Séneca) |
| | | | Já agora dá uma olhadela a esta página "reintegracionista". Uma leitura "na diagonal" não permite sequer desconfiar que não é portuguesa. http://www.ar tabria.net/carpactividades/carpiniciativ/iniciativas.htm Talvez a única coisa que faça desconfiar, numa leitura desatenta, além do "umha" que até podia passar por gralha, seja os "om" em vez de "ão". E pouco mais. Uma página brasileira, apesar de ter lá os "ão", teria uma construção frásica muito menos parecida com a nossa. É que as diferenças, na escrita, só se notam mais na ortografia oficial por causa na norma "castelhanizante". Basta usar-se uma norma "lusista" para as coisas ficarem mais transparentes. No que respeita à pronúncia, é naturalmente diferente, sendo nas cidades mesmo muito diferente. Mas mesmo a pronúncia castelhanizada das cidades é mais próxima da nossa e percebe-se melhor do que o impenetrável micaelense, e o português do Brasil, não fosse estarmos tão habituados a ouvi-lo na TV, também nos pareceria muito estranho. Note-se ainda nesta página a tal questão política, mais do que linguística, a que já aludi: não se fala de Português nem de Galego, mas sim de Galego-Português, quando se refere a dados exclusivamente linguísticos; mas quando se trata de política, já se fala de "língua portuguesa", tal como se falaria de "língua galega", se fosse pertinente na página em questão: A presente listage é umha selecçom daquelas obras literárias escritas em língua galego-portuguesa em três diferentes contextos culturais: o espaço cultural lusófono, o brasileiro e a dos países africanos de língua oficial portuguesa (principalmente Angola e Moçambique). Para os mais preguiçosos, eu deixo aqui um bocadinho. E descubram lá as diferenças significativas em relação ao Português. A seguir apresentamos-vos o texto da campanha que estamos levando a cabo com o intuito de criar, progressivamente, umha secçom de cultura portuguesa nas diferentes Bibliotecas Municipais das comarcas da nossa zona. Por enquanto a campanha apenas contempla a criaçom de secçons de literatura, mais apelamos na mesma e senom insistiremos neste caminho, para que esta se amplie com a aquisiçom doutro material como podem ser Dicionários, Música, Revistas e Jornais, Audiovisuais,... Esta moçom é apresentada polo registo dos diferentes Concelhos e vai dirigida à pessoa que leva a edilidade de Cultura em cada município. Se bem nos faltam bastantes Concelhos aonde tramitarmos tal iniciativa, já temos resposta, e positiva, do Concelho de Ferrol, onde foi aprovada por maioria na Comissom de Cultura. Aguardamos que antes do fim do primeiro quadrimestre do presente ano 2002 tenhamos idêntica resposta do resto dos Concelhos da nossa zona. --- Omnia aliena sunt: tempus tantum nostrum est. (Séneca) |
| | | | [Desculpem, faltava este pedaço ao anterior] Segue também uma significativa definição da referida fundação "reintegracionista" galega. Ah, e não parece, mas está _mesmo_ escrito em galego. Não está é disfarçado pela ortografia oficial, castelhanizante. A língua para Artábria é um princípio, um objectivo e um fim, a língua é o eixo principal sobre o que se articula, a sua defesa forma parte dos nossos fins como entidade, o monolingüismo e reintegracionismo som princípios sociolingüísticos nos que nos baseamos. Para nós, a normativizaçom e a escrita correcta do nosso idioma (galego-português da Galiza) forma parte da normalizaçom do galego como língua própria da nossa Terra. Em Artábria organizamo-nos partindo do princípio sociolingüístico de compactaçom da massa social favorável ao idioma. Situar a língua no centro de toda actividade (implícita ou explicitamente) para conseguir a sua normalidade social, é um dos principais objectivos da Fundaçom Artábria. A promoçom e defesa da língua galega, com o olhar posto na sua plena normalizaçom, começando polas relaçons dentro da própria Fundaçom e em todas as actividades por ela desenvolvidas, é um dos nossos principais fins. Desde Artábria apostamos polo fomento das relaçons com o espaço lingüístico-cultural de fala portuguesa a nível internacional, nomeadamente com o vizinho Portugal, apostando pola prática reintegracionista em coerência com a história e as necessidades presentes e futuras da nossa língua. http://www.artabria.net/carplingua/lingua.htm É pena é que não haja um maior intercâmbio cultural Portugal-Galiza, nem sequer haja por parte dos sucessivos governos e de instituições como o Instituto Camões uma aposta a nível da expansão da cultura portuguesa na Galiza, quando há tantas associações e fundações como esta, que se reconhecem numa língua e cultura comuns galego-portuguesas, e que se dão ao trabalho de criar editoras e colecções especiais (lembro-me da "Vento do Sul") dedicadas exclusivamente à divulgação da literatura portuguesa, e que, como se vê naquele depoimento, tem um apego a Portugal e à cultura Portuguesa que nem no Brasil, nem nas ex-colónias, se vê. [Desculpem, faltava este pedaço ao anterior] --- Omnia aliena sunt: tempus tantum nostrum est. (Séneca) |
| | | | Por um lado, sorrio ao ver as tremas no Galaico-Português como se usam no Português de Norma Brasileira. Por outro, parece que estou a ler um texto do século XVI, num Português parado no tempo...
O Chico-Esperto pensa sempre em cima do joelho, incapaz de levantar a cabeça para ver ao longe, pois tem a espinha partida e os olhos cravados no umbigo. |
| | | | P.S.: naturalmente que estou a falar do Galego genuíno, o falado pelos pescadores e pessoas do campo. O das cidades é um criolo castelhanizado que às vezes nem os espanhóis entendem. Mas basta começar a falar com um camponês ou pescador, de preferência mais velho, para só a muito custo se perceber que afinal a pessoa ali do lado não é um minhoto. --- Omnia aliena sunt: tempus tantum nostrum est. (Séneca) |
| | | | P.S.: naturalmente que estou a falar do Galego genuíno, o falado pelos pescadores e pessoas do campo. O das cidades é um criolo castelhanizado que às vezes nem os espanhóis entendem. Mas basta começar a falar com um camponês ou pescador, de preferência mais velho, para só a muito custo se perceber que afinal a pessoa ali do lado não é um minhoto. Daqui a pouco estas a dizer que o galego verdadeiro e' apenas o que se fala num raio de 100 metros da fronteira com portugal... "Monogamy is for guys that can't get pussy." --Steve-O.
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| | | | Não, o bom galego é o que se fala em 80% do território da Galiza (no campo, portanto). Aquele que se fala perto da fronteira portuguesa curiosamente até é visto como mau pelos "lusistas" (reintegracionistas). "Falas como os de Vigo, carallo", dizem eles tanta vez, quando ouvem alguém falar aquele galego espanholado das cidades. Curiosamente, os de Vigo até são conhecidos no resto de Espanha como "Los Portugueses". Vá-se lá saber se afinal falam bem ou não... Eu cá nunca ouvi nenhum de Vigo a falar, mas os meus amigos de Santiago, reintegracionstas ferrenhos, garantem-me que falam um galego péssimo. --- Omnia aliena sunt: tempus tantum nostrum est. (Séneca) |
| | | | Não, o bom galego é o que se fala em 80% do território da Galiza (no campo, portanto). Pelo que disseste até agora eu concluo que o galego é uma língua a cminhar para a extinção. A maior parte da população da Galiza, principalmente a mais jovem, não está nesses 80% do território, ou está?
---- joao nonio.com - ciência, tecnologia e cultura |
| | | | Pois essa é uma questão delicada que me esqueci de referir. De acordo com o que senti quer em Santiago quer n'A Corunha é realmente isso que está a acontecer. São já muito poucos os jovens que falam galego, e passa-se pela situação caricata de se lhes falar em galego (como os meus amigos, todos "reintegracionistas" e nacionalistas ferozes) e eles responderem em castelhano, sobretudo n'A Corunha. Num dos poucos baluartes urbanos do galego, Santiago, a mesma situação, ainda que não de forma tão vincada. Como dizia com tristeza um amigo meu, professor de Português e militante do Bloque Nacionalista Galego, no dia em que a ortografia reintegracionista for legal (como esteve para ser não há muito tempo), e no mais distante e improvável dia em que os políticos decidirem que afinal galego e português são mesmo variantes de uma mesma língua, já de pouco valerá, porque já ninguém o falará excepto alguns velhos nas aldeias e meia dúzia de académicos em Santiago. --- Omnia aliena sunt: tempus tantum nostrum est. (Séneca) |
| | | | E nessa altura será uma língua morta como o Latim. Ou o Quenya, falado apenas pelas famílias mais ilustres de Gondor e Arnor, e pelos Noldor que ainda viviam em Imladris, antes do fim da Terceira Era. A menos que algum milagro aconteça, e haja uma bolsa de resistência como aconteceu com o Mirandês, segunda Língua Oficial de Portugal. Do outro lado da Fronteira, Miranda-do-Douro é vista como a Meca do Mirândes. O Chico-Esperto pensa sempre em cima do joelho, incapaz de levantar a cabeça para ver ao longe, pois tem a espinha partida e os olhos cravados no umbigo. |
| | | | Eu ainda gostava de saber o que e' que tu ganhas em ser assim tao obnoxio! E eu gostava de saber o que tu ganhas em ser assim tao estupido... Diz-me la', custa-te assim tanto parares de ser arrogante e admitires que alguem, por algum acaso louco do destino, possa saber _mais_ do que tu sobre alguma coisa? E' que ja' chateia ver-te continuar a espancar o cavalo ja' morto, ainda para mais com argumentos pueris e dignos de uma criança de 4 anos, como este que acabaste de apresentar. Eu e' que nao tenho culpa que sejas incapaz de ir a um dicionario, e concluir que embora o galego seja semelhante ao portugues, nao e' mesmo portugues que tu falas - o portugues moderno. E' algo diferente e mais antigo. Se tu nao consegues ver isto lendo os muitos links que estao nesta discussao, entao nao sei o que te possa fazer. Por isso, ou contribuis com algo interessante para a discussao ou por favor abstem-te de vomitar lixo inconsequente. O mesmo lixo inconsequente que acabas de vomitar ? Vai-te tratar pa' -- honestamente. "Monogamy is for guys that can't get pussy." --Steve-O.
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| | | | Só uma observação: o link que indicas, escrito na parte inicial em bom galego reintegracionista, afirma, tal como eu tenho feito, que galego e português são uma e única língua (lido na diagonal nem se percebe que está em galego): Quanto à identificaçom genética do galego, cumpre recordar que tanto os lingüistas, como a tradiçom galeguista que parte do século XVIII, som praticamente unánimes ao afirmarem a unidade lingüística galego-portuguesa. Claro que continuo a não afirmar que a questão é pacífica. Não podes é usar o argumento da diferença ao nível de certas palavras ou mesmo da ortografia. Eu já vivi no Algarve e usávamos lá palavras que em Lisboa nem sequer se desconfia o que sejam. O argumento que usas é válido, sim, para distinguir zonas dialectais dentro de uma mesma língua. Os mapas linguísticos de Portugal usam essas variantes para distnguir, por exemplo, os falares do Minho dos do Alentejo. Nem sequer a construção frásica galega (que curiosamente, ou não, é igualzinha à nossa) é factor distintivo. Como sabes no Brasil usa-se uma construção bastante diferente, com uma colocação de palavras diferente. E quase ninguém põe em dúvida que seja português o que lá se fala. A questão das fronteiras linguísticas nem sempre é simples de estabelecer. No caso do galego e do português o caso é ainda mais difícil, pelos motivos que já temos discutido. A doutrina linguística oficial portuguesa é no entanto, repito, a de que português e galego são duas variantes da mesma língua, e não há (que eu saiba) nenhum linguista e/ou académico que a refute. E acredita que estou particularmente atento a este assunto, porque me relaciono diariamente com galegos, e tenho contacto profissional e de amizade com alguns investigadores galegos da nova geração, um deles da Universidade de Santiago (reintegracionistas, todos), ainda que esta Universidade tenha adoptado a doutrina oficialista (curiosamente, ou não, o Departamento de Estudos Portuguesas adopta a doutrina reintegracionista). Pelo contrário, qualquer gramática ou história da língua feitas por académicos portugueses ou estrangeiros (que não espanhóis ou galegos "oficialistas", de que tratarei mais à frente) traça pacificamente os mapas linguísticos da língua portuguesa incluindo toda a Galiza, numa unidade quebrada por 3 grandes grupos, que depois se sub-dibvidem: dialectos portugueses-galegos (Galiza), dialectos portugueses-setentrionais (centro e norte de Portugal), dialectos portugueses-meridionmais (sul de Portugal). Entenda-se aqui dialecto apenas como variante linguística, e não com o sentido mais comum. Veja-se, entre muitas outras, estas "Bíblias": qualquer obra do grande Leite de Vasconcellos; Nova Gramática do Português Contemporâneo, Lindley Cintra e Celso Cunha; História da Língua Portuguesa, Ivo de Castro; Histoire de la Langue Portugaise, Paul Teyssier. Já em Espanha e mais concretamente na Galiza a questão é, como expliquei, bastante mais complexa, tendo muito a ver com questões políticas. Mais uma vez curiosamente, e num aparente paradoxo, (ou talvez não), são os sectores mais nacionalistas que adoptam de forma mais apaixonada a norma reintegracionista, e se aproximam mais de Portugal. Basta ver as festas promovidas pelo Bloque Nacionalista Galego, muitas vezes com artistas portugueses. Basta ver o Xosé Beiras, do BNG, no parlamento galego a falar da sua "Galiza", da sua "naçom" (não é assim que dizem na fala popular do Porto?) e ouvir depois um qualquer deputado oficialista (por exemplo do PP) a responder-lhe falando da "Galicia" como uma "nación" para se ter uma ideia muito clara de quão pouco pacífica é a questão, de quanto a política se meteu pelo meio, e de como é arriscado afirmar de forma absoluta que o galego é ou não é uma língua à parte. --- Omnia aliena sunt: tempus tantum nostrum est. (Séneca) |
| | | | Mais uma vez curiosamente, e num aparente paradoxo, (ou talvez não), são os sectores mais nacionalistas que adoptam de forma mais apaixonada a norma reintegracionista, e se aproximam mais de Portugal. Sera' que esta aproximacao e' feita nao pelo facto de quererem ser portugueses, mas sim o de nao quererem ser espanhois ? Quem souber diga... "Monogamy is for guys that can't get pussy." --Steve-O.
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| | | | Sem dúvida. Só uma pequeníssima minoria pretende a união política com Portugal. Não confundir desejo de aproximação cultural a Portugal com união política. P.S.: já faltou mais para nos cairem em cima os ayatolahs fundamentalistas anti-e-não-só. --- Omnia aliena sunt: tempus tantum nostrum est. (Séneca) |
| | | | Tens razao -- nao quero ser portugues. Acima de tudo quero ser eu, e depois ser da minha nacionalidade. "Monogamy is for guys that can't get pussy." --Steve-O.
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| | | | Eu prefiro norma a dialectos. Engraçado como o Português, num território tão pequeno é falado de tantas formas variadas Engraçado que os Galegos continuam a pagar pelos pecados cometidos à tanto tempo atrás... Fiquem sabendo, que o Clero Galego tentou uma vez ainda antes da Fundação, criar uma única grande diocese, e eliminar de vez a arquidiocese de Braga. Azar dos diabos, tiveram galo, pois as relíquias que roubaram da Sé de Braga, foram mais tarde recuperadas. Para cúmulo, um puto chamado D. Afonso Henriques desbarata o exército galego que apoiava as pretensões da sua mãe Teresa, abrindo desta forma o caminho para Independência ratificada pelos tratado de Zamora e pela Bula Papal de 1178. Os Galegos ficaram integrados no Reino de Leão e Castela e jamais conseguiram a independência. Engraçado o facto dos castelhanos terem tanto sucesso no seu dividir para reinar conjuntamente com uma opressão violenta, como os Ingleses o fizeram na Escócia e na Irlanda. O Chico-Esperto pensa sempre em cima do joelho, incapaz de levantar a cabeça para ver ao longe, pois tem a espinha partida e os olhos cravados no umbigo. |
| | | | Porreiro. Tinha escrito um pequeno texto sobre a língua portuguesa onde o ciberduvidas aparecia como 1a referência. Agora o texto vai ficar outdated (bolas, o inglês) ainda antes de ser publicado -- especialmente se mudarem a forma de pesquisar! Vou tentar passar o texto (está mesmo em formato texto) para PDF hoje à noite, para ver se amanhã a coisa está pronta (assim ainda fica consonante com o Ciberduvidas durante um dia :-) Mas é uma boa notícia. -- carlos |
| | | | | Não deu para acabar a formatação. Fica mesmo assim em texto (link directo). A versão em PDF, além da formatação, vai também ser revista, dado que tenho aqui algumas anotações para acrescentar. -- carlos |
| | | | Se puderes, consulta uma Gramática daquelas velhinhas da primária dos anos 80, para substituires a expressão "partículas gramaticais". Tenho a estranha sensação de ter expressão adequada debaixo da língua, mas o cansaço e a antiguidade das memórias não ajuda. :( Períodos é capaz de ficar mais correcto: http://www.instituto-camoes.pt/cvc/hlp/gramhist/index.html http://www.instituto-camoes.pt/cvc/hlp/gramhist/sintaxe1.html Gramática on-line, brasileira: ) http://www.gramaticaonline.com.br/gramatica/gramatica.asp icionário da Língua Portuguesa On-line http://www.priberam.pt/DLPO/dlpo_gra.htm Cá está: período. http://www.gramaticaportuguesa.com/html/assunto/frase_periodo_oracao.html Neste encontras motivos para talvez reveres de uma forma mais profunda o teu texto. ;) Trocar Composição por Morfologia, por exemplo :D Sílabas: excepções à regra como Bebé... :D Irmãmemte, é um excelente exemplo, pois um dos erros comuns é acentuar os advérbios de modo. ;) têm teem têem teêm - o que eu sofri com estes verbos na terceira pessoa do plurar até à quase dez anos atrás. A dica está simples e genial! =} à vs há - esta levou mais tempo a atinar. Não encontrava a resposta correcta em nenhuma Enciclopédia, pois gramáticas nem vê-las. Nada a haver - nada a dever. Eu creio que ainda faz sentido neste contexto. Mas acredito que o povo do campo posso estar enganado. Os Galicismos estão bem esgalhados, mas aqui no Gabão são capazes de me dar jeito... ;) No meu tempo de escola, xxxCTyyy vs xxxTyyy escrevia-se tudo com c antes do t. Práctica, rectaguarda . Ou a norma mudou desde então, ou fui Eu que resolvi "generalizar". Dúvido que a minha professora da primária tenha-me ensinado de forma incorrecta. (Olha outra... =) O Ler em voz alta devia ser mais praticado. Eu tive um caso de uma colega, que chegou ao sétimo ano, e mal era capaz de ler em voz alta. No final do ano melhorou substancialmente. Recursos: acrescenta-lhe o http://www.flip3.pt (Correcções ortográficas na hora). http://homepage.oninet.pt/632mnt/gramaticaportuguesa.htm tem alguns links interessantes ;) Uma cópia deste texto foi enviada para o teu e-mail. O Chico-Esperto pensa sempre em cima do joelho, incapaz de levantar a cabeça para ver ao longe, pois tem a espinha partida e os olhos cravados no umbigo. |
| | | | Para tua informação, Abichanado Canalha, a minha Alcunha nada tem a ver com o facto de Eu ser ou não entendido na Língua Portuguesa. Relativamente às Gamboesas, essa já é outra história. Considero que domino razoavelmente a minha língua materna, mas conheço muito boa gente que a domina bem melhor. Provavelmente até mesmo tu. Para terminar, Eu tenho a Liberdade de escrever o que bem me apetece e estou-me cagando se consideras que deitei abaixo o trabalho do cgd. No entanto, creio que o teu Quociente de Ignorância demasiado elevado, para comentares da forma que o fizeste, o meu contributo.
O Chico-Esperto pensa sempre em cima do joelho, incapaz de levantar a cabeça para ver ao longe, pois tem a espinha partida e os olhos cravados no umbigo. |
| | | por Anonimo Cobarde em 30-12-02 19:21 GMT (#4) |
| O ciberduvidas devia ser um projecto open-source feito de voluntários a todos os níveis não só ao nível do conteúdo. Pelo que sei os conteúdos são desenvolvidos num regime de (quase) volutariado (corrijam-me se estiver enganado). Acho que a parte tecnologica poderia seguir esse exemplo, não? Que tal um projecto *modelo* de desenvolvimento em Português? :) Amanhã, quando ler isto vai parecer-me ridículo...:) |
| | | | | Os conteúdos creio serem completamente graciosos. A manutenção dos sistemas já não... E o Gildot, quem o custeia? O Chico-Esperto pensa sempre em cima do joelho, incapaz de levantar a cabeça para ver ao longe, pois tem a espinha partida e os olhos cravados no umbigo. |
| | | | Algum pessoal perde o seu tempo em flames. Nesta thread parece ser facil de reconhecer o flamer-mor. |
| | | | Sem dúvida alguma, não tenho pundunor em apontar como culpado o Anónimo Cobarde. >%->>> O Chico-Esperto pensa sempre em cima do joelho, incapaz de levantar a cabeça para ver ao longe, pois tem a espinha partida e os olhos cravados no umbigo. |
| | | | Nos últimos dias, tivemos a oportunidade de comprovar o "grande" respeito que o governo espanhol tem pelo nosso país, e de testemunhar o quanto eles (os membros do governo espanhol) gostam de contar a verdade aos seus cidadãos e às pessoas de todo o mundo. Estou a falar, como deverão imaginar, do caso do petroleiro "Prestige". É necessário ser-se completamente desenvergonhado para despudoradamente tentar enviar o navio a derramar fuel para as nossas águas!!! Para a nossa sorte, ainda bem que, apesar de todo o silêncio e de todo o cuidado com que as nossas autoridades oficiais abordavam o assunto (as "falinhas mansas" politicamente correctas), o Governo Português decidiu, em boa hora, enviar para o limite norte da nossa Zona Económica Exclusiva unidades da Armada para impedir a entrada do navio nas nossas águas territoriais. Durante os primeiros dias da catástrofe, muitos portugueses tiveram a oportunidade de conhecer o representante do governo de Madrid na Galiza, cargo semelhante ao Ministro da República existentes na Madeira e nos Açores, Sr. De la Mesa. Essa personagem apenas fala castelhano, o que demonstra à saciedade a total falta de respeito que esse senhor nutre pela língua da região que diz representar e respeitar! Para muitos ingénuos que vão existindo em Portugal, aqui está mais um bom exemplo de como a nossa língua e cultura seriam respeitadas se, por hipótese absurda, estivéssemos inseridos dentro de um mesmo estado dominado por Castela. Mas vá lá, quando um jornalista galego fazia alguma pergunta em língua galega àquela personagem, ele lá lhe respondia, muito embora em castelhano. Quando um jornalista português lhe fazia uma pergunta, na mesma língua que os jornalistas galegos (a nossa língua galaico-portuguesa!, mas, obviamente, com outro sotaque), o senhor De la Mesa "armava-se aos cucos", punha-se "em bicos de pé", e respondia-lhe: "No le entiendo!". Como se nós falássemos chinês ou alguma outra língua parecida, sem uma mesma origem latina comum! Como se um "digníssimo" representante do "Reino de España" tivesse que descer tão baixo ao ponto de ter de compreender uma língua falada pelo povo que habita um pequeno e atrasado país ali ao lado de Espanha. Essa atitude do Sr. De la Mesa mereceu e continua a merecer o mais vivo repúdio em variadíssimos estratos sociais de toda a Galiza. O directo que a RTP1 fez durante o Jornal de Tarde de dia 24 de Novembro deste ano, domingo, a partir de uma praia contaminada nos arredores da Corunha, é uma prova disso. Para as autoridades espanholas, não havia nenhuma maré negra nas costas galegas:então, para que enviar meios de combate à poluição? Portanto, aquelas pessoas que andavam naquela praia fria, num domingo de manhã, a retirar fuel da areia, de modo voluntário, deveriam estar à procura de alguma coisa valiosa que alguém tivesse esquecido na areia durante as últimas férias de verão... Uma dessas pessoas disse então à jornalista portuguesa Maria Cerqueira (à qual quero deixar as minhas sinceras felicitações pelo excelente trabalho jornalístico que executou), mais ou menos, o seguinte: "O povo galego quer pedir desculpas ao povo português pela merda que vos enviámos às vossas águas. Quero dizer, não o povo galego, mas as autoridades espanholas." Ah, e falou em língua galega! Para compreendermos o que ela disse, não foram necessárias legendas, apenas bons ouvidos e ausência de pré-conceitos. Penso que a tragédia do Prestige pode ter um lado positivo para a ajuda que podemos dar à valorização da língua galega na Galiza. Com os diversos directos televisivos desde a Galiza, muitas pessoas certamente começaram a reparar que os do "outro lado" falam um português muito parecido ao nosso, talvez com um sotaque "espanhol". Não seria possível que nós, portugueses, procurásseos incentivar as nossas televisões a explorar mais este tema: Afinal, que língua se fala na Galiza? O português e o galego são a mesma língua? O que o Estado Português poderia ou deveria fazer para promover o uso da língua galega na Galiza e nas outras regiões espanholas onde se fala galego-português? A defesa da nossa língua não é estratégico para o futuro desenvolvimento do nosso país? Penso que seria muito importante que as nossas televisões e outros meios de comunicação social procurassem debater esta problemática da língua galega e a sua relação com o espaço da Lusofonia. Seria importante que nesses debates estivessem presentes políticos portugueses, galegos e espanhóis, linguistas, membros de associações cívicas, etc.... E o mais importante: o povo que fala a língua! Esta é a minha sugestão. É preciso falar dessas coisas, para que as pessoas comecem a pressionar os nossos sucessivos governos a perderem o medo de Espanha, e começarem a defender os nossos próprios interesses, que não têm de ser iguais aos deles. Termino por esclarecer que, na minha modesta opinião, a defesa da língua galega não tem nada a ver com reivindicações territoriais sobre o território da Galiza ou sobre outras regiões espanholas aonde ainda se fala a língua galaico-portuguesa. Defender a língua não tem nada a ver com reivindicações territoriais. Se assim fosse, ainda hoje estaríamos a reclamar de volta o Brasil, os PALOPs e Timor Loro Sae. A única reivindicação territorial que Portugal continua a ter sobre Espanha está relacionada com o Território de Olivença, cuja ocupação pelo Estado Espanhol não é reconhecida pelo nosso país desde o início do século XIX, e cuja devolução é indispensável para que as relações entre os dois páises possam ser realmente fundadas sobre a amizade, a confiança e o respeito mútuos. Viva a Galiza e a Língua Galego-Portuguesa! Viva Portugal!
http://www.diariodigital.pt/print.asp?id_news=50146 O Chico-Esperto pensa sempre em cima do joelho, incapaz de levantar a cabeça para ver ao longe, pois tem a espinha partida e os olhos cravados no umbigo. |
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