Esta discussão foi arquivada. Não se pode acrescentar nenhum comentário. | | | Anda toda a gente a falar de Banda Larga como se fosse uma coisa muito importante. Mas não é. Por isso eu não gosto de Banda Larga. A ênfase está errada. Eu gosto de estar ligado à rede sem limite de tempo e a um preço fixo baixo. Isso é importante e representa um grande salto qualitativo sobre o dial-up com os minutos a contar na conta do telefone. A velocidade é o menos. Flat rate é essencial. Banda larga é acessório. Por isso eu não gosto de ouvir toda a gente a falar de Banda Larga como se fosse "a" coisa importante. Além disso, às vezes a Banda Larga faz mal ás pessoas. A Banda Larga faz mal aos utilizadores, pois eles desatam a usar a internet para transmitir cabazadas de tralha sem interesse, como música e filmes, entupindo tudo. Bah. Acho que com banda estreita o pessoal tem um bocadinho mais de cuidado com o uso dos recursos, e daí resulta que a qualidade média de cada byte é muito maior. Sim, é verdade, sou um apaixonado do texto. Quando recebo ou envio texto, o conteúdo de cada byte tem valor. Quando recebo ou envio filmes ou música, o conteúdo de cada byte não vale um caracol. A Banda Larga faz mal aos fornecedores de serviços, pois dá-lhes uma desculpa para fazerem mau trabalho. Se já há os que dizem que não faz mal a página de entrada ter um flash de 300Kb porque "o público-alvo consegue ver", quando eles puderem dizer que "toda a gente tem banda larga" vai ser o caos. Serão às carradas as páginas monstruosas cheias de porcaria, e lá ficam os utilizadores com a Banda Larga toda entulhada de lixo. A Banda Larga faz mal à sociedade em geral. Ela dá aos utilizadores meios para trocar ilegalmente conteúdos protegidos com grande facilidade, e eles usam-nos, ainda por cima de forma muito difícil de controlar pelos mecanismos legais actualmente existentes. Portanto, surpresa!, também dá às empresas que são lesadas por essas trocas ilegais pretextos para pressionar o poder político no sentido de legislar para as proteger. Desta caldeirada resulta uma redução efectiva da liberdade das pessoas. Todas. Ligação a custo fixo baixo é importante e bom. Banda Larga é secundário e, em algumas coisas, mau. Mas é de Banda Larga que todos falam. Por isso, eu não gosto de Banda Larga. |
| | | | | Curioso. Concordo com tudo o que dizes. Mas seguindo todos os teus argumentos (nomeadamente o valor de cada byte) a conclusao que tiro é contraria a uma tua: a da flat rate. Flat rate, NAO! Nunca. É uma estupidez pegada, resquicios ainda da febre da Internet gratis e do "digital divide".Quem quer flat rate já a tem: compra uma linha dedicada. Cumprimentos Mario Valente |
| | | | Falas da flat rate como sendo o diabo na terra, mas dizes isso certamente pq onde vives tens cabo, adsl, ou um churudo ordenado para pagar a conta da PT, pq se vivesses onde eu vivo (e vivo a 15 minutos de setubal), um sitio onde não existe cabo (nem nunca vai existir), onde a central telefonica fica a 20km (esquece ADSL) se calhar tinhas uma opinião ligeiramente diferente da flat rate. Sim, eu sei que é triste e chocante, mas eu não sou rico para pagar a linha dedicada que apregoas! E eu que só queria escrever posts no gildot sem estar a olhar para o relógio...
Portanto meu caro, lembra-te que nem todos têm a barriga cheia.
Cumprimentos |
| | | | Por acaso tenho acesso a cabo e adsl mas continuo muitas vezes a preferir ligar por RDIS. E, de qq forma, tanto o cabo como o adsl têm taxas adicionais por byte/Mb/Gb usado. Portanto nao são flat rate. Neste momento tenho o salario minimo mas que não recebo há um ano. Se não és rico para pagar a linha dedicada (eu tb não...) então o problema é teu; quem não tem dinheiro não tem vicios; em vez de exigires a flat rate devias dedicar-te a gerar o dinheiro suficiente para a poderes comprar. Cumprimentos Mario Valente |
| | | | Ou descobriste a forma de viver sem dinheiro (se for assim, vende a descoberta, e ficas logo com dinheiro) ou tens qualquer rendimento que te aparece sobre outra forma que não a de um ordenado (como por exemplo o pagamento das contas de ADSL e Cabo e RDIS). Portanto, receber o ordenado mínimo ou não, é irrelevante para a conclusão que pretendes tirar, porque na prática alguém tem de suportar o custo dos bens que estás a adquirir. Mais ainda, se é assim, e se em vez de estares em Portugal estivesses num país em que a fiscalidade não é uma anedota (por exemplo, se estivesses nos EUA), estarias a pagar os impostos respeitantes a esse uso, exactamente ao mesmo nível do que os respeitantes aos restantes rendimentos... Não te esqueças que supostamente paga-se imposto sobre o rendimento, não sobre o ordenado.
Cumps, JB |
| | | | salário mínimo? tu??? isso é bullshit para a dgci, não? o carro, a casa e tudo o resto? vives debaixo da ponte??? ou pertence tudo à empresa é? [...] Ou descobriste a forma de viver sem dinheiro ou tens qualquer rendimento que te aparece sobre outra forma que não a de um ordenado. Durante os 3 ultimos anos ganhei bem e poupei o suficiente para epocas piores. Quando, no inicio de 2002, chegou o tempo das vacas magras, pude manter o salario das pessoas da empresa e cessar os contratos com algumas pagando a devida indemnização cortando em alguns custos. O primeiro foi o meu salario que passou do que mereço para o salario minimo. O salario minimo (que *nao* estou a receber) não é portanto bullshit para a dgci. Já paguei os impostos devidos quando recebia bem. Poupei foi o suficiente para poder aguentar 1 a 2 anos sem receber salario. É esse o meu rendimento "que nao um ordenado". Chama-se a isto ser previdente. Assim nao tenho de recorrer a fundos de desemprego, empregos mixurucas ou vir berrar contra governos e exigir tachos caidos do céu. E, claro, espero recuperar a fase de "salario minimo" com a correspondente fase de "rendimentos altos". Chama-se a isso "investir". Cumprimentos Mario Valente |
| | | | Pode acontecer... mas sempre haverá uns moveis para descarregar ou umas batatas para plantar. Se tal acontecesse de certeza que nao me ouvirias a pedir subsidios e ajudas, nem isso me faria mudar de ser um individualista para passar a ser um colectivista. Um exemplo de ideiais colectivistas é o fascismo, em pouco diferente do comunismo ou do socialismo (convem lembrar que NAZI vem de NAtionalen SoZIalism ou coisa do genero em alemao) pelo que temo que estejas completamente equivocado se pensas que tenho ideiais fascistas. Cumprimentos Mario Valente |
| | | | Chill out, dude... O que era suposto ser um artigo sobre banda larga começa a deambular em ataques pessoais despropositados. Como se tivesses alguma coisa a ver com a maneira que as pessoas gerem o dinheiro. |
| | | | Já estou a entrar na tua mentalidade de fascista, Mário. Deixa cá ver se acertei: Começaste logo por errar ao considerar que tenho mentalidade fascista. Eu tenho mentalidade *capitalista* que até era uma coisa que incomodava o Hitler nos Judeus. Bom, quem vive fora das grandes cidades não deve ter as mesmas condições de acesso à Internet de baixo custo (leia-se: ADSL, Cabo, ou como detesto, Flat-Rate, que até é uma forma de comunismo), Não. Eu nunca falei em "fora e dentro". Quem vive em qualquer cidade deve ter as mesmas condições de acesso à Internet. Chama-se a isso igualdade. Apenas acho que não deve haver flat rate. Para ninguem. Nem dentro nem fora das grandes cidades. Não é que eu tenha medo da eventual concorrência à Ruído-Visual que surgiria se o povo fora de Lisboa tivesse acesso à Internet de baixo custo, Nao tenho medo nenhum da eventual concorrencia. Mas chateava-me com certeza se houvesse empresas a concorrerem comigo mas subsidiadas por Internet de baixo custo só porque vivem num sitio "especial". É a velha máxima do meu grande ídolo, o grande Salazar, transposta para os tempos modernos: 'O povo rural deve mas é cavar a terra, a Internet é só para as elites de Lisboa'. O Salazar não será um idolo meu, inclino-me mais para o prof. Cavaco Silva. No entanto reconheço o bem e o mal que o prof. Salazar fez a e por Portugal. Não me lembro dessa maxima do prof. Salazar, mas lembro-me de uma parecida, muitas vezes mal interpretada e compreendida: "Manda quem pode; obedece quem deve"... Querem borlas à minha custa, é? Ena, esta parece que compreendeste... Cumprimentos Mario Valente |
| | | | Se te referes à flat-rate como always-on + tráfego ilimitado então concordo contigo. Convém existir limites para que as pessoas entendam que estão a consumir algo finito e não desatarem a sacar toda a merda que encontram, degradando assim o serviço dos outros utilizadores mais "controlados" ou levando a que os ISP começem a deixar degradar o serviço com a desculpa "já levam tráfego ilimitado por isso calem-se". Agora convém que esses limites sejam razoáveis, e com razoáveis quero dizer acima do que o utilizador "controlado" (atenção, "controlado" não quer dizer "poupadinho") gasta por mês. Esta situação "castraria" os abusadores e não penalizaria os utilizadores normais. Dou um exemplo: tenho ADSL.pt com um limite de 4G mensais e pela minha utilização normal nunca o excedo. Certo que em mês de release de uma nova versão do Red Hat (ok, apedrejem-me lá por usar Red Hat) fico próximo desse valor por isso acho que se fosse 5G não faria mal nenhum (poder exceder no máximo em 1G o limite uns meses -- 3 ou 4 -- por ano também seria uma ideia). Se te referes a qualquer das duas em separado always-on/tráfego ilimitado então só posso discordar. Nem toda a gente tem dinheiro para pagar uma linha dedicada e nem toda a gente precisa das garantias de disponíbilidade que uma linha dedicada oferece. Resumindo. Não existe grátis, paga-se sempre de alguma forma (mau serviço, má assistencia...) por isso é melhor pagar alguma coisa e ter algumas limitações (razoáveis) e saber o que se recebe em vez de não pagar (ou levar este e o outro mundo por preço simbólico) e não poder exigir nada. PS: todo o blá blá acima acerca dos limites de tráfego também se poderiam aplicar a limites de tempo no entanto eu considero o always-on um "must have" e além disso o tempo não gasta tráfego (if you know what I mean...).
-- Carlos Rodrigues |
| | | | Se te referes à flat-rate como always-on + tráfego ilimitado então concordo contigo. Ainda bem.... é essa a minha referencia... no entanto eu considero o always-on um "must have" e além disso o tempo não gasta tráfego Pois não mas gasta um investimento brutal num switch numa central, parte do qual tu ficas a usar praticamente de borla. Querem flat rate ? Eu se fosse a PT dava-a... : dividia o custo de um switch pelo numero de ports (linhas) que suporta, somava-lhe o preço de custo do fio de cobre até vossa casa e era essa o preço... acredita que dá para fazer flat rate.... é pena é que não seria o preço que vocês querem (ie baratinho). You can have it fast, cheap and good. Choose two. Queres fast and good ? Tens a linha dedicada. Its not cheap. Queres fast and cheap ? Tens o adsl e cabo. Its not (that) good. Queres cheap and good ? Tens o dialup. Its not fast. Cumprimentos Mario Valente |
| | | | Pois não mas gasta um investimento brutal num switch numa central, parte do qual tu ficas a usar praticamente de borla. Querem flat rate ? Eu se fosse a PT dava-a... : dividia o custo de um switch pelo numero de ports (linhas) que suporta, somava-lhe o preço de custo do fio de cobre até vossa casa e era essa o preço... acredita que dá para fazer flat rate.... é pena é que não seria o preço que vocês querem (ie baratinho). Eu pago 45€ por mês, e isso para a maioria dos portugueses não é baratinho mas acho que é um preço razoável para um serviço que não tem nem de longe as mesmas garantias de disponibilidade de uma linha dedicada (e logo não tem um verdadeiro always-on 24x7 garantido). Tens o adsl e cabo. Its not (that) good. É bom dentro das restrições que eu referi no post anterior, se bem que poderia ser ligeiramente melhorado (helás, nunca estamos contentes) tal como também já disse. Queres cheap and good ? Tens o dialup. Its not fast. Não é fast nem good e muito menos cheap (pelo menos para uma utilização como deve ser). Sendo que adsl e cabo não são verdadeiras flat-rates (nem devem ser para não comprometer o serviço), a ideia geral é que sim, uma verdadeira flat-rate barata é impossível... will never happen (muito menos com dialup... era giro ver o pessoal todo ligado quase todo o dia...). Resumo: concordo (ufff... tudo isto só para dizer que quando dizia always-on dizia "se ficar sempre ligado não pago mais por isso mas posso não me conseguir ligar" em vez de "24x7 ou há mortos").
-- Carlos Rodrigues |
| | | | "[...] Querem flat rate ? Eu se fosse a PT dava-a... : dividia o custo de um switch pelo numero de ports (linhas) que suporta, somava-lhe o preço de custo do fio de cobre até vossa casa e era essa o preço... [...]" Concordo com a inclusõa do custo do switch, ou seja, de todo o hardware que fique ocupado pela ligação permanente *e* que seria *reutilizado* em caso de ligações esporádicas. Não concordo com a inclusão do custo do fio até casa, pois esse recurso não pode ser reaproveitado quando a ligação está fechada. Acho que o custo do hardware não reaproveitável (fio até casa) está, na estrutura de custos actual, coberto pelas assinaturas e pelo tráfego. Provavelmente pode continuar assim. Aproveito para perguntar: Qual é o custo do tal hardware reaproveitável por outras ligações? Do switch e do mais que fôr... |
| | | | Compreendo o que queres dizer, e concordo contigo: Gosto da ideia de associar custos a usos. Gosto da ideia de pagar por tráfego, ou por qualquer coisa relacionável com o uso que se faz da rede. O que me irrita é ninguém ter feedback do consumo real que faz. E o melhor feedback é a continha no fim do mês! Embirro solenemente com a situação em que um gajo que manda um mail com 2KB de texto paga tanto como o que manda o mesmo texto num powerpoint de 1MB, que consome quinhentas vezes mais recursos e portanto devia ser quinhentas vezes mais caro. Ainda se fosse uma diferença pequena... mas não é, são quinhentas vezes mais! À escala da massa de consumidores, este é um problema de consciência ecológica. As pessoas têm um recurso, não têm noção do impacto que tem na "ecologia" explorá-lo sem limites e o resultado é uma catástrofe "ecológica". Bons princípios de "engenharia social" (no sentido em que eu gosto de usar a expressão, que nada tem a ver com técnicas de cracking) conduziriam a uma associação entre o que se consome e o que se paga, a fim de gerar (engendrar) na comunidade (sociedade) de utilizadores comportamentos apropriados. Neste espírito, não antipatizo com o esquema da Netcabo de diferenciar tráfego nacional de internacional. Apesar de tremendamente imperfeito, é um passo no caminho certo, pelo menos na medida em que explora uma solução que associa custos a cobranças. Concordo que as (pseudo?) coisas más que referi associadas à Banda Larga estão, de facto, associadas à flat rate. É a flat rate, e não a banda larga, que faz com que o abuso de recursos atinga proporções épicas. No entanto, de facto gosto de poder estar online sem limite de tempo a um preço baixo, pois julgo que essa possibilidade se traduz numa diferença qualitativa na forma como a Internet pode ser usada. Talvez houvesse um "meio" onde encontrar alguma "virtude": Algo como um serviço de acesso permanente a custo fixo para banda muito baixa (digamos, menos de mil bytes/segundo), acrescido duma componente de mais alta velocidade (como a nossa "banda larga" mas apenas "a pedido", género dial-up de alta velocidade) com tráfego pago ao megabyte e a um preço dependente do routing. Mas voltando ao meu post inicial, se calhar a razão porque não gosto de banda larga é porque a malta diz que quer banda larga e que banda larga é bom quando de facto não está a falar de banda larga mas de flat rate. Do que gosto menos de tudo é da confusão de conceitos... Os meus exemplos de maus usos da banda larga pretendem evidenciar, além de maus hábitos, as falhas da infrastrutura para suportar tanta banda para tanta gente (ainda por cima gente "esperta" que passa os dias a trocar MP3!), e essas falhas seriam menos evidentes (ou mesmo inexistentes) se o acesso generalizado, barato e em regime de flat rate fosse de banda estreitinha... |
| | | | Ecologia um saco de batatas. Já ouviste falar de "fibra escura"? Falas da largura de banda como se fosse um recurso limitadíssimo por origem divina ou constrangimentos físicos. A largura de banda está cara entre outras razões porque as telcos, como disse o mvalente em tempos, preferem vender pouco caro do que muito barato. E muita está pronta a usar e simplesmente não é usada. |
| | | | Com isto não falo contra a necessidade de as pessoas terem uma boa percepção dos recursos que têm em cada momento. Desperdiçar é disparatado em qualquer escala. mas há que separar o que se discute: o uso de recursos local (por exemplo, dada a ligação que uma empresa tem a Internet), o uso de recursos que os ISPs estão em condições de comprar e fornecer aos clientes, ou os recursos globais tecnicamente instalados mas a servirem de base a um modelo de negócio centrado em "escassez artificial". |
| | | | Afinal não é "ecologia um saco de batatas"... :^) Desmentiste-te em cento e quatro minutos, hehehe! |
| | | | Ou ADSL. Tenho ADSL em regime de "flat rate". Eu continuo a favor da "flat rate", embora isso possa não querer dizer o mesmo para todos: Não vejo a coisa como pagar o mesmo por qualquer largura de banda e qualquer tráfego, mas sim com patamares (cada um sem limite de tráfego) baseados na largura de banda e na qualidade esperada para o serviço: na prática a minha ligação ADSL pode às vezes dar mais largura de banda que uma linha dedicada das mais baratas, mas pago-a consciente de que não dá as mesmas garantias. |
| | | | ... ou então algum limite de tráfego mensal, para quem preferir alguns (poucos) "bursts" de tráfego intenso e por isso precisar em certos momentos de banda mais larga (mas puder viver com pouco tráfego o resto do mês), ou eventualmente para prevenir abuso do always-on com "always-on-transfer" numa linha que já esteja saturada. Mas que seja algum limite decente, e onde não me parece caber facilmente (pela confusão gerada e dificuldade de demonstrar a contabilização no fim do mês) alguma distinção entre tráfego nacional e internacional. ... ou, sem limite de tráfego pré-estabelecido, uma largura de banda com limite conseguido apenas em situações ideiais e sobre a qual fica muito claro com quanta gente vai ser partilhada, pagando quem quiser uma quantia maior para ver a "sua" largura de banda menos atingida em momentos de "aperto"; ou seja, o máximo está lá quando houver disponibilidade, mas nada ser "assegurado" acima de um mínimo claramente definido (por mais que o cliente fique chocado com a revelação do seria esse valor). |
| | | | Entendeste mal. Eu agrada-me a banda larga. Mas não me agrada a flat rate. Venha a banda larga. Quanto mais larga melhor, para cada um poder escolher quanta banda é que precisa. Mas depois é fundamental que cada um, de acordo com a escolha que faz, pague em acordo com essa escolha. Portanto, nada de flat rate. Voltar aos velhos tempos de modems a 2400 bps ? Porque nao ? Se eu usar só email (sem attachments) não preciso de mais... ou se precisar só de administrar maquinas remotas com ssh... Qual é o problema do telnet (bem, tem o da segurança. mas de resto funciona...) ? Qual é o problema do ftp ? Continua a ser bem melhor do que usar http para transferir ficheiros.... E as BBS ? Acredita que saco muita coisa bem mais rapido do que tu por netcabos e adsls ligando point-to-point para uma BBS... Portanto venha mais e melhor liberdade de escolha. Mas venha tb a responsabilidade de suportar os custos de cada escolha. Bébés ( ou BEs BEs :-) choroes a "exigir" banda larga E flat rate (e já agora porque não o rabinho lavado com agua de malvas...) é que não há pachorra para aturar... Cumprimentos Mario Valente |
| | | | A) Eu sou do interior; vivo em Lisboa mas tenho o orgulho de ser transmontano. B) porque é que o link de flatraite que sugeriste só tem "preinscricao" e diz que "estará disponivel a partir de Dezembro de 2000"? C) Esqueceste-te do "Cumprimentos -- Mario Valente" no fim do post. Cumprimentos Mario Valente |
| | | | basicamente estas a pensar nas "coisas mas" da banda larga (ou no seu "uso indevido", se bem que isso ja' e' outro tema completamente diferente -- cada um usa para o que quer, se alguem a usar com fins ilegais isso e' problema dessa pessoa) imagina o tempo que demoravas a fazer download de um ISO de uma distribuiçao de linux ou de um bsd qualquer sem banda larga. imagina o tempo que demoravas a puxar aqueles 50+ mails da lkml/mailing lists da securityfocus/outras. imagina ate' o tempo que demoravas a fazer download de um "simples" mozilla/kernel/outro (eu sinceramente prefiro nao ter que esperar muito, e se ate' estiver com alguma pressa me consigo safar) basicamente tudo depende do uso que cada pessoa da' 'a banda larga. e para mais, tantos de nos que se queixam diariamente que "as tecnologias" demoram a chegar a portugal... pelo que parece nao estao satisfeitos enquanto nao as teem nem quando as teem (isto tambem depende dos ISPs -- qualidade de serviço, etc.. e este tema dava para criar uma thread nova) |
| | | | Claro que sim, com banda apertadinha os downloads de ISOs fiavam mais fino e, obviamente, um envelope com um CD dentro, transportado pelos correios, teria uma baud rate muito competitiva! Se calhar a malta tinha que se organizar localmente para fazer os grandes downloads. Por exemplo, nada impediria as pessoas de formar "clubes locais de sacanço" com acesso a banda larga (obviamente muito mais cara), de que todos podiam usufruír e cuja despesa todos contribuíam para pagar. Mas a coisa principal que queria comentar no que escreveste é outra: [...] se alguem a usar com fins ilegais isso e' problema dessa pessoa [...] Não concordo nadinha com isto. Não concordo com uma abordagem "mercantilista" de cumprimento da lei versus risco de ser apanhado. O problema não deve ser encarado como mera relação custo/benefício. Se uma pessoa pratica actos ilegais, isso não é um problema da pessoa, mas de *toda* a sociedade, e é assim que deve ser encarado. A não ser que as leis estejam mal feitas, claro, mas essa é uma questão completamente diferente. |
| | | | Utopia porque? era assim nos tempos pre-internet, as chamadas nacionais para as bbs eram partilhadas pelo pessoal. a 9600kbs, cada diskette saía cara...bons tempos... |
| | | | Isto tudo é muito lindo - digo isto sem qualquer desprimor - mas a verdade é nua e crua: a malta, na verdadeira asserção da palavra, quer é banda larga, não é flat rate. E muitas das vezes até não a utilizam. Existe um termo no Japão, chindogu, que representa tudo aquilo que temos, que somos tentados a comprar, mas que nunca usamos. E a banda larga pode ser isso mesmo: é o conforto que temos de saber que está lá quando precisamos. Mesmo que nunca utilizemos. Nota importante: o autor exclui deste verdadeiro estudo científico todos os adolescentes com muito tempo livre. Porque esses 'mereciam' uma banda larga à parte, de... sei lá... 10Gbps, não? |
| | | | No meio disto algumas coisas fazem sentido. O resto é um comboio de disparates tão grande que na próxima semana já vens (como é teu costume) contradizer-te a ti próprio. Se a escolha tiver de ser entre promover banda larga e promover a flat rate em patamares de banda mais "estreita", claro que a segunda faz mais sentido. Por exemplo, se se tentar promover a coisa politicamente, parece-me ridículo tentar promover a primeira quando a segunda está muito longe de ser conseguida e seria economicamente mais viável. No segundo caso, a diferença é entre não ter nada, ou ter o acesso caro que é caro à PT, e passar a ter um acesso à Internet always-on. No primeiro caso, é uma diferença de "velocidade", que por comparação com a primeira é algo mais "luxuoso". Mas note-se que o adjectivo "luxuoso" não é absoluto no tempo: é o que a coisa é agora, com a largura de banda a ser libertada a conta-gotas e a custos altíssimos pelos donos da "fibra escura". Até aqui tudo bem, mas o comboio de disparates começa logo a seguir. A escolha tem de ser entre as duas coisas de que falas? Aliás, nem se percebe bem o que tu queres. Denunciar a banda larga, qualquer banda larga, como fonte de pecados, defender que se acabe com ela? Queixares-te de banda larga barata, almoços grátis? (Quais?) E com banda larga,não consegues enviar o precioso texto? E quem és tu para julgar a santidade/valor das transferências alheias? Eu tenho ADSL, tu tens acesso por cabo (fraco, mas isso deve ser do teu masoquismo), pagamos as contas do nosso tráfego. Se termos acesso a isto é irrealista perante o que mais tarde chamas um "bem escassso", então alguém mais acima na cadeia contratual, que concordou com o nosso contrato, que se amanhe. De facto parece haver instalados recursos QB para esses "pecados" todos, mesmo que os ISPs nacionais possam vê-los como caros. Se os ISPs nacionais não os podem comprar, que não os prometam aos clientes. Quanto ao que chamas "fornecedores de serviços", suponho que te referes simplesmente a "donos de páginas". Se eu for obrigado a lidar com as páginas deles (caso do Estado), a questão pode ser pertinente, mas aí dificilmente a banda larga (a que apenas alguns têm acesso) poderá ser considerada um alibi; e nem sequer precisaram dessa desculpa para fazer porcaria antes. Quanto aos outros, aqueles com que não sou obrigado a lidar, azar deles. De vez em quando a concorrência funciona e surge uma empresa esperta que percebe que a) nem todos os potenciais clientes têm banda larga e b) não é pelos floreados decorativos dançantes que o público lhes vai comprar mais, eventualmente até o contrário. A evolução das páginas de empresas americanas, por exemplo, parece mostrar que as empresas conseguem acabar por aprender (ao mesmo tempo que, apesar de tudo, mais algumas pessoas iam tendo banda mais larga). Mas o lixo mais tóxico que decidiste desta vez arejar é o da "ilegalidade". Ah, pois, os utilizadores podem trocar seja o que for (e não só material "ilegal") com mais facilidade se a largura de banda for maior. É uma chatice, esta de dar "meios" às pessoas: há sempre algumas que abusam da liberdade combinada com as ferramentas. A imprensa também foi uma chatice. Vê como se tornou mais fácil produzir qualquer livro, independentemente dos disparates que ele possa conter. Antes ponderava-se melhor sobre que livros produzir, dava-se mais valor a cada byte (pintado à mão), e por isso vivíamos todos melhor. Alguns desgraçados que até tinham material interessante para publicar não podiam fazê-lo, e passaram a fazê-lo. Mas não interessa, porque começou a sair dos impressores todo aquele lixo. Deviam era ter queimado tudo para continuarmos a ter bytes com qualidade "top". Ah, e por acaso até chegaram a queimar umas coisas. Os fóruns online também fizeram mal à sociedade em geral. Antes dava-se mais valor ao que se escrevia: primeiro era difícil chegar a um jornal, não era trivial ver a opinião publicada. E mesmo que fosse, tinha-se grandes limitações de espaço e o mais provável sendo um particular só com uma mensagem em carta era ficar enterrado num canto qualquer pouco visível. Com o Gildot e afins não, vem-nos qualquer ideia à cabeça e despejamos logo o que nos apetece em local visível, por mais ilegal ou disparatado que o discurso seja (até o teu). É só "mal" para a sociedade, certo? Mas usei a expressão "lixo tóxico" para aquele parágrafo por ele repetir um chorrilho de mitos, sobre os quais julgava que fosses capaz de reflectir antes de papaguear: - A Banda Larga (mais em geral, a Internet) é o meio para "trocas ilegais" mais difícil de controlar pelos mecanismos legais actuais? Não será antes, pelo menos do ponto de vista tecnológico, o mais fácil de controlar? Quantas pessoas viste irem presas por copiar CDs em casa umas das outras? Ou por enviarem cópias de CDs umas às outras em envelopes? Sabes porventura o que está a acontecer na Europa e no resto do mundo a pessoas que trocam ficheiros pela rede, em muitos casos até ficheiros cuja troca seria legal?
- As empresas "lesadas" pressionando o poder político para as "proteger": em primeiro lugar, depende do que tu chamares de "lesadas": há poucos dados sobre o modelo de negócio estar de facto a ser "lesado", apesar da "lesão" de cada cópia não permitida (mas que seria sempre, nas contas inflaccionadas das empresas "lesadas", uma cópia vendida a menos); em segundo lugar, mas mais importante: a expressão "protecção" é uma expressão de propaganda: o que essas empresas de facto procuram é enquadramento legal para aproveitar as possibilidades dadas pelos suportes digitais em novos modelos de negócio baseados na imposição ao consumidor de constrangimentos adicionais que até aqui a lei ou não permitia ou sobre os quais era omissa por razões práticas (como é que antes te podiam na prática obrigar a pagar por cada leitura de um livro?).
- E, pegando no exemplo da imprensa, devíamos ter acabado com ela por dar uma "desculpa" ao poder instalado para procurar "livros proibidos" (nota, mais fáceis de produzir com a imprensa) nas casas dos súbditos? Se tu os queres desculpar pela porcaria, culpar as possibilidades tecnológicas, e manter quieto e calado num canto quem tem algo para transferir um bocado maior que os teus bytes enviados para o Gildot, é lá contigo; mas ao menos saca da coerência e do teu espírito de cidadania, compra um modem V90 e termina o contrato de cabo. Assim és menos um a pecar e a dar desculpas para nos restringirem efectivamente as liberdades: restringes previamente a tua própria.
E aproveita para ires avisando as mulheres para não sairem à rua, ou só saírem vestidas de formas muito especiais, caso contrário darão uma desculpa aos potenciais violadores. |
| | | por Anonimo Cobarde em 26-12-02 15:28 GMT (#24) |
| Telepac III (Comunicações Virtuais) Novo Modelo De Negócio: - Ligação 24Kbps » Ideal para ver e-mails, ver páginas de texto e transferir pequenos memos para FTP. Preço: 20€/mês (30 Horas/mês) - Ligação xDSL » Ideal para a transferência de ficheiros "LEGAIS" da sua empresa para a sua residencia (ou vice-versa), download de musica e software "LEGAIS". [ESTA MODALIDADE ESTÁ SUJEITA A UMA LIGAÇÃO DIRECTA AO SIS] -> [Cliente]-- (SIS) --> [INTERNET] -- (SIS) --> [CLIENTE] Logo se fizer algum download não permitido da lista de downloads permitidos e aprovados pela ONU (12/12/2002) irá para a cadeia e irá pagar uma multa de 100.000.000,00 € Preço: 400€/mês (100 GB/mês) |
| | | | Pois, é capaz. Até há algumas interpretações (simplistas?) possíveis de que eu discordo de caras, como a de que o que é bom é não ter meios! |
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