Esta discussão foi arquivada. Não se pode acrescentar nenhum comentário. | | | Com este estilo democrático, quiçá um pouco burocrático demais, FreeBSD terá sempre um rumo que interessa a quem nele participa e não o que interessa a empresas. Esta é a diferença do FreeBSD para quase todos os outros SOs (não confundir com kernels). Força FreeBSD :)
hununu, LTI-DEQ@IST, Portugal |
| | | | Existem algums nomes que se destacam. Desde a saida de um dos mentores o Jordhan Hubard para o darwin project. O principal nome é o do Robert Watson um investigador da DARPA podem ver mais sobre ele aqui: http://election.uk.freebsd.org/candidates.html#rwatson
Pedro Esteves |
| | | | Talvez seja porque não se consegue fazer dinheiro com o freeBSD como se faz com o linux
Não é bem assim. Para negócio, talvez a licença do FreeBSD seja melhor já que podes fechar o código e vender tal como a Microsoft fez com algum código.
[]'s |
| | | | De facto o esquema de desenvolvimento do FreeBSD tem algumas vantagens, senão mesmo quase só vantagens, nisso concordo plenamente contigo. Os problemas (que justificm e menor visibilidade do FreeBSD) são outros. NMO, primeiro vem a licença. A "BSD license" permite que os trabalhos derivados se fechem, isto é, não obriga a que todos os trabalhos derivados se mantenham livres. Isso pode parecer um pormenor que não tem nada a ver com o facto de haver menos gente "à volta" (menos "aroundware"), mas torna-se um factor decisivo na altura de decidir investir num desenvolvimento que se sabe à partida que pode vir a ser fechado e aproveitado sem qualquer crédito à comunidade, por oposição a um desenvolvimento GPL, em que sabemos que todos podem vir a beneficiar dele, mas ninguém o pode fechar. O Mozilla, o OpenOffice, o XFS e outros investimentos empresariais no Software Livre não seriam possíveis com a licença BSD. Este pequeno pormenor leva não só a que os tais grandes pensem duas (ou três) vezes antes de contribuirem, como também leva pequenos individuais a escolherem outra licença para o seu código ou simplesmente não contribuir para código BSD. Outro problema, NMO derivado deste, é que o BSD é menos acessível. Certamente que há espaço para todos os tipos de nicho de mercado, desde o end-user ao supra-sumo da tecnologia. O que isto quer dizer é simplesmente que acaba por estar num nicho menos acessível e isso traz menos gente, só isso. Outra coisa discutível é a integração entre a distribuição e o desenvolvimento dos vários pacotes específicos, como o kernel. Terá vantagens prácticas, como a facilidade de administração da distribuição, mas parece-me talvez um pouco limitador. Por norma acho que prefiro a separação entre a distribuição/empacotamento e o desenvolvimento. Não estou totalmente certo quanto a este ponto. Mas de facto, o FreeBSD tem uma grande vantagem que é o seu modelo de desenvolvimento, que me parece ser muito melhor que o do Linux. Aliás, este é o principal problema do Linux (kernel) neste momento. Um modelo com uma core team eleita de entre os seus pares, parece-me um esquema bem melhor e mais ""democráctico"". É certo que a equipa que tem poder decisório sobre o que entra ou não entra no código tem de se manter pequena sob pena de perder o controlo, mas não tem é de ser sempre a mesma. Gosto muito do Linus, mas aprecio um pouco mais de "democracia". Democracia não será o melhor termo, mas acho que se entende. |
| | | | | O modelo de desenvolvimento do FreeBSD é catedral ou bazar?
Remember to be the Killer, not the Victim! (Nuklear Girl) |
| | | | Boa pergunta. Acho que se pode dizer que é uma catedral aberta. Mais ou menos como o Emacs.
"We have no choice! Our Communist overlords will slay us if we fail in our mission!" - A chinese military officer, "Tales of Suspense" #50, 1964 |
| | | | É certo que a equipa que tem poder decisório sobre o que entra ou não entra no código tem de se manter pequena sob pena de perder o controlo, mas não tem é de ser sempre a mesma. Gosto muito do Linus, mas aprecio um pouco mais de "democracia". Democracia não será o melhor termo, mas acho que se entende. Concordo, mas repara, se isso fosse no Linux, o Linus fazia sempre parte da core team, quer o elegessem ou não, ele tomaria sempre as decisões, o Linus detem o nome/marca Linux, não sei quem detem o nome FreeBSD, mas deduzo que quem detem o nome/marca do FreeBSD tem sempre o poder de decisão final... ou estou enganado? |
| | | | deduzo que quem detem o nome/marca do FreeBSD tem sempre o poder de decisão final... ou estou enganado? Acho que estás enganado. O poder de decisão sobre o que entra ou não entra é mais solto e oficioso do que parece. Ninguém te impede de fazer uma bifurcação no desenvolvimento e tomares tu as opções a partir daí, afinal estamos a falar de alterações a ficheiros de texto. A única coisa que pode acontecer é o Linus não te deixar chamar a esse fork "Linux", mas isso talvez não seja o essencial. A questão tem mais a ver com aquilo que se assume ser o kernel. Neste momento assumimos que o kernel a usar é o do Linus, mas poderíamos amanhã achar que o que conta é um dos experimentais que existem (directoria people/ no ftp) paralelamente. O problema é que começa a existir uma pressão para que as coisas mudem. E se essa pressão for suficientemente grande (ainda não é), corre-se o risco de haver um desses forks e a consequente imagem externa de descoordenação e duplicação de esforços. (Será só imagem?...) Convém ainda distinguir entre releases paralelas e um fork. Uma release/árvore paralela vai acompanhando a original e mais tarde ou mais cedo faz uma fusão entre o código das duas, como acontece com os kerneis experimentais do Alan (se ainda os fizer, já não sei...) ou doutros. Um fork é uma mudança de direcção em que as duas cópias evoluem por caminhos diferentes não se encontrando mais. Se bem me lembro o principal problema da antiga licença da biblioteca QT é que não permitia este tipo de liberdade, o de bifurcar o desenvolvimento. |
| | | | Outra coisa discutível é a integração entre a distribuição e o desenvolvimento dos vários pacotes específicos, como o kernel. Terá vantagens prácticas, como a facilidade de administração da distribuição, mas parece-me talvez um pouco limitador. Por norma acho que prefiro a separação entre a distribuição/empacotamento e o desenvolvimento. Não estou totalmente certo quanto a este ponto. Se achas limitador gerenciar 300 máquinas à distância sem ter de mexer o cu da cadeira, ao invés de ires meter 300cds com a *nova* distro de linux _por cima_, não sei o que diga :) De linux, só tenho interesse neste momento brincar com o gentoo. Porquê? Porque tem a abordagem que todos os SOs deviam ter deste tipo. Upgrades totais sem estragar configurações, com opções ao utilizador, *a partir da source*. E porquê linux? Porque quero aproveitar as últimas novidades de Samba que me são necessárias :-) Sim, é essa a única razão. Coisas como winbind e ACLs não existem ainda como opção em FreeBSD. Apenas ACLs com o FreeBSD-current (próximo 5.0). No entanto, tive a falar com o responsável do port do samba e ele disse-me q já se tem falado da necessidade cada vez mais premente de implementer ao nivel de nsswitch o que falta para o winbind. Como nota final, só quero dizer que apesar de todos os prós e contras, cada um deve usar o que precisa e essencialmente, o SO com que trabalha *melhor* e com o qual lhe dá mais *gozo*. Não há um SO perfeito, assim como não há carros perfeitos. Podes ter o $ todo o mundo, e podes gostar tanto de um carrera gt2 que não gastas mais $ num Bentley :)
hununu, LTI-DEQ@IST, Portugal |
| | | | Se achas limitador gerenciar 300 máquinas à distância sem ter de mexer o cu da cadeira, ao invés de ires meter 300cds com a *nova* distro de linux _por cima_, não sei o que diga :) Eu não disse isso. Eu disse que talvez fosse limitador serem as pessoas/organização que fazem do desenvolvimento os mesmos a fazer a distribuição. O facto de algumas (ou a maioria das) distribuições não te permitir fazer isso, é apenas uma limitação delas, não do modelo separado desenvolvimento<->distribuição que eu prefiro. Aliás, se não me engano, a Debian permite fazer o que dizes. |
| | | | Qualquer destas pessoas eleitas tem mais anos anos disto do que o linus e o puto brasileiro juntos. A junventude dos rapazes é tudo o que tens a criticar? Só tenho pena que não exista a hype toda que existe em torno do Linux e o numero de programadores que o markting consegue obter. O hype, o marketing e o interesse comercial só surgiram porque o Linux já era popular. Pergunta-te a ti próprio porquê... Talvez seja porque não se consegue fazer dinheiro com o freeBSD como se faz com o linux, com todas as distribuições a tentar sacar o maximo dos users e cada vez a serem menos free. O teu problema é confundires Free (livre) com free (grátis)... As distribuições comerciais de Linux não tiram nada ao Linux. Acrescentam ao que o voluntariado produz trabalho pago com os seus lucros. E muito desse trabalho pago acaba por ser disponibilizado gratuitamente. E porque é que não se consegue fazer dinheiro do FreeBSD? As distribuições de Linux têm de lidar com uma licença muito mais agressiva e conseguem-no. Remember to be the Killer, not the Victim! (Nuklear Girl) |
| | | | | Pah, mas o OpenBSD faz o mesmo, e digo-te mais, eu compreendo as razões que levam a suse/mandrake a não porem a isos na net, elas também não vivem de ar! |
| | | | Mas essa é que é a beleza da coisa. Se eu quiser uma distro 100% grátis, baseada em software livre tenho Debian GNU/Linux -- embora a minha preferência pela Debian se deva muito pouco a isso -- tal como tenho o FreeBSD Mas se eu quiser algo "mais" e estiver disposto a pagar por isso também tenho: SuSE, RedHat, Mandrake. Elas usam métodos mais ou menos simpáticos para obter receitas e canalizam esse receitas para o seu produto. Sem o "mais" não há receitas e sem receitas não há o "mais". Dizem que isto viola o espirito do Linux. Mas que espirito é esse? Onde está escrito? Quem é o seu guardião? A verdade é que enquando as distribuições não violarem as licenças do software que contém, estão no seu direito. Afinal, são as licenças que ditam como é que os outro podem usar o software que fazemos. O criador do software deve escolher uma licença que adequada ao seu espirito. E se não o fizer, e confiar na boa vontade de outros em respeitar um espirito que ninguém sabe muito bem o que é, é burro. Portanto, se isto te incomoda, distribui o TEU software sob uma licença que evite isto e não contribuas para software que usa licenças que não o façam. E depois há sempre o beneficio extra: uma vez que as distribuições de Linux não existem isoladas, têm a necessidade de que o Linux evolua como um todo. Como resultado, parte das receitas comerciais acabam por resultar em desenvolvimentos disponibilizados gratuitamente. Mas acho que já me estou a repetir...
Remember to be the Killer, not the Victim! (Nuklear Girl) |
| | | | A grande diferença entre o Linux e os *BSD, é que o Linux é um software político, enquanto que os *BSD não. A licença BSD deixa que qualquer indivíduo ou entidade se aproprie do código e use-o para fazer software closed-source. Num certo sentido, é uma licença um bocado burra mas, por outro, permite que coisas lindas como o MacOSX possam existir. Para a maioria dos utilizadores, o Linux é um sistema muito mais atraente do que os *BSD. Em primeiro lugar, porque não existe uma evidente vantagem tecnológica nos *BSD face ao Linux. Segundo, existem muito mais drivers de hardware disponíveis para Linux, assim como software. |
| | | | | Existe o mito de que o FreeBSD tem melhor desempenho do que o Linux. Os mais recentes benchmarks não confirmam uma supremacia do FreeBSD, mostrando que ambos os sistemas se equivalem. Um exemplo. |
| |
|