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As EmpresasAs GrandesAs grandes empresas focavam-se especialmente num número reduzido de produtos ou serviços, com a excepção da HP:
As PequenasEm relação às empresas mais pequenas, encontravam-se divididas entre as que vendiam livros, as que prestavam serviços de desenvolvimento de software e administração de sistemas e as que demonstravam um produto em particular:
Os ProjectosO espaço dedicado a projectos correspondia a perto de um terço do espaço da exposição. Ainda assim incluía projectos como Debian, GNOME, KDE, Rock Linux, XFree86 (com um ecrã em 16 LCDs de 15" cada), Linux Porting, FreeWRL (um browser para espaços 3D - era preciso usar os óculos), Linux Printing, etc. Neste espaço encontrava-se também a booth da FSF Europa onde passei uma boa parte do tempo em representação da ANSOL. Este ano a FSF Europa tentou reunir uma presença europeia, convidando todas as organizações associadas. Assim tive o prazer de conhecer pessoas da APRIL (França), FFS (Aústria, AsSoLi (Itália), FFII (Alemanha) e AFFS (Reino Unido). Do ponto de vista técnico, havia um computador a demonstrar o GNU/Hurd. O conceito é engraçado, mas ainda tem alguns bugs... Claro que ajuda sempre ter um ou dois kernel developers ao lado a explicar o que se passa e porque é que aquele erro é igual ao que foi corrijido "ontem à noite" no CVS... O AmbienteComo estive lá por minha conta, a dormida foi num ginásio posto à disposição pela organização para os visitantes dormirem. É sempre interessante notar que a quantidade de equipamento informático que se encontrava ao lado dos sacos-cama dava para comprar uma casa. Como um pequeno exemplo, basta referir que o tipo ao meu lado na primeira noite estava a desempacotar uma placa PCMCIA de Bluetooth da Nokia, que pôs no portátil e depois usou para comunicar com o telemóvel e o iPaq 8370 (a correr GNU/Linux, claro). No primeiro dia, depois do pequeno-almoço, fui para a exposição ajudar a acabar a booth (no dia anterior tinham descoberto que faltavam as paredes - e não me venham falar na eficiência alemã...). A exposição abriu calma, por isso fui dar uma volta. O pessoal do XFree86 a demorar toda a manhã a configurar a máquina com um ecrã composto por 16 LCDs de 15" (com Xinerama, claro). Tenho de admitir que fica impressionante. Fiquei impressionado com o FreeWRL (funciona mesmo) e dei uma volta à exposição. Na primeira noite houve a LinuxNacht ("A Noite do Linux"), um evento social que decorreu no ZKM (o museu de media de Karlsruhe) - que recomendo a qualquer geek que se preze e passe por aqueles lados. Depois dos discursos da praxe tivémos um buffet e bebida à descrição (pela módica soma de 20 euros). Claro que o que interessou realmente foi o convívio... Nos dias seguintes fui passeando, conversando com pessoas, tentando ajudar o desventurado responsável do GNOME a quem foram emprestadas duas workstations da Sun com Solaris que só funcionaram decentemente a partir do terceiro dia... Os meus parabéns à equipa do KDE, a sua booth estava bem organizada (havia demonstrações de software para educação, Kdevelop, KOffice, KDE 3, Opie e mais uma que não me lembro - todas com pessoas sempre prontas a explicar e a tirar dúvidas). Para quem não saiba, o Opie é um KDE para PDAs baseado em Qt Embedded e é o sistema por omissão do Sharp Zaurus. Por falar no Zaurus, é um PDA ao nível do iPaq, bonito, com um teclado funcional e todas as features a que o iPaq nos habituou, com a diferença deste vir de fábrica com GNU/Linux e não PocketPC. Infelizmente não está prevista a sua venda para Portugal (uma pena)... Tenho de admitir que só no último dia fui a alguma das conferências. Uma do Alan Cox sobre qual a melhor maneira de integrar código no kernel (espectacular, como sempre) e outra do Michael Meeks sobre GNOME 2. O que mais me impressionou nesta foi a demonstração de uma aplicação que era capaz de mostrar as widgets de outra aplicação diferente e mesmo modificá-las utilizando apenas o back-end CORBA, ou seja, com esta versão é possível editar em tempo-real o interface de uma aplicação, independentemente da aplicação. Claro que a maioria das pessoas ficaria mais impressionada com a utilização de menos memória ou o suporte de SVG e gradientes com que o nautilus faz o XP parecer lento e feio... E claro tivémos a promessa do Release Candidate 1 para 10 de Junho (Estranhamente, ou talvez não, só saiu a 14). No último dia já andava cansado da "comida" alemã e fui jantar (com um grupo de recentes amigos) a um restaurante turco. Entre a conversa descobri como a recente proposta de utilização de Software Livre na administração pública alemã. Acreditem ou não, o último impulso foi dado pela Microsoft: primeiro com uma carta de um cidadão enviado a todos os elementos do parlamento alemão. A identificação deste cidadão como funcionário de uma empresa de comunicação contratada pela Microsoft não ajudou, mas o pior ainda estava para vir. Na véspera da votação a Microsoft convidou todos os deputados do parlamento alemão para um evento social num hotel de luxo. À espera de cada um dos deputados estavam 3 pessoas contratadas pela Microsoft para "explicar-lhes" o quão mal era esta medida para eles e para a Alemanha. Resultado: alguns dos deputados nao gostaram e mudaram o seu voto a favor da proposta, garantindo-lhe uma maioria confortável. Obrigado Microsoft. < Mais um buraco no SSH (próximos episódios). | Resultados das Eleições do FreeBSD >
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