Talvez devessem reparar nas outras "desvantagens competitivas". Por exemplo, como é (pelo menos era, e talvez ainda seja) frequente até uma lojinha de empresa familiar americana na WWW ser mais simpática e simples de usar do que muito buzzword-compliant e-commerce europeu. Ainda há dias comprei na loja on-line da ISO uma cópia de uma norma (as 11 páginas mais caras que alguma vez comprei, num PDF absolutamente rascoso que faz pensar onde é exactamente que eles usam o dinheiro) e foi a pior experiência de compra on-line até hoje, tirando é claro aquelas em que nem me meti porque parecem feitas por quem não quer mesmo vender nada, como algumas lojas de milhão-de-contos portuguesas. Mas não, a solução é fazer mais comissões para "promover o digital", distribuir mais subsídios (criando emprego em nichos ecológicos tão produtivos como avaliar as candidaturas de um lado e lidar com as "oportunidades europeias" (caça aos subsídios) do outro), criar mais uns impostos, e servir de bandeja às multinacionais americanas a EUCD e as patentes de software e de práticas de negócio. As "vantagens competitivas" (versão eurocrática) vão aumentar tanto que até vai doer... Entretanto a euro-mediocridade deve esfregar as mãos de contente por mais um pacote de corporate welfare. Bah. |