Esta discussão foi arquivada. Não se pode acrescentar nenhum comentário. | | | escrevi uma mensagem no correio do site, a solicitar que fornecam uma conta, um nib, whatever, na qual os privados possam contribuir para financiar o servico. sei que é dificil juntar 12mil contos, mas pode-se tentar. da minha parte, estou disposto a contribuir com, digamos, 25 contos (pode variar). outros poderao contribuir com mais ou com menos, consoantes as possibilidades, e/ou interesse no servico. cya -- carlos |
| | | | Podemos começar por reclamar junto do Ministerio da Cultura... Mail : infocultura@min-cultura.pt E eventualmente enviar mail's ás televisões para que o caso tenho mais relevo... A TVI deve pegar.
"As opiniões têm um inimigo mortal:os factos que , tarde ou cedo , se hão-de impor" |
| | | | Notem que eu não estou a por em causa a validade do projecto em abstrato, nem estou a dizer que existe desperdicio. O valor apresentado (5000€ por mês) nem sequer me parece particularmente "puxado" (não é o 50 M€, valor apregoado dos Portais nacionais), e não me parece dificil gastar muito mais do que isso e não ter nada para mostrar. No entanto, continuo a ter duvidas: qual o número de questões respondidas por mês? Qual a percentagem do valor apresentado corresponde a honorários e qual corresponde a tráfego? Se se pretender a comparticipação do estado no projecto (e ele até me parece à partida meritório) este tipo de questões deve ser explicitado. E se se conseguir provar que é uma maneira eficiente e "cost-effective" de divulgar a lingua Portuguêsa, deve obviamente ser financiado. O que temo é que em vez de responder a estas perguntas e o estado financiar o projecto, este seja encerrado, e que daqui a uns meses ouçamos dizer da parte do estado que vai haver um lançamento de um projecto (esse sim de 50M€) para "contribuir para divulgar a lingua Portuguesa na Internet".
JB |
| | | | | Uma vez que eles acumularam 9000 respostas teão respondido em média 450 perguntas. Como as perguntas mais vulgares já estão resolvidas, é muito provável que a taxa de respostas seja muito inferior a essa actualmente. Aparentemente, hoje tem lá 7 perguntas novas. Se tiver 7 perguntas por dia dá 210 perguntas por mês. Uma vez que as perguntas são respondidas por expecialistas, 12 mil contos ano não é excessivo, mas se calhar dava para manter o site por metade ou 1/4 do dinheiro. Mas os especialistas poderão ser caros.
---- joao nonio.com - ciência, tecnologia e cultura |
| | | | Viva! Estamos sempre a bater na mesma tecla: o Ciberdúvidas era um projecto que dependia das receitas para sobreviver, como qualquer outra iniciativa comercial. Caso ninguém tenha reparado, o mercado publicitário implodiu e os investidores privados desapareceram. O que fazer então para evitar que sites com a qualidade do Ciber-Dúvidas fechem? Simples: pressionar o Governo para incentivar e apoiar a criação de conteúdos em Portugal. Isto é algo que o governo anterior nunca descobriu como fazer. E que, pela leitura do seu plano, passa completamente ao lado deste Governo. Mas para fazer associações que defendam os *NOSSOS* interesses alguém tem que avançar e dar a cara. E ter costas largas para apanhar com as críticas garantidas de "sede de protagonismo", "falta de representatividade" ou mesmo "incompetência" que decerto vão aparecer em locais públicos como o Gildot :-| um abraço, m i g u e l v i t o r i n o, Blog |
| | | | ... mas não vale a pena ser por mails ou abaixo-assinados electrónicos, pois já todos sabemos que os nossos governantes preferem Parkers e Schaefers.
Sugeria que a comunidade Gildotiana escrevesse uma carta electrónica ao civerdúvidas a perguntar em que é que pode contribuir para que este não encerre. Os seus responáveis, melhor do que ninguém, saberão o que é preciso (ok, é dinheiro, mas como obtê-lo).
Vamos lá a ver se o pessoal do Gildot se une para alguma coisa.
Alguém quer começar o rascunho ?
Mário Gamito |
| | | | | Viva, adicionei já à frente uma proposta de rascunho. Sugiro que o email seja enviado pelos responsáveis do Gildot em nome de todos, credibilizando assim o seu envio. Pela minha parte vou começar a circular um email para todos os amigos, a falar do fecho do Ciberdúvidas e a sugerir que quem tiver contactos faça o seu lobby para ver se alguma entidade se chega à frente! Por outro lado, estava a lembrar-me de um organismo que a meu ver teria uma responsabilidade de manter um site deste tipo: a CPLP - Comunidade de Países de Língua Portuguesa (possivelmente em conjunto com outras entidades nacionais). Este poderia ser um serviço de Portugal no âmbito da CPLP, pois a Língua Portuguesa precisamente é o que une todos estes países e merece um empenhamento total na sua qualidade. Quanto aos 12 mil contos por ano, dadas as colaborações que é necessário pagar, não é um valor que ache exagerado. Se formos ver, é o preço de um qualquer BMW que é adquirido para um qualquer administrador de uma qualquer empresa ou instituição pública. Pelo que num site de Língua Portuguesa é muito bem empregado. Se as entidades portuguesas deixarem este site ir abaixo acho que há aqui motivo para um protesto fortíssimo! Proposta de Rascunho: "Exmos. responsáveis do Ciberdúvidas, o encerramento do Ciberdúvidas é neste momento motivo de discussão no site www.gildot.org, um site português especialmente dedicado aos temas do Linux (mas não só). Na discussão vários cibernautas manifestaram a sua vontade de tentar inverter o destino de fecho do Ciberdúvidas. Assim sendo, dirigimo-nos aos responsáveis do site para que nos informem em que medida poderemos contribuir. Seja através de aconselhamento técnico (empresas que tenham serviços de hosting barato, empresas/indivíduos que possam fazer manutenção a baixo custo) ou eventualmente através de outras formas de pressão junto dos organismos com competências na área da Língua Portuguesa. Desde já nos comprometemos a distribuir por email, para todos os conhecidos e amigos, um email alertando para esta situação de pré-fecho do Ciberdúvidas, bem como a incentivar as pessoas a usarem os possíveis contactos pessoais para sensibilizar responsáveis de instituições para esta situação. O Ciberdúvidas tem dado um inestimável contributo a um melhor conhecimento e a uma utilização mais correcta da Língua Portuguesa pelo que o seu possível fecho é altamente lesivo para os cibernautas de expressão portuguesa, que não se limitam a Portugal mas a toda a Lusofonia. Melhores cumprimentos, gestores do Gildot (em nome dos cibernautas que participaram na discussão)"
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| | | | Vou começar a circular um email para todos os amigos, a falar do fecho do Ciberdúvidas e a sugerir que quem tiver contactos faça o seu lobby para ver se alguma entidade se chega à frente! Segue à frente o texto que vou enviar. Estou a colocá-lo aqui para quem quiser também distribui-lo, adaptá-lo, etc.. "Cibernauta e cidadão, o site Ciberdúvidas (www.ciberduvidas.com) está em risco de fechar no final de Abril, por falta de verba. É preciso que as autoridades/instituições portuguesas salvem o Ciberdúvidas! Se você tiver conhecimentos para fazer lobby por esta causa, então não espere por amanhã: actue hoje! E reenvie esta mensagem para todos os seus amigos e conhecidos. Obrigado! O Ciberdúvidas é um site que, como o nome indica, esclarece as mais diversas dúvidas de língua portuguesa por intermédio de especialistas reputados. É um verdadeiro exemplo de serviço para o público, tendo uma utilização gratuita e mantendo em arquivo um enorme repositório de informação preciosa sobre língua portuguesa. O responsável e principal financiador do site, João Carreira Bom, faleceu em Janeiro e agora a sua viúva colocou um aviso a dizer que não tem meios para manter o site por mais tempo. Claro que seria uma injustiça e até uma vergonha deixar que este site fechasse. O Estado e as instituições portuguesas nesta área (Ministério da Cultura, Instituto da Comunicação Social, Sociedade da Língua Portuguesa, CPLP - Comunidade de Países de Língua Portuguesa e todas as que tenham a ver com a língua portuguesa) têm a responsabilidade de actuar. Através deste email incentivamos as pessoas a usarem os seus possíveis contactos pessoais para sensibilizar responsáveis de instituições para esta situação! O Ciberdúvidas tem dado um inestimável contributo a um melhor conhecimento e a uma utilização mais correcta da Língua Portuguesa pelo que o seu possível fecho é altamente lesivo para os cibernautas de expressão portuguesa, que não se limitam a Portugal mas a todos os países que falam a nossa língua. O site tem um custo de manutenção de cerca de 12 mil contos por ano. Dadas as colaborações de especialistas que é necessário pagar, não é um valor exagerado. Pode-se dizer até que é barato comparado com outros gastos de algumas instituições e empresas públicas. Pelo que num site de Língua Portuguesa é muito bem empregado. Se as entidades portuguesas deixarem este site desaparecer então todos os cibernautas terão motivo para um protesto fortíssimo!" |
| | | | Ou então tentar que passe para o Sapo , visto que eles têm "engolido" tanta coisa sem intresse.
"As opiniões têm um inimigo mortal:os factos que , tarde ou cedo , se hão-de impor" |
| | | por Anonimo Cobarde em 23-04-02 22:26 GMT (#8) |
| 12 mil contos ano ? Ordenado para o coordenador ? Quanto é que ele ganha ? Já ouviram falar em professores de Portugues ? Mexam-se e arranjem profs de Portugues, jovens até que alinham mais depressa nisso, e levantem o site com o voluntariado em vez de andar a perder o tempo com baixos assinados e cartas de apoio que nao levam a lado nenhum. Deixem-se de mama... é por isso que o pais é um pais de pedintes, de subsidio-dependentes. Falta de $$$ nunca foi impeditivo de nada. Quando o site começou aposto que nao precisou de 12 mil contos para o primeiro ano. |
| | | | | "o pais é um pais de pedintes, de subsidio-dependentes."
E de anónimos cobardes que nunca dão a cara por nada e só deitam abaixo aquilo que os outros tentam fazer.
Mário Gamito |
| | | | Visto que se tem de pagar ao coordenador, a pessoal de apoio (penso que uma secretária) e ainda as contribuições dos colaboradores (penso que no Acontece ouvi um preço baixo, qualquer coisa como mil escudos por pergunta, por ser o site que era - não sei se ouvi bem)... Se já alguma vez geriste alguma coisa vais ver que o dinheiro voa rapidamente. 1000 contos por mês não é muito. Para além disso, estamos a falar de verdadeiros especialistas de língua portuguesa, que se fazem pagar bem pelo seu trabalho. Aliás, se o site passar para a responsabilidade de outra instituição o mais provável é que os custos cresçam. Porque uma coisa é colaborar a preço baixo num site feito por carolice, outra coisa é colaborar num site mantido por uma instituição. Finalmente, o voluntariado provavelmente não teria qualidade suficiente para manter o nível actual do Ciberdúvidas. Por muito boa vontade que tivesse. A menos que os voluntários fossem verdadeiros especialistas de língua portuguesa e não estou a ver isso acontecer. Não só por razões monetárias, mas também porque se as pessoas não são pagas acabam por se concentrar noutras coisas (a boa vontade não dura para sempre, vem a desmotivação e é preciso comida na mesa e por isso o tempo tem de ser aplicado noutras actividades) e a prazo o site estaria condenado.
IMHO |
| | | | Será que eles procuraram financiamento no POSI? |
| | | | Foi escrito no próprio site que receberam apoios financeiros do estado, ie. meus e vossos. Creio que, se o site vai fechar, deve ser disponibilizada a base de dados de perguntas / respostas; talvez alguma universidade se atravesse e disponibilize largura de banda e um par de estudantes para manter o site. Cheers, Luis Bruno |
| | | | O ciberduvidas esta' num nicho de mercado. Nao oferece uma mais valia obvia a ninguem -- logo nao e' economicamente viavel. Se nao e' economicamente viavel entao pode-se fazer duas coisas: 1 - fecha-se 2 - alguem paga para o manter. No 2o caso, se nao ha' massa critica ($$$) suficiente para o manter a correr, entao usa-se a 1a opcao. Regards, echo '[dO%O+38%O+PO/d00]Fi22os0CC4BA64E418CE7l0xAP'|dc |
| | | | | Claro que tu não distingues o que pode ser um serviço à comunidade (mesmo que envolva cash) de um projecto comercial.
Mário Gamito |
| | | | Claro que distingo -- simplesmente parece-me contra-produtivo andar toda a gente a pagar impostos para o manter. Se achas que o site tem mais valias, escreves um cheque e mandas para a Ciberduvidas. echo '[dO%O+38%O+PO/d00]Fi22os0CC4BA64E418CE7l0xAP'|dc
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| | | | Eu não propus que o erário público sustentasse (ou não) o ciberduvidas.com Propus sim que lhes fosse perguntado qual o melhor modo de os auxiliar.
Mário Gamito |
| | | | Sinceramente parece que estás a pensar apenas em mais valias directas, e esquecer as externalidades. O site poderá oferecer mais valias directas (a resposta a dúvidas) aos seus consumidores, e para além disto oferecer também mais valias indirectas/externalidades (promoção da lingua portuguesa, visibilidade, etc). Eu sei que o problema da valorização das externalidades é um problema complexo, e de que os economistas liberais não gostam muito, por implicar a necessidade de contar com a intervenção de agentes colectivos no mercado, mas o ignorar a sua existência implica ter uma visão distorcida da realidade. Claro que o problema é se a totalidade das mais valias (directas e indirectas) pode compensar os seus custos. E se mesmo que compense, existem incentivos para os agentes que deveriam financiar o empreendimento o fazer (infelizmente as direcções das unidades colectivas nem sempre fazem o que é melhor para a colectividade...).
JB |
| | | | Eu sei que o problema da valorização das externalidades é um problema complexo, e de que os economistas liberais não gostam muito, por implicar a necessidade de contar com a intervenção de agentes colectivos no mercado, mas o ignorar a sua existência implica ter uma visão distorcida da realidade. "valorizacao das externalidades" ?!? Isso soa a algo saido dum programa do governo, mas entendo o que queres dizer. A "valorizacao das externalidades" teem que ser claras: neste caso nao vejo quais sao. Promocao da lingua portuguesa ? Com um website para esclarecer duvidas da lingua ? Nao me parece... Faria muito mais sentido gastar o dinheiro a promover empresas portuguesas nos mercados internacionais, ou criar um fundo para empreendedores nacionais. Visibilidade ? De que ? Portugal tinha mais visibilidade se os tradutores de Portugues na comissao europeia fossem portugueses e nao brasileiros como acontece em muitos casos. Regards, echo '[dO%O+38%O+PO/d00]Fi22os0CC4BA64E418CE7l0xAP'|dc
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| | | | A "valorizacao das externalidades" teem que ser claras: neste caso nao vejo quais sao.
É este o problema da valorização das externalidades - é que as coisas nunca são claras: a ausência de um mecanismo de mercado para identificar o seu preço "correcto" (de acordo com o mercado) leva a que a sua valorização seja sempre subjectiva. E normalmente efectuado de acordo com os interesses (frequentemente incestuosamente comuns) da entidade financiadora (normalmente o estado) e da entidade reguladora ou produtora do serviço (frequentemente ligados a clientelas partidárias). Este é o principal problema económico em serviços "públicos". Quanto vale um parque natural/qualidade do ar? Quanto vale um serviço de saúde? Quanto vale a educação superior de uma população? Quanto vale um serviço público de televisão? Quanto vale um serviço de dúvidas de lingua Portuguesa? Normalmente a solução liberal para o problema é tratar o problema como um de mercado, em que se definem limiares mínimos de prestação de serviço e depois as entidades competem entre si para prestar o serviço ao menor custo. Esta solução é lógica, mas implica um estudo prévio e uma consensualização daquilo que devem ser os níveis de serviço prestados e uma monitorização da prestação efectiva dos mesmos (estes dois passos, que tem de ser contínuados, frequentemente aumentam o custo dos serviços a prestar). Por outro lado, conforme indicado noutro lado, os mecanismos prestadores, nesta situação devem tentar não prestar o melhor serviço possível, mas sim o serviço mínimo ao custo mínimo. Em casos em que a determinação do que é o serviço mínimo é difusa, tal pode levar a diminuição efectiva da qualidade de prestação do serviço. E em casos em que a competição é distorcida, pode levar a um aumento de custos (estes aumento de custos ocorrerão mais visivelmente no caso de haver monopólios ou cartéis, públicos ou privados, a prestar o serviço). Por outro lado, é conveniente não fazer demagogia com os custos. A politica é sempre a arte de fazer escolhas, e obviamente dinheiro que seja aplicado em A não vai poder ser aplicado em B. Mas não é com 5000€ por mês que vais "promover empresas portuguesas nos mercados internacionais, ou criar um fundo para empreendedores nacionais". São coisas que tem um nível de custo diferente, e em que os valores indicados são completamente marginais.
JB |
| | | | Normalmente a solução liberal para o problema é tratar o problema como um de mercado, em que se definem limiares mínimos de prestação de serviço e depois as entidades competem entre si para prestar o serviço ao menor custo. Esta solução é lógica, mas implica um estudo prévio e uma consensualização daquilo que devem ser os níveis de serviço prestados e uma monitorização da prestação efectiva dos mesmos (estes dois passos, que tem de ser contínuados, frequentemente aumentam o custo dos serviços a prestar). Por outro lado, conforme indicado noutro lado, os mecanismos prestadores, nesta situação devem tentar não prestar o melhor serviço possível, mas sim o serviço mínimo ao custo mínimo. Em casos em que a determinação do que é o serviço mínimo é difusa, tal pode levar a diminuição efectiva da qualidade de prestação do serviço. Nao -- nao funciona assim. Exactamente por existir competitividade a qualidade do servico tende a aumentar. Um bom exemplo (e simples) disso e' a forma como a competitividade melhorou o servico, o custo e a variedade de servicos prestado pelas empresas de telecomunicacoes a nivel europeu. As coisas correm mal quando: - O mercado na realidade nao existe (o caso da Ciberduvidas),
- As entidades "publicas" interveem no funcionamento desse mesmo mercado (telecomunicacoes em .pt, Televisao),
- Existem "carteis" que fixam o valor do mercado (certos ramos da industria farmaceutica como o fabrico de complementos alimentares).
Podes ler uma apresentacao interessante sobre o assunto aqui. Por outro lado, é conveniente não fazer demagogia com os custos. A politica é sempre a arte de fazer escolhas, e obviamente dinheiro que seja aplicado em A não vai poder ser aplicado em B. Mas não é com 5000€ por mês que vais "promover empresas portuguesas nos mercados internacionais, ou criar um fundo para empreendedores nacionais". São coisas que tem um nível de custo diferente, e em que os valores indicados são completamente marginais. A questao nao e' essa -- a questao e' que o estado devia-se concentrar no que realmente e' importante -- e nao em assuntos marginais que apenas interessam a uma minoria que em geral e' rica e educada. Best Regards, echo '[dO%O+38%O+PO/d00]Fi22os0CC4BA64E418CE7l0xAP'|dc
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| | | | Nao -- nao funciona assim. Exactamente por existir competitividade a qualidade do servico tende a aumentar. Um bom exemplo (e simples) disso e' a forma como a competitividade melhorou o servico, o custo e a variedade de servicos prestado pelas empresas de telecomunicacoes a nivel europeu. Vamos a ver, porque é que numa situação de concorrencia livre a qualidade tende a aumentar? Porque: a) os competidores podem diferenciar-se entre si através da qualidade mantendo um custo mais ou menos uniforme e ganhar cota de mercado (em mercados que são pouco elásticos em relação ao custo do serviço, é a forma mais eficiente de ganhar cota de mercado). b) em certos casos, em que certa elastecidade existe, existem suficientes consumidores dispostos a gastar um pouco mais para obter melhor qualidade. Neste caso pode haver uma vantagem em melhorar a qualidade e simultaneamente o custo. Em ambos os casos existe da parte do consumidor uma definição do que é qualidade e uma estratégia por parte do prestador em melhorar essa qualidade por ser favorável para ele. O que acontece em relação aos "serviços públicos" (estou aqui a considerar explicitamente aqueles que são pagos directamente pelo estado e cuja qualidade é analisada por este) é que frequentemente o conceito de qualidade de prestação do serviço é insuficientemente definido (aquilo que eu disse sobre determinação difusa do serviço). Não sou capaz de dizer o que é uma boa qualidade de prestação de cuidados de saúde (e eu tenho amigos que fazem há muitos anos investigação na área da economia da saúde...) Sendo assim, caímos no limite em coisas como o serviço público de televisão, que ninguém é capaz de definir, embora todos critiquem. Para além disso muitas das vezes os conceitos de "limitação de custos" levam os governos a ignorar a possibilidade b). E os contratos de concessão, e efeitos de rede / monopólios "naturais" levam a que a estratégia a) não seja seguida por não trazer vantagens para as empresas. (...) as coisas correm mal quando (...) As entidades "publicas" interveem no funcionamento desse mesmo mercado (telecomunicacoes em .pt, Televisao), Todas as entidades públicas intervem no funcionamento do mercado, nem que seja na função (ou ausência da função) de regulador. Nos casos que indicas suponho que estejas a referir a existência de uma empresa de capitais públicos no mercado televisivo (coisa que acontece em todos os países europeus, incluindo o RU). Penso que a distorção mais grave que pode fazer no mercado é a baixa das tabelas publicitárias por ter publicidade (no entanto as empresas concorrentes que se candidataram a contrato de concessão já sabiam que existia uma empresa com estas caracteristicas no mercado quando concorreram à concessão). Claro que em países onde a televisão é paga por taxa (como no RU) esse dinheiro da publicidade pode ir para os concorrentes privados. Por outro lado a diminuição (artificial) do número de concorrentes faz aumentar o espectro da cartelização que referes. No caso das telecomunicações em .pt, o caso mais grave (e que aliás ocorreu um pouco por toda a Europa) é que a privatização das empresas incumbentes permitiram que elas mantivessem demasiado controlo sobre o mercado (situações de quasi-monopólio efectivo). No entanto estas empresas são hoje privadas, pelo que dificilmente se pode criticar o estado pelo seu funcionamento, apenas pelo processo que praticou. No entanto penso que essa situação vai com o tempo alterar-se (eventualmente até através de intervenção do estado em .pt, separando a TVCabo da PT) simplesmente não à velocidade que os investidores nas outras empresas de telecomunicações pretenderiam. Sinceramente gostaria de continuar a discutir o tema, mas temo que já estejamos muito "off-topic"
JB |
| | | | O problema das externalidades é que não são quantificaveis. Quanto vale a promoção da língua portuguesa feita pelo ciberdúvidas? Quanto vale a visibilidade? A julgar pela opinião dos anunciantes não vale muito. Para alem disso, se as externalidades têm valor porque é que ninguém está disposto a pagar por elas, excepto com o dinheiro dos outros? A utilização de dinheiros públicos em projectos culturais já se revelou vergonhosa noutros casos. O financiamento é público, mas os direitos de comercialização são dos privados. Os conteúdos só cairão no domínio público daqui a mais de 70 anos. Acho que o projecto Vercial e os projectos da Comissão Nacional para a Comemoração dos Descobrimentos são neste caso exemplares. São projectos apoiados por fundos públicos que usam conteúdos do domínio público para produzir conteúdos proprietários. Ou seja, o estado subsidia uma empresa para tornar "Os Maias", que estão no domínio público, em "Os Maias - versão electrónica" que passam a ser proprietários durante mais de 70 anos.
---- joao nonio.com - ciência, tecnologia e cultura |
| | | | Para alem disso, se as externalidades têm valor porque é que ninguém está disposto a pagar por elas, excepto com o dinheiro dos outros?
Ou com o dinheiro de todos? Por uma coisa a que o Adam Smith chamou a "tragédia dos comuns". Básicamente, a criação de "comuns", áreas que servem toda a comunidade livremente, podem ser económicamente vantajosas para todos os elementos da comunidade se cada um deles usar de acordo com as suas necessidades. No entanto, se o uso da mesma levar a alguma degradação (mesmo que muito pequena) da situação do bem, e cada entidade individual tem vantagem económica em usar o recurso, teremos alguns individuos da comunidade que vão usar mais e mais o recurso, de forma a obter vantagens económicas, e eventualmente eliminarão o recurso, e portanto as vantagens para toda a comunidade. Portanto "comuns" não podem ser geralmente criados por entidades privadas, e apenas devem ser criados ou mantidos por entidades que tenham acesso a mecanismos reguladores, que impeçam que o uso desenfreado do mesmo para vantagens económicas por parte dalguns destruam a utilização do recurso por todos.
JB |
| | | | Mas o problema do Ciberduvidas não é propriamente uma questão de Comuns. As externalidades são positivas, enquanto no problema clássico da tragédia dos comuns, as externalidades são negativas. No que diz respeito aos conteúdos, os comuns são muito bem vindos. Seria até desejável que as respostas do ciberdúvidas pudessem ser modificadas e melhoradas. O problema é que o estado apoia a produção de conteudos criando formas de propriedade artificiais. O que é desejável é que o estado quando interfere na produção cultural promova a existência de comuns: conteúdos verdadeiramente livres que possam ser melhorados para que não seja necessário inventar a roda todos os dias.
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