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| Rescaldo do debate da APDSI | | | | Contribuído por vaf em 13-03-02 15:46 do departamento já-se-ouvem-umas-coisinhas | | | | | | | Tal como foi aqui noticiado, ontem dia 12 houve um debate promovido pela APDSI, com os partidos políticos. O CDS-PP acabou por não ser representado, presentes estavam apenas, Diogo Vasconcelos (PSD), José Magalhães (PS), Rui Namorado Rosa (PCP) e Miguel Portas (BE). Daqui do burgo, apenas o João Miguel Neves teve oportunidade de fazer uma pergunta (que por acaso deu aso a uma situação engraçada), e no fim houve algumas conversinhas de corredor. | | | | | | Ao fim de 45 minutos de espera lá começou a sessão. Estava um ambiente na sala muito "engravatado", demasiado e-business, demasiado "nova-economia", e uns quantos que se diferenciavam ligeiramente: Vasco Figueira, Mário Valente, Rui Miguel Seabra, Diogo Santos e João Miguel Neves. O Vasco Trigo (do 2010) que era o moderador, deu início à sessão e deu a palavra ao (Dr./Eng.?) Dias Coelho (da APDSI) e em seguida aos vários representantes partidários. Cada um disse umas coisas, umas mais hilariantes, outras mais sensatas, mas nada de muito relevante. Os pontos mais tocados foram: - Aposta na Banda Larga e a democratização do acesso.
- Liberalização (real) das telecomunicações (Quebrar o monopólio de facto da PT).
- Informatização da Máquina do Estado.
Seguiram-se algumas perguntas, das quais tomo a liberdade de seleccionar algumas que penso serem mais interessantes pelo menos para o contexto. De memória: (Para o PSD): Num cenário de redução fiscal, e ao mesmo tempo de redução de despesa, como é possível um investimento tão grande quanto propõem na informatização da Administração Pública? Como será feito? O Dr. Diogo Vasconcelos lá arranjou maneira de dizer que não havia problema, que desde que a coisa fosse bem feita, não haveria gastos maiores do que já há, etc, etc... Não mencionou a utilização de software livre como uma medidade de redução de custos de informatização. Mencionou o Miguel Portas a questão do software livre, dizendo que não era, de maneira nenhuma, uma questão a menosprezar. (Igualmente para o PSD): Admitindo que a máquina do estado fica toda informatizada, nesse cenário, o funcionário público que já é muitas vezes alvo de pressões para revelar certas informações, irá estar numa situação em que tem muito mais informação à mão, tendo essas pressões tendência para aumentar. Que medidas estão pensadas para proteger os funcionários públicos dessas pressões, ou proteger o estado dos funcionários públicos que cedam às mesmas? O Diogo Vasconcelos esquivou-se vergonhosamente à questão, dizendo qualquer coisa como "Realmente não fazia ideia que aconteciam coisas dessas [subornos] e portanto não estou a ver onde quer chegar. Desculpe." Os restantes mencionaram qualquer coisa como "é uma questão importante, que está pensada" ou qualquer coisa assim. Não retive. (Para todos os Partidos): O João Miguel Neves perguntou quais eram as posições dos vários partidos no que toca à directiva comunitária EUCD [mais informações] e nos atentados que ela representa às liberdades dos cidadãos. E o mesmo para a questão das patentes de software [mais informações]. O Miguel Portas apesar de não se mostrar muito à vontade com a matéria, disse que a sua política era contrária à expressa nessa directiva e que, as patentes de software de facto representavam um perigo para o software livre e em última análise para a inovação. O episódio mais engraçado da tarde foi quando chegou a vez do representante do PCP falar que disse (respondendo ao João) qualquer coisa como "De facto a questão das patentes é muito importante. Hoje em dia de facto há muitas dificuldades no registo de patentes e as empresas têm muita dificuldade em assegurar a protecção da sua propriedade intelectual.". Pois. O José Magalhães não referiu expressamente esta questão, mas mostrou-se consciente do estado e dos perigos dessa directiva, e, do que me recordo, não falou das patentes. Houve um pouco de falta de tempo, que apenas deu para duas levas de três ou quatro perguntas, o que foi manifestamente insuficiente. O Miguel Portas teve de sair antes do fim, o que impossibilitou uma abordagem mais directa. Foi pena. Contudo, no final, o Diogo Vasconcelos acabou por dar o seu contacto e solicitar mais informação sobre o software livre, mostrando-se interessado na coisa, o José Magalhães, disse, em relação ao EUCD que sabe dos perigos, mas que por enquanto "podem baixar a arma" - para depois acrescentar - "... mas não a desengatilhem!". Ou seja, mantenham-se alerta. Conclusão: O José Magalhães minimamente aware das coisas, o Bloco da Esquerda muito motivado para a questão, e o PSD recém interessado e a prometer frutos. Saldo positivo. < A Microsoft anda com medo | Mandrake e o XP: Partição Invisível > | | gildot Login | | | Referências | | |
Esta discussão foi arquivada. Não se pode acrescentar nenhum comentário. | | | De facto foi bastante fraco. Fica sem duvida a pergunta do JNeves, a que nenhum conseguiu responder claramente. No entanto, houve um sentido de perguntas para o PSD. Sera' que e' para saber a opiniao do proximo governo? ;) Ps: Lamento não poder acompanhar os que "se diferenciavam ligeiramente", mas o "traje" assim o obrigou ;)
Cumprimentos, vd |
| | | | Bem tive a ver algum tempo o debate on-line estava muito morno sem nenhum interesse e nada de novo. O que me chamou mais a atenção foi a intervenção do representante do PPD/PSD sobre o futuro do cable. Parece que eles querem vender a rede base á PT mas tirar o cable. Vamos lá ver no que vai dar. Tambem gostei de ouvir todos (Ps e PSD) a falar da banda Larga e que se tem de expandir, principalmente o ADSL.
Pedro Esteves |
| | | | (Igualmente para o PSD): Admitindo que a máquina do estado fica toda informatizada, nesse cenário, o funcionário público que já é muitas vezes alvo de pressões para revelar certas informações, irá estar numa situação em que tem muito mais informação à mão, tendo essas pressões tendência para aumentar. Que medidas estão pensadas para proteger os funcionários públicos dessas pressões, ou proteger o estado dos funcionários públicos que cedam às mesmas? Grande parte das informações em causa deviam ser públicas e não há razões para permanecerem secretas. Se forem divulgadas, se for respeitado o principio da transparência da administração pública, deixa de haver motivos para pressões.
---- joao nonio.com - ciência, tecnologia e cultura |
| | | | Gostava só de acrescentar, que após uma abordagem feita pelo Rui Miguel Seabra e por mim, o representante do pcp, acabou por deomonstrar interesse em saber um pouco, mais para esclarecer as suas "duvidas" sobre as patentes de software. Apesar de o Miguel Portas ter saido antes do finál eu e o Rui ainda tivemos a opurtonidade, de lhe oferecer uma defiição de software livre, visto que ele disse ke o software da Aple éra Livre |
| | | | | Gostava só de acrescentar, que após uma abordagem feita pelo Rui Miguel Seabra e por mim, o representante do pcp, acabou por deomonstrar interesse em saber um pouco, mais para esclarecer as suas "duvidas" sobre as patentes de software. Aproveitem e esclarecam mais uma serie de duvidas que o senhor deve ter. E' que nao deu uma para a caixa. Estava completamente com o um ar de "fui eu o gajo a quem saiu na rifa vir para aqui aturar-vos". Apesar de o Miguel Portas ter saido antes do finál eu e o Rui ainda tivemos a opurtonidade, de lhe oferecer uma defiição de software livre, visto que ele disse ke o software da Aple éra Livre Foi pior do que isso. Apesar da intervencao do Miguel Portas me ter surpreendido pela positiva (nomeadamente a introducao do tema "obrigatoriedade de open source na administracao publica") a referencia de que esse tipo de software seria uma alternativa ao "software da *Mac* e da *Apple*" mostrou que ou estava confuso ou lhe passaram mal o briefing. Cumprimentos Mario Valente |
| | | | A definição de Software Livre que dei ao Miguel Portas, é a que está na pagina da ANSOL, n tem erros ortográficos, porque eu limitei-me a imprimi-la. :) |
| | | | epa tb nao sejamos tao exigentes, a questao das patentes de software é uma questao nacional, mas duvido q por essa europa fora hajam pessoas tao ou mais bem informadas. A verdade e q se a directiva comunitaria passar, Portugal tem de acatar. E como diz o Stalman, mais ninguem podera desenvolver um Processador de Texto sem reusar ideias de outros e por tal violar a lei. Os nosso politicos mostraram interesse pela "coisa", o que ja e positivo. Acho q a Ansol tem aqui um bom caminho pra precorrer, mas ta entregue em boas maos. O João Neves é uma excelente pessoa. Epa ainda me lembra aqui a um Mes, mais uma vez o Stalman, ;) Que pra explicar o conceito de Free Software usou a analogia das receitas de culinaria! Se calhar os nossos politicos preceberiam melhor se fossem por ai! Aproveitem agora q eles tao permeaveis, pelo menos ate ao fim de semana. ;) Boa sorte. Ricardo
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| | | | Contudo, no final, o Diogo Vasconcelos acabou por dar o seu contacto e solicitar mais informação sobre o software livre, mostrando-se interessado na coisa, Pois... quer dizer... como posso dizer isto... ele sabe da existencia do software livre e do linux, ele proprio tem os servidores na empresa em linux e ouviu varias historias sobre software livre ele "da'" ouvidos e parece interessado, mas depois os amigos acabam por lhe "vender" as solucoes M$, pois e' o todos eles usam penso que ele julga que nao esta' usavel, precisa de muitos tecnicos e caros, que nao e' simples, que e' mais uma das muitas "loucuras dos informaticos", ou pura e simplesmente ouve mas nao liga, pois pode ja' ter tido a lavagem cerebral vinda dos seus varios contactos na M$ ou seja o calo politico a funcionar (ele entrou para a politica no secundario e nunca mais parou) nao sei, nunca descobri, mas a sensacao de parecer interessado vi muitas vezes, mas infelizmente nunca passou dai... mas forca, quanto mais vezes ele ouvir falar e entender o que e' o software livre e as suas vantagens, melhor. na pior das hipoteses vai equilibrar a lavagem pro-M$ que ele vai recebendo se for preciso alguma coisa avisem higuita Higuita |
| | | | Boas Fico contente por a questão do opensource não ser completamente desconhecida dos nossos políticos. Sinceramente estava à espera que ninguém fizesse a mínima ideia do que é o opensource, para além do nome, claro. Quanto à utilização de opensource na função pública a coisa ficará clara quando se fizerem contas. Digo por experiência própria. Quando apresentei as contas das licenças nt que poupávamos se utilizassemos servidores com SuSE, o administrador disse rápidamente "sim". É claro que sou eu que administro estes servidores porque mais ninguém sabe fazê-lo (confesso que também sou um bocado lerdo neste aspecto). De qualquer forma, não é assim tão difícil administrar servidores de ficheiros, impressoras e etc. Penso que este pode ser um bom tema para o gildot. Como inserir o opensource na função pública ? Abraços EJ |
| | | | Patent activities in the EU: towards high tech patenting 1990 to 2000 regioes com mais patentes em tecnologias por milhao de habitantes 1. Uussimaa - Filandia 301.2 2. Oberbayern - Alemanha 280.5 3. Noord-Barbant - Holanda 268.6 4. Stockholm - Suécia 230.7 ... 11. Ciudade Madrid - Espanha 11.6 12. Kriti - Grecia 1.7 13. Lisboa e Vale do Tejo - Portugal 1.7 Bom as vezes ate é bom ser o ultimo da Europa ;) ou nao pois a riqueza de um pais/regiao e porpocional ao numero de patentes possuidas. ;( |
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