Esta discussão foi arquivada. Não se pode acrescentar nenhum comentário. | | | Existem duas estratégias de pricing para lidar com o ambiente actual do mercado dos jogos, que tem pressupostos diferentes: - 15 contos - este preço baseia-se no reconhecimento de que o software vai ser pirateado por um número enorme de adolescentes nas escolas. A ideia é que os pais que compram as prendas de Natal e alguns jovens mais abastados vão comprar a versão original que servirá para pagar os custos de desenvolvimento e receber uns tostões de lucro.
- 500 escudos - este preço baseia-se no princípio da Teoria Económica que diz que se deve pôr o valor de um produto o mais próximo possível do preço de distribuição. Aqui a ideia é que é tão barato e acessível (isto quer dizer hipermercados, bancas de jornais e internet) que não vale o esforço de fazer uma cópia pirata (nem por aquele "amigo" que tem uma operação quase profissional e todas as últimas versões do software que está no mercado).
Em qualquer caso espero que não estejas a pensar no mercado nacional. O recorde de "vendas" de software é detido por um jogo do Quicky que era "oferecido" com pontos das embalagens de Nesquik e, mesmo assim, chegou às 10 000 unidades. A 500 escudos cada (ero o preço dos portes) são 5 mil contos de receitas sem quaisquer custos... Dificilmente será rentável. |
| | | | Seguindo tua opinião de que os jogo custam cerca de 5 vezes mais do que aquilo que achas que eles merecem, podemos sempre copiar quatro e comprar um para equilibrar as contas. Pessoalmente eu tenho as minhas prioridades em relação ao meu dinheiro e não tenho problemas de consciência nenhuns em piratear conteúdos que sei que não vou comprar de qualquer maneira. Apenas me incomodam as pessoas que, se fosse única opção viàvel, dariam 15.000$00 por um jogo para o poder ter mas que, como não são obrigadas, o pirateam. Um bocado off topic: Também acho que os produtores de conteúdos têm todo o direito em se tentar proteger contra a pirataria desde que não atropelem aquilo que considero serem liberdades individuais e direitos dos consumidores (que pagam por esses conteudos) imprescindiveis. Afinal, o direito à propriedade intelectual é um dos componentes de uma sociedade livre e democrática.
Remember to be the Killer, not the Victim! (Nuklear Girl) |
| | | | | Afinal, o direito à propriedade intelectual é um dos componentes de uma sociedade livre e democrática. Desculpem o off-topic, mas esta afirmação é tão escandalosa que tem de ser comentada. Não há, nem nunca existiu o "direito à propriedade intelectual" como parte de uma sociedade livre e democrática. Porquê ? Porque as pessoas conseguem desenvolver as mesmas ideias de forma independente (o caso da invenção do LASER é apenas um de milhares de exemplos) e porque as ideias, ao contrário das propriedades e outros bens tangíveis, não se podem dar. Sempre que eu dou uma ideia a alguém também fico com ela. Assim, para garantir a existência de uma propriedade intelectual é necessário que ninguém saiba as minhas ideias, mesmo que as tenha pensado sem a minha ajuda. Ora eu não acredito que uma polícia do pensamento como a do romance "1984" seja possível numa sociedade democrática. O que aconteceu nas sociedades democráticas foi que se reconheceu que os autores de música e peças de teatro contribuíam para o bem da sociedade, mas não recebiam nada por isso. Como forma de fomentar a existência e contribuição de novas obras para o bem da sociedade foi concedido, através da legislação de direitos de autor, um monopólio temporário a esses mesmos autores. E o mesmo aconteceu com as patentes para proteger as invenções do tipo "ovo de colombo" (agora que um fez é fácil de copiar, o difícil foi fazer a primeira vez). Agora entram em cena os últimos 30 anos. O conceito de propriedade intelectual tem sido usado pela indústria do entertenimento, em especial a Disney, para convencer os políticos que os direitos de autor são direitos básicos. O resultado é a quase eternidade dos direitos de autor (vida do autor + 90 anos) e legislação como a EUCD que limitam a liberdade de uso de quem paga por essas obras. E é esta situação que estamos a perpetuar ao afirmar que a propriedade intelectual existe e é um direito inerente a uma sociedade livre e democrática. É mentira! |
| | | | «Sempre que eu dou uma ideia a alguém também fico com ela. Assim, para garantir a existência de uma propriedade intelectual é necessário que ninguém saiba as minhas ideias, mesmo que as tenha pensado sem a minha ajuda. Ora eu não acredito que uma polícia do pensamento como a do romance "1984" seja possível numa sociedade democrática.» Estava simplesmente a referir-me a direitos de autor e patentes. Sempre vi o termo «proprieada intelectual» nesses termos. Se achas que é um mau uso do termo... Não estou a defender certas leis que protegem direitos de autor e patentes para lá do que considero (e parece-me que tu também) aceitável. Simplesmente estava a referir-me ao direito de os criadores terem algum controlo sobre o que criaram incluindo, se o desejarem, obter benificos materiais (ou de o divulgarem abertamente sob uma licença como a GPL). É que quando se fala em pirataria de conteúdos, muita gente pura e simplesmente não reconhece esse direito. Remember to be the Killer, not the Victim! (Nuklear Girl) |
| | | | Hummm essa pergunta é dificil de responder. Num mercado concorrencial os preços são formados pela interacção da procura com a oferta. Ou seja o preço está sempre em equilibrio. Logo os preços que se praticam são os ideais. O que tu perguntas-te é chamado de disponibilidade marginal a pagar. Ou seja quanto é que alguem está disposto a pagar por determinado produto. Cada pessoa tem uma disponibilidade diferente da outra e quem a tem mais elevada que o preço de equilibrio compra o produto, os outros não interessam. Os outros tem de se contentar com a economia paralela (pirataria) , e quanto mais pobre um país é mais importancia ela tem. E mesmo a economia paralela está em equilibrio com a economia "legal". A unica maneira de acabar com a pirataria é ou aumentar o rendimento ou diminuir os preços, como a primeira é muito complicada é mais facil diminuir os preços. Quanto mais baixos eles estão menos pirataria há, mas eles não podem descer indefinidamente (até 200$ preço de um cd virgem) para acabar com a pirataria toda, logo só vão descer até haver um equilibrio de preço entre o mercado "legal" e o "pirata". Logo para um determinado preço do produto existe um equilibrio entre as copias legais e as piratas. E as empresas não tem nada de refilar contra a pirataria. Claro que depois as empresas e as pessoas tem de meter coisas ao barulho como ser crime e direitos de autor e moral etc... Mas como essas externalidades já estão incluidas no preço final, o preço do software é o que está em vigor, e quem não gosta sempre tem o mercado paralelo.
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| | | | É difícil compreender porque razão os preços dos videojogos em Portugal são elevados. Mas também é difícil transmitir a mensagem, que os jogos têm o seu custo, existem equipas de programadores, de marketing, publicidade, criativos, custos nas embalagens, nos manuais, etc,etc. Portugal é considerado actualmente como um dos paraísos dos piratas informáticos, que ganham a sua vida a fazer cópias de jogos e afins e que as vendem a 1000$00 o cd. Eu compreendo que o actual custo de um jogo é excessivamente elevado, que nem todos os jogadores portugueses têm possibilidades para comprarem jogos originais. Mas...vejamos... Vocês são na sua maioria informáticos. Suponhamos que realizam todos os meses o vosso trabalho para a vossa empresa e que ele é duramente copiado para ser vendido muito mais barato aos consumidores finais. O que fariam? É o mesmo que acontece nos videojogos! Um jogo...um simples jogo custa a ser desenvolvido e colocado no mercado, 650 mil contos. Preços do ano passado. Uma editora chega a pagar mais de 50 mil contos por uma campanha de publicidade. Será que 8 ou 10 contos é assim tão caro? É por estas e por outras, que as editoras não apostam em Portugal e as que estão actualmente em Portugal, estão a passar os seus escritórios para o país vizinho...Espanha. É por isto que os profissionais deste ramo, são sempre os últimos a receber o material necessário para a criação de conteúdos. Temos de acabar e de mentalizar-nos que devemos terminar com a pirataria descarada. É mau para todos nós!
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| | | | | Hummm... sim, e vais acabar com a "pirataria descarada" como? Bem, falando no exemplo dos cds de audio, um cd sai de custod e fabrica a qualquer coisa como 20 escudos (ou um pouco mais)... depois pega-se nele, grava-se as musicas, já se tem de pagar pelos tecnicos que tiveram de arranjar a maquina de gravação de cds porque o raio "lazer" pifou, porque havia um cd que estava a reflectir a mais, e lixou o cristal... e depois acrescenta-se o preço dos direitos de autor a cada faixa escrita... mais a campanha de publicidade, a distribuição, blablabla, lá nos chegou um cd por 3500 escudos, 4000 escudos... que giro... se tivermos em consideração que se o manager da banda que gravou o é um manager eficiente e conseguiu 10% dos lucros da tiragem (não esquecendo os 20% dele, desses 10%), ficamos a pensar... como é que um direito de autor que faz a diferença entre ser pirata ou legal (a cópia) ficou tao inflacionada que passou de uns miseros escudos para 4 contos... porque se os direitos de autor são aquilo que as editoras pagaram (se com sorte o manager conseguir 10%), passaram desses 10% para os milhões que as editoras fazem... porque se fossemos ver a nivel de direitos de autor, um cd mais as gravações, mais encartes, mais distribuição não ficaria alem dos 1500 escudos... mas como é que nos chegam às lojas por 3500/4000 escudos é que me deixa parvo... é para compensar as x cópias que se fizeram ilegalmente (como escreveram em alguns comentários)? Bem, que culpa tenho eu ao ir comprar um cd, super inflacionado, de musica, que outros tenham feito copias porque acharam ridiculo o preço desse cd? Nenhuma... que eu saiba as editoras nao andam com grandes problemas... Agora falando das empresas de software... bem, um jogo... okis... eu lembro-me de na altura do Thief 1, a versao gold trazia um filme a mostrar a equipa inteira de programadores e afins... eu contei perto de 8 pessoas.... 8 (podiam ser algumas mais, podiam ser algumas menos)... agora digam-me, onde é que 8 pessoas fazem o preço de um jogo chegar aos 7, 8, 9, 12 contos.... eles teem de se alimentar... okis... baixem os preços... também nunca ouvi falar em programadores, desenhistas, gfx e sfx a passarem fome por trabalharem em empresas que fazem jogos... nunca vi o john carmack a queixar-se ou a medingar... e agora o jogo quake 3 tá a qualquer coisa como 3 contos... na altura em que saiu custava 12 contos nalgumas lojas... se não fossem os servidores da ID de checkup às keys do jogo, talvez tivessem feito mais lucro desde q desceram o preço do jogo para 3 contos do que na altura em que saiu... porque obrigaram muitos online gamers a comprarem o original... lá tiveram de juntar uns trocos para o irem comprar... eu preferi só compra-lo agora... razões obvias... nunca iria dar 9 ou 12 contos por um jogo, sabendo eu que o preço de custo do jogo, com as copias que se venderam, nunca seria acima de 50% do preço de saida... vendo que o quake 3 é um jogo vocacionado para jogar online, e tendo a ID servidores e checkup ao cd-key, que só deixa jogar com originais e é um jogador por cd-key, essa desculpa de "já estarem a pensar nas cópias piratas, por isso é que o preço é tão alto" não cola...
HiTek DeVil |
| | | | Os CD-ROM não se fabricam para depois serem gravados. A "gravação" é parte do processo de fabrico. E o seu custo é de cerca de 150$00 por unidade, para séries grandes. Para séries menores, o preço por unidade aumenta obviamente. Mas sim... termos CDs de música a 1500$00 não é impensável. Já comprei CDs novos por 2000$00 de bandas cujas vendas se cifram em centenas de CDs, imagino para uma que venda milhões... Claro que as editoras fazem exactamente ao contrário: aproveita a fama de um artista para aumentar o preço dos CDs. E fazem-no porque sabe que mesmo sendo mais caro esse álbum vai vender mais. Como disse o MavicX no seu artigo, a verdade é que o mercado está em equilibrio. As empresas põe os CDs o mais caro que conseguem sem prejudicar as vendas, conscientes que pôr os CDs mais baratos não iria aumentar as vendas o suficiente para compensar a baixa de preço. Felizmente nós temos a opção de não comprar.
Remember to be the Killer, not the Victim! (Nuklear Girl) |
| | | | Sim, baixa de preços, mas não aumento de prejuízo, porque isso não há... Mas essa diminuíção de lucro, é um lucro já de sim inflacionado... Se formos ver em termos de ratio cópias pirata/originais, diriamos que há prejuízo... mas a desculpa de que os preços são assim por causa da pirataria... Eu tenho mais a noção de que a pirataria é tanta por causa dos preços... E eu referi-me a preço do cd, mas cd ainda antes de ser gravado (para equiparar os cds usados na industria das editoras/whatever, para fazer uma base de comparação com os cds comprados na loja de informática da esquina para fazer o "backup" do original). Mas continuo a afirmar... a indústria só se encontra em equílibrio porque se habituaram a vender os cds super inflacionados... se vendessem mais barato uns mil escudos, não perdiam muito de lucro... se perdessem uns 3 a 5 % de lucro, em pt, era muito... posso estar enganado, mas essa é a minha opinião... porque mil escudos em 3500 escudos ou em 3000 escudos não é nada, é a diferença entre ir a uma loja e comprar um cd, ou comprar dois, porque sejamos realistas, cds de musica ou jogos não são a prioridade da maioria dos portugueses... e em termos de jogos, bem, deveriamos dividir em dois tipos, os jogos para os "putos" (alguns jogos de alguma consolas), e os jogos dos 16 para cima... (e alguns intermédios), se formos a ver que os jogos para os mais novos, o preço é brutal, visto eles não terem rendimentos, quem compra são os pápas, e é raro, pois não entendem porque raio iriam dar 7 ou 9 contos por um jogo daqueles, só os compram no natal ou nos anos porque o filho pedinchou tanto que os valiums em casa já se esgotaram, então toca a comprar aquilo para calar a boca ao "puto" :P mas não falo nas empresas deixarem de facturar... falo em facturarem um pouco menos, mas facturarem na mesma... senão quem perde a médio e longo prazo são elas... muitos artistas já lançam os albuns via net e tudo... e o sistema de pagar x para sacar a musica, directamente do site do artista, elimina o intermediario "distribuidora", que lixa as contas à "galinha de ovos de ouro" da indústria discográfica...
HiTek DeVil |
| | | | Bem, ia-me esquecendo de uma coisa... tenho um colega meu que tem uma banda, cd lançado e tudo... sabes que acordo fizeram com a discográfica? x em dinheiro, e 200 cds, acho eu, para eles... os cds foram para as lojas a 2000 escudos cada, e eles venderam os cds que ficaram para eles a 2000 escudos cada também... d'outra forma só teriam levado um x percentagem (qlqr coisa como 2% ou 3% ou ainda menos do lucro dos cds vendidos) ou então um x predefinido, caso o número de vendas chegasse a y... ou seja, mesmo neste caso do cd ser até barato, a empresa discográfica lucrou cerca de 70% das vendas... 30% foi para pagar o salário o eo tempo dispensado na edição (e o tempo que a banda passou no estúdio a gravar), a gravação do cd e o cd, a impressão dos encartes, e a distribuição... (eu sei que o cd vendeu-se bem, pois pelo que sei, a editora teve de encomendar mais cds para distribuir pelas lojas porque a escedeu as espectativas... logo mesmo uma banda "nova", para um número restrito de pessoas, porque não é uma banda para todos os gostos... se metal já é para algumas pessoas, o género que eles tocam ainda é para menos, e mesmo assim vender tanto... é fabuloso... (ajuda também os concertos que eles deram e dão nas discotecas e locais em que essas bandas teem uma grande aceitação... e as críticas nas revistas da especialidade... o que disse para esta banda, conta para todas as outras...
HiTek DeVil |
| | $$$ (Pontos:3, Esclarecedor) |
| | Também acho que os jogos são extremamente caros, e os preços indicados no artigo seriam razoáveis (se bem que para mim caros mesmo assim uma vez que raramente jogo). Agora para aqueles que gostam de desculpar os custos criminosos dos jogos com a justificação de que os jogos custam dinheiro para produzir tomem em atenção a distribuição das receitas pelos vários intervenientes onde as editoras e distribuidoras recebem esmagadoramente mais e onde os custos de produção afinal até nem são assim tão altos.
-- Carlos Rodrigues |
| | | | Ora bem... antes de mais nada deixem-me lembrar de uma premissa simples das "leis gravitacionais" dos preços: cobra-se tanto como se pode cobrar. Ou seja, por outras palavras, um jogo custa tanto quanto o mercado pode pagar por ele. Coloquem-se nos pés de um vendedor/distribuidor/whatever, numa situação hipotética: sabem que vão vender 8000 cópias do jogo a 10 contos, fazendo 4 contos de lucro por cada uma. 8000x4 = 32000 contos. Agora imaginem que até são uns tipos porreiros e querem baixar os preços. Fazem uma previsão de mercado e apercebem-se que a 8 contos, vendem cerca de 11000 cópias do jogo. 2000x11000 = 22000. Qual preferem? A escolha é óbvia. Sabendo que o pessoal tem guito para pagar, faz-se a escolha que dá mais lucro, mesmo que não seja a mais bonita. Esta já toda a gente ouve desde pequenino: "niguém dá nada a ninguém". E se hoje se vê um mercado _real_ para jogos, é porque eles são comprados, senão pura e simplesmente não havia! Btw, a mina de ouro das lojas de jogos deve ser o Championship Manager, porque cada vez que sai uma edição nova (ou seja, mudam a base de dados), lá vai o povinho todo hiper-religioso destas coisas da bola em filinha para a loja para comprar (ah, e também o Fifa! =) ps - não tenho nada contra o futebol :) A pirataria é muito engraçada. As empresas gostam de calcular prejuízos de XXX milhões. Ora bem, pergunto-me eu como é que alguém calcula o prejuízo de algo que NÃO CHEGARIA A VENDER! Partem do pressuposto que alguém compraria tudo o que pirateou, o que está manifestamente errado! Levanta-se depois a velha questão do valor de alguma coisa. Para citar uma antiga revista onde vi esta questão muito bem exposta (a velhinha PC Format), "hoje em dia sabemos o preço de tudo e o valor de nada". O jogo A pode custar 8 contos e vocês passarem 10 horas a jogar e depois arrumarem-no. O jogo B pode custar 6 contos e vocês passarem a vida toda nele. Será que o jogo A não valeria antes 300 paus e o jogo B mais? Não valeu na realidade mais?
Just some food for thought JB |
| | | | | Onde diz 2000x11000 era 2x11000. O sono faz destas coisas :) (e deve haver mais contas erradas por aí...) |
| | | | yap tems razão o preço reflete sempre a procura e a oferta e a maximização do lucro. O problema é que o lucro em concorrencia perfeita é zero (ou tende para zero), é por isso que a microsoft como monopolista ganha montes de papel, e empresas de jogos estão na falência, mas isso é outra história. |
| | | | Comecando pelos jogos. Os valores apresentados parecem bastante razoaveis. Acho curioso q são mais ou menos os preços q se practicam la fora. (Nunca percebi pq cds, dvd's e afins são mais caros aqui(q ganhamos 1/5 deles) do que nos paises civilizados.) Entre fazer uma copia pirata, ou ter uma caixinha e tal, se os precos fossem minimamente justos, para os jogos q verdadeiramente me interesassem, preferiria a caixinha, e pagaria por ela. O q acontece, 'e que como estão as coisas, não compro caixinha nenhuma. Software Agora no sentido mais lato: software em geral. O problema do software, 'e não existir um custo de produção marginal significativo. Algures no tempo, aprendi (prai em engenharia economica I), o conceito de custo de produção marginal, q vou tentar explicar sem o deturpar muito. (qualquer lapso nao foi erro dos meus professores, mas sim ma memoria da minha parte ;)) o CPM 'e o investimento por unidade necessario para produzir +1 unidade. No caso de todos os bens (acho eu) esse custo 'e relevante, e regula o preço final, pois p.e. parap produzir +1000 carros, 'e necessário comprar +1000 componentes para os carros, pagar aos trabalhadores, pagar a electricidade, etc... Existe também um ponto de rotura, p.e. para produzir +10000 carros, existe um ponto de rotura, pois provavelmente ser'a necess'ario aumentar a fabrica, comprar novos robots, empregar + trabalhadores, custos q vão disparar o custo marginal de produção. No caso do software, o panorama 'e completamente diferente. O software tem um CPM quase nulo. O q conta no software 'e o investimento inicial. Produzir +10 000 copias do software nao tem um aumento do custo marginal significativo. A materia prima 'e quase de borla, (cd's virgem saem para estes volumes a muito menos de 100 paus), compar mais uns gravadores tb não 'e significativo, e o mesmo com o resto dos factores. (um outro exemplo. um software qq dedicado, vendido a uma empresa por 30k, com 15k de investimento d'a 15k de lucro. Um empreiteiro tb consegue fazer o mesmo constroi por 15k e vende por 30k. O que o empreiteiro nao consegue fazer, 'e vender uma segunda versao do software, com um custo marginal practicamente nulo e ter 30k de lucro.) Todos os multimilionarios do software s'o o sao por causa disto. A partir do momento q o investimento inicial ja est'a pago, cada venda 'e +95% puro lucro. (99.99% no caso de m$ q vendem milhoes de copias) Outra polemica - a distribuição dos lucros No caso da musica, tambem 'e chocante. Pagam-se os tais 3cts O problema 'e q desse dinheiro, apenas os tais 10% vao para quem efectivamente fez a m'usica, o resto vai para as multinacionais. Eu nao gosto de alimentar quem ja esta gordo, por isso não compro um cd ha anos. Penso q no caso dos libros o problema 'e similar. + polemica E o q 'e uma copia pirata? o mundo digital 'e o unico q permite q uma copia seja exactamente igual ao original. (i.e. nao existem copias piratas, existem sim originais duplicados) Se eu fosse m'agico, e conseguisse duplicar uma barra de ouro, ninguem diria q nao a aceitava. Continuaria a ser ouro. finalmente Deveria efectivamente existir um metodo q permitisse distribuir mais equitativamente os meritos (e os lucros) de software bem feito, e de jogos bem feitos, e de musica bem feita. Tal como a democracia, q nao presta para nada, mas usa-se porque nao existe melhor, o software continua a ser vendido de forma a maximizar o lucro. Se alguem descubrisse um sistema melhor, seria bom. Eu ja pensei nalgums, mas pareceram-me logisticamente impracticaveis, ou entao acabariam por nao maximizar o lucro. (devemos perguntar-nos, e ser'a mesmo obrigatorio maximizar o lucro?) Um exemplo de preco de software justo O preco de um software estaria definido em X. Com um publico esperado de Y, o preco final seria X/Y. A partir do momento em que eram vendidas + do que Y copias, o software iria gradualmente descendo de preco (com uma funcao matematica suficientemente complexa, q permitisse q o lucro final fosse aumentando), e a diferenca entre o preco de compra e o preco actual reposta aos primeiros compradores. (eu disse q alguns dos metodos q pensei eram logisticamente impracticaveis e nao necessariamente maximizadores de lucro. Mas temos de reconhecer q seria um sistema muito mais justo) Z
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| | | | Se ganhasse o mesmo do que a média europeia iria até aos... 20 contos por um bom jogo. Tenho uma analogia : Estava eu um dia a ver uns livros da O'Reilly e achei que eram bastante caros, a pessoa que estava comigo ao ouvir-me apenas me disse o seguinte : 'Os livros não são caros, nós é que ganhamos mal !' |
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