Esta discussão foi arquivada. Não se pode acrescentar nenhum comentário. | | por Anonimo Cobarde em 07-09-01 15:53 GMT (#1) |
| Trabalho na HP à algum tempo e posso grantir-vos que a estratégia da HP não passa de forma nenhuma pelo Linux! Pelo menos em Portugal. As poucas referências que fazem em termos de Linux são apenas meras campanhas de marketing com vista a não ficarem a trás da concorrência, nomeadamente da IBM. O SO que dá dinheiro à HP é o HP-UX e ponto final. É uma pena que não tenham visão para mais... |
| | | | | Claro, contrataram o Perens(ligada à Debian), porque é giro! Que a estratégia de uma major em Portugal seja virada para Micro(essencialmente), tem a ver com as parcerias estratégicas e porque o Bill me convidou para aquele almoço de não sei quantos CIUS. Quanto ao $ que vem da comercialização do HP-UX tém a sua lógica não? Se o desenvolvem não é para depois vender mais NT certo?
"Os meus 2 caragos" Ferrenho Gomes zZzZz |
| | | | Humm... As HPs Portugais e outras que tais não me parece que sejam consultadas previamente nestas coisas, pelo que se realmente houver uma "estratégia Linux" por parte da HP (e parece-me que há) não me espanta que não estejas ao corrente delas :-)
BTW, conheço um instituto público em Lisboa que comprou há pouco tempo um bruto servidor HP com Linux e Oracle. Por isso... pelo sim pelo não, vai-te mantendo atento :-)
Só para terminar, por acaso a Compaq há pouco tempo até passou a oferecer Linux nos Proliants e Alphas como SO de escolha de instalação. Podes ver aqui, ou com mais detalhe aqui.
Got the picture ? HP, Compaq, Linux...
Mário Gamito educação, ensino |
| | | por Anonimo Cobarde em 07-09-01 16:53 GMT (#5) |
| tens a certeza? HP to launch secure Linux today By John Leyden Posted: 22/08/2001 at 11:56 GMT |
| | | | "O SO que dá dinheiro à HP é o HP-UX e ponto final. " A HP cobra centenas de contos por serviços tão banais como instalar CD-ROM's e afins nos seus servidores. Se mantiver este tipo de assistência com os S.O. Linux vai acabar por ganhar na mesma. |
| | | | "HP would have plenty of work to do to build Linux beyond entry-level servers. Linux has to be adapted by corporations for mission-critical operations (...) IT managers tend to be a little more risk-averse than 'Sure, if anything breaks...my factories grind to a halt. But what the heck! Let's risk it!'" Provavelmente um dos maiores benefícios que uma (eventual) estratégia conjunta da HP/Compaq pode trazer ao Linux gira à volta deste problema. No fundo é uma questão de imagem. O facto de haver uma grande empresa que aposta no software e lhe presta suporte técnico contribui para que se crie confiança no produto. Sabendo que existe um (pobre) indivíduo atrás de um balcão que irá aturar os acessos de fúria se algo correr mal todos ficam mais descansados. E no entanto, quantos já não terão saboreado a ineficiência de um suporte técnico, o doce canto de um vendedor qualquer que nos tenta impingir as virtudes do S.O. (ou lá o que seja)? Seria de esperar que quem toma as decisões fosse racional e percebesse que, às vezes, a existência de suporte técnico pouco adianta. Mas a prática corrente é apostar numa grande companhia e, a meu ver, se a HP/Compaq desempenharem esse papel em relação ao Linux há boas hipóteses do futuro ser risonho. No entanto, gostaria de deixar aqui uma dúvida que me assalta. Se a HP/Compaq realmente pegar no Linux, como irá a comunidade lidar com o risco de as orientações destes gigantes informáticos se tornarem o padrão do SO? Estará a comunidade disposta a abdicar da liberdade que hoje vigora em favor da promoção comercial? |
| | | | | (...)No entanto, gostaria de deixar aqui uma dúvida que me assalta. Se a HP/Compaq realmente pegar no Linux, como irá a comunidade lidar com o risco de as orientações destes gigantes informáticos se tornarem o padrão do SO? Estará a comunidade disposta a abdicar da liberdade que hoje vigora em favor da promoção comercial? O mesmo se poderia dizer da IBM, mas esta é uma dúvida tão frequente quanto é frequente esquecerem-se de que o Linux é uma imensidão de software vindo de uma imensidão de developers. É actualmente demasiado grande para qualquer companhia conseguir impor a sua vontade sozinha. É claro que poderiam fazer um fork, mas quando tivessem conseguido tornar o Linux em metade daquilo que queriam, já o Linux "oficial" estaria milhas à frente. Por isso qualquer empresa interessada em colocar o Linux como parte da sua estratégia de negócio sabe que o único caminho possível é a cooperação com a comunidade open-source (que óbviamente incluirá empresas concorrentes), tentar impor a sua vontade só levaria a um de dois resultados, o aparecimento de mais um unixalike com uma quota de mercado reduzida e desenvolvimento lento, ou seria completamente ignorada por quem de direito, porque não seria o verdadeiro Linux. Moral da história: a estratégia de tentar controlar o SO já demonstrou todas as suas falhas com as inúmeras versões de Unix proprietárias. O Linux não é um Unix nesse aspecto, o negócio Linux está nos serviços, sendo assim é muito melhor deixar (ou ajudar) os developers open-source fazer o seu trabalho em vez de concentrar todas as responsabilidades... menos despesa e mais produtividade.
-- Carlos Rodrigues - "I think we can handle one little penguin!" - "No, Mr. Gates, your men are already dead!" |
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