Esta discussão foi arquivada. Não se pode acrescentar nenhum comentário. | | | Jovem, a empresa a que me encontro ligado, por vezes recorre a codigo GPL, melhora o que tem que melhorar, por exemplo, melhoramos as classes IMAP/POP de um conhecido Webmail, resolvemos problemas que tinha com attatchments e varios outros problemas com as classes de SQL, e enviaremos a seu tempo as alteraçoes que forem necessárias para o autor do dito software, com o qual estamos em contacto...
Todo o codigo nosso, desenvolvido por nós, quem quiser paga, embora tenhamos algum codigo disperso por algumas aplicações GPL, se começamos e melhoramos algo GPL, cedemos o codigo ao autor, se é 100% nosso, vendemos a quem quiser... :]
-------------------------------------------- If there is such a thing as too much power... I've not discovered it... |
| | | | por Anonimo Cobarde em 15-07-01 23:01 GMT (#18) |
| Jovem... acho-te piada realmente. Já pareces aquele jovem da Websolut que tb dizia que tinha alterado o IMP(um conhecido Webmail) e que a seu tempo iria enviar as alteracoes ao criador e que se contactvam. Que eu saiba a licença GPL nao diz "a seu tempo, quando achar conveniente, publique as alteracoes". Acho uma piada certas pessoas dizerem que acreditam que no open-source, que usam o software de outros para ganhar dinheiro... mas quando se fala em alteracoes competitivas nao as devolvem a comunidade. Comem tudo e nao dao nada... enfim. Para isso mais valiam estarem caladinhos. |
| | | | Jovem... acho-te piada realmente. Já pareces aquele jovem da Websolut que tb dizia que tinha alterado o IMP(um conhecido Webmail) e que a seu tempo iria enviar as alteracoes ao criador e que se contactvam. Que eu saiba a licença GPL nao diz "a seu tempo, quando achar conveniente, publique as alteracoes". O GPL não obriga a enviar as alterações ao criador do programa nem te obriga a publicitar as tuas alterações. Só te obriga a divulgar a fonte quando vendes ou divulgas os binários. Por exemplo, Gildot usa o código do Slashdot e esse código foi alterado. Foi feita uma tradução para português, mas essa tradução, que eu saiba não foi divulgada, nem tem que ser. Só tinha que ser divulgada se estivesse disponível para download uma versão de código fechado. Se o código fechado fosse vendido o comprador teria obrigatoriamente direito ao código aberto.
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| | | | Por exemplo, Gildot usa o código do Slashdot e esse código foi alterado. Foi feita uma tradução para português, (...) Tradução esta com alguns erros... eu já tentei chamar a atenção dos editores do gildot para isso... mas parece que não me ligaram muito... Aqui fica um exemplo... (havia mais mas já não me lembro onde...)
Na página com informação do utilizador: Esta é a sua página de Informação de Utilizador. Existem milhares, mas esta é sua. Provávelmente, não está muito interessado em si e gostaria de clicar nos links "Editar Informação de Utilizador" e "Personalizar Página" no topo desta página para que possa personalizar gildot, mudar a sua password, or apenas passar o tempo a clicar. Reparei agora também que, por baixo da janelinha onde se escreve os comentários, onde diz "Elementos Importantes", há um ponto que está um pouco desactualizado e que diz "Tudo pode ser lido, inclusíve comentários moderados, pelo ajuste da visibilidade na Página de Preferências do Utilizador" Agora já não é bem "tudo" por causa dos comentários com -2... ;-) Ainda nesta frase acima, chama-se a atenção para o acento na palavra a bold :-P E já que estamos numa de queixas... porque é que não se pode usar "underlines" nos comentários? :-( Cumprimentos, Bruno Gravato. |
| | | | Se vendes o código, tens que dar à pessoa a quem vendes a fonte. No caso de um programa em PHP, vendes o código e não precisas de fazer mais nada. Mas se instalas um site não tens que publicar nada.
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| | | | O facto de tu gostares de usar código GPL não te obriga a produzir código GPl, e se o produzes não podes esperar que os outros o produza. Só vale a pena produzir GPL se isso nos trouxer vantegens sobre outras licenças. O GPL não se baseia no altruismo, baseia-se no egoismo.
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| | | | Cada um fala por si... Felizmente ainda há algum altruísmo também. |
| | | | Cada um fala por si... O que as pessoas dizem é irrelevante. O que elas fazem é que conta. Penso que deves julga-las pelo que elas fazem. Não podes negar que muitos dos adeptos do open source nunca contribuiu para a comunidade. Por favor, analisa os factos, não tentes defender um determinado ideal, porque com isso todos concordam.
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| | | | Julgava que já estávamos a falar de factos... |
| | | | Ninguém faz um programa GPL se as vantagens não forem superiores às desvantagens. No mundo dos negócios, as empresas só usam GPL se isso lhes trouxer uma vantagem competitiva qualquer. Porque é que as empresas estão a aderir ao GPL? Não é pelos teu lindos olhos, é porque isso é melhor que adoptar uma licença proprietária. As empresas ão são a Madre Teresa de Calcutá, até porque essa já morreu. As empresas fazem as suas contas e chegam à conclusão que podem ganhar mais dinheiro com software livre so que com sftware proprietário. Se não for assim, não optam por ele.
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| | | | Tem, porque o GPL foi criado para ser uma licença comercial. Foi criado para poder ser utilizado por empresas.
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| | | | A GPL foi criada para ser utilizada por toda a gente e com o objectivo de garantir a liberdade de utilização. Empresas certamente tidas em conta e não excluídas, mas toda a gente. Se coincidir com o interesse comercial das empresas, tanto melhor, mas satisfazer o interesse comercial das empresas não é um objectivo primário. Há desse lado alguma capacidade para notar que o mundo, mesmo o mundo do desenvolvimento do software, e mesmo o mundo do desenvolvimento de algum do MELHOR software, não é só constituído por empresas? |
| | | | Eu disse que o GPL foi criado para ser utilizado por empresas. Não é por acaso que a licença não proibe a venda so software. A proibição não foi incluida para permitir a sua utilização por empresas. Mas a proibição poderia atrair aquelas pessoas que são verdadeiramente altruistas e querem dar os seus programas. A opção foi outra, foi a de manter a porta aberta às empresas. Em relação ao que eu penso ou deixo de pensar sobre o mercado, isso é irrelevante. O que interessa é o que o mercado pensa, e as empresas que andam no mercado estão lá para ganhar dinheiro, não estão lá para pelos lindos olhos dos clientes ou da concorrência. Em determinadas condições de mercado, a melhor estratégia egoista é uma pequena dose de cooperação, como aliás mostra o Dilema do Prisioneiro Iterado, que às vezes pode passar por altruismo, mas isso não é a mesma coisa que altruismo puro. Isto não tem nada a ver com a minha forma de estar no mercado, até porque eu não estou em mercado nenhum, nem percebo porque é que sempre que se discute qualquer coisa isso tem que ser transformado numa questão pessoal.
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| | | | O que eu não percebo é porque é que sempre que se discute qualquer coisa isso tem que ser transformado numa questão de mercado e acoplado à insinuação de que tudo o resto é lirismo ingénuo ficcional. Que mundo cada vez mais empobrecido... |
| | | | Que mundo cada vez mais empobrecido... Não me parece que tentar compreender o mundo o empobreça nem creio que o idelismo seja imcompativel com a compreensão dos factos.
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| | | | Não me parece que a compreensão dos factos exija afunilar a discussão para o lado comercial, por muito que o lado comercial seja importante neste caso. Compreender a GPL e factos relacionados envolve mais do que isso. |
| | | | Primeiro tens de perceber que a grande maioria das pessoas não é técnica, por isso não vai fazer o download e compilar um programa. Isto aplica-se especialmente à empresa que faz software de gestão. No caso da empresa que faz software de gestão, a vantagem directa de usar software livre ou libertar o seu software, depende da sua capacidade de criar uma comunidade à volta dele. Se o conseguir vai ter várias pessoas a corrigir problemas e não apenas a queixar-se. Enquanto que para a malta técnica poderão, na práctica, usar o software gratuitamente, a sua contribuição em termos de correcção de bugs, pode valer muito mais que as licenças que poderiam vir a pagar e reduz o risco de concorrência, uma vez que é mais provável que melhorem o software do que construam um pacote concorrente. Por outro lado, tecnicamente, permite à empresa o acesso a um conjunto brutal de software livre que poderá usar para estender e aumentar em muito as capacidades do seu software. Por exemplo, existem vários programas que permitiriam automatizar a entrega do IRC pela internet directamente pelo programa. No caso português, é provável que a maioria das empresas pagasse por uma versão certificada (ou seja, que esteja de acordo com o POC), que poderia ser vendida pela empresa original. No que toca à empresa de desenvolvimento de sites, primeiro se o problema com os clientes é real. A maior parte das empresas que eu conheço não considera crítica/estratégica esse tipo de plataforma porque nem sequer tem capacidades técnicas (e não só) para tirar vantagens dela. Basicamente esse é um problema que a empresa tem de ver se é real. Quanto à segurança, não é um problema real. Pelo que apresentas, não estás preocupado com a segurança dos teus clientes, uma vez que em nenhum dos cenários que pões ele fica mais seguro (apenas pode achar que sim, mas os bugs estão lá na mesma). Está mais que demonstrado (o securityportal tem todos os dados necessários) que o software livre é mais seguro. Portanto, na práctica, estarias a dar uma maior garantia de segurança aos teus clientes, se corrigires os problemas que encontrares. Claro que isto depende da ética da própria empresa... Quanto ao problema da concorrência, esse devia ser o vosso maior sonho... Já imaginaste a concorrência a usar a vossa plataforma, a ter de recorrer à tua empresa para corrigir erros na plataforma que eles vendem aos clientes, porque vocês são quem conhece melhor o software. Ou então a ter de seguir os vossos desenvolvimentos cada vez que a tua empresa lança uma nova versão ? Por outro lado tens os clientes, uma vez que lhes podes vender as vantagens do software livre: têm a capacidade de usar o software para qualquer fim, adaptar às suas necessidades, distribuir o software e distribuir versões modificadas (indispensável se quiserem contratar alguém para o modificar por eles). Assim oferece-lhes o que a concorrência não pode oferecer com software proprietário e que tanto os preocupa numa altura destas: a falência do fornecedor deles. <pub>Se precisarem de um assessor para vos dar apoio nessa decisão, que vos arranja dados e casos de estudo, e que pode ajudar com problemas como a escolha de licenças e afins, estou disponível.<pub> |
| | | | | > Primeiro tens de perceber que a grande maioria das pessoas não é técnica, por isso não vai > fazer o download e compilar um programa. Isto aplica-se especialmente à empresa que faz > software de gestão. Correcto, mas poderão existir pessoas com esses conhecimentos técnicos, que façam distribuição de binários, juntamente com o código respectivo. Aqui estariamos logo a perder pois existe uma versão gratis do programa. >No caso português, é provável que a maioria das empresas pagasse por uma versão certificada (ou > seja, que esteja de acordo com o POC), que poderia ser vendida pela empresa original. De facto, uma das opções que temos considerado para algumas das ferramentas que temos produzidas e que pensamos publicar em open source, é distribuir o código para uma versão limitada do/s programa/s, e vender a versão completa como closed source. Isto poderia ajudar a resolver possiveis bugs de base do programa, que iriam ajudar a melhorar a performance do programa em si. Mas penso que nesse caso (tambem penso que dependerá da licença open source usada) não poderiamos aplicar essas corecções na versão completa do programa, pois a mesma não é open source Logo apenas serviria para nos termos conhecimento dos bugs existentes na base, e corrigi-los em ambas as versões. Aqui encontro uma boa vantagem: ter utilizadores mais técnicos a fazer uso do software a um nível que lhe permita encontrar possiveis bugs mais depressa. (Nem falo de correcções). > Quanto ao problema da concorrência, esse devia ser o vosso maior sonho... Já imaginaste a > concorrência a usar a vossa plataforma, a > ter de recorrer à tua empresa para corrigir erros na > plataforma que eles vendem aos clientes, porque vocês são quem conhece melhor o software. > Ou então a ter de seguir os vossos desenvolvimentos cada vez que a tua empresa lança uma nova > versão ? Mas, quem nos garante que uma qualquer start up não pega no código e o usa para se lançar no mercado? Nem sequer precisam de fazer referencia a nossa empresa. As nossas ferramentas de desenvolvimento são bastante poderosas e permitem automatizar grande parte do desenvolvimento web/intranet que fazemos. Em adição os nossos core modules têm implementadas muitas funções generalistas e úteis para este tipo [e não só] de desenvolvimento. Eles nem teriam de nos dizer que estão a usar o software. Não teriam de informar ninguem que o usam. Simplesmente iam usá-lo e tirar proveito do tempo que nos investimos a desenhar/programar essas ferramentas, sem existir qualquer retorno para nós. Mesmo que melhorem as ferramentas, criando features adicionais (que possivelmente seria bom para nos), não teriam de retornar esse novo código/features para nós. Acho que já deu para perceber que o grande problema é a concorrência poder usar o nosso trabalho a favor deles e não ter de dar nada em retorno. Talvez uma licença que não permita que as ferramentas sejam usadas comercialmente ... Mesmo assim ninguém nos garante que não vão haver quebras dessa licença. Gostariamos de partilhar os modulos e as ferramentas de desenvolvimento, mas evitar a todo o custo que a concorrência directa ganhe com isso, sem nos retornar nada pelo trabalho. |
| | | | Por exemplo: uma empresa que faça desenvolvimento de software (de gestão por exemplo), o que pode ganhar ao abrir o código das suas aplicações? Abrir o código pode ter vantagens em algumas situações. Se o código se destina a programadores esses programadores podem participar no desenvolvimento. Para alem disso, outras empresas poderão estar interessadas em contribuir com modulos. Essas empresas têm vantagem nisso porque se associam a um produto importante. Como resultado, a qualidade do código e a quantidade de aplicações relacionadas pode aumentar exponencialmente. A empresa principal seria então apenas uma empresa de referência que decide o que fica no pacote principal e o que não fica. O modelo de negócio e as funções mudariam completamente. A fonte de rendimento também teria que mudar. Em vez de vender um produto a empresa passa a vender um serviço. Poderá ser paga por alguém interessada num determinado serviço ou por alguém interessado em que o projecto avance num determinado sentido e não noutro. Será que não irá perder muitas vendas, pois, com o código livre, todas as pessoas poderão aceder a uma cópia do código e compilá-lo, ou até arranjar uma versão já compilada, afectando assim, as vendas desse software." Podes abrir o código mas proibir a cópia e a comercialização. Desta forma os clientes poderiam sempre ter a vantagem de aceder ao código mas teriam sempre que pagar as licenças ou copiar ilegalmente o programa. Outra coisa que me preocupa, é por exemplo, uma empresa que faça desenvolvimento de sites e sistemas de intra/extranets. Caso abram o código de alguma das suas aplicações (sites, intra ou extranets), as pessoas com acesso ao código poderão encontrar falhas que permitam comprometer esses mesmos sistemas. A minha impressão é que isto é verdade. Grande parte dos sites atacados parecem ter bugs conhecidos e os administradores não se deram ao trabalho de os corrigir. Além de que os clientes talvez não fiquem muito contentes por qualquer pessoa puder aceder ao código que eles pagaram (que, basicamente, patrocionaram). Acho que neste caso o modelo não é aplicável. A relação com os clientes teria que mudar. Em vez de lhes venderes um produto estarias a vender-lhes um serviço. Eles pagariam pelo serviço de lhes produzires um programa agora e não quando outro cliente qualquer o pagar. O ideal seria estimular a partilha de custos entre clientes. Se dois clientes querem a mesma aplicação eles deviam dividir os custos. No caso da minha empresa, temos software desenvolvido por nós para auxiliar ao desenvolvimento. Temos também uma grande base de código com funções que usamos em vários projectos. Que poderíamos ganhar ao publicar o seu codigo? Duas vantagens: contribuições gratuitas por parte dos clientes. Para isso terias que estimular o feedback. agradarias aos clientes que querem ter acesso à fonte. Tens que ver se os clientes estão interessados nisso ou não. É preciso ter em atenção que oferecer código deste género, que é uma base de trabalho nossa, que desenvolvemos ao longo dos anos, e que contem muitas funções de uso generalista, poderiamos (e estamos, pois qualquer um podera aceder ao codigo) estar a oferecer a empresas da concorrência, uma forma de darem um pulo que nos poderá afectar (de alguma forma). A solução é não abrir as partes de código mais sensiveis. Se calhar algumas partes do código interessam mais à concorrência que aos clientes e essas partes devem permanecer fechadas. Mas o GPL pode ser utilizado para pôr a concorrência a trabalhar para ti. Ao libertares código sob GPL podes levar outros a produzir código que depois podes usar para os teus próprios fins. São estes pontos que nos fazem pensar várias vezes se devemos ou não publicar este código em open source. Talvez sejam dúvidas que outras empresas também têm. Se os teus clientes ainda não te pediram para abrir o código, se eles não podem contribuir para o melhorar e se a empresa não está preparada para mudar a forma como faz negócios então provavelmente não tem vantagens em o fazer.
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| | | | | Como se tem largamente visto com os produtos MS, encontrar falhas de segurança para explorar e atacar não tem exigido o acesso ao código... Claro que os produtores de soluções medíocres, como a Microsoft, devem gostar pouco de mostrar as entranhas do código, e vulnerabilizar-se particularmente quando ele é visto, pelo menos até alguém, uma vez o código exposto, tratar de resolver os problemas. |
| | | | Como se tem largamente visto com os produtos MS, encontrar falhas de segurança para explorar e atacar não tem exigido o acesso ao código... Não podes comparar o código fechado da MS com o código aberto dos outros. Primeiro porque a MS é alvo de determinados ódios de determinados piratas informáticos, segundo porque, pelo que dizem, o código da MS é particularmente péssimo, terceiro, porque não sabes o que aconteceria se o código da MS fosse conhecido. Provavelmente ainda sofria mais ataques. Ou acreditas que já não há mais bugs no código da MS?
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| | | | Creio que a abertura do código da MS seria uma experiência interessante, no mínimo! Acho que poderia ser uma desgraça para os utilizadores sem conhecimento técnico suficiente para irem fazendo as actualizações de segurança e os primeiros meses seriam um caos de ataques a tudo quanto corre software MS. Mas agora tentem imaginar centenas de milhares de empresas e programadores a submeterem patches de segurança e correcçao de bugs! Seria um frenezim infernal! O que é que poderia acontecer? Depois de passada a tempestade, digamos 2 anos após a hipotética abertura, que qualidade teriam os produtos MS? Enfim... apenas a pensar alto... hrm... teclar alto... não, também não... teclar à deriva. Airegin |
| | | por Anonimo Cobarde em 15-07-01 19:27 GMT (#10) |
| A grande parte das pessoas/empresas coloca o problema da seguinte maneira: "Será que libertar o meu software me irá trazer lucros?". Existe no entanto uma minoria (crescente) que devido às implicações éticas e morais, entre outras, pensa desta maneira: "Eu vou libertar o meu software! Tenho de arranjar um modelo de negócio adequado." No primeiro caso, a única variável é o dinheiro a todo o custo. No segundo caso o dinheiro é uma variável, mas a liberdade está primeiro e não é opcional. O "boom" do software livre é algo recente e estão a ser testados vários modelos de negócio. Outros irão aparecer sem dúvida. O futuro revelará quais os mais adequados. Da minha parte não tenho dúvida que a "quota de mercado" do software livre tende a aumentar e acho que é um mercado a não ignorar, especialmente pelas pequenas empresas. -- Ruben
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| | | | | Da minha parte não tenho dúvida que a "quota de mercado" do software livre tende a aumentar e acho que é um mercado a não ignorar, especialmente pelas pequenas empresas. Sem argumentos isso parece-me Wishful Thinking. Como é que uma pequena empresa ganha dinheiro com software livre?
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| | | por Anonimo Cobarde em 16-07-01 3:23 GMT (#24) |
| Não te vou dar nenhuma fórmula mágica pois cada caso é um caso. O que eu afirmo é que a quota de mercado está a aumentar (diminuir era difícil :) daí que seja de aproveitar entrar no negócio antes que se torne uma moda e o mercado fique saturado. As pequenas empresas devido à sua maior flexibilidade têm vantagens em relação às grandes empresas em que primeiro que o conceito de software livre suba toda a hierarquia até chegar aos decisores já pode ser tarde de mais. Com software livre é extremamente dificil criar uma "microsoft", mas é de certeza possível de criar uma empresa de sucesso. -- Ruben
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| | | | Eu faço outra pergunta, já que me parece que a licença GPL é especialmente crucial para as pequenas empresas: como é que uma pequena empresa ganha dinheiro com software não livre? |
| | | | Acho que tens toda a razão. Mas acho que não vai ser assim que convences o Rui Farinha, que fez o post original, a abrir o código.
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| | | por Anonimo Cobarde em 15-07-01 19:54 GMT (#13) |
| Vamos supor que a tua empresa faz software de gestão e opta por não libertar/abrir o programa. Eu estou a precisar de software de gestão para a minha empresa, mas como não quero ficar refém de nenhuma empresa exijo que o programa seja livre. Vamos supor o pior dos cenários, que é a não existência de software livre de gestão. Neste caso, decido-me a escrever o meu próprio programa de gestão que tenha as funcionalidades mínimas que necessito. Liberto este programa, ainda que muito rudimentar, com a licença GPL. Com um pouco de "publicidade" nas mailing-lists e outros fóruns adequados consigo criar uma pequena comunidade à volta deste projecto. Novas pessoas acrescentam outras funcionalidades que elas necessitam e o programa vai crescendo e melhorando aos poucos. Em breve o programa de gestão livre terá todas as "features" do programa proprietário que a tua empresa faz. A não ser que a tua empresa tenha muito dinheiro para gastar em marketing, o seu negócio poderá ficar em risco. Um exemplo concreto: Apesar das enormes manobras de marketing da Microsoft, o Apache continua a ter a maior quota de mercado do que todos os outros servidores juntos. O modelo de desenvolvimento do software livre (tipo Bazar) é muito mais eficiente pelo que a longo prazo (espero que não muito longo :) irá remeter o modelo proprietário (tipo Catedral) para nichos de mercado. -- Ruben
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| | | | | Em breve o programa de gestão livre terá todas as "features" do programa proprietário que a tua empresa faz. A não ser que a tua empresa tenha muito dinheiro para gastar em marketing, o seu negócio poderá ficar em risco. Acho que esse teu exemplo não convence a pessoa que colocou a questão a adoptar uma licença livre. Na situação de que falas, tu não tens maneira de ganhar dinheiro com o teu programa, ou pelo menos não tens nenhuma maneira óbvia. Contra a tua estratégia, uma empresa de software proprietário só tem uma contra-estratégia a adoptar: manter o software proprietário enquanto pode e torna-lo livre quando a teu programa passar a constituir uma ameaça. Numa fase intermédia, deverá aumentar o investimento em publicidade e deverá abrir o código aos clientes mas mantendo-o proprietário. No fundo, o que estás a dizer é que o software como produto tem os dias contados e as empresas vão ter que se converter em prestadoras de serviços. Mas enquanto isso não acontece, o melhor para elas é ganhar dinheiro como podem.
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| | | por Anonimo Cobarde em 16-07-01 3:43 GMT (#26) |
| Na situação de que falas, tu não tens maneira de ganhar dinheiro com o teu programa... Não tenho, nem é esse o objectivo. Supõe por exemplo que a minha empresa é um pequeno ISP. O meu negócio não é software de gestão, aliás nem sequer é vender software. Mas eu preciso de um programa de gestão para o dia-a-dia da minha empresa e como tenho o know-how decido fazer um. O Apache não foi feito por empresas de desenvolvimento de servidores web, foi sim feito/patrocinado por empresas de web hosting, universidades, webmasters, e outros que precisavam de um servidor web. Contra a tua estratégia, uma empresa de software proprietário só tem uma contra-estratégia a adoptar: manter o software proprietário enquanto pode e torna-lo livre quando o teu programa passar a constituir uma ameaça. Sim, mas nessa altura pode ser tarde de mais pois as pessoas que realmente dão importância à liberdade do software já mudaram para o meu programa. Além disso eu tenho uma comunidade de utilizadores e colaboradores vibrante (tipico nas comunidades de software livre - mesmo apesar de todas as flame wars :) enquanto que esta empresa terá de convencer a comunidade das suas boas intenções se pretende ganhar alguma coisa ao abrir o código. -- Ruben
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| | | | Não tenho, nem é esse o objectivo. Mas é esse o objectivo do autor do artigo original. No fundo, o que estás a dizer é que o GPL cria uma comunidade de troca de código e que ninguém ganha dinheiro com isso mas todos ganham algo. Logo, as empresas de software puro estão condenadas. Provavelmente tens razão.
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| | | | > Sim, mas nessa altura pode ser tarde de mais pois as pessoas que realmente dão importância à > liberdade do software já mudaram para o meu programa. Além disso eu tenho uma comunidade de > utilizadores e colaboradores vibrante (tipico nas comunidades de software livre - mesmo apesar de > todas as flame wars :) enquanto que esta empresa terá de convencer a comunidade das suas boas > intenções se pretende ganhar alguma coisa ao abrir o código. Uma coisa que terá de ser percebido é que o objectivo de uma empresa de software (alias, de qualquer empresa) é ganhar dinheiro. Os programadores não são exactamente pagos a 400 ou 500 escudos por hora, e gastar tempo a desenvolver uma aplicação para depois a publicar gratuitamente, e além disso oferecer o seu código. Se é uma aplicação que não tem interesse comercial, a conversa é diferente. No caso que indicas de um ISP que desenvolve um software para os ajudar. Imagina que precisas de um sistema de manutenção para as bases de dados do ISP: clientes, gastos, empregados/salarios, lucros, etc. Concerteza que no ISP existem pessoas com os conhecimentos requeridos para desenvolver essa aplicação. O que pode acontecer neste caso é o seguinte:
- A empresa desenvolve um sistema de manutenção de bases de dados, que tem interesses generalizados - exemplo: um módulo de abstração de bases de dados, um módulo para geração de HTML/XML, um módulo para interagir com a base de dados, um módulo com funções de interesse, etc e todos os módulos especificos de cada tabela ou parte do sistema - e considera esses módulos interessantes para a comunidade.
A aplicação não terá grande interesse comercial, pois já existem alternativas gratuitas que fazem o mesmo. - A empresa liberta o código desse sistema. Possivelmente interessados melhoram o código, tornam-o mais rápido e mais eficaz, e corrigem alguns bugs. Poderá existir retorno, se não houver não é prejudicial.
Ora o dinheiro que foi gasto/aplicado/investido a desenvolver a aplicação está coberto: foi desenvolvida para uso interno. Está a ser usada, e é uma boa ferramenta que aumenta a produtividade da empresa. Se as empresas concorrentes tiverem acesso a esse código, não teram um avanço em relação a empresa que desenvolvou o sistema: não é o core bisness deles, é apenas um sistema para gerir bases de dados. Sim os diversos módulos podem ser usados, mas nunca de uma maneira que façam concorrencia, porque esses módulos não mudam NADA: o ISP estava bem sem eles, e não são influentes para o seu negócio. Se uma empresa de desenvolvimento usar esses módulos, não faz concorrencia directa com o ISP, logo o problema da concorrencia está coberto. Ora isto não acontece no caso de ferramentas de desenvolvimento que uma software house tenha. E muitas empresas os têm. Tudo bem que o custo está coberto, pois são ferramentas desenvolvidas para aumentar a produtividade da empresa. Mas neste caso são muito mais importantes. Se a empresa publicar o código, mesmo que para bem de uma comunidade, ou apenas para ganhar públicidade gratuita, ofereça o código, EXISTE o perigo de empresas que fazem concorrencia DIRECTA (outras software houses) usarem o código para seu benificio directo. O que significa que a concorrência terá em seu poder uma ferramente que lhes permitirá concorrer mais e melhor com a empresa que desenvolveu o sistema. Se todas as empresas estivessem bem intencionadas e existisse a garantia de retorno de algo, seria diferente, ai ambas as empresas ganhavam. Mas onde estão essas garantias? |
| | | | A questão com o modelo software livre/proprietário depende sempre da maneira como se quer ganhar dinheiro com o produto em questão. Se a ideia é produzir software que possívelmente irá requerer assistência técnica uma vez instalado (estou-me a lembrar de uma base de dados, mas é só um exemplo) talvez ir pela via free seja a melhor ideia, uma vez que se poderá conseguir apoio da comunidade no desenvolvimento do projecto e consequentemente alguma publicidade e divulgação do mesmo (especialmente importante para uma empresa pequena), mantendo mesmo assim uma posição de referência no projecto, o que fará com que os clientes não se "importem" de pagar para obterem a assistência da empresa. Vantagem: publicidade gratuita e programadores à borla. Agora se o objectivo é fazer algo do tipo instalar e esquecer talvez a opção pelo modelo proprietário seja a melhor, se bem que nem sempre. Mas ainda temos a opção mista. Se o programa se destina a ser uma espécie de programa genérico que é depois adaptado a cada cliente, talvez a melhor ideia seja disponíbilizar a parte genérica livremente mas deixar a parte que é "customizada" proprietária, mesmo que esta venha servir a mais de um cliente. Penso que esta é a opção que, não deixando de ser proprietária, menos fere a ideia do que é o free software, afinal de contas o cliente estaria a pagar pela adaptação do programa às suas necessidades enquanto que a comunidade poderia ajudar no melhoramento do programa principal (talvez até andasse alguém a adaptar o programa por sua própria conta mas a história da publicidade e da referência da empresa original referida acima continua a aplicar-se aqui).
-- Carlos Rodrigues - "I think my men can handle one little penguin!" - "No, Mr. Gates, your men are already dead!" |
| | | por Anonimo Cobarde em 15-07-01 23:10 GMT (#19) |
| Arranjo-te meia duzia de vantagens e mil e umas desvantgens. Dou-te so um exemplo: Tas a ver o webmail do Sapo, o do AEIOU(Xekmail) e o MegaMail ? Se o software ja nao estivesse feito e disponivel na net provavelmente nenhum estaria de pé. Vai uma empresa, pega no software veste-o de outras cores e "ora sao x mil contos sff". Gostavas que te pegassem no teu software, lhe metessem outro nome, o vendessem por 20 contos quando tu o vnedes por exemplo por 40 e tu ficavas a olhar pro balao ? Bem vindo à GPL. Tem vantagens.... MUITAS. Mas tem downsides... |
| | | | Tanta flamewar... especialmente feita por gente que nao leu a gpl, ou nao percebe ingles.
Ide mas e ler a FAQ que esta no site www.gnu.org.
Hugs, Cyke |
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