Esta discussão foi arquivada. Não se pode acrescentar nenhum comentário. | | | Perdoem-me o comentário simples mas esta é a minha opinião muito resumida :) -- k |
| | | | Meus caros, eu continuo muito céptico acerca de livros em suporte digital. É fisiologicamente impossível a leitura prolongada em suporte digital (pelo menos nos moldes actuais), por questões que têm a ver com a inclinação do corpo e do suporte, bem como com a luminescência própria dos monitores actuais. Não se trata, como pode parecer à primeira vista, de uma tomada de posição conservadora. Até há cercade 2000 anos, o suporte (no mundo ocidental) para a escrita era o livro de papiro, em forma de rolo (que se lia na horizontal e não na vertical, como aparece nos filmes). Também esse suporte era anti-natural, e só quando se optou pelo actual formato (o chamado códice) é que de facto se parece ter achado a forma fisiologicamente ideal de ler e escrever. Assim, os livros digitais não me convencem. Desafio alguém a ler durante 2 ou 3 horas seguidas num monitor. Sim, que não considero leitura no verdadeiro sentido da palavra ler algumas dezenas de linhas num monitor, mas sim ler algumas dezenas de páginas. Que é isso, no fim de contas, a leitura de um livro. Omnia aliena sunt: tempus tantum nostrum est. (Séneca)
|
| | | | por Anonimo Cobarde em 08-07-01 17:34 GMT (#5) |
| >Meus caros, eu continuo muito céptico acerca de livros em suporte digital "O livro será lançado em papel pela D. Quixote." >Desafio alguém a ler durante 2 ou 3 horas seguidas num monitor. been there, done that. |
| | | | Ainda bem que será publicado então. Vem dar razão às minhas observações. Entenda-se por estar 2/3 horas seguidas a ler: ler um mesmo texto, sem bonecos, com o monitor 100% preenchido de caracteres, sem intervalos (isto é que é ler a sério). Não conta, por exemplo, ver páginas durante 2/3 horas. Se ainda assim a tua afirmativa se mantiver, aconselho-te a contactares um médico o mais depressa possível, pois és um fenómeno da ciência. Omnia aliena sunt: tempus tantum nostrum est. (Séneca)
|
| | | | Verdade. Alguns documentos em .pdf até se lêem bem, mas para quem já de si tem o monitor À frente quase 24h por dia, chega a um ponto onde descansar a vista sobre o papel é um "must". Em todo o caso, a técnica do Rui Zink, no meu entender e poderá não corresponder nem a isto ou não somente a estes pontos, trata-se de: - aumentar a popularidade; - conquistar novos leitores pela interacção (directa) que tem com eles; - sondar junto das pessoas (mais fácil do que andar na rua a tentar descobrir quem é quem e o que é cada um tem a dizer) e absorver as necessidades, gostos e preferências de cada leitor; - O mundo já sabe que Stephen King e outros autores estão igualmente presentes online a fazer algo de "semelhante"; - É uma experiência que o pode enriquecer, tal como à editora e aos leitores; - É um conceito relativamente recente que nalguns casos pode mudar muito na literatura contemporânea; - Quem escreve, é normalmente uma pessoa super sensível a tudo e penso que qualquer escritor só pode ganhar por estar tão perto de tantos leitores em simultâneo. Muitas vezes imprimo docs para ler mais tarde, com mais calma, sem a agressividade que sinto da "luminiscência" do ecrãn. Um abraço |
| | | | De noite só consigo ler papel, depois de passar horas a escrever e ler no monitor, imprimo as coisas e levo o trabalho para casa (nem sempre lhe pego...). Mas realmente sabe muito bem ler, pegar num livro, deitar num sofá e ler. |
| | | | Por acaso estive durante alguns dias (varias horas de cada vez) a ler este livrinho ha algum tempo atras...
-Dowd |
| | | | Eu também tenho um projecto de literatura na internet. Os leitores são convidados a iniciar ou a continuar uma história. Chamei-lhe provisoriamente ficção colaborativa. O site já tem algumas histórias prometedoras como Uma ilha numa garrafa
---- joao nonio.com - ciência, tecnologia e cultura |
| | | | | Devias entrar em contacto com a Associação Portuguesa de Ficção Cientifica e Fantástico. Acho esse projecto interessante e que poderia ter muitos contributos dos fãs de Ficção Científica Nacional. A Simetria tem boa gente e esforça-se muito, dentro das suas capacidades, para manter vivo este ponto de encontro de para os amantes da ficção. Sejam eles escritores ou somente leitores. Muito interessante e parabéns! "Checkem" SIMETRIA |
| | | | . Qual é a vossa opinião sobre este tipo de experiências, especialmente numa altura em que se discute tanto formas alternativas de pagar por conteúdos ? O Rui Zink ganha sempre com isto porque faz publicidade ao livre que depos vai vender através das livrarias. Vai poder dizer que este é o primeiro "Cyberlivro português" o que provavelmente é falso, mas não interessa. A ideia fuciona porque o Rui Zink é conhecido e consegue a atenção dos media apesar de a ideia nada ter de inovador. Por outro lado, o projecto não está adequado ao meio nem respeita os leitores. Os leitores perdem os direitos de autor das suas participações como se pode ler no site: O utilizador garante à CLIXGEST que, quaisquer direitos de autor que existam sobre os conteúdos enviados lhe pertencem ou que, caso não seja o autor dos conteúdos que está a enviar, os direitos de autor que existam sobre esses conteúdos lhe foram totalmente transmitidos pelo autor dos mesmos. O utilizador, desde já, autoriza a CLIXGEST, a utilizar e explorar os conteúdos enviados, tendo em vista a sua publicação ou divulgação, reprodução, adaptação e comercialização, através dos meios e suportes actualmente existentes ou através de quaisquer meios ou suportes que possam vir a existir. Ou seja, o que tu escreveres pode ser publicado em nome do Rui Zink. Um projecto deste género tem que respeitar os autores/leitores conservando os seus direitos ou utilizado uma licença tipo GPL que impede a apropriação dos conteudos por uma única empresa.
---- joao nonio.com - ciência, tecnologia e cultura |
| | | | | Teria de ser o próprio autor a ter um espaço semelhante que não o condicionasse, nem aos leitores. Penso que a ClixGest está realmente a explorar o que não devia. Claro que vai conquistar o seu espaço publicitário na obra. Face a isto, estou certa que muitos dos presentes não se importariam de criar um espaço similar, sem as ondas dos direitos - visto que este é um espaço livre - onde autores e leitores se podessem reunir livremente sem que lhes acabassem por sugar a privacidade e boa vontade. Depois, se isto acontece é por falta de comunicação. O autor e outros poderiam entrar em contacto com pessoas que acreditassem nesses projectos e oferecessem o seu apoio contra a exploração comercial, que se estende além do software e das TI. A literatura pode ser só um exemplo, entre um rol de áreas de actividade intelectual, que está sujeita à exploração. Depois as editoras independentes, que não obrigassem nos acordos e contratos a este tipo de atrocidades, são poucas. O conceito do opensource, deveria de se espalhar a outras áreas. Aliás, pessoas não técnicas quando conhecem o opensource, defendem-no. É um conceito que assenta na sociedade, na liberdade (e liberdade de expressão). Que por sua vez faz com que a evolução se dê naturalmente sem obstáculos (interesses individuais ou de grupos). Eu estaria disposta a oferecer uma área semelhante num domínio. E sei que muitos dos presentes também o fariam. |
| | | | O conceito do opensource, deveria de se espalhar a outras áreas. O conceito de opensource está a ser alargado a outras áreas. A nupedia é um excelente exemplo.
---- joao nonio.com - ciência, tecnologia e cultura |
| | | | Ou seja, o que tu escreveres pode ser publicado em nome do Rui Zink. Um projecto deste género tem que respeitar os autores/leitores conservando os seus direitos ou utilizado uma licença tipo GPL que impede a apropriação dos conteudos por uma única empresa.
A GNU.org tem algumas licenças para documentação ( nao necessariamente manuais de software ).. Talvez alguma coisa se aplique a projectos do genero .. lista aqui..
-- what was my problem with man You ask? No.. I ask you what was man's problem with me.. |
| |
|