Esta discussão foi arquivada. Não se pode acrescentar nenhum comentário. | | | O recurso mais importante para responder a estas perguntas é a página da Comissão Nacional de Protecção de Dados. Quanto às tuas perguntas, e tanto quanto sei, as respostas são: - Não sei, a resposta devia estar aqui, mas não está suficientemente explícito para mim.
- Se não tem, a base de dados está em situação ilegal.
- A tua autorização. O que escreveste no quadradinho que se referia a passar os dados a outras empresas ?
- Essa é a avaliação que cada um tem de fazer. Há muita gente que acredita no Scott McNealy quando diz que "Privacy ? Get over it.".
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| | | | Ole'; Apesar de ser paranoico com a minha privacidade, estou quase a chegar ao ponto de resignacao com a realidade dos factos: E' preciso estar MUITO atento para conseguir ter essa privacidade. Ao contrario do que seria recomendavel, cada vez mais as empresas e entidades criam mecanismos de "opt-out", em letras cada vez mais pequenas, e em sitios estranhos dos "contratos". E' mesmo preciso procura-los, e marcar la' a cruzinha, porque por omissao estamos a dar a nossa autorizacao. Mas, regra geral, a opcao de NAO dar essa auth esta' la'. Pegando nos teus 2 exemplos concretos: 1) O "postal" do Fast Galp tem la', de uma forma anormalmente clara, a opcao de "nao facultacao dos dados a terceiros" (entenda-se, outras empresas do grupo Petrogal) 2) O "Domino" (que, ja' agora, nao e' do Continente, e' do Feira Nova/Pingo Doce), nao conheco. Passei por um Pingo Doce, mas o contratozeco tinha que ser feito la', vim-me embora.
A questao de te informar "tudo o que vao fazer com os dados"... E' um bocado omissa. Regra geral, dao-te uma descricao generica do tipo "vamos dar-lhe informacoes de produtos e servicos de empresas do grupo". E' uma descricao generica, mas perfeitamente legal. The bottom line is... Acho que nunca vi nenhum desses contratos sem a opcao para impedir o uso e/ou passagem dos dados. Esta' sempre la', escondida ou nao.
-- Failure is a human trait. Luckily, I'm not human. |
| | | | Eu desisti da minha luta pela privacidade, quando 15 dias depois de ter mudado de casa, quando apenas actualizei a minha morada na EDP, Água, TvCabo, PT e TMN, recebi um cupão do círculo de leitores com o meu nome e morada completos. Mandei umas cartas para lá, a pedir que me dessem onde tinham arranjado a minha nova morada, e responderam que tinham eliminado a minha nova morada da base de dados deles e não mais me contactavam. Quanto ao cartão "dominó", trouxe o formulário e o cartão, e deitei o formulário de adesão ao lixo. Agora só uso o cartão para os descontos imediatos. |
| | | | por Anonimo Cobarde em 11-06-01 2:21 GMT (#8) |
| No teu lugar insistia para que revelassem a fonte de tais informações pessoais. É preciso acabar com este tipo de abusos cometidos por algumas empresas. Além do que, aceitar passivamente o que te aconteceu é abrir mão dos teus direitos como cidadão. |
| | | por Anonimo Cobarde em 11-06-01 2:40 GMT (#9) |
| algo que podes achar interessante. Entre outras coisas diz lá: 3.1. O direito de acesso não pode ser limitado, sendo reconhecido aos titulares o direito de serem informados sobre a fonte que serviu de base à recolha da informação registada. |
| | | | Aproveitei o envelope que me tinham enviado para meter uma carta com a reclamação em vez da subscrição que eles queriam. No answer. Mandei uma carta normal (sem registo) e foi pró dev/null. Mandei uma carta registada com aviso de recepção, onde assinei como "Advogado", e avisei da possibilidade de um processo judicial e só então responderam a dizer algo do tipo: "O seu endereço foi retirado duma lista". ( Mandei outra carta a perguntar : "Mas que lista ?" e não tive resposta ) E finalizaram com : " Não mais o contactaremos qualquer que seja a razão." Até hoje não recebi mais m#$d@ do círculo de leitores e caguei no assunto, mas jurei a mim mesmo que se recebesse uma só carta do círculo de leitores entrava realmente com um processo em tribunal por invasão de privacidade ou algo do tipo. Como a morada era mesmo nova, era impossível que eles a tivessem arranjado por outro qualquer meio senão a compra à TvCabo,TMN,EDP,PT e Água. (Nem os meus pais sabiam da minha nova morada!) Mesmo que não se marque a caixinha de "não desejo receber, blá, blá,..." nos formulários, eles provavelmente compram-na às EDPs, TvCabos e afins. Intés, Nunones |
| | | | Já que falamos neste importante assunto, gostaria de saber o que é que os responsaveis do gil têm a dizer sobre isto, porque no caso dos utilizadores registados eles sabem quantas vezes e a que horas estes acendem ao site, quais as noticias que lêem, se deixam comentários como anonimos, qual o sentido de voto nas sondagens, etc... cãoprimentos |
| | | | | E de que serve essa informação se toda a gente usa pseudonimo?
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| | | | Mas nem toda a gente esta' completamente escondida por detras do pseudonimo: quando propositadamente nao tenta esconder-se (e fornece nome/email/url informativo) ou quando por algum acaso se descobre quem e' a pessoa por detras dele. |
| | | | Bem isso acontece em qualquer site que frequentes, só que em vez do nick fica o IP e com as cokies ficas com uma identidade do user bastante boa. É por isso que a maior parte dos sites agora a nova moda é fazeres uma inscrição para fazer downloads ou até para simplesmente navegares para fazer profiles dos users. Quanto ao Gildot isso é preciso para contar o Karma ( ok e para controlar um bocado ), mas desde que a informação não seja vendida a nenhuma empresa de markting, não estou a ver muito mal nisso. Quantos aos comentário anonimos feitos pelos users registados. Acho que não ficam logados em relação ao user mas sim ao IP, mas que se torna facil depois de uma pesquisa na base de dados ver se algum user registado estava com aquele IP naquela altura. Por isso o anonimato não é a 100% a partir do momento que entram como users registados.
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| | | | Eu sempre que preencho algum documento para ter direito a uma promoção qualquer arranjo sempre maneira de ortografiar incorrectamente o meu apelido, de forma que o correio chega na mesma, mas comparando com a minha base de dados pessoal de [apelido mal ortografiado]/[instituição] consigo geralmente saber se a instituição vendeu o meu nome... Tenho tido vários resultados interessantes, particularmente com assinaturas gratuitas e promocionais de revistas. E permiti-me por duas vezes ameaçar uma revista dizendo que tinha provas de que tinham vendido o meu nome. Agora, será que essa minha base de dados pessoal é legal ;)
------ EOFim. |
| | | | | Agora, será que essa minha base de dados pessoal é legal ;) Só tens que pedir autorização a ti próprio. Se por acaso não deste autorização a ti próprio então podes processar-te a ti próprio. Vais ter que contratar dois advogados, um para te acusares a ti próprio e outro para te defenderes a ti próprio. Estás lixado, vais pagar montes de dinheiro a advogados ...
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| | | | Aqui está um artigo interessante... É vulgar ver empresas como a Saber e Lazer (uma das empresas por detrás do SAPO) ter dominios como o belezaonline.pt... e depois em alguns utentes registados do sapo aparecerem nas mailboxes do nada emails de conteudo porno, gay e afins vindo desses mesmos dominios... Ninguem disse que essa informação poderia ser ripada das bases de dados do SAPO, mas é algo que ja passou pela cabeça de muita gente... Agora a questão é apenas 1... Dar informaçao verdadeira a autenticos mercenários da Internet é algo que além de estupido é prejudicial... O melhor é mesmo nao confiar!!!
-------------------------------------------- If there is such a thing as too much power... I've not discovered it... |
| | | | Gostaria de saber se é legal, perante uma dessas solicitações de dados, fornecer dados propositadamente incorrectos. Reconheço que para além de colocar sempre a cruzinha a impedir que os dados sejam fornecidos a terceiros, muitas vezes considerei a hipotese de fornecer dados incorrectos ou incompletos para tornar mais dificil o cruzamento de dados. No entanto, à luz do código de processo penal esse acto pode ser interpretado como Burla ou Burla informática e nas comunicações. O que acham?
JB |
| | | | | Não acho que seja assim, para cometeres burla ou fraude tem de haver dolo. Ou melhor lendo o codigo pode-se verificar duas situações. "obter para si ou para terceiro enriquecimento ilegítimo" "ou causem a outra pessoa, prejuízo patrimonial, " E para isso a outra parte ainda tem de provar que houve intenção da tua parte no causamento de prejuizos. Não estou a ver niguem provar que houve prejuizo pelos teus dados incorrectos a não ser um selo de correio ou espaço ocupado na base de dados :-) |
| | | | Qualquer pessoa se pode enganar a preencher um formulário. Para alem disso, ninguém te vai processar por isso. Dá muito trabalho e custa muito dinheiro.
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| | | | O Instituto do Consumidor é a melhor fonte para se informarem dos vossos direitos (ver página). Quanto aos instrumentos possíveis, podem enviar, apenas, por carta, os vossos dados para a Associação Portuguesa de Marketing Directo, solicitando expressamente a eliminação dos vossos dados, das empresas associadas. (Sim é possível haver empresas que usem tácticas menos correctas, no tratamento desses dados). Uma táctica que uso é quando dou o meu nome, arranjo maneira de incluir ou excluir apelidos, indicar iniciais, etc. Exemplo: Nome real: António Manuel Chouriço de Courato e Febra Pingo-Doce: António M. Chouriço Fast-Galp: António Courato e Febra etc, etc. :) Btw, as empresas que promovem esses contactos, têm, por lei, de incluir a tal opção da autorização dos nossos dados a terceiros. .: SUp3rFM :. .: No whining, no moaning. Just facts :.
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| | | | Por enquanto, não preciso de créditos bancários, não faço compras para a casa regularmente e dispenso cartões magnéticos. Portanto, não tenho conta bancária, dou os meus dados só quando tenho mesmo que dar, não tenho Via Verde, o telemóvel é do trabalho e só uso em trabalho. Não tenho nada contra a tecnologia, acho-a fascinante mas simplesmente não a uso contra mim. Posso ser paranóico mas se mais pessoas fizessem um pequeno esforço e tivesse esta perspectiva julgo que não andávamos a ser assaltados na privacidade e no tempo com campanhas publicitárias e marketings infernais, talvez até baixassem os preços sem terem de inscrever pessoas nas mega-promoções disto e daquilo. Esta é a minha perspectiva e obviamente não pretendo fazer reparos a quem precisa mesmo de uma conta bancária. de um multibanco, de um telemóvel, de vias verdes e de promoções para esticar o ordenado. Só pretendo dizer que podemos e devemos evitar a todo o custo aquilo que, vendo bem até, nem precisamos e nos vai custar caro se não for devidamente controlado e combatido pelos consumidores. A minha perspectiva é um pouco de boicote, para outros a solução será continuar a usar todas essas vantagens tecnológicas mas exigir mais respeito por quem controla os dados, impondo controlo e legislação adequadas. Talvez essa seja a perspectiva mais construtiva e benéfica. Mas eu mantenho-me na minha: só uso aquilo que acho que é esssencial para o meu bem-estar e no compromisso entre privacidade e vantagens pontuais dou primazia à privacidade. |
| | | | Sendo um bom conhecedor de como as coisas se passam , tento sempre ao maximo proteger a minha privacidade. Aqui vao algumas dicas: 1- Usem apartados :) Por 5 cts ano nao ficam muito mais pobres e da muito mais jeito. Poucas sao as coisas que nao aceitam apartados (bancos por exemplo tem que se dar a morada e pode-se ai meter apartado tb). O apartado eh das melhores coisas que existe para proteger. Nao tem 90% do junk mail e nao passa de um numero ja que nem precisam do nome para receber correio la. 2- Nunca deem o numero do BI a nao ser que seja mesmo coisa que nao se possa fazer sem ele. Carta de conducao tem menos identificacao que um BI e tem a mesma validade legal que o BI. O mesmo para numero de contribuintes (especialmente nos sites online que pedem esse lixo para registar, toca a usar um fake numero que nao faltam generators de numeros de contrib e NIBS validos ). 3- Nunca usem o vosso nome completo. Menos informacao que obtem a partir do vosso nome, dado estar incompleto. 4- Usar fake info sempre que possivel. Em coisas inuteis toca a mandar lixo ... Especialmente em sites , onde ai eh uma festa preencher os forms com fake info :))) 5- Numeros de telefone despachar pos telemoveis, de preferencia daqueles de carregar ja que eh bastante mais dificil cruzar ai a informacao (sigilo bancario :) ). 6- Sempre que possivel pagar a cash e num usar os cartoes (eu sei eu sei que eh complicado mas depois de lerem o artigo do publico em que souberam a vida toda de uma pessoa de um dia pelos movimentos do multibanco da que pensar). 7- Obviamente preencher aquela cruzinha dos postais e afins e especialmente se se tiver paciencia anotar quem pediu os dados para mais tarde cruzar informacao se nos aparecer junk mail. 8- NAO HESITAR em processar ou pelo menos ameacar as empresas quando desconfiarmos de cruzamento de dados. Estamos protegidos pela lei portanto ha que 'abusar' do nosso direito e dar cabo da vida a estas empresas de m*rda. Hum... axo que ja sao umas quantas dicas... Ainda faltam mais mas tou cansado de escrever :) L8rz |
| | | | | Concordo 100%. Muitas pessoas acham que, como não deve não teme, não há motivo para impedir que nos "espiem", até é bom porque assim apanhamos mais rapidamente os malfeitores. Mas pensar assim é um erro porque julgo que se deve distinguir os meios de combate ao crime, que incluem intromissões na vida privada das pessoas regulados, apesar de tudo, pela lei e por uma ideologia que se pretende democrática e respeitadora, dos meios utilizados pelas empresas, esses sim duvidosos porque não obedecem a qualquer postulado moral ou ideológico e portanto devem ser combatidos por uma consciência mais firme de cidadania e liberdade individual. |
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