Esta discussão foi arquivada. Não se pode acrescentar nenhum comentário. | | | Entao como e' q eles vao fechar por falta de investimento, tem sempre as compas no periodo de natal( meses de Novembro e Desenbro )tiveram um volume de vendas de 20 e tal mil contos, sera que o volume de vendas desceu assim tanto? |
| | | | | 20 e tal mil contos de volume de vendas ? Disso quanto é que foi lucro ? E pagar os ordenados principescos(é o que se comenta) às 40 almas que la trabalham ? Nao estica... |
| | | | Ordenados principescos!!! E não tinham dinheiro para pagar a um Sys. Admin decente que lhes tratasse de pôr para lá um *nix com apache? |
| | | | se é para gastar dinheiro ao menos que se gaste em coisas mais parvas que há a grande e a francesa porque não apostar na ms e nos seus mouse engineers *g* |
| | | | Entao como e' q eles vao fechar por falta de investimento, tem sempre as compas no periodo de natal( meses de Novembro e Desenbro )tiveram um volume de vendas de 20 e tal mil contos, sera que o volume de vendas desceu assim tanto? 20 mil contos não é muito dinheiro. Em dois meses são menos de 400 contos por dia. Há muitas lojecas que têm esse volume de vendas no Natal e não precisam de fazer as campanhas publicitárias que o submarino faz. De qualquer das formas, segundo este comunicado de imprensa foi eles tiveram um volume de vendas de 130 mil contos em 2001 o que dá mais de 20 mil contos/mês.
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| | | | 130000 contos de vendas online em 2001, so' em Portugal? Sera' verdade? E' so' a mim que parece surpreendente? Enfim, que sei eu sobre comercio electronico em Portugal... E os 4.4 milhoes em Fevereiro, os tais para o break-even em 2002, ja' nao chegavam? Ou nao chegaram a chegar? Por acaso nao conhecia este Submarino (premio anual Jetnet para lojas-onde-e'-mais-dificil comprar?). Entrei na pagina de livros importados e ate' esperei pelos 1140KB inteirinhos. Nao apareceu nada excepto material decorativo; talvez alguem se tenha esquecido de um </table> ou talvez o meu pobre Netscape nao seja compativel com o Submarino. (Um blurb algures no sitio chega a comparar a qualidade do Submarino com a da Amazon...) O lamento do Submarino quer dizer que aquela coisa da Sociedade da Informacao e da multiplicacao dos conteudos portugueses por 10 a cada ano tambem da' dinheiro para manter lojas? Que ingenuidade a minha, a pensar que os conteudos eram outros. Tenho uma conta bancaria a precisar de uns conteudos, e nem sequer tenho imaginacao suficiente para gastar 4 milhoes, faco a coisa por menos... :-) |
| | | | Depende. Os custos de estar na internet tambem são avultados. Desde servidores até custos de manutenção, web designers, mão de obra, publicidade, etc... Custa menos ter uma loja real pequena tipo microcaos do que muitas vezes ter um site de e-commerce. O que rende em termos de custos é com as grandes lojas ou empresas. Por exemplo um banco tem centenas de balcões com milhares de empregados. Neste caso se for só um banco online apenas suporta os custos de estar online que não se comparam com os custos de um banco real com milhares de empregados. É por isso que as taxas de juros dos bancos on-line são mais atractivas. Mas temos sempre o factor do que é on-line é virtual e niguem quer por o dinheiro numa coisa que não conhece. |
| | | por Anonimo Cobarde em 28-05-01 23:18 GMT (#3) |
| Este projecto poderia ter sido apoiado em Portugal no âmbito do desenvolvimento da Sociedade de Informação, porque era uma das mais importantes referências do comércio electrónico em Portugal Sim... eu tb tenho aqui uns projectos que sao umas grandes referencias. Que tal o estado me dar umas notas para eu brincar aos sites com mais 20 gajos. Tipo recebiamos 400 mocas cada um, vendia-se o que se podia, dava bue prejuizo mas bolas... era pro desenvolvimento da Sociedade de Informacao. Sim... nao queriam mais nada. Mamoes para brincar aos sites ha muitos. Vao trabalhar a serio e com responsabilidades... com 4 milhoes na mao tb eu arranjo emprego e faco uma empresa durante um ano. |
| | | | | É o capitalismo à portuguesa: riscos estatais, lucros privados.
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| | | | E pa agora foste ao ponto certo... |
| | | | Em Espanha também vão vender a loja. |
| | | | É a lei do mercado! Impiedoso, mas a o grande regulador e juiz do que é "bom" ou "mau", bem ou mal pensado.
Escrevi para a sic-online um artigo sobre isso este fim de semana (podem ler aqui). A verdade é que quem "julga os investimentos" somos nós todos; os clientes.
Há dois anos era o "Shopping direct" com anuncios no "prime time" televisivo durante o natal... nunca mais vi anuncio nenhum... o ano passado era o "global shop"... idem... este ano era o "submarino" e o "miau"... humm... será que o "miau" fará o mesmo para o ano?
Não há nada de errado com o comércio electronico em Portugal. É óbviamente um mercado de 11 milhões de pessoas, com 10% destas "com acesso à internet" (segundo as estatisticas; na minha opinião extremamente optimistas) e os projectos devem óbviamente ser concebidos face a estes numeros. E a realidade é que a maioria dos projectos estão mal dimensionados, são "arrogantes", com a "mania das grandezas" e o resultado é o que se esperaria.
Para complicar tudo há o factor "saloiada" e "novo riquismo" da "nova economia", com uma séria de "bimbos com o rei na barriga", a constituirem o seu próprio "jet set" em "circuito fechado" e a torrar milhões de contos em disparates. "Só perdemos 4 milhões de contos, que é um bom resultado, muito acima da previsão" é positivamente a "imagem de marca" de uma "nova economia" que se pretende "envelheça" rápidamente (i.e. ganhe algum bom senso)...
Confesso que o meu único receio é que a Internet, que não para de crescer, ainda compense alguns destes "visionários"... já compensou para os administradores de sistemas e programadores... mas confesso que estou com algum sádismo à espera de ver as cabeças rolar no reino dos disparates. :-) |
| | | | | à espera de ver as cabeças rolar no reino dos disparates Infelizmente até agora o que se tem visto são os mesmos burgessos que andaram a inflaccionar e a vender a treta da "nova economia" a pregarem q a Internet tem "um mau modelo de negócios" (como o Paulo Fernandes da Cofina anda para ainda a dizer) como se a Internet tivesse algum modelo de negócio. Essa deve ter sido uma das maiores imbecilidades que vi até agora ser dita sobre a Internet. Mas o pior são os jornalistas que papam tudo o que esses senhores regurgitam, e ainda por cima dizem amen. Alias, até agora só me recordo de ver um jornalista a fazer mea culpa, e a admitir que esta treta da "nova economia" também foi em grande parte empolada pelos jornalistas e que o crash não só era previsivel, como não significava que a Internet era um flop. Por outro lado, um bom sinal é que um dos "gurus" da gestão (o Drucker ou o Peters, não me recordo) já andou a levar nas orelhas e a dizerem que era um cobarde de m*rda pq só depois do crash é que começou a falar mal da treta da "nova economia". Mas enfim como toda a gente sabe a grande maioria destes gurus e analistas são é mesmo bons a prever o passado.. e ganham rios de dinheiro para dizerem meia dúzia de lugares comuns.
-- What, Me Worry? |
| | | | será que o "miau" fará o mesmo para o ano? Nah... o Miau tem as costas cobertas pela Soane. Esse esta bem... |
| | | | o Miau tem as costas cobertas pela Soane. E? Não me parece que o Belmiro goste de perder dinheiro, portanto se o miau se vier a revelar um buraco sem fundo.. f
-- What, Me Worry? |
| | | | Viste-o acabar com o Publico ? Nao pois nao ? Resistiu até o recolocar no mercado. A diferenca é que o Tio Belmiro tem pastel para aguentar os 'projectos' ao contrarios destas dot.com. |
| | | | Viste-o acabar com o Publico ? Nao pois nao ? Estamos a falar de mercados e produtos diferentes.. Um site de leilões pode ou não ser lucrativo dependendo do dinheiro investido nele e da gestão. Um jornal pode ou não ser lucrativo mas dá um visibilidade e um prestigio que um site de leilões dificilmente angaria.. just my two cents
-- What, Me Worry? |
| | | | Pode dar prestigio... depende do que se fizer dele. Já é lider de mercado(segundo dizem), e a eBay nao se queixa do prestigio e visiblidade que tem. Ter assim uns sites de referencia no portfolio fica sempre bem. :-) É o caso do Bikini.pt, enterraram-se umas dezenas de milhares e lucro aparente nao tem... está lá para ocupar um lugar no mercado. |
| | | | Mas vi-o a acabar com o Banco Universo, ou lá o que lhe chamavam. O Tio Belmiro não perde dinheiro com negócios assim à toa. E sabe acabá-los o mais rapidamente possivel, quando estes não possuem futuro risonho. O Publico não é uma excepção. Confirma isso sim a regra. :) @616, Nbk
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| | | | Ele com o Miau nao perde o control. Quando lhe apetecer fechar o tasco fecha. Um banco nao é brincadeira, nao é uma dot.com... se faz asneira leva nas orelhas. Comecou a correr mal livrou-se dele antes que fosse tarde demais. Uma coisa é "falir" uma dot.com, que até é xique e da direito a case study(ver Cofina) :-) outra é a mancha que deixa o fecho de um banco no grupo Sonae. Por isso ele o vendeu ao BPI. |
| | | | acredito é que o Tio Belmiro saiba é fazer bem os seus negócios :) |
| | | | Let me put it this way:
Tenho alguma dificuldade em acreditar no sucesso financeiro de um site de leilões que não cobra comissões a quem vende, como também não cobra comissões a quem compra, e pretende viver da publicidade...
Eu diria que só pode ter um funcionário, muito mal pago, e estar encostado a uma estrutura de telecomunicações / servidores de alguém... mesmo assim confesso o meu cepticismo... |
| | | | E quem disse que os planos nao sao mesmos esses que referes. Deixar ganhar nome como pessoas fixes e depois quando formos os grandes comecamos a imputar custos. :-) |
| | | | O que aconteceria se o "sapo"/"iol"/"clix" em vez de acessos gratuitos criasse o pacote "a X contos por mês?
Mudavam os utilizadores todos para outro ISP? Don't think so... quem "quer" um ISP gratuito iria para um alternativo, quem quer comprar um acesso (i.e. quiçá pela promessa de um serviço "melhor") iria ponderar o SAPO e as alternativas entre os ISP's pagos.
Onde quero chegar? Bom, julgo que são mercados muito diferentes o "do gratuito" e os "alternativos a pagar" e que transitar de um lado barreira para o outro pode ser muito complicado...
Conclusão (minha, pessoal, pode ser irremediavelmente estupida e errada); acho que é só um projecto "engraçado", que pode ser prestigiante, mas que confesso que achos em termos empresariais completamente... her... enigmático... digamos que não me faz comprar acções da sonae.com... |
| | | | A "nova economia" de nova não tem nada. As empresas que estã a aguentar, e ainda não passou tanto tempo assim (3/4 anos), têm um modelo de negócio muito semelhante às já existentes. Empresas que fizeram grandes investimentos em cadeias de distribuição como a Amazon e a Barnes & Noble, que são das mais vísiveis, não têm um modelo de gestâo assim tão inovador. E empresas a vender livros, discos, bilhetes de cinemaa ou de avião que têm algum sucesso são aquelas que já vendem nos canais tradicionais (i.e, as empresas como a Webboom/Porto Editora, a TAP, a FNAC, ex. portugueses), nada de novo na gestão. Ainda parece cedo para fazer um enterro da Internet. |
| | | | Qual o interesse de gastar tanto dinheiro em sites de comercio electronico, estando provado que a malta compra aquilo que vê no momento, independentemente de fazer falta ou não, como acontece nos hipers do tio Belmiro, as compras on-line só funcionam para artigos muito especificos ou porque são dificeis de encontra na area onde residimos. O resto que eles dizem por ai soubre a sociedade da informação é tudo marketing, para sacar dinheiro aos investidores, que julgam que tudo o que mete Internet, computadores, novas tecnologias, e-comerce, são maneiras rápidas de enriquecer sem esforço. |
| | | | "Má gestão"! Mas já se estava mesmo a ver, não? Torrar dinheiro a rodos e esperar que as pessoas apareçam e que eventualmente aquilo vá ser lucrativo algures no futuro? Pensavam que estavam num filme não? "If you build it, they will come" ? Até a amazon.com já teve que estar a anunciar que pretende ser lucrativa em muito curto espaço de tempo (quando o Jeff Bezos até á pouco tempo dizia que aquilo ia ser lucrativo algures). Depois do crash (felizmente!) do NASDAQ em que a dispersão bolsista deixou de render rios de dinheiro a empresas quase fantasmas e que bastava a uma empresa ter ou o "e" ou o ".com" no nome para se valorizar de uma forma ridicula, é natural que quem tenha metido dinheiro nestas empresas á procura do "quick buck" de repente queiram fazer um stop loss. Se isso acontece lá fora, porque é que não iria acontecer cá em Portugal? Enfim, agora com o "duro embate da realidade" (tm) pode ser que finalmente se comece a conhecer alguma dose de racionalismo, e os investidores finalmente percebam que uma empresa pode ser lucrativa mas não é de um momento para o outro e tem que ser com uma gestão de recursos minimamente planeada, e não torrar dinheiro á toa. Espero é que isto não faça ricochete, e não se entre em contenção de custos, porque também é verdade que as empresas para crescerem precisam de uma boa dose de investimento.
-- What, Me Worry? |
| | | por Anonimo Cobarde em 29-05-01 9:33 GMT (#15) |
| Os 'totós' deviam ter estoirado o dinheiro numa loja do Colombo, ganhavam mais de certeza e sempre percebiam alguma coisa do que se estava a passar... Em Portugal o mercado é muito pequeno para compensar investimentos muito grandes - acho que só as lojas que utilizam a net como 'auxiliar' a lojas tradicionais (tipo a Bertrand ou a MicroCaos...) é que vão acabar por se safar, pelo menos enquanto o mercado não crescer. A proposito, o ultimo estudo da marktest (http://www.marktest.pt) diz que 36.5% da pupulação tem acesso mas só 15.6% é que já fizeram compras ... |
| | | | Primeiro convem salientar o que é cada um o e-commeece é o todo o negocio que passa pela Net, enquanto o B2C (business to custumer) é o negocio que se dá entre as empresas e os clientes finais. No mundo na Nova economia o B2C não interessa para niguem mas como é o mais visivel ao utilizador normal parece que é ele o unico existente, e que tem uma grande importancia, e como agora as pessoas começaram a ver o b2c a afundar (e já devia ter sido mais cedo) pensam que a nova economia está a afundar. Mas tirando as cotações do Nasdaq, nada esteve tão longe da verdade. O peso da enomia digital está a crescer de ano para ano a um ritmo impressionante, mais de 20% de todo o comércio mundial passa pela Internet. O que já é uma fatia assustadora, o comércio tradicional está a perder a cada ano mais fatia de mercado. Mas que comércio é este ? É o chamado B2B e é o que se dá entre empresas e por isso invisivel para o comum dos utilizadores. Representa mais de 80% do comércio total na Internet enquanto o B2C não passa dos 20 % e com tendencia a decrescer. Desde as grandes empresas a transferirem ordem de vendas e compras com fornecedores e clientes, bancos, correctoras, todas estas actividades dependem quase exclusivamente da Internet, e são elas que fazem mover a economia e o mundo e não empresas pequenas como o submarino ou a Amazon que não vão fazer diferença se forem a falencia. P.S. Se alguem quiser alargar mais o conhecimento sobre o tema ou ver dados sobre o comércio electronico. Que diga que eu agora não tenho tempo de ir á procura de dados. |
| | | | | Boas, Mas má gestão e projetos mais duvidosos não acontece só no B2C existem também alguns casos em empresas, e a titulo de exemplo li esta semana que por exemplo a Ariba (Um dos maiores fornecedores de plataformas b2b), efectuou uma serie de cortes de despesas/pessoal. Volto a mesma, seja b2b ou b2c ou b2e qualquer projecto que não siga a minimas regras de gestão sejam elas novas ou antigas e no fundo estamos a falar sempre da mesma coisa, que é: ->retorno do investimento ->lucros ->Viabilidade que os pontos acima indicados sejam atingidos em prazos aceitaveis/previstos. Agora um dos pontos fortes em que a internet realmente veio mudar o panorama, foi na agilidade de processos e nas vantagens dai adjacentes, que levam cada vez mais empresas a comunicar e interagir com outras empresas desta forma. And time is money..... Um Abraço Nuno |
| | | | Aquilo que seria a loja portuguesa online melhor sucedida faliu? isso, pelo menos a mim, faz-me questionar quanto vale um investimento deste tipo em Portugal... Quantos não são os mail que recebemos (todos, a maior parte, whatever) a dizer que alguma coisa vai fechar... Será por falta de volume de compras? Ou falta de apoio? Ou ambas?
Tirando a conclusão necessária, quando será que o povo português em geral vai evoluir, não só neste campo mas em inúmeros outros, e deixar de ir pagar "x+y" numa loja a 300 km de casa, ou "x+y+z" por mandar vir qualquercoisa num catálogo quando poderiam mandar vir exactamente o mesmo só por "x" se bem procurado na internet. Era só mesmo isto... "All you base are belong to us!" |
| | | | | O povo portugês já evoluiu, por isso perfere qualidade a 300KM de casa do que falta dela na porta ao lado. A qualidade tecnológica deles vê-se gastam 4 milhões de contos (valor que alguêm atirou para o ar num comentário anterior) em sabe-se lá o quê, e nem sequer contrataram um Sys. Admin. decente que lhes instalasse um Unix/Apache. Depois, se apesar disto ainda acreditas na gestão daquilo, lê o comentário do utilizador PLS e já agora lê o artigo dele na SIC online, e se calhar a tua preocupação vai dar lugar ao alivio e à esperança que venham mais falências destas, pois vais perceber que o que se passa é a selecção natural, é a queda dos infoexcluidos. |
| | | | que o povo português em geral vai evoluir Nenhum dos projectos que se tem aqui falado nestas ultimas semanas foi ao fundo (pun not intended) por ser algo de tão avançado ou de tão inovador que o "povo português" não estivesse evoluido para o mesmo. Pelo menos o que me parece é que estes projectos foram ao fundo porque se tratavam de ideias perfeitamente mirabolantes sem o minimo de pés assentes na terra e que tinham como objectivo em muitos casos o quick buck da dispersão na bolsa. Não visavam a criação de algo novo, mas apenas ensacar dinheiro rápidamente com valorizações bolsistas, ou serem adquiridos por valores muito superiores do que na realidade valiam. É preciso dinheiro para investir, mas também é preciso ter cabecinha e não desbaratar dinheiro á balda.. mas isto não é novidade nenhuma, nem a Internet veio mudar alguma coisa nisso. O que a Internet veio trazer de novo é a filosofia de aberto 24x7, o imediatismo e o conceito de comunicação de muitos-para-muitos. Mas enfim, alguns dos pseudo-gurus da "nova economia" quiseram convencer o resto do mundo que "nada" podia valer muito..
-- What, Me Worry? |
| | | por Anonimo Cobarde em 29-05-01 13:04 GMT (#25) |
| O "sistema de informacao" do Submarino era um ficheiro em Access ranhoso onde eram guardados os numeros dos cartoes de credito dos clientes. E o que e' que eles vao fazer a essa informacao? |
| | | | | O submarino, assim como muitos outros sites em todo o mundo foi-se abaixo das canetas porque à partida não foi concebido para ter lucro. Explicação : A "nova economia" como lhe chamam é apenas um remake da corrida ao ouro. Só porque se ouve falar que alguém encontrou ouro em tal sítio -e as revistas de negócios regozijam-se sempre a mostrar os sucessos dos que realmente encontraram ouro, porque já estão a escavar e a dar no duro há anos- é toda a gente a querer explorar o mesmo filão. É a velha táctica cardume, vamos fazer assim que é o que está a dar. Mas há os mais espertos, e que têm meios à partida para ir logo para lá, ocupar terreno, sem ter a mínima intenção de sujar as mãos à procura de ouro, apenas para depois vender a parcela ao coitado que hipotecou a camisa para ter onde trabalhar, que nunca há de encontrar ouro, e que alguns meses depois vai vender a parcela ao preço da chuva. Na nova economia só os protagonistas é que mudam, muitos dos que criam sites, criam-nos apenas para os vender (entrar na bolsa) básicamente o processo é o seguinte. Arranja-se a ideia do site, nem precisa ser muito boa, na altura bastava ser uma regexp tipo www.e-*.com não é necessário forncecer um verdadeiro serviço útil, mas parcer "in". Arranja-se um financeiamento mínimo com o pessoal conhecido para ter aquilo a funcionar mal e porcamente, pagando os empregados que dão no duro com stock-options (esses aí ficam a comer sandes de stock options, como na polónia comiam sandes mistas com bilhetes de racionamento de queijo e fiambre, mas que se lixe o proletariado!) Enquanto o site está a ser feito faz-se o business-plan para convencer as empresas de capital de risco a entrar sucessivamente com aumentos de capital na empresa. Detalhe importante : a cada aumento de capita é avaliada o capital existente na empresa. Como apenas o capital já existente é que conta para quem faz o projecto, é muito importante valorizar ao extremo o que a impresa já tem, incluindo cérebros, público, imagem. Daí os custos somptuosos de comunicação. o cálculo é simples por cada escudo gasto em comunicação, a empresa vale mais um escudo, mesmo que a dita cuja campanha não tenha repercussão nenhuma, e custe resmas de malas de verdinhas, se contarmos a capitalização virtual, é uma campanha de graça. O ideal até é pagar 10 por uma campanha que vale 5 com uma fatura de 15. Todos ganham com isso. Portanto o e-manager.come vai angariando successivamente aumentos de capital na sua empresa até ao dia em que a empresa tem um capital suficientemente importante para entrar na bolsa. Aí... Pay-day... as accções são subscrevidas, os sócios fundadores e as empresas de capital de risco recuperam o dinheiro e até fazem mais valias astronômicas pois tratando-se de uma empresa pioneira, que é lider no seu mercado, as ações são supervalorizadas com a ajuda do mecanismo que descrevi acima ou outros parecidos. - E... quanto a lucros? - Mas alguém falou em lucros? Para haver lucros. Aínda é preciso que haja um serviço útil que seja prestado a quem esteja disposto a pagar por isso. O importante não são os lucros, mas as perspectivas de lucros que se apresentam a quem nos vai comprar a empresa... Ou seja primeiro os sócios fundadores que é preciso convencer a investir, depois as sociedades de capital de risco, e por fim os acionistas. Cada um a pensar que o seguinte é mais burro. Chama-se a isso especulação. O mais preocupante é que o mesmo tipo de mecanismo, mas com outro nome é ilegal: Conhecem o "jogo do avião"? o comandante tem 2 copilotos que pagam 10 contos cada um para entrar. cada co-piloto arranja dois navegadores que pagam 5 contos para entrar. cada navegador arranja 2 stewards que pagam 2 contos cada um para entrar. quando o avião está completo. o comandante sai com 2*10+4*5+8*2=56 contos. cada copiloto passa a comandante do seu avião, os navegadores passam a copilotos e pagam 10 contos e os stewarts passam a navegadores e pagam 5 contos. só falta convencer mais uns stewarts que pagando 2+5+10(17 contos) safam-se no fim com 56 contos. Só que para isso funcionar, tem que haver uns patos a pagar e "ficar em terra", já que senão em poucas iterações seria necessário mobilizar o planeta inteiro. (este jogo é ilegal) O problema é que nesse mundo encantado que é a nova economia, e em que o dinheiro abundava. Começou a haver pessoas que abriram os olhos e viram que o dinheiro não se inventa, daí a crise que se seguiu, e que muitos dos que aínda tinham interesses a defender (leia-se : aínda não tinham recuperado os seus investimentos) chamaram crise de confiança. (como é possível pessoas não terem confiança nessas pessoas que especulam na bolsa ?;)) Felizmente chegou a crise... Isto é, felizmente chegou cedo porque senão ia ser muito mais grava : iam continuar a ir todos os fundos de investimentos para a nova (des)economia enquanto a economia tradicional (aquela antiquada economia que fazia lucros produzindo, transformando ou fornecendo serviços - que aberração) ia ficar sem os investidores de que precisa, com todas as consequências que isso traz na sociedade (desemprego etc.) seria pior que em 1929. Como no jogo do avião, safaram-se os primeiros, ou os que tiveram as melhores ideias. o resto faliu ou vai falir. E aínda vão culpar o estado de que não apoia as novas tecnologias. de agora em diante toda a gente percebeu o esquema, e o dinheiro é uma ferramenta mais difícel de obter junto dos que querem investir. As regras do jogo mudaram. Agora vai ser preciso fazer lucros para uma empresa ser viável, isto é voltar aos princípios muito mais sensatos da "velha economia" quem se safou está longe com as verdinhas para quem tenho dinheiro enterrado ou tem andado a alimentar-se com stock-options sem valor é o salve-se quem puder. A propôsito de especulação... A próxima área económica em que isso vai acontecer, não tarda nada é... Não adivinharam? Claro está : O futebol Desculpem o tamanho da mensagem.. Não está lá muito resumido... Fartei-me de apanhar time-outs para a mandar. ------ EOFim. |
| | | | | Gostei do teu comentário ! Infelizmente tems razão mas pelos pecadores pagam os justos e há muitas empresas que tem boas ideias e um bom serviço e que não arranjam finaciamento devido á falta de confiança nas .com , mas uma coisa tems de concordar a bolsa é especulação pura e simples então a bolsa Portuga até parece mentira basta um gaijo comprar meia duzia de acções e todos vão atrás ( o inside trading é a regra ), cada vez mais os balanços e apresentações de resultados são para deitar fora . |
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