Esta discussão foi arquivada. Não se pode acrescentar nenhum comentário. | hmm... (Pontos:5, Interessante) |
| | Há que olhar para este assunto sob duas perspectivas: a) O endividamento dos operadores; b) Receitas mais fracas para o Estado. a) Quando temos operadores internacionais, verdadeiros colossos das telecomunicações, como a BT, Deutsche Telekom e France Telecom, com níveis de endividamento superiores a 50%, muito devido aos preços exorbitantes que pagaram pelas licenças UMTS. (Ler Financial Times Link) Para tornar esta questão mais perigosa é o sentimento de perda de confiança dos próprios investidores, com o risco de um panic sell, por causa deste panorama. Pessoalmente, acho que se pagaram rios de dinheiro por algo que ainda não me convenceu. Aliás, nem eles estão convencidos, daí adiarem a entrada do UMTS. b) Ao não adoptar a estratégia do leilão é óbvio que o Estado "perdeu" dinheiro vivo. Mas, até que ponto é que o Estado ganhava com isso? As operadoras nacionais entascavam-se em dívidas (bom, talvez nem todas ;)), a bolsa portuguesa, que já é uma tristeza, ainda mais triste ficava, com os títulos PT e TLC a levarem pancada, batendo mínimos atrás de mínimos. Acho que se procedeu sensatamente, mesmo quando não se amealha mais uns milhões. Optou-se pela estabilidade do sector, mesmo quando está em causa o Estado perder uns valentes tostões. Btw, não foi o Carrapatoso que disse que a UMTS em Portugal, só depois de 2003? .: SUp3rFM :. .: No whining, no moaning. Just facts :. |
| | | | | Para os interessados, a Business Week traz ainda mais um artigo interessante (Link .: SUp3rFM :. .: No whining, no moaning. Just facts :. |
| | | por Anonimo Cobarde em 17-05-01 21:35 GMT (#4) |
| Nos paises nórdicos (leia-se fabricantes de telemoveis) as licensas foram atribuidas a quem as requisitou, de graça. O objectivo é que os preço das licensas não se reflicta no consumidor final. Noutros países da Europa foi por leilão, ao passo que Portugal (inteligentemente, a meu ver) optou por uma medida a meio termo. Ou seja, se por um lado não desaproveitou a totalidade das receitas por outro não utilizou a especulação para equilibrar o orçamento. Tenho dito ;-) |
| | | por Anonimo Cobarde em 17-05-01 21:13 GMT (#3) |
| Que há para comentar... o homem falou bem. O estado em vez de ganhar mais dinheiro facil ganhou um pouco menos. Nao estrangulou as operadoras. Antes assim do que "xular" as operadoras e elas para alem dessa "taxa" terem de gastar outros milhoes na infraestrutura. Só no dia de Sao Nunca é recuperavam a massa... e mesmo assim ainda vai demorar n tempo. Repito... que há a comentar ? |
| | | | | Pois.... Esqueceste-te de dizer que quem depois iria pagar essas despesas todas, seriamos nos, utilizadores... Ou seja, esta medida so' veio defender o consumidor, porque as operadores depois iam cascar era neste... Cumps.
It doesn't matter who made it... It matters who got the idea (monk) |
| | | | Heya tanta confusao... Para que investimentos brutais em UMTS se ainda nao existem Terminais ?? Pessoalmento penso que é uma grande estupidez os operadores inventirem muito nisso porque ainda nenhuma empresa tem terminais suficientes para comercializar, vale de alguma coisa ter as infra-estruturas todas operacionais se nao se pode comprar um phone/terminal ?? O ICP meteu o pé na argola a impor limites para as infra-estruturas... E esta correria louca mais faz parecer a Corrida ao Armamento durante a guerra fria... Será que os Operadores nacionais querem voltar a repetir a proeza dos Anos 60 em que Portugal era o segundo país na Europa a ter uma rede de telecomunicaçoes nao analoga ?
-------------------------------------------- If there is such a thing as too much power... I've not discovered it... |
| | | | por Anonimo Cobarde em 17-05-01 22:13 GMT (#9) |
| E para que hei-de eu comprar um terminal se não existe infra-estruturas para o usar? As infra-estruturas são um investimento das empresas, o terminal bonitinho que compraria é uma despesa, um luxo. Principalmente se nada se pode fazer com ele... |
| | | | A questão, tal como eu a vi na altura da atribuição das licenças passa(va?) por (quase) obrigar a que os preços "de consumo" não sejam passados para o consumidor final. A estratégia é um pouco como que: "Nós (Estado) vendemos a vós (Operadoras) as licenças ao preço X (80 milhões, não foi?) sendo vocês obrigadas a não inflaccionar o preço a eles (Consumidores)". Pessoalmente a estratégia parece-me acertada (ao contrário do que aconteceu em muitos países europeus que optaram pelo leilão das licenças). O que falta comprovar é se as operadoras vão seguir esta indicação ou não. Trata-se no fundo de esperar (uns bons dois anos, talvez) para podermos comparar os preços de consumo nos mercados que optaram por leilão vs. preço fixo...
-- "Only two things are infinite, the universe and human stupidity, and I'm not sure about the former. " - Albert Einstein |
| | | | | Bem, se bem percebi o que o governo fez foi uma venda com condicoes, com a qual tenho que concordar e passo a explicar: Em vez dos operadores pagarem rios de dinheiro e depois 'vingarem-se' nos consumidores, podem pagar menos e depois por os preços + acessiveis. Depois temos sempre os perigos de (como em Italia) os leiloes serem combinados entre os operadores e eles pagarem o que quiserem :-) ou sobrarem licensas!! Uma (das poucas) decisao sensata do governo. Cump
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| | | | A grande maioria dos comentários que aqui vi partem de um princípio errado, pelo menos no que toca a duas das licenças (penso que também afecta as outras duas, mas não me apetece investigar agora): Vivemos, para o bem e para o mal numa economia globalizada. Quem acha que dinheiro investido pela Telecel Vodafone não é afectado pelo custo de mil milhões de contos pela vodafone na Alemanha deve estar a sonhar. E o mesmo acontece com a Optimus e a sua parceira France Telecom. Quem achar que ninguém é afectado vai ter de me explicar um artigo do Expresso em que António Carrapatoso anunciava que a Telecel, a Optimus e a OniWay iam pedir ao ICP para se atrasarem os planos de implementação do UMTS. |
| | | | | O atraso na implementação do UMTS tem uma explicação simples, querem dar tempo para as pessoas se esquecerem das promessas que eles fizeram e depois não vão conseguir cumprir. O UMTS não é o "Jesus Salvador" que vem resolver todos os problemas. PS: Estou ainda para ver um telemóvel UMTS sem ser as simulações que aparecem na tv.
-- Carlos Rodrigues - "I think my men can handle one little penguin!" - "No, Mr. Gates, your men are already dead!" |
| | | | Segundo sei o atraso tem a ver com a geração do UTMS por um "comite" que atrasa a versão final do standard para o 2.0 depois de descobrir que o 1.0 não funciona. Isso são mais um ou dois anos até ao aparecimento no mercado de equipamento carrier-grade pronto a instalar. |
| | | por Anonimo Cobarde em 18-05-01 12:25 GMT (#14) |
| Ja agora explicas o que é que as contas da Vodafone alemã têm a ver com as contas da Telecel Vodafone. Tas a dizer que a Vodafone Alemã vai entrar no capital de Telecel Vodafone ? Sao financas independentes... se a alemã falir a Telecel nao tem nada a ver. Vai estudar financas. |
| | | | O governo já deu esta explicação logo a seguir ao concurso ter finalizado e nessa altura a polémica estava instaurada. Neste momento não vejo razão para se estar a falar de águas passadas... Li um comentário que dizia que se a Vodafone alemã falisse que não afectava a Telecel, claro que este comentário só pode ter sido feito por alguém que não percebe nada de Macro Economia, e se bem que eu também não tenha grandes conhecimentos, parece-me óbvio que se o grupo Vodafone (um dos maiores a nivel mundial) tiver problemas num determinado ponto do globo, todas as empresas do grupo sofrem as consequências (acções a baixar de valor, etc...) |
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