Acho bem que sejam realizadas este tipo de actividades. É preciso que se ganhe consciência do que são realmente as tecnologias que aí vêm para que não se repitam erros do passado em que foram criadas falsas expectativas que deram cabo de mercados e impediram algumas tecnologias de vincarem devidamente. O exemplo mais flagrante , quanto a mim, é o caso do WAP. Anunciado como acesso Web via telemóvel criou expectativas muito aquem do que esta tecnologia visava fornecer: serviços simples, muito sucintos e informativos. Ou seja nada que se pareça com a nossa web cheia de imagens e som, onde para se obter uma linha de informação muitas vezes levamos com uma duzia de imagem , verdadeiros chamariz visuais, que perdem a sua força quando falta o principal: INFORMAÇÃO. Quando as empresas na área do móvel quiseram apostar no WAP encontraram pela frente investidores e clientes que tinha uma visão irreal.Claro que a seguir a expectativas exageradas vem a fase de desilusão. O UMTS corre o mesmo perigo: as expectativas estão demasido grandes. Muito gente só pensa na largura de banda e no sistema de tarifação e que estão já disponíveis ao virar da esquina. Esquecem-se que são preciso grandes investimentos em infraestrutura, que a cobertura nacional demora o seu tempo, que os famosos 2Mbit/s só irão aparecer quando estiver tudo full speed (o que provalvelmente só acontecera daqui muito tempo) e que entretanto essa mesma largura de banda será muito inferior. Quanta a tarifação, as operadores tiveram de investir largo só para conseguir as licenças, por isso não esperem milagres: UMTS a funcionar como deve de ser e a preços justos não deve ser para tão cedo. Isto é só para esfriar alguns entusiasmos excessivos e relembrar os erros do passado para não os repetirmos. Fiquem bem. :) JP |