|
gildot |
|
| |
| Empresas e Comunidade Open-Source | | | | Contribuído por Xmal em 08-03-01 14:33 do departamento Espinafres | | | | | | | No contexto do artigo sobre a AB e o Linux Checkpoint geraram-se muitas opiniões. Tirando as críticas mais virulentas e as defesas mais simplistas, há questões que pela sua complexidade merecem um análise mais profunda. Acima de tudo é preciso que as pessoas da comunidade Linux ainda acreditem na existência das iniciativas completamente desinteressadas que sempre a caracterizaram. | | | | | | A ideia base (que nem sequer é propriamente minha) é a de que existe no movimento open-source um espirito de comunidade que condiciona de alguma forma as, tambem necessárias, iniciativas comerciais que acompanham o movimento. Este espirito de comunidade resulta da existência de um património de software e documentação que (por via das licencas) é oferecido à comunidade, esperando-se que esta se auto-organize de algum modo para a sua divulgação e manutenção. Neste contexto todos os indivíduos que veem interesse em contribuir para este esforço colectivo, sabem que se podem associar aos projectos existentes e que assim no futuro poderão vir a receber indirectamente (pela melhoria do software e documentação) beneficios que são quer para si quer para todos. Ora, quando surge um qualquer projecto que se oferece à comunidade é importante que fique claro, qual o enquadramento desta oferta. Poucas pessoas estão dispostas a oferecer o seu tempo a projectos que tenham interesses comerciais em que o retorno ($) não as venha a incluir. É por isso que o GilDot se tem sempre afirmado como uma oferta à comunidade (na medida das possibilidades), mesmo apesar do serviço ter deixado de poder ser suportado pelo Estado tal como foi durante muito tempo. Se o Gildot viesse um dia a assumir uma posição comercial poder-se-iam sentir defraudados tantos os editores não abrangidos como todos os leitores que, cientes da sua natureza voluntária, de algum modo contribuiram para ele. O "sentimento open-source" não é só partilha de código, é a dose de boa-vontade com que os membros da comunidade colaboram com uma iniciativa que sabem ser não comercial. Por isso é sempre melindroso que algo que foi apresentado como mais uma iniciativa voluntária apareça depois transformada em iniciativa de uma empresa. Todo o cuidado é pouco nestas situações. Veja-se por exemplo o que se passou com a última actualização do GilDot e migração para a nova versão do Slash para introdução da moderação: Esta tarefa foi feita com um esforço distribuído de tradução e migração, que envolveu vários editores. Passado pouco tempo uma parte dos editores estiveram envolvidos na criação de um site sobre futebol, tambem baseado em Slash, no contexto de um projecto comercial. Se calhar isto nunca chegou a ser dito, mas foi tomada a decisão de fazer um nova tradução/migração de raiz para não pôr em causa o esforço dos editores que nada tinham a ver com este projecto comercial. Obviamente que a experiência ganha na acção anterior foi preciosa para o sub-conjunto envolvido. Em suma, não há santos nem demónios e todos podemos ter acções que acabam por ser mal interpretadas. O que é desejável é que os vários projectos que surgem nesta areas sejam sempre claros sobre qual o seu posicionamento no que respeita a presentes ou futuros interesses comerciais. Isto, para que cada um seja livre de decidar por si como deve lidar com cada um deles. < Linux for newbies | DVD encriptado? 7 linhas de perl nisso! > | | gildot Login | | | Referências | | |
Esta discussão foi arquivada. Não se pode acrescentar nenhum comentário. | | por Anonimo Cobarde em 08-03-01 15:13 GMT (#1) |
| Eu concordo com o que foi dito. Até fui visitar o www.linuxcheckpoint.org, pela última vez!!! Não é que tem um banner para a AB e um destaque mais abaixo. Até se inscreveram duas vezes na secção de serviços de consultoria! Eu de facto sempre pensei que o linuxcheckpoint.org fosse uma coisa da comunidade linux e até cheguei a recomenda-lo a outras pessoas. Se era para ficar ligado a um empresa poderiam pelo menos ter posto o dominio .com! |
| | | | | O domínio .org já não é o que era, tens por exemplo http://www.angelsp.org um site de um projecto totalmente comercial, completamente fora do âmbito .org (non-profit organization). |
| | | por Anonimo Cobarde em 09-03-01 16:51 GMT (#18) |
| és um coitadinho! cura-te... |
| | | por Anonimo Cobarde em 08-03-01 15:34 GMT (#2) |
| Concordo inteiramente com o que foi dito. O que é necessário é que as pessoas percebam que o linux não é apenas um SO disponível de borla. Os benefícios vão muito além de não ter que pagar por ele. Liberdade é a palavra que resume o sentido de todo o movimento. E se eu desejo tanto esta liberdade, parto do princípio que devo promovê-la tb. |
| | | | Entao e a slashdot.org patrocinada pela Andover.net ? E a linux.com patrocinada pela valinux ? Nao contam ? Todas estas criticas soam-me a mais um tipico caso de "nao faco nem deixo fazer". Considerando que foi a equipa do P300 que originalmente fundou e trabalhou para criar o linuxcheckpoint.org, acho que eles teem o direito de criar uma vertente mais comercial no site sem terem que levar nas costas... afinal o trabalho original foi deles, logo qual e' a polemica disso ? Alguem leu no linuxcheckpoint.org que o site esta' sobre a licenca GNU ou qualquer coisa do genero ? Nao, entao os donos do site podem fazer o que lhes apetecer... ponto final. Agora nao me venham com as politiquices do costume como a modo de disfarcar os ataques pessoais 'as pessoas, cada um tem a liberdade de fazer o que quiser com a sua propriedade intelectual e ninguem tem que criticar -- se alguem quiser criar trabalho e doa-lo 'a comunidade entao parem de criticar, vao escrever qualquer coisa e ponham o trabalho sobre a licenca da GNU... tao simples como isso... Quanto ao comentario: 'O "sentimento open-source" não é só partilha de código, é a dose de boa-vontade com que os membros da comunidade colaboram com uma iniciativa que sabem ser não comercial.' "que sabem ser nao comercial" ?!?!? Quando a RedHat ou a SuSE vendem uma copia da sua distribuicao isso nao e' uma actividade comercial ? E no entanto no CD estao dezenas ou centenas de "man-days" desenvolvidas por pessoas que estavam a contribuir para o movimento "open-source" -- ja' viste alguma ves o pessoal do XFree86 a ir bater na RedHat por incluir o software deles numa distribuicao comercial ? Nao viste nem vais ver porque toda a gente tem a ganhar, e nao existe polemica em a RedHat ganhar $$$ atraves da venda da sua distribuicao ou dos seus servicos... Continuo a dizer que toda esta historia e' simplesmente um ataque mascarado (e nao me refiro a ti caro Carlos) a um grupo de pessoas por razoes que nao conheco, e que sinceramente nao estou interessado em conhecer... Regards, -- "Why waste negative entropy on comments, when you could use the same entropy to create bugs instead?" -- Steve Elias
|
| | | | por Anonimo Cobarde em 08-03-01 16:27 GMT (#5) |
| De quem acha que a única vantagem do "free (speech) software" é "servir para tirar umas ideias" nem se esperava outra opinião. - Posting AC for fun and profit. :-) |
| | | | Pelo menos tenho uma opiniao...
-- "Why waste negative entropy on comments, when you could use the same entropy to create bugs instead?" -- Steve Elias |
| | | | >Entao e a slashdot.org patrocinada pela Andover.net ? E a linux.com patrocinada pela valinux ? Nao contam ? Na realidade a slashdot foi comprada e não patrocinada. Um mundo de diferença. |
| | | | Concordo em parte com as opiniões. Em particular, tenho todo o respeito pela vertente de actividade comercial que acompanha o open-source. Todos sabemos da importância das acções comerciais que acrescentam valor ao substrato open-source. Com seja, a distribuição, o suporte, a configuração e o desenvolvimento em nichos verticais. Inclusíve, acho que o software closed-source tem um importante papel nas zonas de nicho onde não se forma massa critica para open source. Tambem acho não ser daqueles que só acham comerciais as iniciativas portuguesas e que se esquecem que a RedHat, e outras que tal, tambem o são. A mensagem que tentei passar é a de que a zona open-source, por lidar com elementos que são do domínio público, é mais sensível a questões de ética do que as outras áreas da vida económica e social. Recordo-me do cuidado que é posto na explicação dos suportes de natureza comercial que estão ligados ao sourceforge. Ainda há pouco tempo recebi um mail a explicar as ligações. Cada meio tem as suas peculiariedades, veja-se por exemplo a dificuldade que algumas empresas clássicas têm em gerir uma boa imagem na Internet (o velhinho cluetrain manifesto). No software livre acho que é inegável que a sensibilidade é ainda maior. Tambem é certo que no País das quintas e do "o meu mercedes é maior que o teu" há inevitavalmente hiden agendas e guerras de interesses por trás de threads como aquele que motivou este. Por isso é que me parece ser mais interessante discutir as classes e não as instâncias. Se eu não estiver errado e se a sensibilidade for generalizada, é interessante para todos, e para o futuro, ter uma boa noção de qual o terreno que pisamos. Há com certeza muitas empresas, ainda por nascer, que vão operar nesta área.
|
| | | por Anonimo Cobarde em 09-03-01 4:29 GMT (#12) |
| Também tu visualizas a hipótese de fazer um spin-off? É isso que entendi? Só para que te faças mais claro, estás a comparar a redhat com qual empresa portuguesa? Uma que contribua activamente no desenvolvimento de software livre e não só que faça uso dele, por favor. Outra coisa, redhat também recebe suas críticas quando merece, esta história de amor é bem mais complexa do que parece. |
| | | | Também tu visualizas a hipótese de fazer um spin-off? É isso que entendi? Não. Apenas quero dizer que ainda há poucas empresas vocacionadas para a área linux e que salta à vista que vão surgir várias outras. Tambem em 95 saltava à vista que iam surgir muitas empresas na área de Web e de ISPs. Ainda há pouco o M. Valente fez um comentário no mesmo sentido. Só para que te faças mais claro, estás a comparar a redhat com qual empresa portuguesa? Uma que contribua activamente no desenvolvimento de software livre e não só que faça uso dele, por favor. É verdade. Há aqui um grande caminho para andar, pois julgo ser ainda bastante incipiente (nula?) a contribuição de empresas PT para o património aberto existente. Já não é o mesmo no que toca a contributos individuais, pois há vários portugueses que contribuem para projectos de código aberto ou que introduziram novos projectos. |
| | | | Sim concordo com muito... Mas quanto a questao do pessoal de XFree se chatear... Er... e por acaso o pessoal da XFree chateou-se quando a SuSE alocou uma equipa de programadores pagos pela SuSE para la ??... Por acaso muito dos drivers para placas graficas foram feitos por pessoal da SuSE, no que respeita a suporte do X, a SuSE sempre foi das distribuiçoes completas... Quanto a RedHat, bem eu uso RedHat e pessoalmente nao me importo de vez em quando comprar um pacote... :), por acaso da SuSE tenho todos desde o 5.3... apesar de nao usar,mas gosto das caixinhas. :)
+--------------------------------------- Hey, don't blame me... I am from Pluto |
| | | | Acho que há aí várias questões misturadas de forma confusa. Quanto às referências a Licença GNU, mesmo que figurativas: essa licença não impede o trabalho com fins lucrativos. Nem impede a publicidade a empreendimentos comerciais. Muito pelo contrário, são bem vindos os projectos comerciais em torno do software livre que o saibam respeitar, e mais ainda quando acabam por contribuir algo de volta para a comunidade que lhes proporciona tantas ferramentas. Se uma pessoa ou grupo ou produto ganharem prestígio no meio do software livre pela qualidade do que fazem, não vejo qualquer mal em deixar esse prestígio ficar bem visível a potenciais clientes no lado comercial; não vejo razões éticas para excluir de um curriculum ou portfolio as contribuições dadas ao software livre. Isso acaba por promover a(s) comunidade(s) e dar-lhe(s) força, também. Até para o aparecimento de outros empreendimentos comerciais. Ainda por cima, as motivações humanas para participar neste "movimento" não se resumem simplesmente a altruísmo puro; há também o gosto pessoal de fazer, o enfrentar de um problema que motivou a criação de uma solução, e, muito importante, o gosto pela fama de ter sido o autor de uma solução famosa (mesmo incluindo os proveitos "comerciais" que mais tarde essa fama ou a solução possam trazer). Não me parece que isto choque ninguém, a não ser em casos em que a comunidade se sente traída ou usada indevidamente, como aliás pode acontecer em muitas coisas na vida sempre que alguém trai expectativas justificadas. Não me parece que o empenhamento comercial ou sucesso comercial. só por si, sejam suficientes para levantar clamores, reclamações que valha a pena ter em conta. O caso do Slashdot não tem a ver com a licença GNU. Mas pode ser usado como exemplo, sim. Se com a passagem para debaixo da Andover os participantes se tivessem sentido traídos no que dizia respeito à natureza do fórum (limitações ao que poderiam dizer, política editorial diferente, aproveitamento indevido do que escreviam), podiam muito bem ter-se ido embora. Parece-me que nesse caso o espírito da coisa foi bem preservado. Se o Slashdot tivesse tratado os participantes com o desprezo e até as alteracoes da interface como as que o deja.com impôs em tempos idos a quem o consultava (publicidade a toda a volta, conteúdo em letras miudinhas, ...), talvez o Slashdot fosse agora história antiga. O linux.com prefiro-o desde o início ao linux.org. Se bem me lembro, o linux.org envolveu situações pouco claras em relação aos objectivos, apresentando-se primeiro como um ponto de todo não comercial, e central sobre Linux, quase "o" sítio sobre Linux na WWW, e descobrindo-se depois interesses comerciais escondidos. O linux.com apareceu claramente como vindo de uma entidade comercial, sem o esconder. A origem comercial de uma iniciativa não impede uma relação de respeito mútuo entre ela e a comunidade de criadores e utilizadores de software livre. O mesmo com profissionais claramente ligados a empresas. Ou seja, as questões que às vezes se levantam não são tanto "comercial versus não comercial". São sobretudo questões de atitude, sinceridade e transparência. Lembro-me de aqui há uns anos uma empresa portuguesa (que parece ter desaparecido sem sequer ter satisfeito as últimas encomendas) vender a distribuição Caldera baseando a publicidade em má-lingua sobre supostas instabilidades de distribuições de Linux que não a Caldera (coisas que a própria Caldera não dizia). Também uma entrevista (citada aqui no Gildot há uns dias) de um senhor da SCO, agora sob a Caldera, insinuava algo como "agora chegámos nós, e acabaram-se os problemas e os defeitos". Seria talvez conversa típica de vendedor com fracos conhecimentos, mas esse tipo de atitude comercial com publicidade enganosa facilmente motiva rancor e desprezo entre nós. Talvez nem do ponto de vista puramente comercial seja a melhor. Como em tudo podem aparecer críticas de pura inveja e mesquinhez, mas essas parecem-me até (se é que se poderiam justificar tais coisas) sem motivação aparente num "ecossistema" muito longe de estar saturado. Desconfio que há nesta terra potencialmente muito mais trabalho para fazer do que aquele a que as empresas já cá existentes, na esfera GNU/Linux/BSD/... , conseguiriam responder. Seria insensato as poucas empresas actuais com algum interesse no espírito deste tipo de software (e não apenas no seu interesse técnico) desatarem à "estalada", em vez de colaborarem quando toca a manter vivo o substrato de onde nasceram e a promover interesses comuns, incluindo comerciais. A atitude de "não faço nem deixo fazer" resulta em alguns domínios (vi-a fazer estragos no meio académico), mas acho que aqui de pouco serviria, já que não há (felizmente) aqui tanto poder para não deixar fazer. Até que ponto um qualquer ataque real, feito no Gildot, terá impacto no sucesso comercial de uma nova empresa? O Gildot é tão lido assim pelos potenciais clientes? No caso concreto dos comentários sobre iniciativas, comerciais e não comerciais, do Paulo Trezentos e colaboradores creio que não houve críticas à capacidade de trabalho e à competência técnica das pessoas. São estas que interessam aos clientes, acho. Algumas críticas referiram-se não às pessoas ou às empresas globalmente mas a alguns aspectos concretos que podem ser corrigidos (quando há algo para corrigir) ou esclarecidos (quando se trata de mal entendidos) e que possivelmente convinha corrigir a bem da imagem dos próprios mesmo até fora do mundo do software livre. Devemos estar todos prontos para enfrentar críticas se, às vezes até sem dar por isso, ferirmos a consciência da comunidade em que nos propusemos estar e onde "crescemos". É bom que essa consciência colectiva esteja viva. |
| | | por Anonimo Cobarde em 09-03-01 4:06 GMT (#11) |
| Nunca foi dito que software livre não possa ser explorado comercialmente. Pelo contrário, é até desejável que existam empresas interessadas em o fazer. Logicamente, que sua aceitação pela comunidade será melhor ou pior de acordo com os contributos dados em troca. Não que haja qualquer tipo de obrigação nisso, mas se eu compreendo e valorizo a liberdade que o software livre me oferece hoje, também posso escolher a quem dar apoio. Sinceramente, não estou aqui a fazer ataques pessoais. Estou apenas a criticar atitudes com as quais não concordo e tentado fazer com que as pessoas percebam o que faz do Linux algo realmente bom. Acho que esta tal caixa mágica já nasceu em erro e prosseguiu cometendo outros tantos. Aliado a isto foi bom perceber qual o entendimento que o P300 faz de software livre e pessoalmente, o conceito que tinha dele caiu muito. |
| | | por Anonimo Cobarde em 09-03-01 4:44 GMT (#13) |
| SuSE e RedHat não podias ter escolhido exemplos melhores. Ainda bem que fizeste o favor de lembrar, assim também as crítico por nada terem contribuído para o software livre. |
| | | | SuSE e RedHat não podias ter escolhido exemplos melhores. Ainda bem que fizeste o favor de lembrar, assim também as crítico por nada terem contribuído para o software livre. Pois nao, a RedHat nem tem 65% do mercado das distribuicoes de linux... O que quer dizer que se nao fosse a RedHat o Linux tinha menos de metade dos utilizadores que tem hoje, mas isto para ti deve ser irrelevante. O que interessa e' se eles teem um "geek level" suficientemente alto... aposto que deves correr Debian. Bye, -- "Why waste negative entropy on comments, when you could use the same entropy to create bugs instead?" -- Steve Elias
|
| | | | A Red Hat e a Suse contribuiram de outras formas para o software livre, para além da difusão a muitos utilizadores: pagando a (e empregando) gente que desenvolveu mais software livre, contribuindo para actualizar suporte para algum hardware e passando essas contribuições para a comunidade, criando mecanismos de instalação de Linux mais simples para os principiantes, gerando mais documentação, vendendo serviços de apoio... Quanto à Debian... por acaso não uso outra, e recomendo-a sempre para os usos mais sérios. Algum problema com a Debian (para além de "assustar" um pouco mais os recém-chegados ao Linux e Unix em geral)? |
| | | por Anonimo Cobarde em 10-03-01 7:01 GMT (#19) |
| Caso não tenhas percebido, o meu comentário era uma ironia à tua aparente falta de conhecimento em relação aos verdadeiros contributos dados à comunidade que desenvolve software livre por empresas como RedHat ou SuSE. Eu nunca questionei os benefícios de uma distribuição com tamanha fatia de mercado como a RedHat. Apenas quis mostrar que RedHat e SuSE não se limitam a comercializar uma distribuição GNU/Linux e é isto que não as coloca no mesmo saco que tantas outras empresas comerciais. Talvez a começar pelo facto de nas páginas em que comercializam seus produtos não haver referência aos projectos de software livre em que participam activamente, algo que até penso que seria legítimo. De qualquer forma, é bom que fique claro que não há empresas postas num pedestal. Há sim atitudes e posturas em uma economia de mercado que engrandece determinadas empresas e outras não. Basta que mudem as atitudes para que mudem as opiniões. No mais acho que fica claro que é insignificante para a discussão do assunto a distribuição que por ventura utilizo. Quanto mais não seja, pelo facto de achar ser, de modo geral, uma escolha mais pessoal do que técnica. |
| | | | Tenho mantido silêncio sobre esta questão mas acho agora que é importante dizer qualquer coisa... Os problemas focados nas duas threads sobre a AB e o P300 são algo me toca de perto pois tratam-se de situações semelhantes àquela em que me encontro e de decisões que já tive que tomar. Em primeiro lugar quero dizer que continuo a ter muita consideração pelo Paulo Trezentos e espero que tenha sucesso nesta iniciativa, apesar de sermos agora concorrentes. Aliás num mercado como o do Linux, em que os potenciais clientes têm medo de não ter suporte adequado ou de ficarem totalmente dependentes de uma empresa é necessário que haja oferta credível. Os problemas que se levantaram sobre a coexistência de actividades comunitárias e comerciais e académicas são muito complicadas do ponto de vista moral e é natural que pessoas diferentes tenham fronteiras diferentes entre o que é correcto e incorrecto, moral ou imoral.... Estes problemas puseram-se-nos à cerca de um ano, quando criámos a nossa empresa. Tal como o P300, estamos ligados ao ensino superior público e a iniciativas da comunidade, em particular ao Gildot. A solução que encontrámos para os potenciais conflitos foi radical: em caso algum usariamos os recursos da universidade para manter serviços da empresa e, embora não escondamos a nossa actividade académica, também não a usamos para promover a empresa. Em relação ao Gildot a situação foi tratada de modo em que em nenhuma instância pudesse sequer parecer que nos estaríamos a aproveitar dele para publicitar ou promover a empresa. Aqui a haver transferências de recursos, é ao contrário: a empresa ajuda a manter o Gildot, mas, para não haver questões, esse facto não é publicitado de modo algum. Esta situação do Gildot continua a ser temporária, até termos tempo para criar a tão prometida associação sem fins lucrativos que assumirá o site. |
| |
|