Esta discussão foi arquivada. Não se pode acrescentar nenhum comentário. | | | Nesse capítulo, estou muito desiludido com o 'público'. Tal como na generalidade das revistas, e ao contrário do que aconteceu no resto do jornal, em vez de um projecto de informação sério grassa o "jornalismo" a soldo, verdadeira propaganda às empresas noticiadas e a transcrição acéfala de telexs de agência. O suplemento "computadores" é a nódoa de um jornal que tem primado, embora com alguns deslizes, pela seriedade e independência da informação. |
| | | | | Viva!
Sem dúvida nenhuma de que o suplemento Computadores do PÚBLICO é a nódoa no melhor pano.
Cumprimentos, Mário Gamito |
| | | | A meu ver, e pelo que tenho lido ai pela net e revistas da especialidade, estao mesmo a ser tempo dificeis para as empresas de Linux... O "open source" esta a levantar alguns problemas, que se reflectem mais nas empresas responsaveis pelo "empacotamento" de distribuicoes de Linux. Isto acontece, a meu ver, por se querer ganhar dinheiro com uma coisa que nao foi pensada para esse efeito. Como consequencias naturais, penso que talvez nos proximos anos vamos assistir a um decrescimo da popularidade do Linux, mas ao mesmo tempo, penso que vai voltar para a mao de quem o concebeu (programadores, power-users, etc.). Se isso sera bom ou mau para o Linux, so o tempo o dira... So sei que eu, vou continuar a usa-lo! PS - podemos especular e dizer que esta venda da distribuicao de Linux da Corel, teve um empurraozito da Microsoft (que pos la uns trocaditos... 135 milhoes, neh?). Mas, e' pura especulacao... =)
It doesn't matter who made it... It matters who got the idea (monk) |
| | | por Anonimo Cobarde em 27-12-00 2:32 GMT (#4) |
| Isso de generalizar a sitiação de uma empresa para todo um sector não é lá muito correcto. Será que quem escreveu aquilo sabe o que é ou já usou linux? Não é estar a querer discutir méritos ou deméritos das distribuições mas a qualidade do Corel Linux não era a melhor. É natural que uma empresa que vende uma distribuição que quer tornar o linux numa coisa "Windows-like" não tenha sucesso a vender num mercado que não quer essas coisas... mas isto é só uma opinião. |
| | | | | E' assim... se te estavas a referir a mim: Ja' eu usava e abusava do Linux, ainda tu brincavas com carrinhos... O que eu relatei foram coisas que li de pessoas (que para alem de perceberem de Linux, percebem tambem, e sobretudo, do mundo dos negocios!) que escreveram o que pensavam, dando casos concretos... O caso da Corel, nao e' e nem sera' o ultimo!!! (senao, le alguns comentarios abaixo, de pessoas que tambem concordam comigo - por exemplo, o caso da REDHAT, que aqui ha uns tempos despediu 500 pessoas! - deve ser porque esta' a crescer... :P ). Por isso, antes de comecares a disparates coisas sem sentido, informa-te um pouco antes, sobre o que se passa "in the real world" (porque foi o que eu fiz...).
Cumprimentos e sem ressentimentos, Luis Monge.
P.S. - E' obvio que eu sou completamente a favor do Linux e acredito na sua continuidade e crescimento... so' nao acredito e' que seja da maneira que assistimos hoje...
It doesn't matter who made it... It matters who got the idea (monk) |
| | | por Anonimo Cobarde em 27-12-00 10:43 GMT (#5) |
| A Corel ja' nao anda famosa 'a algum tempo... e quem nao se lembra daquela bela investida no Java... e tentativa de criar o Wordperfect Suite em Java?? para depois o abandonar por completo. Parece que desta vez fizerem o mesmo com o Linux... Caso nao tenham reparado... a Redhat fechou recentemente os seus escritorios em SanFrancisco e noutra cidade americana (nao me lembro qual)... |
| | | | por Anonimo Cobarde em 27-12-00 11:37 GMT (#6) |
| Ao que sei a RedHat fechou escritórios devido às várias aquisições que efectuou, o que provocou um excesso de pessoal... Isto é, pelo menos, a versão oficial da RedHat.. Se é verdade ou não, isso já é outra história! |
| | | | "A Corel era uma das mais destacadas empresas do movimento do "software" de Open Source" Sim, por acaso sempre que pensava em linux pensava logo em corel! "E a venda do Linux é uma opção que poderá permitir-nos voltar aos lucros" Pois. Provavelmente desde que entrou dinheiro na corel da microsoft, houve uma ligeira alteração da politica. A M$ sempre deixou bem claro qual era a sua posicao em relacao a lucros. tudo para eles. Não posso deixar de sentir alguma pena, por esta "desaposta" da corel no linux. Eles lá sabem. Pergunto eu aos leitores: por acaso esta atitude da corel, bem investigada, não daria para mais um processo contra a microsoft por monopolio? pois a mim cheira-me mais a uma tentativa de cortar as asas a concorrencia.
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| | | | por Anonimo Cobarde em 27-12-00 20:32 GMT (#8) |
| hum... a mim cheira-me que as empresas lá terão que realizar uns tostões. Ou então como serão suportadas? |
| | | | Ao contrario do software livre em geral, uma empresa "normal" e' um alvo bastante mais "tipico" e facil de atacar pela MS, pelo que nao admira o "ataque" por mais este lado. Parece que a historia mostra que estas injeccoes de dinheiro da Microsoft sao basicamente letais para as empresas "auxiliadas" ou compradas. O envolvimento da Corel com o Linux podia ser interessante para a difusao deste, mas o golpe esta' longe de ser fatal para ele... Ja' para os produtos classicos e exclusivos da Corel o futuro pode nao ser brilhante. Suponho que em certos meios (um exemplo muito citado e' o do Word Perfect para os profissionais ligados a Direito nos EUA) o software da Corel ainda e' um concorrente firme de alguns produtos MS. Nao me admiraria nada se o Office da Corel fosse agora "abarcado"... Mesmo nao se tratando de software livre, sera' triste ver a morte de mais um concorrente. A diminuicao da diversidade associada a estas grandes concentracoes globais parece ir desde as especies de trigo cultivadas ate' ao software. Como no Ford T, podemos escolher a "cor" que queremos, desde que seja o "preto" que meia duzia de empresas multinacionais nos quiser dar. Triste. |
| | | | Já agora, só um bitaite: Aqui há dois anos, comprei uma licença de estudante do WordPerfect (para windows), que ficou aí por uns 8 contitos, se tanto. Não fica nada a dever ao MS Office, bem pelo contrário. O que levará, por exemplo as empresas a gastarem rios de dinheiro em MS Office?
O argumento da "compatibilidade doc" não vale.
Cumprimentos, Mário Gamito |
| | | | Sheep mentality. Só isso. "então você não vê que toda a gente usa o MS Office???" :(
"Nada é tão grande que não possa ser comido." - Garfield |
| | | por Anonimo Cobarde em 28-12-00 14:56 GMT (#12) |
| Sejamos realistas. O Windows não é adequado para correr do lado do servidor; o Linux não é adequado para correr do lado do cliente. As empresas que tentaram o contrário na generalidade, estão-se a dar mal. A Id Software mostra-se arrependida de ter lançado uma versão comercial do último Quake para Linux, não só por as vendas terem sido decepcionantes como por o suporte técnico ter sido um autêntico pesadelo. A Adobe voltou atrás na sua intenção de lançar o FrameMaker para Linux, porque constatou a sua inviabilidade. A Corel é simplesmente mais uma empresa a verificar que o Linux ainda não está preparado para trabalhar do lado do cliente, pois esta foi claramente a sua aposta. Além do mais, o suplemento Computadores não é mau. Talvez foque a área da informática demasiado ao nível empresarial, mas há que sublinhar que foi lá que ouvi pela primeira vez falar em Linux, isto para aí há meia-dúzia de anos, e note-se que se trata de um sistema operativo com pouco mais de 8 anos, e que só muito recentemente se tornou popular. |
| | | | | "o Linux não é adequado para correr do lado do cliente." Compreendo as razões que te levam a dizer isso, mas não concordo. A única vantagem que o Windows tem em relação a uma distro de Linux "das fáceis" (tipo Mandrake) é a habituação - o Windows é parecido com o que a pessoa usa há anos, o KDE / Gnome+Sawfish / whatever não é. Um utilizador não técnico (ou seja, mais de 95% das pessoas que usam um computador) tem HORROR a ter de aprender coisas novas. Ainda mantenho que um KDE 2.0 pré-configurado (como numa distro normal) é tão ou mais fácil de usar do que um Windows, para uma pessoa (que, admito, serem raras) que nunca tenha visto um Windows à frente. Um Windows não é NADA intuitivo para alguém que use exclusivamente Macs há anos. E vice versa ("o quê, para a disquete sair tenho de arrastar o ícone dela para o lixo? mas isso não a apaga?") A única altura em que realmente vejo "limitações" no Linux (ou outro Unix) é quando se trata de jogos. Não, o Quake não me chega. :)
"Nada é tão grande que não possa ser comido." - Garfield |
| | | | "Um Windows não é NADA intuitivo para alguém que use exclusivamente Macs há anos."
Bem que o podes dizer. Trabalho num Departamento de uma Universidade, onde para além do Linux nos servidores, só há Windows e Macs nas secretárias dos professores, serviços administrativos e estudantes. Por força das minhas funções, na altura, lá tive que começar a dar umas clicadelas nos Macs (Samba oblige) e podem crer que a utilizabilidade de um Mac deixa a anos luz a do Windows.
Um utilizador Mac não percebe porque é que no Windows para se copiar um programa de uma máquina para outra, ou para outro disco, não basta fazer um drag and drop. E também não percebe porque é que não pode fazer uma cópia simples de um disco para outro para replicar um sistema completo.
Já agora outra (esta relacionada com o Linux): Enquanto para se configurar uma máquina Windows para "ver" o Samba se tem que fazer uma data de cliques, meter o IP do servidor (Samba) do WINS e mais um ou dois reboots, no Mac, aparece-te imediatamente o nome da máquina Linux e é só fazeres um drag and drop para o Desktop para lá ficares com as pastas dos shares. No Windows fazes o mesmo (chama-se pomposamente mapear as shares como drives), só que aqui, mais uma vez são precisos mais uns quantos cliques :)
Windows... (puah!)
Cumprimentos, Mário Gamito |
| | | | Conclusão: o Mac é facilidade de utilização, o Linux é potência e o Windows é uma tentativa frustrada de obter os dois ;) |
| | | | Eu vejo as coisas assim (atenção: isto é a minha opinião pessoal! Não quero ofender ninguém!!!): - o Mac é facilidade de utilização à custa de versatilidade (a frase mais vezes dita pela Apple é "nenhum utilizador normal alguma vez vai querer fazer isto, logo nós não deixamos"; - O Linux / Unix é tudo o que se quiser. Desde uma facilidade tipo Corel Linux ou Mandrake, até uma potência tipo Debian ou FreeBSD (que distro de Linux estranha... :) ), é realmente tudo o que a gente quer. Claro que a maior parte das pessoas já conhece o Windows, e DETESTA aprender coisas novas... - O Windows está a pouco e pouco a melhorar tanto em usabilidade (experimentem usar o Windows 2000 por umas semanas e depois o NT 4 durante um dia... e vejam se são capazes!) como em "potência" (continua lento, instável e inseguro, mas os PCs cada vez mais rápidos "disfarçam" o primeiro, o segundo vai melhorando, mas ainda está anos-luz atrás de um Unix, e o terceiro... bom, service packs para aqui, service packs para ali...), mas... bem, só tem sucesso porque já teve sucesso antes. É um ciclo vicioso. :)
"Nada é tão grande que não possa ser comido." - Garfield |
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